Depois de lançar uma série de singles, Tina Snow se arrisca, pela primeira vez, a fazer um trabalho maior e o resultado disso, nós conferimos no extended play \”Bad Girl”\, o qual chegou ao público no final de abril de 2022. O material lançado pela iniciante transita entre os gêneros hip-hop, trap, R&B, pop, rap e as mais diversas mutações oferecidas pelos ritmos musicais. \”Intro”\ é a primeira faixa e tem um caráter religioso, contrariando um pouco ao nome do EP que ele faz parte. Na narrativa intimista, o eu lírico utiliza de metáforas para descrever sua busca por uma luz no meio da escuridão. Dessa forma, prosseguimos para \”Stressed”\, a qual condiz bem mais com a proposta do projeto do que \”Intro”\, visto que, conta com uma mensagem de poder, força feminina e esbanja o luxo e a resiliência. O que poderia ser só mais uma faixa que reforça esteriótipos, na verdade, se torna um grande destaque pela ótima forma que Tina escolheu desenvolver canção. Já \”Bad Girl”\, a self-titled, não tem a mesa sorte e falha por apenas repetir todos aqueles clichês já manjados da indústria musical numa tentava de falar sobre os prazeres femininos. Logo depois, conhecemos a única colaboração presente no extended: \”Up In Flames”\, com participação de Donatello. O feat dos dois utiliza muito bem de analogias, as quais contribuem muito bem, para exemplificar todo o sentimento de abandono e desejo, sentido pelo narrador. Com uma estrutura um pouco confusa, conhecemos \”Fire”\, que possui um direcionamento muito parecido com o single em parceria com Donatello, com pouquíssimas diferenças. Em \”I work from”\, Snow volta a cantar sobre relações sexuais, dessa vez, um pouco melhor desenvolvida do que na última tentativa, mas ainda insiste nos esteriótipos. Por fim, o trabalho se encerra com \”the best”\, uma forma que a intérprete da canção encontrou para se exaltar e inflar seu próprio ego. É uma boa música, mas a ausência de um refrão faz falta. Em relação ao visual, ele transmite bem a sensação de mulher forte que a novata busca trazer no EP. É um excelente projeto de início de carreira para a cantora, que poderia ser reduzido, já que alguma faixas se parecem com cópias umas das outras. Na próxima, Tina pode buscar inovar mais e construir sua própria história, se desprendendo de clichês. (Destaque: Stressed, Up In Flames) Visual: 73, Criatividade: 40, Coesão: 70, Composição: 64, MÉDIA: 62.