Hoje é dia de entrar na Doll House da novata que vem caminhando de uma forma muito boa, Jiwoo. O EP com o parâmetro de produção de um verdadeiro mini álbum de K-POP é o "Life In Plastic - The 1st Mini Album", lançado em 20/10/2022 com os gêneros que vai do K-POP ao Clássico. A primeira faixa se chama "It Girl", é uma bela opção de escolha para se abrir um EP, a faixa é uma poderosa canção "girl crush", onde Jiwoo fala sobre o glamour, sobre ser o centro das atenções e ser a nova queridinha da Coreia. Segunda faixa é a "Life In Plastic", com uma estrutura impecável, está canção fala sobre a realidade de como é ser uma "idol" na mídia e que ela está cansada de ser uma figura superficial e para ela mesmo e pro público. "Black Swan" é a terceira faixa muito bem elaborada novamente e até agora a melhor do EP, Jiwoo vai a fundo na originalidade e acaba executando de uma maneira fantástica. Canção 100% melancólica que deveria ser single desde já. A penúltima canção se chama "La Sylphide", segue o mesmo nível de It Girl, ficando atrás das invencíveis "Life In Plastic" & "Black Swan". LS é uma boa canção e genérica canção sobre romance que não tem um toque mágico, mas isso não quer dizer que seja ruim, só é simples e está tudo bem por ser uma track. A última faixa do extended play e ganhadora de 4 prémios, nós temos a canção "Séduction Remix" com as participações de AIMER & Sakura, com uma estrutura impecável e lirica surreal para uma novata. As 3 meninas botaram todos os seus sentimentos e metáforas para jogo nesta colaboração. Não temos mais oque dizer e sim apreciar essa obra. O visual ficou por conta da novata e grande produtora, Effie. Seguindo os paramentos de "Mini-Album' de K-POP, conseguiram atingir a meta de produção e conceito. Não precisou dos visuais milaborantes e do padrão de lançamento de album/EP que são sempre estipulados no mundo Famous. Jiwoo só tem de crescer cada vez mais e é pra aplaudir esta novata de pé.

Novos artistas não possuem um momento para encontrar-se em sua própria obra, então é muito comum que eles acabem indo a caminhos facilmente alcançáveis ou deem seus primeiros passos de forma estrondosa. Para Jiwoo o passo começa ambicioso o suficiente para torná-la notável, “It Girl”, abre Life In Plastic com uma canção que busca o contentamento em um cenário caótico, mas luxuoso da fama, algo que aqui parece cru, com refrões repletos de luxúria, Jiwoo diz: “Eles não conseguem parar de me chamar de it girl”. A criação de Jiwoo de um momento completamente dualístico entre ser grandioso e recusar essa grandeza está num limiar que ela preferiu continuar nele, a faixa-título “Life In Plastic” contrasta, não da forma esperada, com seu momento anterior como a grande IT GIRL de sua obra. Enquanto em ela estava aproveitando seu momento no holofote, também sentia que ele a engolia de certa forma. Como ela diz no refrão de “It Girl”, nada soa agridoce como deveria, “It Girl” entra como uma dualidade, que não parece se preocupar em conectar-se com o restante, parece uma tentativa de apenas expor uma força alcançada pela fama, que ao se chocar com “Life In Platic”, torna-se algo diferente, onde Jiwoo nota que ser pequena se compara ao que a envolve em tudo que a torna uma estrela, mas não parece completamente preocupada. Tem uma parte de Jiwoo que não procura grandeza, e outra que simplesmente a deseja incansavelmente, entre uma busca induzida pela perfeição resultante em uma tragédia equiparável ao clássico lago dos cisnes, até um amor proibido ofuscado por sua fama, o que pode ser estrondoso para ela, é que a medida que seguimos, encontrando ela junta de alguém que não pode expor seus verdadeiros sentimentos, ela diz: “Dance comigo nesse quarto lotado / Eles não podem saber como nosso amor é verdadeiro”, seu momento íntimo na verdade possui convidados indesejados. Seu último ato vai além da fama, “Seduction”, ao lado de Aimer e Sakura, narram um momento dominado pela tensão entre duas pessoas, tudo parece fervoroso, o suficiente par torná-la uma forte canção Pop, mesmo que não queira ir muito longe. Suas letras podem parecer cruas, mas a graça do EP está em crescer com sua obra. Jiwoo propôs para si uma criação ambiciosa que talvez ela não possa explorar da mesma forma que poderia em um futuro próximo ou distante, mas sua graciosidade já está presente em como ela quis moldar o “Life In Plastic”. Muitas vezes experimentar a fama possui seus feitos colaterais, esse é um fato, Jiwoo poderia esperar um pouco mais, suas histórias ecoam de forma interessante, então elas poderiam ser ainda mais fortes quando se aproximarem ainda mais de sua realidade.

O primeiro mini-album de Jiwwo intitulado "Life in Plastic" é lançando no dia 20 de Outubro de 2022, totalmente composto por ela e produzido por Effie, no gênero do pop coreano clássico. A primeira faixa, a divertidíssima "IT GIRL" esbanja carisma, alto-astral e dinheiro. Jiwoo canta sobre ser aquela garota, que está no olhar dos paparazzis enquanto as notas de dólar saltam de sua Versace em direção a alguma festa. Realmente, é uma ostentação muito gostosa de ler e escutar. Como numa quebra de enredo, Jiwoo desabafa. Em "Life in Plastic" ela coloca pra fora sobre estar cançada de viver nos holofotes da mídias, servindo como material de consulta, mas sem prezar por si. É uma letra muito bem construída e pensada, onde ela volta a colocar na mesa todos os seus privilégios, mas como uma duquesa arrependida, ela quer renunciar o seu trono, para viver a vida normal, talvez. A teatral "Black Swan" é complexa e absolutamente fina. É de grandeza de Jiwoo que expressa tamanha dificuldade em cada linhas, esta que é vista como positiva pela astúcio entregue em cada verso. A canção é baseada no clássico Cisne Negro e a história que mistura amor, traição e vingança é contada com êxito e louvor pela artista. Como num fade-in, "The Sylphide" faz jus a sua posição na tracklist. Depois da carga dramática da faixa anterior, aqui o desfecha precedente caminha pra uma conclusão miz de sensações. Em mais uma referência ao Balé, Jiwoo conta o romance proibido da personagem, que tem um refrão muito belo e coeso, e o pré-refrão, nem se fala, muito bem articulado. O encerramento com "Séduction (Remix)" quebra, agora até negativamente, todo o classismo e maravilha que o extended-play tinha, estava muito teatral, dramático e surreal, voltando a algo mais pop, comercial e simples, neste ponto final do disco. A colaboração entre Jiwoo, Sakura e Aimer está longe de ser ruim, é bem divertida como a primeira faixa, mas mal colocada na lista, servindo de maneira melhor como uma faixa bônus. O material gráfico, em especial a capa, contra-capa e elemntos extras, são bem estéticos, com texturas bem sobrepostas, paleta de cores bem desenvolvida (com força ao rosa, por conta da sapatilha do balé), as tipografias que vão do clássico ao rústico, em Blck Swan... Muito bem feito, porém, o encarte deixa muito, muito a desejar, pois não há riqueza e detalhismo, esperava-se mais a partir do que vemos na apresentação. Este trabalho de Jiwoo é encantador, muito sentimental, áspero e com referências perfeitas, é de bom grado o lançamento. Com certeza, ela é um dos grandes nomes da nova geração.

Com seu primeiro EP, Jiwoo aposta no trocadilho de viver uma vida de plásticos para ditar o caminho de uma artista esnobe, que vive dentro de sua bolha mesquinha e só pensa em luxo, mas também mostra como a artista lida com todos esses rótulos. Não é algo tão atrativo e inovador, mas a forma que o título do projeto se encaixa com seu proposito é bastante interessante, com a referência de viver em um mundo artificial. O EP começa com a faixa "It Girl"; que se a intenção era mergulhar em um clichê de vida luxuosa, ela conseguiu. A letra transmite a ideia da artista, de forma bastante notória durante seus versos. Esse tipo de música carrega um clichê enorme em seus versos, e alguns de 'It Girl' não fogem desse esteriótipo, mas seu refrão por exemplo, consegue ser bastante catchy. Já a faixa título, "Life In Plastic" é bastante criativa e contém versos mais precisos, mais dinâmicos e complexos em relação a anterior; a música se encaixa perfeitamente com a proposta e se torna a melhor faixa do projeto, juntamente com "Black Swan", que demonstra um lado vulnerável da artista que luta para se manter nos trilhos da perfeição. Indo ao seu encerramento, a faixa "Seduction Remix" é a faixa mais desconexa com a proposta do álbum, onde parece que foi colocada de última hora sem pensar na coesão e proposta final. Seu visual é simples e refinado, uma proposta mais leve e doce da artista de mostrar os problemas da perfeição cobrada pela indústria. O visual é bastante simplificado e não contém muitas edições, mas combina com a proposta introduzida. Em consideração de ser seu primeiro trabalho, Jiwoo se mostrou ser uma artista promissora, com letras bastantes interessantes que contam uma história detalhada por partes, e que se completam como um propósito; sem levar em consideração a faixa citada anteriormente como desconexa. A capa do trabalho é bastante chamativa, e faz com que o ouvinte/leitor se interesse em saber qual história está sendo contada. O futuro de Jiwoo é incerto, mas sabemos que a artista tem um grande potencial em suas mãos, que se souber usar em composições fortes e significativas como "Black Swan" e "Life in Plastic", ficaríamos ansiosos para o seu próximo projeto.