Jamie Lynn com toda certeza é uma das grandes artistas no gênero Dance, após o estrondoso sucesso de seu projeto antecessor ela retorna ao mainstream com seu mais novo álbum “Utopia”. Observando o conceito proposto e explicitado na faixa-título, podemos perceber que o material abordará uma série de temáticas acerca da felicidade e do amor, seguindo o pressuposto de algo que poderá ser alcançado e poderá ser vivido. Infelizmente não há uma coerência melódica durante a narrativa, há uma grande diversidade e vários tipos de música Dance que não possuem uma ligação entre si, ou seja, não há algo que una essas faixas com um mesmo propósito melódico, são totalmente distintas e isso, apesar de audacioso, pode inferir um ponto negativo a produção. As letras são precisas e a maioria delas relatam acerca de um amor tão intenso e sobre estar pronto para aceitá-lo, como dito na canção “All This Love”. Há uma linearidade acerca do lirismo representado que pode ser identificado com um dos pontos altos neste compilado. O incessante desejo por sentir amor é fortemente destacado em uma das faixas que mais gostamos, “Closer”, nela observamos o quão estamos vazios e necessitamos de algo que nos preencha tão precisamente. Os visuais são, um tanto, confusos. Algumas das figuras representadas, possuem simbolismos e representações ligadas a religiosidade e são as mais bonitas, porém não há uma conexão com o proposto nas letras. No geral, Jamie traz um trabalho confuso, em que por um lado há grande teor artístico e no outro há uma artista perdida em suas próprias ideias, a única coisa a ser feita é unificar ambos, de modo que possam estar em sincronia. Utopia segue tendo grande destaque no âmbito dance como uma lição para a cantora e para os demais, seja ela positiva ou negativa.