
78
Uma das grandes artistas dance da indústria retorna com seu mais novo álbum e talvez sua mais bem trabalhada obra até hoje. Desde sua volta a indústria, Toveline vem pegando os olhares de todos com seus singles bem sucedidos, com \"Take Me Higher\" e \"Acclaim Me Like Amalia\" em sua tracklist, as expectativas para o disco foram altas desde o início da era e a artista conseguiu suprir expectativas. Com letras mais polidas e bem trabalhadas, a cantora entrega um álbum cativante do início ao fim e mesmo sem letras impactantes a produção do disco se destaca fazendo o ouvindo querer ouvir mais, Toveline deixa de lado o visual extravagante e fantasioso pelo qual era conhecida e trás uma obra clara e coesa. Os pontos altos do disco são \"Summer Love\" e \"Mind Maze\" onde a artista mostra que apesar de não arriscar, sabe se aprofundar em pontos que apesar de clichês são tratados de forma mais madura. Os visuais da artista vem melhorando a cada obra, \"New Reality\" talvez seja seu melhor trabalho visual onde tudo combina entre si e soando agradável e bonito. A artista se consolida com um dos grandes nomes do seu gênero cada vez mais e apesar de não ser um trabalho perfeito trás sua criação mais interessante.

74
Toveline, um dos grandes destaques no gênero Dance, lança seu primeiro projeto pós reset com o título “New Reality”. Com base em suas experiências, a cantora se propõe a abordar uma série de temáticas, sejam eles sua carreira, paixões, anseios e mudanças constantes. O conceito do álbum é um tanto comum, mas ao observamos atentamente podemos perceber uma singularidade pessoal da artista, como se ela fosse do genérico ao pessoal em poucos segundos; são nuances perigosas para serem usadas, porém o fato de sempre voltar ao contexto original expresso dá uma força maior para algo que seria totalmente fútil se não tivesse essa jogada de mestre. Liricamente esse é um álbum que prioriza sempre o refrão e o coro, algo que não concordamos totalmente, talvez Toveline pudesse carregar mais suas estrofes com versos menos sistemáticos e com mais referências, achamos que ela se perde em alguns momentos e é virtuosa em outros, exemplo de “The Prize To A Murderer”, que foca quase que completamente nas repetições. Mesmo em um gênero que prioriza as batidas e a vibe mais desconstruída liricamente, ainda se faz necessário uma melhor modulação dos versos. Melodicamente o álbum é extremamente coeso, apreciamos a forma que ela oscila entre o Dance e o SynthPop como se eles fossem um só, essa é a coerência que esperamos nos álbuns, eles não precisam ser necessariamente iguais para seguirem uma linha melódica durante todo o projeto e “New Reality” foi impecável nesse aspecto. A melhor canção para nós é “New Reality”, nela os versos são melhor construídos e reforçam ainda mais um empoderamento pessoal mediante as mudanças ou as situações adversas. Visualmente, a primeira vista é um tanto estranho ver a temática escolhida com o que se está ouvindo, não é preciso ir muito longe para ver a clara referência ao álbum “Music” da Madonna, que possui uma mesma abordagem. Ainda assim é possível enxergar que Toveline continua reforçando a vibe Dance como base, até mesmo no encarte. No geral, concordamos que esse é um álbum de nuances arriscadas, ele é um excelente projeto melodicamente e seria facilmente tocado em qualquer lugar, porém ainda há uma falta de construtos líricos que nos atraia, versos mais carregados e cheios de referências ao invés de priorizar um refrão mais pegajoso. Toveline permanece como grande nome em seu nicho e ainda há muito o que mostrar na indústria.

64
Toveline estreia seu terceiro álbum na indústria: com uma pegada moderna e batidas eletrônicas - que se opõem à estética country do seu visual - a cantora aborda uma temática de renovação. O álbum em geral é sobre enfrentar as surpresas e desafios da vida, desde conflitos pessoais até os impasses da fama, e como tudo isso nos leva a encarar uma \"nova realidade\". O visual da peça é bastante simplista e limpo, representando talvez que Toveline busca entrar em uma fase de mais honestidade para consigo mesma e para com seu público. A produção visual, infelizmente, não possui grandes elementos de destaque, e apresenta um aspecto impolido entre suas páginas - apesar de as fotos dialogarem razoavelmente entre si, as cores utilizadas nas páginas parecem entrar em conflito e não trazem uma estética agradável. Liricamente, NEW REALITY não apresenta faixas grandiosas. Podemos destacar \'Summer Lover\' e \'Acclaim Me Like Amalia\' como pontos interessantes do projeto. \'Cursed Wishes\' é boa, mas apresenta uma desproporção incômoda entre seus versos em alguns segmentos da faixa; enquanto \'Crocodile Tears\' é a melhor de todo o álbum, mas ainda assim carrega traços de incipiência de Toveline enquanto compositora. Nesse aspecto, o álbum não apresenta maturidade: as faixas descontraídas soam soltas demais, ao passo que quando a artista tenta ser mais séria em canções como \'What I Fucking Believe\' e \'The Prize To A Murderer\', também não consegue exprimir força. Em suma, NEW REALITY é um álbum bem leve e facilmente digerível, entretanto, sua falta de elaboração nas composições em geral é um grande problema a ser levado em consideração. Toveline trouxe alguns nomes interessantes como Amália e Theodore para a criação desta peça, mas o que nos soa essencial é que a própria artista amadureça mais, entregando assim trabalhos mais firmes. COESÃO GERAL: 70; APRESENTAÇÃO & APLICAÇÃO DO CONCEITO: 66.; PRODUÇÃO LÍRICA: 58; PRODUÇÃO VISUAL (×0,5): 60; NOTA FINAL= TOTAL/3,5: 64

73
NEW REALITY contou com a participação de inúmeros compositores e produtores, dos quais se destacam Theodore Bellini, LUCK e Amália. O álbum possui 11 faixas, sendo uma delas remix. Embarcando nos gêneros do Pop, Eletronic e SynthPOP, Toveline traz um material coeso e despretensioso. O conceito não pesa aos ouvidos dos ouvintes, e nem força um ideal que não existe. Num mercado fonográfico, onde cada vez mais conceitos são empurrados ouvido a baixo, o simples se torna o maior. E é isso que vemos em NEW REALITY. O álbum mostra como Toveline, enfrentou e enfrenta várias situações de sua vida, seja em relacionamentos, tanto amorosos como de amizades. A experiência com a fama e suas desavenças. Onde segundo a própria cantora “A todo momento somos colocados em uma nova realidade”. O álbum é muito bem escrito, e suas faixas destaques ficam por conta de “Cursed Whises” – que deveria se tornar single -, A já conhecida “Acclaim Me Like Amalia”, em parceria com LUCK e Amalia, além da excelente “New Reality”, que encabeça o título do disco. Não podemos deixar de destacar o remix de “Take Me Higher”, que deveria ser a versão original da faixa. Embora NEW REALITY não demande de um vínculo emocional ou intelectual, ele ainda assim eleva os padrões da música Pop. O disco mostra um lado um pouco mais maduro da cantora, onde destaca a capacidade da mesma em se conectar com suas experiências e ainda produzir um pop de sucesso. É uma combinação que cai muito bem com ela. O ponto fraco desse projeto é o seu visual. Com detalhes ríspidos e mau trabalhados, o lado artístico deixa a desejar. O encarte não parece ser uniforme, e tampouco um se encaixa com o outro. Entretanto, na era dos streamings, o visual nem sempre vem em primeiro lugar. Mas se a artista deseja ser aclamada em todos os pontos de sua obra, é melhor trabalhar por isso.