
70
Geterm marca sua volta aos holofotes da indústria com seu “Encore”, álbum com uma proposta pessoal e repleto de experiências de vida do cantor que liricamente poderia ter sido abordado de maneira diferente. A união entre o conceito circense e o conteúdo lírico nos da a possibilidade de começar com “Dark Cirque”, faixa alegórica que se concentra bastante no tema que o álbum nos deseja propor. O álbum continua daqui em diante com mais altos que baixos que deixam um sabor residual amargo, como se muito do que nos veem proposto não fosse o suficiente. As únicas faixas que soam diferenciadas desse contexto são “The Judgement” e “S.A.D.”. O cantor poderia ter se concentrado mais no lirismo do álbum que parece algo incompleto, quase como um rascunho de algo futuramente melhor. Passando para a parte visual, o encarte é estremamente certeiro no conceito, apresentando referimentos a temática circense. A capa e a controcapa são bastante chamativas, uma pena o conteúdo lírico não conseguir satisfazer as grandes expectativas do contexto geral. “Encore” prova que o cantor Geterm tem ainda bastante caminho a percorrer para conseguir chegar onde deseja chegar. A nossa revista aconselha mais atenção no próprio rota artistica, para não se derrapar e se perder no caminho.

72
O segundo álbum de estúdio do rapper Geterm poderia ser algo épico se seu potencial fosse devidamente canalizado para um direcionamento só. Encore é um disco que propôs uma metáfora circense/teatral que se cumpre muito bem nas duas primeiras faixas mas só volta a tona na faixa \"Wonderland\" para depois ser esquecida até o final do disco. O que, infelizmente, prejudica bastante a progressão de um trabalho tão promissor. No aspecto lírico, o disco em geral apresenta boas letras, sendo a melhor a faixa \"The Judgement\", mas também se destacando as faixas \"Reflection\" e \"Wonderland\" pelo seu teor metafórico. No aspecto coesivo, o disco funciona com uma divisão por atos relativamente bem sucedida, porém, existem diversos temas abordados dentro delas que tornam tudo o que o envolve extremamente confuso. Já no aspecto visual, o disco foi ligeiramente infeliz em alguns aspectos. Ele é relativamente bem editado, mas foi infeliz em não seguir uma tipografia mais uniforme entre as páginas e em usar um jogo de luz e sombra que dificulta a apreciação das imagens e dos textos escritos no decorrer do encarte. Logo, em meio a alguns problemas e outros clichês, Geterm perdeu a oportunidade de voltar majestosamente. Abordagem temática: 50 Coesão: 75 Conteúdo lírico: 79,5 (x2) Conteúdo visual: 75 Média: 72

69
Aí retornar a indústria musical, com um trabalho descrito bastante pessoal, Geterm marca que evoluiu em comparação ao seu trabalho anterior mas ainda tem muito a crescer. Acordando uma temática perigosa e difícil de ser levada, o rapper se mostra espectador de um mundo montado para que as aparências sejam o guia de sua tristeza e sua vida, ao lançar \"Encore\" o cantor se arrisca bastante expondo sua fragilidade como humano e artista. O trabalho tem uma lírica bastante interessante quando se trata da visão sobre a indústria pelo cantor, o single \"The Judgment\" pode descrever isso de forma clara e direta, algumas outras músicas também falam claramente sobre mágoas e dores vividas por Geterm durante sua vida como é o caso de \"Traitor\" e \"SAD\", apesar de algumas músicas parecerem se perder em meio ao conceito da obra, isso não pesa tanto por não fugirem completamente do tema, sendo que \"Wonderland\" cumpre seu papel. Passando para a parte visual, não se vê tanto evolução nesse quesito, onde o cantor continua a abusar dos elementos escuros e uma mistura desnecessária de tons, saturação e cores que acabam atrapalhando mais que ajudando a obra, Geterm evolui na parte lirica mas segue pecando na parte visual, levando em consideração ser seu segundo trabalho, o peso é maior pois é esperado uma evolução. Sendo um rapper veterano cometendo erros que já não são mais vistos em outros mais jovens, esperamos que Geterm possa evoluir trazendo mais inovação em seus trabalhos.

78
Marcando o retorno de Geterm à indústria musical, Encore é um álbum bastante pessoal, que segundo o artista, é uma reflexão em forma de música sobre um período obscuro de sua vida. Visualmente, o álbum é simples e segue a estética circense proposta. A escolha fotográfica e a fonte das letras nos agrada, mas gostaríamos também de ter visto uma unidade melhor entre as páginas, pois algumas parecem desconexas entre si. Em sua produção lírica, Encore abre de forma bem alegórica com \'Dark Cirque\', que concentra elementos circenses e conversa com a temática do disco. \'Reflection\' dá continuidade à faixa anterior e possui um pouco mais de mistério em seu lirismo, enquanto \'Play Dead\', apesar de trazer um ar cinematográfico interessante, soa anti-climática. \'S.A.D.\' tem um título inteligente e dispõe de um uma melancolia lírica emocionante, sendo o ponto de maior vulnerabilidade do álbum. O eu-lírico não enxerga possibilidade de redenção em \'The Judgement\'. \'True Love\' se mostra mais rasa que as faixas anteriores, e \'Wonderland\' estabelece uma boa relação simbiótica com \'Catharsis (Encore)\'. \'Accordition\' não se relaciona muito com o álbum, o que é de se esperar de uma faixa-bônus, mas traz uma perspectiva positiva que é revigorante ao final da jornada amarga que o é descrita através da maior parte das canções. Encore é um álbum cheio de camadas e entrelinhas, no qual o cantor Geterm conseguiu demonstrar bem sua habilidade para compor. Ainda assim, algumas de suas letras e a produção visual, como já mencionamos, poderiam ter sido mais refinadas. De modo geral, esta obra carrega mais aspectos positivos do que negativos, evidenciando que Geterm tem muitas coisas boas para oferecer à indústria. APRESENTAÇÃO DO CONCEITO: 79 APLICAÇÃO DO CONCEITO & COESÃO GERAL: 79 PRODUÇÃO LÍRICA: 80 PRODUÇÃO VISUAL (×0,5): 76 NOTA FINAL= TOTAL/3,5: 78

72
Em um novo projeto, Geterm retorna aos holofotes com “Encore”, seu segundo álbum de estúdio. Tudo nesse projeto pode ser entendido como um reflexo de sua personalidade ou de suas experiências, se supõe que com a temática circense ou de grandes espetáculos ele esteja se dirigindo a indústria fonográfica, assim como seu papel nela como espectador e protagonista do entretenimento, com uma perspectiva mais melancólica e pessoal acerca do que acontece por trás dos bastidores de sua persona como artista. Apesar de já termos visto isso em outros projetos, é interessante como sua evolução no norteamento e execução do conceito foi uma boa jogada, além de trazer com melhor coerência um lado artístico que não havíamos presenciado, com maneiras mais palatáveis de trabalhar seus sentimentos e sensações acerca de algo. O lirismo é bem elaborado, com recursos interessantes, Geterm ainda mantém sua forma mais direta de trabalhar, porém com uma nuance mais pessoal e polida do que anteriormente, há melhorias no uso de recursos linguísticos e construção de versos. “Dark Cirque” foi a canção que mais nos chamou a atenção, não apenas por introduzir a jornada lírica, mas por ser conclusiva em resgatar a vida dentro e fora dos espetáculos, como artista e logo após como ser humano. A produção melódica é bem coesa, fugindo em alguns momentos, porém sempre com uma vibe mais nostálgica e circense, porém ainda é difícil nos depararmos com uma canção mais melancólica e lenta, sendo que sua sucessora é mais agitada e a próxima volta a sonoridade mais soft, porém gostamos de como ele conseguiu seguir por maior tempo uma linearidade. Os visuais são bem trabalhados, seguindo um pressuposto visual com a temática escolhida, gostamos de como as fotos foram adequadas a maioria das letras em que faziam referência, porém nos incomoda o fato do encarte possuir muitas tonalidades, sejam em sépia, B&W, colorido e etc; elas poderiam ter seguido uma linha única nesse sentido. Para um retorno, Geterm conseguiu bem se posicionar com uma obra melhor trabalhada, ressaltamos que ele possui um valor artístico e talento ao expressar suas emoções, esperamos que ele possa nortear melhor seus pensamentos e nos surpreender mais uma vez.