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Com uma abordagem clichê, composições questionáveis e um visual não tão bom, Kim Kimbel debuta na indústria com \"Personalities Stories\". A cantora não se propôs a arriscar no projeto e trouxe inúmeros erros que infelizmente pesaram na nossa avaliação. Em um primeiro olhar para as composições , não vemos muita personalidade nelas pois as composições com estrutura normais contém semelhanças que podemos citar até como plágio, e as que são originais passam longe de serem organizadas, sendo cansativas e cheia de pequenos defeitos como erros de tradução, estruturas confusas e troca de palavras, que podem melhorar com o tempo. Sobre o visual, obviamente não devemos esperar uma revolução o tempo todo, ou algo completamente diferente dos demais porém \"Personalities Stories\" parece simples demais e feito de qualquer jeito, mesmo com boas escolhas de imagem, os efeitos e tipografia não caem bem e infelizmente não ajudou a salvar o álbum. Aconselhamos a artista que continue melhorando em sua escrita, para que não precise recorrer a músicas já existentes para solidificar seu trabalho e também polidez em seu visual. Não foi um bom começo, mas esperamos que a artista absorva todos os conselhos e traga algo melhor no futuro.

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Kim Kimbel lança seu primeiro álbum intitulado \"Personalities Stories\" e marca presença em seu debut. \"Personalities Stories\" é um álbum que atira para todas as direções,em conceito, composições e também em sua produção melódica; falando sobre si mesma, paixões, desavenças comuns, empoderamento e diversas outras situações. Cada canção parece oscilar em temática e em contexto, mas não se ligam de forma alguma em uma totalidade. O maior problema no conceito foi não se estabelecer em uma narrativa, no geral as músicas parecem um tanto que aleatórias e apenas foram justapostas em um álbum, seria interessante ela conseguir unificar tudo isso em uma unidade, filtrar o que pode fazer parte de uma mesma narrativa e deixar para um próximo projeto aquelas que não condizentes. Mesmo que possivelmente o álbum traga reflexos de diversas personalidades, ele ainda necessita de uma coesão. As composições são o ponto negativo mais alarmante, grande parte das canções não possuem uma estrutura estabelecida, não se sabe o que é estrofe, pre refrão ou refrão; algumas delas podem ser categorizadas como plágio, infelizmente encontramos isso na canção \"Personalities Stories\" e \"No Flaws\" que copiam o refrão e algumas expressões de forma identicas das canções originais dos artistas, Kim Kimbel precisa de um melhor norteamento quando a sua elaboração lírica, não é necessário copiar versos de uma canção existente para expressar um mesmo sentimento, é necessário um certo empenho individual para transmitir uma mensagem, como por exemplo em \"Happy Forever\", escrita com outro cantor, ela consegue transmitir uma mensagem profunda, cativante e concisa sem necessariamente copiar algo já existente. As melodias são extremamente diversas e opostas, por vezes estamos em uma canção Alternativa ou Pop e logo em seguida adentramos em uma faixa Hip Hop; é algo brusco demais, Kim poderia ter escolhido um gênero base e logo após ir trazendo os elementos que ela gostaria que houvessem no álbum, bem como definir melhor a sonoridade que pretende trilhar, muitas canções estão classificadas como Rock ou R&B mas são outra coisa totalmente diferente. Os visuais são simples, podem ser classificados como amenos, nem são totalmente ruins e nem tão promissores, seguem uma linha horizontal. Gostamos da sobreposição de formas geométricas com uma cor em específico, mas elas precisariam ser melhor ajustadas; talvez uma única cor em todas poderia ser uma melhor opção, bem como um melhor ajuste do título e de sua fonte no encarte. Kim Kimbel não nos cativou em nossa primeira impressão, ela ainda necessita de muito trabalho para conseguir nortear sua visão artística e decidir quem deseja ser e o que deseja fazer, esperamos piamente que ela consiga isso e nos surpreenda positivamente no futuro.
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Com \"Personalities Stories\", Kim Kimbel lança seu debut album, que a julgar em primeiro momento pelo título e capa pode prender o ouvinte a querer conhecer a trajetória da artista, mas ao consumir o album, entre tantas afirmativas de \"Eu sou Kim Kimbel\" podemos concluir que pouco ainda sabemos sobre a mesma. É interessante pensar que em uma rápida impressão a artista poderia ter seguido uma linha cronológica mais consistente, partindo de uma introdução mais intimista, como ela mesma conta em algumas composições muitos aspectos particulares e depois ir então para outros temas sobre o mundo da fama sendo algo corriqueiro na retórica da artista, mas esse não foi o caminho trilhado por ela para a criação do disco, pelo contrário, o álbum soa como um compilado de músicas soltas que por hora se repetem exaustivamente, principalmente pelas \"shady songs\" que poderiam ser melhor desenvolvidas se trabalhadas em uma ou duas faixas apenas. A falta de identidade começa na apresentação do conceito, não há clareza do que a artista quer passar com seu trabalho, são apenas problemas vividos por todos e por ela (?), a artista poderia brincar com o título do disco nesse ponto, trazendo referências a grandes personalidades da mídia a qual se aproximem da abordagem do disco, também podendo trabalha-las nas faixas, ou mesmo criar de maneira mais densa com uma especie de monólogo ou carta falando sobre aspectos da vivência e personalidade da artista. O obstáculo não está em trabalhar um conceito homônimo e pessoal, mas que isso fique claro para o consumidor do trabalho e que o todo não se torne maçante, com um álbum de 15 faixas, seria uma escolha melhor se a artista tivesse reduzido a tracklist e trabalhado mais em algumas faixas, construindo uma narrativa sobre elas, pois é evidente pelas prévias que o trabalho tem potencial para ser um grande álbum. Não é de todo ruim se pensando em um álbum de estréia, mas a artista ainda tem um longo caminho a trilhar para fugir da viciosa construção lírica presente, podendo construir um caminho semelhante entre as faixas \"Illusion - The Proceed - The Queen Of The Night\", onde é visível que mais que faixas individuais, elas também conversam entre si, trazendo um teor critico para o disco, não se trata de contar a mesma história, mas no todo se interligam em uma prosa que cria sentido ao álbum e não numerosas canções que diferem mesmo sentido mas que não dão orientação para o mesmo. No mais, citamos a parceria entre Lisa Banks e Oliver Foster, \"BACKSEAT\" como a faixa mais bem trabalhada do álbum, embora nossa favorita seja a faixa \"The Queen Of The Night\" que possui um enorme potencial de destaque no álbum, mesmo que seja apenas uma interlude, é um ponto de evolução no disco entre como e o que a artista apresenta em seu conteúdo lírico, é interessante e instigante. Quanto a parte visual do trabalho, o encarte recorre a uma perspectiva mais simplista, o que não é um problema pois acreditamos que os elementos empregados ressoam de maneira correta para a abordagem escolhida, representando uma nostalgia de olhar para nossa própria história, recorrendo a padrões longínquos de construção de encarte sendo também uma tendência de retorno presente entre muitos álbuns. As fotos escolhidas também representam bem em sua maior parte as vibrações da artista, predominantemente se apresentando confiante ao longo se seu trabalho, não é inteiramente polido mas não apresenta erros bruscos também, podendo classificar esse aspecto como um ponto alto no disco. Em suma, é evidente do público e para a revista o potencial de Kim Kimbel, principalmente em suas composições que beiram ao Hip-Hop em toda a sua ousadia e carisma que nos permite identificar com a artista, falta apenas direcionamento, o que parece contrário a proposta de \"Personalities Stories\". Acreditamos e esperamos que com uma melhor organização para entregar um trabalho do porte de um álbum, a artista consiga com consistência apresentar suas ideias de maneira deleitável. Conteúdo lírico: 60 Aplicação do conceito e coesão: 52 Criatividade: 64 Visual: 79

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Kim Kimbel debuta na indústria com “Personalities Stories”, um álbum confuso e sem identidade, mas com potencial, que infelizmente foi desperdiçado. Em seu debut álbum, Kim Kimbel comete um erro corriqueiro entre novos artistas, que é tentar abordar muitos temas em um só álbum, fazendo com que nada se destaque ou se organize. Kim fala sobre estar depressiva em um momento, logo após se ama e é empoderada, Kim está apaixonada, e logo após quer destruir as inimigas. Nada se conecta ou faz sentido. Se pelo menos as faixas fossem agrupadas em seus respectivos temas, estes erros se dissolveriam, mas não, tudo está jogado de forma aleatória na tracklist sem ligação entre as faixas seguintes. Kim poderia ter apostado em um álbum inteiramente hip-hop, que é onde vemos maior acerto da artista em suas composições, tal como a faixa título “Personalities Stories”, porém a melhor faixa é “The Queen Of The Night”, que infelizmente se reduz a somente uma interlude, mas é um potencial single, talvez sendo lançada como um remix possa garantir bons frutos para artista além de críticas. Mas Kim também acerta quando se norteia a algo mais pop e romântico, como em “BACKSEAT” colaboração com Oliver Foster e Lisa Banks, e a singela “99 Cent Store”. O maior erro do álbum, é provavelmente a faixa “Fire Burns”, que é repetitiva, enjoativa, e não inova em nada, visto que outras 5 ou 6 músicas deste álbum se parecem exatamente como esta, apenas trocando algumas palavras por sinônimos. Este é um outro erro do álbum, apesar de trazer composições boas, todas soam muito parecidas entre si, o que leva o ouvinte a se enjoar facilmente de ouvir sempre musicas quase iguais. Kim também erra em tentar englobar vários gêneros aqui, o álbum está categorizado como R&B, Hip-Hop e Indie, que são gêneros totalmente opostos e não conversam entre si. Os instrumentais são bonitos e interessantes, mas não soam como parte do mesmo projeto. Assim como dito ali em cima sobre as composições, Kim Kimbel tenta englobar muitas coisas, e talvez retirando alguns temas e focando somente em algo, o acerto seria maior. O visual é o ponto alto do projeto. Com produção de Thereza Khan, vemos um encarte bonito, nada super trabalhado, mas simples e minimalista, não que isso seja um erro, é um grande acerto pois nem sempre arriscar demais é o mais apropriado. Kim preferiu optar por um caminho mais fácil de acertar, do que arriscar em algo duvidoso. Apesar de não arriscado, o visual não é nada padronizado, segue sua própria linha original, e é um grande acerto. O maior erro de Kim Kimbel é tentar englobar muitas coisas em um só álbum, isso também vale para um encarte simplista em meio a composições pesadas e cheias de poder, ou até mesmo as próprias composições que querem abordar muitos temas. “Personalities Stories” tinha tudo para dar certo se fosse bem organizado, mas alguns erros o levaram a uma confusão extrema. Kim Kimbel ainda é uma nova artista e ainda há muito tempo para concertar seus erros.