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Após viajar ao incerto no famoso ‘Conspiracy’, WAKBA mergulha de ponta cabeça no desconhecido, em busca de explicações para seus medos e desconfortos, assim é denominado o 7 ° álbum de estúdio ‘UPSIDEDOWN’. Caracterizada pelo experimental, a artista aposta na angelical e sóbria ‘Upsidedown [Intro]’ para nos levar a esse mundo invertido que acaba por funcionar de forma tangível, é notável os versos ágeis como se estivessem ecoando em seus ouvidos, e finalmente entrando em nossas mentes durante ‘Synthesized Monster’ que soa como uma faixa um tanto política, a ambiguidade que essa faixa carrega pode ser de infinitas possibilidades, apesar de ser repetitiva e não mostrar sua força ao decorrer das estrofes. A ambiciosa e sagaz ‘Insatiable’ nos leva a conhecer outro lado do lírico, não vemos alguém pedindo por socorro, mas alguém insaciável que anseia pela autodestruição. De fato, não é uma faixa que se destaca dentro da anterior e de sua sucessora, sentimos que algo a segura para falar com clareza o que sente. Com uma premissa forte, Wakba volta a nos surpreender com sua inteligência e excelência nos versos, que acabam por sobressair mais que os extensos e cansativos refrões. “The Love of The Sun Kills the Moon” não é uma faixa ruim, é política e criativa, que encaixou perfeitamente após o apocalipse zumbi e sua forma insaciável. “Zombie Brains” nos deixa conflituosos, há linhas que alcançam além do esperado, porém a frase “Our planet has cancer” faz com que o restante da música soe superficial que grita para ser melhor explorado, câncer em si não tem nenhuma dessas manifestações que a música carrega, sabemos que a artista pode ter usado como uma metáfora, mas sucedida de versos fortes e políticos, soa um tanto banal. Os dois grandes destaques do álbum chegam triunfando, após turbulências “Mind\'s Puzzle” e “Dreamland” fazem uma dupla perfeita sobre sanidade mental e nos faz questionar o que realmente vale a pena no mundo que vivemos com as metáforas e rimas geniais. Agora, Wakba torna o clima um tanto melancólico e íntimo, ao lado de Mari Boine que por vez, entra nas sombras da artista e conversa com o leitor sobre as cicatrizes que o amor pode deixar. Dentro do contexto do álbum, “Lonely Nights” soa a mais fraca da obra – ainda mais sendo sucedida pela ambiciosa RUN!, porém apreciamos a sua estrutura não tão repetitiva que rapidamente é rompida na confusa e apática “Goodbye Means Welcome” que ao lado de grandes faixas, soa como um término anticlímax, nos deixando um tanto decepcionado. Visualmente é ambíguo, gostaríamos que a artista tivesse colocado mais esforço em páginas do encarte que, visualmente, parecem textos largados, porém destacamos as incríveis fotografias do álbum, a melhor parte de olhar para o UPSIDEDOWN é o dourado extremamente caprichado e evocando os pesadelos e insanidade que o álbum traz consigo, nosso único ponto negativo no encarte, é que as páginas fossem mais polidas. Como um todo, Wakba excede seus limites de criatividade ao apresentar uma obra muito coesa e política reafirmando mais uma vez o por quê de seus projetos soarem tão excêntricos, mas a compositora poderia ter se divertido e explorado mais as canções que se tornaram maçantes durante a leitura. UPSIDEDOWN É uma releitura sobre seus maiores medos e inseguranças, mas não de forma vitimista, e sim ambiciosa. COMPOSIÇÃO: 22 / CRIATIVIDADE: 26 / COESÃO: 17 / VISUAL:14.

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Com \"UPSIDEDOWN\", WAKBA retornou a indústria trazendo um conceito um tanto desafiador, que pode tornar um trabalho mágico se feito da forma certa, ou soar completamente bobo e superficial se não for bem aplicado. Após o sucesso do seu último trabalho \"CONSPIRACY\", muita expectativa foi criada por um novo trabalho de inéditas de WAKBA que tirou um tempo longe da mídia, para causar ainda mais burburinhos com seu retorno, que aconteceu com o single carro-chefe da era, \"Insatiable\", que trouxe toda a estética que viria a ser apresentada no álbum. Nas composições, WAKBA traz rimas e versos muito bem feitos, porém peca nas repetições excessivas em algumas faixas, como em \"The Love Of The Sun Kills The Moon\" e \"Goodbye Means Welcome\", que além de parecer não ter significado algum pra obra, é feito apenas de repetições e não traz nada de interessante pra história do álbum como um todo. As melhores faixas são \"Upsidedown [Intro]\" e \"Run!\", que são bem escritas e realmente nos traz para o que a artista propôs ao projeto como um todo. O grande problema das composições foi parecerem repetitivas não por fazer sentido, mas pela artista não querer desenvolver as canções propriamente, usando como exemplo \"Insatiable\", que tem um tema que poderia ser melhor explorado, mas após o primeiro verso se torna um loop sem nenhuma novidade ou adição na composição como um todo. Entendemos que um projeto Dance baseado no gênero muitas vezes não são tão profundos, mas isso não significa que precise ser superficial, mais do mesmo ou até ruim, e WAKBA aparentemente não quis trazer um trabalho superficial, o que notamos pela abordagem proposta pela própria, mas que acabou se tornando um pouco descartável pelos defeitos já citados acima. No visual ao mesmo tempo que ela nós dá o que propôs com \"Insatiable\", com toda a estética do ouro, o encarte produzido pela própria artista parece extremamente básico e até amador demais pro nível da artista que sabemos que WAKBA é. As letras não foram bem colocadas no encarte, as fontes básicas apenas tornaram essa parte do visual mais bruta, sem que parecesse um trabalho que realmente demandou esforço. Algo que poderia ter sido feito para que o visual não parecesse tão fora do lugar era incluir o título das faixas e os créditos dela nas fotografias usadas pro álbum, ainda mantendo a originalidade do ouro. Infelizmente, esse que deveria ser o ponto mais alto do trabalho pela sua proposta, acabou sendo o mais ofuscado da obra, seja pela falta de polidez ou até por ser desconexo com o que o conceito nos faz imaginar, quem olha para o encarte do \"UPSIDEDOWN\" não diria que o álbum se trata de um pesadelo, muito menos de um mundo alternativo. Com \"UPSIDEDOWN\", WAKBA mostra que é criativa para trazer bons conceitos, mas mostra um despreparo em realizar o que ela mesma propôs, deixando o trabalho em sua discografia parecer apenas \"mais um\". Composição: 23/30 | Visual: 15/28 | Coesão: 11/22 | Criatividade: 19/20

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Em seu sétimo álbum de estúdio, WAKBA abusa novamente da sua boa e velha amiga: criatividade; onde seus maiores acertos sempre são quando a cantora mergulha fundo no seu mundo imaginário, criando álbums que podem ser vistos como incríveis. Em ‘UPSIDEDOWN’, não é diferente, WAKBA mostra criatividade desde o seu conceito ao decorrer das faixas, e seguir ao extremo no seu visual, mesmo que não seja tão atraente quanto poderia ser. Iniciando pela faixa ‘UpsideDown’, é uma intro com qualidade de uma música completa, podendo ser facilmente esquecida como apenas uma intro e sendo vista como uma música com versos criativos e um instrumental ridiculamente bem escolhido. ‘Synthesized Monster’ contém um instrumental extraordinariamente bem selecionando para a escolha da música. É uma música muito bem composta, onde a cantora utiliza de ironias e metáforas para completar o sentido da sua música e deixa-la em outro nível. ‘Insatiable’ tem uma boa letra, mas dentre as três primeiras músicas, é um tanto ‘fraca’ para ser escolhida como primeiro single do projeto. ‘The Love of the Sun Kills the Moon’ é a mais fraca do álbum, onde o excesso de metáforas usados pela cantora fez a música soar um pouco confusa. ‘Zombie Brains’ tem uma letra impactante, onde a única coisa que pode ser considerada defeito é a extrema repetição dos versos no refrão e ponte, soando um pouco vazia pela repetição, mas ainda sim, uma boa música pelo seu conteúdo restante, perdendo o posto entre as melhores pelo motivo citado. ‘Mind’s Puzzle’ está entre as melhores músicas do álbum, onde o seu instrumental contagia o suficiente para querer ouvir a música cantando junto. Seus versos são complexos mesmo com o instrumental divertido, sendo um acerto no álbum. Em ‘Dreamland’, WAKBA faz uma crítica aos holofotes de forma criativa, positiva e divertida, mencionando Hollywood como a terra dos sonhos. ‘Lonely Nights’ é a melhor música do álbum, por trazer um diferencial em todos os sentidos para o álbum. Por ser no seu final, não agride na coesão sonora, apenas adiciona. A qualidade da letra é notável, contém versos muito bem inscritos e a adição da Mari, mesmo que a música solo fosse boa por si só, a cantora adiciona muito na qualidade geral. Parece com uma balada obscura necessária para o fim do álbum. Por fim, ‘Goodbye Means Welcome’ é uma boa baixa pra encerramento, mas soa como uma interlude de encerramento. A letra não é tão detalhada, não é tão trabalhada, então apesar de encerrar de forma correta, não parece com uma música completa. Seu visual é peculiar, onde novamente, o maior aliado de WAKBA em seu trabalho é a criatividade, porém diferente do ‘Conspiracy’, o visual parece um pouco menos trabalhado, apenas imagens editadas separadas de um fundo preto e suas letras com posições diferentes; onde não é um visual feio, pelo contrário, mas também não tem um fator que seja muito interessante para detalhar. Dentro do ‘Upside Down’, WAKBA parece dar uma reviravolta na sua carreira e coloca-la de cabeça para baixo de carta forma, de um ponto de vista positivo, a cantora definitivamente se encontrou dentro de um som rock/dance com camadas synthpop, tendo um futuro bastante inesperado na indústria, porém excitante para quem espera. Composição: 30 / Visual: 19 / Coesão: 19 / Criatividade: 20
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Em forma de sátira apocalíptica para tratar de variados temas sobrepostos socialmente, mas ainda sim invisibilizados, WAKBA lança seu sétimo álbum de estúdio intitulado “UPSIDEDOWN”. Não há um direcionamento específico analisando o álbum integralmente, mas o mesmo nos chama a atenção em alguns aspectos, como é o exemplo de abordar questões extremamente atuais e urgentes. Adentramos o trabalho com uma breve intro na faixa de mesmo nome do disco e a seguir temos “Synthesized Monsters”, que aponta retrocessos graduais que a sociedade tem enfrentado, entretanto em estado estático e passivo, sem organização para resistir, é interessante notar que o “mal” aqui ainda não é enunciado, apenas citado como “alguém mais forte” mas que será trabalhado em faixas seguintes, desenvolvendo sua idéia entre elas. Em “Insatiable” temos uma leitura das relações passageiras na contemporaneidade, onde nunca encontramos um prazer que nos traga saciedade, explorando aspectos da ambição e solidão. É com “The Love of The Sun Kills The Moon” que a artista explora as melhores referências e figurações apocalípticas que trazem em forma de melancolia todo o caos já anunciado nas faixas anteriores, concretizando esse movimento com “Zombie Brains” enfatizando que o problema está no sistema mundial, o capitalismo. A segunda parte do disco parte para uma abordagem alternativa e mais pessoal dentro de toda essa narrativa, “Dreamland” serve como um descanso ao leitor mas sem que essas críticas desapareçam, identificamos “Run!” e “Lonely Nights” como as mais desconexas do trabalho, mas ainda sim são faixas bem escritas, ainda que “Goodbye Means Welcome” possa sugerir algo próximo a elas, é uma canção muito subjetiva e pela escolha do gênero, achamos versátil que ela permaneça em mais de uma interpretação e acreditamos que seja um bom fechamento para o trabalho e os fãs que acompanham a artista desde sua maior aproximação com o gênero dance experimental. Em síntese, acreditamos que em um campo de subjetividade como proposto entre o pesadelo, WAKBA consegue entregar um trabalho bem executado em geral, temos boas composições e um disco agradável e que some a indústria por seu conteúdo necessário. No âmbito visual, gostamos do tratamento das imagens escolhidas pela artista, não temos referências na apresentação do disco acerca dessa escolha mas acreditamos ser a mesma alusão presente no seu carro chefe “Insatiable”. Apenas temos objeções às disposições das letras nas páginas de encarte, mesmo seguindo a ideia de “mundo reverso” acreditamos que há melhores maneiras de proporcionar uma organização mais harmônica do que o que foi feito. Concluímos por fim que a artista nos entrega um trabalho interessante e instigante, sem perder sua essência, mergulhamos no interior do eu lírico da artista com conteúdos refrescantes e de importância reflexão. Composição: 27 Criatividade: 16 Coesão: 20 Visual: 20

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Após um tempo sem uma nova coletânea de inéditas, a canadense Wakba retorna com o seu sétimo álbum de estúdio, o “UPSIDEDOWN”. O disco é inspirado em um pesadelo da cantora, onde ela vai ao mundo invertido em busca de seus medos e desconfortos. Com letras bem sombrias e outras sentimentais, a cantora explora Dance e o Synthpop em seus instrumentais. Nós percebemos que no início do projeto, algumas canções narravam um pesadelo voltado ao sobrenatural, onde há monstros e outros seres como os antagonistas das canções. Logo após a faixa 7, nós percebemos uma mudança de rumo do álbum, onde a artista optou por narrar seus medos acerca de seu sentimentalismo e demonstrar o quanto aquilo te assombra. O pódio das melhores canções ficam para “The Love Of The Sun Kills The Moon”, “Insatiable” e “Run!”. Podemos citar também a faixa número 1, “Upsidedown [Intro]” como uma introdução incrivelmente bem feita, servindo como uma narração muito bem descritiva sobre a entrada ao seu mundo invertido. Embora o álbum esteja repleto de canções excelentes, nós presenciamos algumas faixas que carregam um ar de inferioridade, tais como “Zombie Brains”, “Mind’s Puzzle” e “Goodbye Means Welcome”. É inegável o quão criativo foi cada detalhe trabalhado nesse disco, a forma como foi explorado a ideia de mundo invertido foi um ponto forte. Inclusive, não podemos negar que a artista nos proporcionou uma coesão muito bem trabalhada, principalmente quando o disco muda de rumo, como citado acima, onde ela foi perspicaz ao colocar um interlúdio, evitando assim um desvio brusco entre medos sobrenaturais e medos sentimentais. O único quesito que deixa a desejar é o visual. O tema central abordado pela canadense abre um número infinito de abordagens possíveis para se trabalhar no visual e, infelizmente, ela optou por algo mais simples e intimista. Sua paleta de cores e suas fotografias estão ótimas, inclusive marcam sua era, porém a forma em que as letras das canções estão dispostas no encarte acaba soando amador e bem simples. Talvez, se fosse feito uma mesclagem entre suas fotos e letras (ao menos partes delas) em cada página, deixaria um ar mais diferenciado para o seu visual, inclusive, recomendamos uso de formas, png’s e demais objetos de edição para rechear mais o seu encarte, mas claro, sempre englobando seu tema principal. Wakba retornou com um trabalho incrivelmente perfeito e viciante e, embora tenhamos apontados alguns erros nós estamos cientes do seu esforço para algo tão agradável assim. Notamos também, claramente, a evolução da artista no quesito composição e a parabenizamos pelo ótimo uso de sua criatividade. Ressaltamos ainda, nossa expectativa pelos frutos que serão colhidos pela artista com sua nova era. COMPOSIÇÃO: 24 / CRIATIVIDADE: 20 / COESÃO: 23 / VISUAL: 14.