Em seu primeiro álbum de estúdio, Kyle abre as páginas do seu livro pessoal e conta histórias sensuais que de fato poderiam ser mais intensas e melhores contadas, mas que ainda sim são histórias. O álbum contém como tema a ‘liberdade sexual’, porém não vemos muito desse ponto nas músicas do álbum, e de fato temos músicas sobre sexo e realmente explícitas, mas um ponto forte no álbum seria introduzir mais de como Kylie conquistou sua liberdade, e não apenas músicas sobre sentir a constante vontade de sexo, isso acaba sendo muito comum e muito usual, além do uso de palavras banais para entrar no assunto. O álbum inicia com ‘Drive Away’, que poderia ser uma proposta boa se não tivesse sido mergulhada em palavras sem conteúdo. É notável o esforço em parecer mais sexy, e um pouco atrevido em uma viagem de carro intensa, porém a composição da música não é das melhores, e a direção vai para o lado mais superficial do que se pode escrever sobre sexo. Em ‘Jordan’, a situação também não é muito favorável. A música continua pelo lado mais superficial, sem ter um objetivo real que faça entreter, são apenas músicas sobre sentir vontade de chupar um p*u da forma mais prazerosa que conseguir encontrar. Isso também é visto nas próximas músicas, como ‘Doped’ e ‘M-Boobs’. Em termos de sensualidade, ‘Fire’ é a que consegue se destacar mais entre as demais. Contém uma atmosfera mais sedutora, mesmo que a letra pudesse ser um pouco melhor trabalhada para tirar o ar de músicas de sexo comuns. Já em ‘Censured’, Kyle mostra pegada sensual sem ser extremamente vulgar, e é um ponto positivo para o álbum. O seu diferencial das demais talvez seja a abordagem em que a música é construída, se tornando ao menos interessante. ‘Madness’, apesar de ter uma composição mais aceitável que as outras, é a faixa mais desconexa do álbum, onde as outras falam sobre sexo e essa não, causando uma estranheza na coesão. Apesar de ser pequena, ‘Speed Life’ é uma boa faixa de encerramento e também um dos destaques, e que apareceu o tamanho ideal para não ter excesso. Seu visual não é tão atraente ou sensual como deveria ser, pela proposta do álbum; são imagens focadas no rosto com um fundo com bastante saturação, o que não é tão agradável para ver em um álbum com a temática sensual, sendo um pouco fraco nesse quesito. Diante isso, Kyle entregou um álbum de estúdio que não favorece nem um pouco seus talentos; são músicas sobre sexo onde o único proposito em comum é a atração pelo carnal, o desejo em sentir o prazer, e mesmo músicas de sexo podem ser feitas de forma atraente, sem que desça o nível da música o suficiente para parecer descartável em algum momento. Em seu próximo álbum, esperamos que Kyle consiga achar um proposito em comum para todas as músicas, com letras mais elaboradas e melhores escritas. Composição: 14 / Criatividade: 12 / Coesão: 13 / Visual: 14