Voltando aos holofotes com mais um extended play, dessa vez, a cantora russo-britânica, Moni, se encontra extasiada com sexo, prazer e batidas energéticas. “Happy Valentine’s” não é um projeto com o intuito de quebrar barreiras e moldar a sua imagem na indústria, podendo agir como uma faca de dois-gumes para a artista, por um lado, sua criatividade é intensa e cativante, há espaço para um mundo na mente da artista, por outro nos leva a perguntar “Quem é Moni?” na experiência do projeto, não conseguimos ter um começo, meio e fim, ou uma pequena porção da identidade dela, é cativante, mas falta personalidade e dentro de uma indústria com figuras arrebatadoras, Androva passa a ficar para trás nesse quesito. Colocamos “Exorcize Me” como o ponto principal do álbum, é deliciosamente sedutora e interessante, os versos são bem feitos e a estrutura é diferente que estamos acostumados a ver, porém, em momentos do álbum como “D*mn Motherf*ckin” e “I Have A Boyfriend!” não conseguimos sentir nada além de constrangimento, mesmo que as canções do trabalho sigam a mesma e única linha, ambas caem na comicidade e não de forma boa. Visualmente não há muito o que explorar, as capas são bonitas e o alto contraste do rosa conversa com o álbum conseguindo conectar tudo em um mesmo fator. O banner é mal-acabado, não há conexão com a capa do projeto, seja nas firulas, na forma que a fonte é posicionada e até mesmo a cor dele. Uma boa jogada para a artista seria encontrar quais são seus pontos fortes e fracos, e saber trabalhar isso de um jeito que engrandeça ainda mais a suas características, sem explorar ao máximo trabalho de artistas em off. Claro que referências são sempre boas, desde que conseguimos ver mais o artista do que o referenciado, mas em “Happy Valentine’s” temos uma versão pouco pensada e elaborada do “Slut Pop”.
Composição: 20/35 - Visual 10/25 - Criatividade 5/20 - Coesão 15/20.