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Wish You Were Here - Lennie Dale
85

Billboard

85

\'Wish You Were Here\' é o quinto álbum de estúdio da artista Lennie Dale, trazendo um conceito diferente do seu último trabalho e aproximando-se novamente de gêneros como o rock e o punk. \'The Sun Song\' inicia o projeto de uma forma leve e, ao mesmo tempo, profunda. O eu lírico inicia discorrendo sobre um momento de felicidade e reflexão, com boas descrições do cenário de praia e um refrão cativante, do qual amarra muito bem todos os outros versos. \'Some Kind Of Bliss\' destaca-se pela sinceridade e pureza da letra, novamente sobre um ponto de vista reflexivo e centrado no próprio eu lírico. Além disso, a artista utiliza boas técnicas de estrutura e composição, contendo passagens bem articuladas como: \"I got joy and things I don\'t wanna miss // Waited so much to feel like this // In my some kind of bliss\". O álbum desenvolve-se em um ritmo progressivo de composições cada vez melhores e isso não foge a regra com \'Older\', outra canção que consegue tocar o coração dos ouvintes com seus versos emocionais e reflexivos. O eu lírico canta sobre a vida adulta e o desejo de voltar no tempo, ao perceber que a vida não é nada do que se imagina. \'Fucked Up Forever\' é uma letra simples, mas tão cheia de sentimentos e emoções sinceras que, em termos de identificação, se torna uma das melhores do álbum. Mesmo não tendo uma estrutura robusta e lírica poética, a canção consegue gerar bastante empatia em seus ouvintes por conta de suas temáticas. \'Traveller\'s Chant\', embora também carregue boas mensagens, fica atrás de suas antecessoras, pois não entrega o mesmo nível de profundidade, mas serve para variar as temáticas do álbum, tendo um tom mais acolhedor e abrangente. Como um dos últimos destaques do álbum, temos \'Baby Blue\', falando sobre a pessoa amada do eu lírico e a relação com seus planos. Mesmo que a música aborde um romance de forma mais leve, é interessante observar que o eu lírico não perde a essência construída com as faixas anteriores, tornando todo o conjunto muito coeso. O visual do álbum está em sincronia com a proposta, trazendo escritos e rabiscos em um diário que podem representar os vários fluxos de pensamentos da artista, reforçando ainda mais o teor intimista do projeto. Por fim, Lennie Dale entrega um ótimo trabalho em \'Wish You Were Here\', a artista consegue abordar variados tipos de assuntos e estabelecer uma conexão profunda com o ouvinte, ao mesmo tempo que mantém forte coesão e não torna o clima da escuta pesado.

The Boston Globe

87

“Wish You Were Here”, quinto álbum de estúdio da cantora e compositora Lennie Dale lançado no ano 9, é escrito e produzido de forma totalmente solo pela artista, que aqui busca uma visão mais reflexiva de si mesma, “focando no processo de cura de feridas do passado”, conforme informado em seu encarte, inspirado em fotografias Polaroid e apresentado de forma semelhante a um diário, trazendo o fator introspectivo da narrativa também para a parte visual, o que configura como um dos acertos mais visíveis da obra. O CD se inicia com a faixa “The Sun Song”, tida como uma saudação não só ao sol em si, como também ao fenômeno do amanhecer; Lennie lista coisas que irá deixar de ver quando o sol se firmar no céu pela manhã e se promete renovar suas próprias energias em relação ao que vivia no passado. A simplicidade de suas letras é genuína e envolve o ouvinte logo na primeira experiência com a faixa, sendo um dos primeiros destaques do álbum. “Some Kind of Bliss” segue a narrativa da tracklist; vencedora de Song of the Year no Grammy Awards 9, é uma canção onde a cantora olha para si mesma e entende suas falhas como parte do processo de evolução de sua própria humanidade no universo. O conteúdo lírico é de fácil identificação para o público e possui uma ideia fixa que não se estende até perder o sentido, um ponto positivo em sua construção. Em “Older”, Lennie inflige uma justaposição entre o que sua versão mais jovem queria de si mesma e o que sua versão mais velha sabe sobre a vida; explorando um ponto de vista diferente sobre seu processo de cura pessoal, Dale brilha na introspecção da faixa, especialmente em seu segundo verso. “Fucked Up Forever” é um punk-rock que contrasta as três canções anteriores no modo como Lennie expressa sua indignação com os resultados de ações passadas; aqui, ela assume uma postura mais agressiva enquanto se mantém na autocrítica. Apesar de parecer que o eu lírico implora pela pena do ouvinte em alguns momentos, ainda é uma faixa indispensável ao processo narrativo. A quinta faixa e um dos singles oficiais da era, “Traveller’s Chant” mostra uma Lennie Dale disposta a explorar novos lugares onde possa encontrar a melhor versão de si mesma, sentindo que sua casa “já não é mais como um lar”. É como uma clássica canção que o ouvinte pode colocar para tocar enquanto dirige numa estrada em pleno fim de tarde sem destino, apenas com a companhia de si mesmo; é esse o fator que eleva a faixa para uma das melhores do disco. Em “Tomorrow Never Dies”, Lennie se comunica diretamente com o ouvinte, encorajando-o a se permitir viver mais as experiências que a vida o traz, em uma progressão mais do que natural à narrativa emocional até aqui apresentada. A penúltima faixa, “Baby Blue”, mostra a cantora se rendendo às atividades mais mundanas de um possível relacionamento com outra pessoa; sendo a faixa mais romântica do álbum, seu desenvolvimento é relativamente intimista e traz uma sensação de conforto perto do fim da experiência. “Long Way Home”, última cançao do CD, retoma os pensamentos de faixas como “Traveller’s Chant” de forma mais direta; as referências não são de intenção aparente, e aqui Lennie deixa o final da história em aberto para o que mais pode surgir no seu caminho para uma nova personalidade. Ao final da jornada, “Wish You Were Here” soa como um álbum importante para o crescimento pessoal de Lennie Dale como pessoa e como artista; revelador a princípio, mas relativamente redundante em suas faixas finais, ainda que sejam parte de uma tracklist curta, é um álbum que possui um ciclo bem definido em sua narrativa emocional de cura interna e que se comunica facilmente com o público, sendo uma adição interessante à discografia diversa da artista.

American Songwriter

90

Em seu quinto álbum de estúdio, Lennie Dale nos introduz a “Wish You Were Here” — uma jornada de pensamentos sobre a sua vida em uma sonoridade carregada pelo Rock e seus subgêneros, aqui sendo mais presente o Punk. Em sua primeira faixa, “The Sun Song”, Dale expõe seus sentimentos de perseverança e de uma certa pureza advinda da sua atual perspectiva de vida; ela relembra de seu atual estado e de suas situações inegáveis, tanto na vida pessoal quanto privada, e impressiona com uma composição límpida e simples, focada na ambientação dos seus sentimentos em um ambiente praiano. “Some Kind of Bliss” segue a anterior, e aqui a sua perseverança a traz a um lugar de mais perspectivas positivas. A canção mostra que a artista realmente busca a felicidade e se afasta da negatividade, mesmo que relutante, com a intenção de ver o futuro com mais claridez. É uma letra muito poderosa, mesmo que com algumas repetições um pouco desnecessárias. “Older” traz a ilusão de Lennie sobre a vida adulta. Com todas as crenças de que a vida adulta seria algo mais próspero e vívido na visão da artista quando criança/adolescente, aqui a expectativa é quebrada. A canção possui excelentes detalhes, sendo a mais intensa do projeto até o momento. “Fucked Up Forever” é a mais carregada do projeto. Uma mensagem clara sobre o sofrimento de manter a positividade mesmo com empecilhos que afetam a autoestima e autoconfiança, Dale se posiciona em um momento o qual expele seus sentimentos negativos sobre o momento que está passando, e a solidão nesse momento é sentida fortemente. “Traveller\'s Chant” mostra a artista se desconectando da realidade, com a intenção de se livrar um pouco da carga intensa da vida e da rotina. Aqui, o escapismo também serve para observar as suas intenções e tudo que ela almeja como pessoa. É uma canção interessante, mas um pouco superficial em alguns momentos, como em algumas repetições alternativas do refrão. “Tomorrow Never Dies” condiciona toda a mensagem do disco com perspicácia. Aqui mais esperançosa do que nunca, Lennie expressa o seu desejo em dias melhores, mas com uma força maior pela consciência de tudo que se é sacrificado e passado até eles. A composição é excelente e muito bem conduzida, sendo a melhor do projeto pelo seu conjunto coeso e construção muito bem pensada da artista. “Baby Blue” é apaixonante e desprendida. Dale se vê muito envolvida na paixão sentida, querendo aproveitar momentos infinitos com essa pessoa. A faixa possui um ótimo conteúdo lírico, e cumpre o seu propósito no disco de explorar a vida amorosa de Lennie e suas nuances. A última faixa do projeto, “Long Way Home”, traz uma retrospectiva sobre tudo que foi abordado no disco, mas aqui seguindo um caminho de mais certeza e fortalecimento da artista no processo passado. Aqui, ela caminha de volta para casa; de volta a quem ela realmente era, e a uma jornada de redescobrimento ainda maior. O visual, produzido pela própria artista, é intimista e simples. Para o projeto, ele é bem feito e traduz com coesão os sentimentos e a sonoridade, principalmente a tipografia e o design gráfico escritos à mão; com desenhos e outras texturas. Num geral, “Wish You Were Here” é um projeto muito bonito e intensamente carregado de esperança e vida, colocando Lennie mais uma vez como uma artista que surpreende a cada lançamento pela sinceridade exalada em seus lançamentos.

AllMusic

78

O quinto álbum de estúdio da cantora canadense Lennie Dale, /”Wish You Were Here”/, é a representação do equilíbrio e da felicidade que Lennie Dale encontrou em sua vida artística, e por acaso, pessoal, através de 8 faixas que marcam seu retorno ao rock e pop punk. Após um projeto peculiar e desafiador, /”Locked Depth”/, Lennie Dale ressurgiu ao mercado com uma proposta bem distinta de tudo o que já foi apresentado por ela antes. /”Some Kind of Bliss”/, carro-chefe e 2ª faixa do disco, é a prova dessa nova identidade da cantora, trazendo uma conexão sensível com a mensagem que a canção carrega, de forma leve e simples, se tornando assim uma de suas melhores canções já lançadas. A ideia de /”Wish You Were Here”/ é simples, de forma que em cada pedaço dele, você encontra um esforço por parte da artista. Ele soa, de fato, bem “fofo”, digamos, e singular em seu repertório, uma vez que muita das vezes era baseado em algo já contextualizado fora daqui. O início se dá pela música /”The Sun Song”/ que por mais que não seja o melhor começo de um disco, ela não é tão ousada, a não ser pelo seu instrumental; mas em termos de composição, ela se mantém na faixa, não ultrapassando os limites mesmo quando consideramos que houve a falta de aptidão na escrita desta faixa. Como já comentamos sobre a 2ª faixa, passaremos para /”Older”/ que trata um tópico bem interessante quanto ao “mau” proveito que tiramos de nossas vidas enquanto somos adultos, querendo voltar a sermos crianças novamente, e vice-versa. Se tivéssemos uma boa estrutura e um aprofundamento maior na faixa, ela com certeza seria um dos pontos fortes de /”WYWH”/. Lidar com as expectativas é um problema, ainda mais quando nos decepcionamos com elas, e esse tópico gira em torno da faixa /”Fucked Up Forever”/ que trata sobre os fracassos coletados ao longo da vida. Talvez o verso que tenha dado um pouco mais de “vida” nessa canção seja: “Eu juro que tô tentando/Mas é díficil/Tão injusto/Me leva de volta pro colégio” que pode parecer modesto até o instante que temos a composição inteira. Por sinal, até aqui, as melhores sensações do disco são as emoções que as músicas carregam, dá leveza até a tristeza e o rancor, como em /”Fucked Up Forever”/, tornam o álbum mais emocionante e simpático. A quinta faixa do álbum, e também seu ponto forte, é de se observar o grande esforço que Lennie teve em sua estrutura lírica desta faixa com um conceito bem incomum aos ouvidos de seus fãs. Descrita como o abandono da vida monótona e ir atrás de novas aventuras, /”Traveller’s Chant”/ carrega o sentimento de começar tudo novamente de uma maneira que se isso estiver errado, tudo bem, nós tentaremos novamente. Nessa faixa, sentimos que Lennie Dale soube aproveitar o talento que tem em escrever músicas fora de uma realidade clichê. Essa mesma “vibe” persiste em /”Tomorrow Never Dies”/ de uma maneira mais sucinta, entretanto, agradável. Promovida como segundo single para a promoção do LP, /”Baby Blue”/, uma faixa mais romântica mostrando um outro lado de Lennie Dale, que por sinal ficou muito bom. A artista soube muito bem articular as referências na música, tornando-a uma das melhores de seu quinto álbum. Além do mais, seria um caminho interessante vermos a artista na criação de um álbum com mais músicas românticas. Terminamos com /”Long Way Home”/ que tem uma mensagem muito especial para seu encerramento e, acreditamos também, na vida da Sra. Dale. Encontrar um lugar para se pertencer pode parecer confuso, demorado, mas uma hora você chegará lá. E, o que acabou de ser dito, pode ser aplicado nas considerações finais sobre a crítica de /”Wish You Were Here”/. Os pontos mencionados, tanto positivos quanto negativos, são resultado de uma longa estrada que a compositora vem traçando por anos que uma hora ela encontrará. Lennie Dale é uma artista que articula de forma inteligente todos os conceitos em suas canções, além do incomum são originais e foge do que é visto por muitas vezes na indústria; uma maior aptidão em seus novos trabalhos e Lennie poderá continuar na construção de sua estrada, sabemos que vocação para brilhar ainda mais, a cantora tem de sobra.

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