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Sweet Angel - Maddie Taylor ft. outtathisworld
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LOVE & LUXURY - Maddie Taylor
73

Pitchfork

67

Em “LOVE & LUXURY”, álbum de estreia da cantora Maddie Taylor na indústria musical, encontram-se todas as aspirações que um artista recém-chegado no mercado tenta imprimir em si mesmo diretamente ao público: a ideia de que se trata de uma pessoa segura de suas convicções e do que quer falar sobre em suas letras, mesmo que não sejam exatamente uma prévia fiel de tudo o que futuros projetos poderão discutir. Sendo um CD indubitavelmente pop em todas as suas camadas, apesar das várias vertentes que acaba perseguindo em uma ou outra faixa, “LOVE & LUXURY” se apresenta como uma viagem à cultura ballroom, algo no qual a cantora se viu imersa durante seu processo de produção. O projeto se inicia com a faixa número 1, “Stuck on the Dance Floor”, co-escrita por Taylor junto a Alex Fleming e Colen e uma introdução conceitualmente bem pensada para o álbum como um todo, sendo uma declaração de libertação de Maddie em relação aos seus medos de se divertir por conta própria e se expressar na vida, fazendo alegorias constantes à pista de dança para isso; quando se analisa a canção pelo ponto de vista mais mundano em vez de seu foco no ballroom, suas proporções soam mais bem pensadas do que em sua ideia inicial. Em seguida, temos a faixa-título; “LOVE & LUXURY”, co-composta entre Maddie e Fleming, ela segue a narrativa e demonstra a artista em seu suposto puro estado de êxtase ao declarar seu amor pela luxúria e por tudo o que não conseguiu ter em sua vida antes do processo de libertação. Apesar de sua ideia se esvair ao longo dos versos, que se tornam repetitivos na transmissão da mesma noção várias vezes, Maddie ainda entrega lapsos de uma personalidade lírica em grande potencial. “Private Dancer”, por sua vez, imerge-se nas emoções da cantora após vários relacionamentos efêmeros com o que parecem ser clientes de seu trabalho como dançarina particular; usando tal metáfora de base para injetar uma dose emocional ainda não vista antes no álbum, Taylor parece se expandir dentro da história, mas ainda restringida por convenções do modo de trabalho presente desde a primeira faixa, o potencial ainda não se realiza por completo. “Legendary Children” é descrita como a primeira grande imersão na cultura ballroom, tida como a inspiração mais abrangente por trás do álbum como um todo; liricamente, apesar de bem construída, também soa como a primeira grande quebra de personalidade em relação ao que Maddie Taylor representava de si mesma até o momento do lançamento do disco. As referências citadas são claras e de reverência exímia, mas, ainda assim, é como se a cantora estivesse tentando à força se inserir no cenário. A quinta faixa, “Xtravaganza”, se trata de uma colaboração com a cantora pop Penelope; ambas se complementam dentro da narrativa das sensações de se conhecer uma pessoa irresistível na pista de dança, alguém confiante consigo mesma a ponto de admitir seu próprio sucesso. Após a drástica mudança de expressão de Maddie na faixa anterior, aqui ela tenta manter o nível que estabeleceu para si mesma, mas além de faltar uma vulnerabilidade dentro da própria autoconfiança, o verso de Penelope acaba se encaixando melhor dentro da narrativa do que sua lead artist. “Have You Ever Been in Love?” vem logo em seguida, trazendo as primeiras influências de pop rock dentro do álbum; além da mudança de sonoridade, também representa uma mudança de ritmo narrativo tão brusca quanto a vista entre as faixas 3 e 4, e agora, Maddie começa a explorar o “love” de “Love & Luxury” com um estilo de composição diferente do apresentado até o momento. A vulnerabilidade vista nos primeiros versos de “Stuck on the Dance Floor” retorna para acompanhar as sensações da primeira vez que a cantora se apaixonou por alguém em sua vida pessoal, e apesar do resultado geral não ser perfeito, ainda soa mais crível ao ouvinte que estes sejam sentimentos realistas, sendo um destaque positivo aqui. Logo em seguida, “Walk on Me” reforça as ideias construídas na faixa anterior e traz estas para um conceito mais intimista, e aqui Taylor se expressa com mais força e liberdade na história que conta e no modo como se sente devota ao seu novo amor. “Sweet Angel”, em colaboração com a cantora outtathisworld, é descrita como a única faixa mais downtempo do disco e um olhar maduro sobre o fim do relacionamento descrito até então na história do álbum. As cantoras se complementam e unem forças para demonstrar não só cada sentimento como também a transição entre cada um deles, dando resultado a uma das melhores canções do projeto. O lead single do CD, “Piece of Me”, se apresenta como a 9ª faixa e continua o ápice criativo de Maddie Taylor visto no bloco “Love” do álbum, dando ênfase a sentimentos efêmeros e a importância de vivê-los com alguém com quem ela tem memórias queridas. Dispensa apresentações como um dos maiores hits de sua carreira, mas não é menos merecedora de aplausos por tal, pois combinou o esforço lírico com a personalidade mais fiel da cantora. Em “Paris Is Burning”, colaboração com Colen, as artistas discorrem sobre as visões que ambas tiveram ao colocar os pés dentro dos trâmites da indústria musical, e comparam as disputas que viram a conceitos do ballroom em um cenário parisiense, incluindo até versos inteiros na língua francesa no processo. É, indubitavelmente, a faixa mais experimental do álbum, mesmo sem ter sido de propósito nisso. “Mother of the House” retoma o princípio visto em faixas como “Legendary Children” sobre a reafirmação do poder de Maddie sobre uma classe e se imerge em mais referências aos bailes queer para se posicionar como a figura protetora das casas que frequenta enquanto lida com seus trabalhos particulares igualmente vistos em “Private Dancer”; a retomada dessas referências funcionaria melhor sem o linguajar repetitivo e ainda pouco convincente de Taylor quando fala sobre tais assuntos, sendo mais um ponto onde se entende o quão fora da zona a artista parece estar enquanto canta. “Step Back in Time”, por sua vez, é a última das colaborações do disco; com Alex Fleming, frequente co-compositor da maioria das faixas do CD, e Noan Ray na bagagem, Maddie se une a eles para ir reduzindo o ritmo frenético de seus ânimos na pista de dança, agora, descrevendo memórias passadas e vícios atuais para concluir sobre o quanto deseja voltar no tempo para antes do fim da festa. Tendo Noan o verso mais fincado em suas raízes, mas com Maddie e Alex entregando versos que nem sempre chegam à altura de seus potenciais, é uma faixa interessante e que poderia ter sido single oficial na época original do álbum. “Thatʼs How You Do a Ball”, penúltima faixa do projeto, é a mais diversa que Maddie apresenta dentro do conceito estabelecido de ballroom, incluindo até um verso totalmente entregue em formato de rap pela artista na batida de house-pop; entretanto, aqui o tema já foi exaurido de formas tão diversas que a sensação de resumo da história apenas soa como uma coleção de pensamentos não incluídos em momentos anteriores. O álbum se encerra com a faixa 14, “POSE!”, que é uma surpresa ao ouvinte por seu conteúdo lírico mais refinado quanto aos temas de ballroom propostos no disco; a personalidade de Maddie brilha nos primeiros versos da canção enquanto não destoa da ideia que quer passar, e acaba se sentindo mais incluída no baile do que em outras faixas do álbum, algo curiosamente irônico para uma das primeiras faixas a serem inicialmente escritas para o CD. O encerramento em uma nota positiva surpreende pela simplicidade e animação da cantora na composição como um todo. Visualmente, “LOVE & LUXURY”, com produção creditada a Sillum e Tammy, possui uma estrutura bem definida e reminiscente de uma noite de pura dança nas boates, apesar de seu photoshoot ser composto de fotos que não representem ativamente todas as personalidades passadas pela artista ao longo de sua carreira até aquele momento, mas ainda encapsula o amor e a luxúria adequadamente. Analisando o álbum por uma perspectiva definitiva, “LOVE & LUXURY” é um debut album que propôs demais para uma artista que vinha por um caminho e optou por fazer um teletransporte repentino para assuntos sobre os quais, apesar de dominar, ainda não pareciam ser reveladores de suas ambições ao longo de suas 14 faixas; a ausência de canções escritas de forma solo pela cantora também contribuiu para essa noção, além da percepção de que os momentos onde Taylor mais se afirma como artista são os mais vulneráveis e voltados para si mesma em vez de focar no ambiente onde quer se inserir. O acabamento lírico e visual impressiona, porém, acaba resultando em um projeto que talvez não perpasse para as próximas gerações.

Los Angeles Times

84

Em seu álbum de estreia, LOVE&LUXURY, Maddie Taylor mostra que veio para ficar. O álbum como um todo apresenta uma coleção diversificada de músicas que exploram uma variedade de temas e estilos musicais. Maddie Taylor demonstra sua habilidade lírica ao abordar temas como poder feminino, relacionamentos e a cultura do ballroom. A produção é sólida em todo o álbum, desde a capa deslumbrante, até o seu banner e encarte de tirarem o folego, mais um acerto da Sillum, que vem se consolidando como uma das melhores produtoras da indústria. Analisando faixa a faixa, \"Stuck on the Dancefloor\" aborda temas de libertação pessoal, autenticidade e autoaceitação, utilizando a metáfora da pista de dança para simbolizar a coragem de se libertar e mostrar o verdadeiro eu. Apesar da habilidade poética da letra, a música poderia ser ainda mais impactante se aprimorasse a originalidade e a conexão emocional. Já na title track, \"LOVE&LUXURY\", a dualidade entre o amor e o luxo é explorada de forma interessante, e a música transmite uma sensação de confiança e autenticidade por parte da cantora. \"Private Dancer\" aborda questões de gênero e poder, discutindo como as mulheres podem ser tratadas como objetos e usadas pelos homens para suprir suas necessidades emocionais e físicas. No geral, \"Private Dancer\" é uma música com uma mensagem poderosa sobre autossuficiência, emancipação e valorização pessoal, resultando em uma música memorável. Já \"Legendary Children\" é uma faixa que presta homenagem aos grandes nomes do Ballroom, reconhecendo e reverenciando aqueles que moldaram a cultura. O refrão cativante reforça o sentimento de proximidade com a cultura do Ballroom e a importância de não se importar com as críticas e expectativas externas. A ponte acrescenta uma camada emocional à música, reforçando a ideia de construir um legado e honrar aqueles que acreditavam no poder e na importância do movimento. \"Xtravaganza\" é uma faixa energética e cativante que captura a atmosfera vibrante e glamorosa de um baile. A colaboração com Penelope acrescenta variedade e dinamismo à música e destacam a ousadia, elegância e sex appeal das cantoras. Seguindo para \"Have You Ever Been In Love?\', a composição lírica é bem construída, expressando os sentimentos profundos associados ao primeiro amor da artista. No entanto, apesar da sinceridade emocional transmitida pela música, a falta de originalidade na abordagem da temática do primeiro amor pode reduzir a capacidade de impacto da canção. O tema do primeiro amor já foi explorado em muitas outras músicas, e a ausência de elementos distintivos pode fazer com que \"Have You Ever Been In Love?\" se misture a um mar de composições semelhantes. \"Walk on Me\" é uma música envolvente, com uma abordagem lírica forte que transmite a intensidade da paixão e a entrega total do eu-lírico. Enquanto \"Sweet Angel\" é uma colaboração que retrata o fim de um relacionamento, onde o eu-lírico percebe que a separação é iminente. A participação de Outtathisworld no segundo verso e no pré-refrão traz uma nova perspectiva ao retratar a ilusão e a tristeza que surgem após o fim do relacionamento, complementando bem a narrativa e adicionando variedade à música. O icônico smash hit \"Piece of Me\" traz uma narrativa emocional e intensa sobre um relacionamento chegando ao fim. A composição lírica é bem escrita e mergulha nas complexidades de um relacionamento no fim. Já \"Paris Is Burning\" apresenta uma narrativa interessante e uma metáfora criativa usando Paris como símbolo do topo da indústria musical. No entanto, alguns aspectos poderiam ser aprimorados. Algumas partes das letras podem parecer um pouco repetitivas, e em certos momentos poderia ter mais variação para adicionar mais dinamismo à música. \"Mother of the House\" é uma faixa envolvente, com uma temática interessante e uma execução sólida que captura a essência da figura poderosa e icônica da \"mãe da casa\". \"Step Back In Time\" é uma música poderosa, dançante e emocionalmente envolvente. Com sua combinação de vozes talentosas, letras cativantes e produção excepcional, a faixa se destaca como uma das melhores do ano. \"That\'s How You Do A Ball\" é uma música poderosa que celebra a diversidade e a autenticidade. Ela transmite uma mensagem de empoderamento e libertação, além de capturar a energia contagiante dos bailes de ballroom. Já \"POSE!\" é um dos pontos altos do álbum. Com uma mensagem poderosa e envolvente, a faixa encerra a jornada com uma nota alta. Em geral, destacam-se faixas como \"Private Dancer\" e \"Legendary Children\", que abordam questões sociais e culturais de forma poderosa, com letras honestas e mensagens de empoderamento. \"POSE!\" é outro ponto alto do álbum, capturando a essência vibrante e libertadora da cultura do ballroom. Algumas músicas poderiam se beneficiar de mais originalidade e conexão emocional, como \"Stuck on a Dancefloor\" e \"Have You Ever Been In Love?\", que abordam temas comuns de uma maneira que não se destaca tanto. No entanto, no geral, o álbum mostra o talento e a versatilidade de Maddie Taylor como artista, uma dos futuros grandes nomes da indústria.

Spin

75

Em poucos períodos encontramos novos artistas que transmitem uma confiança em seus primeiros trabalhos como Maddie Taylor fez com /\"LOVE & LUXURY/\". A inspiração, o foco e o objetivo é visível no visual do disco, que é extremamente chamativo e, positivamente, apelativo. Afinal, há de ser prever uma cultura Dance na montagem desse grande encarte, brilhante e muito bem polido, o que se faz distante um grande destaque de primeira. Em /\"LOVE & LUXURY/\", Maddie traz uma grande inspiração na Cultura Ballroom, casas de show comandadas por personalidades da comunidade LGBTQIA+, nas periferias de Nova Iorque. No que se diz musicalidade, Maddie se entrega ao Dance por completo e explora o lírico em uma grande festa, com grande parte das musicas abordando sobre como curtir uma bom baile Ballroom, ou quando não diretamente abordada sobre, acaba se encaminhando pra esta temática. As grandes faixas do disco se destacam por exatamente trazer um diferencial temático, mais objetivo e concreto do que uma simples festa, como a canção /\"Private Dancer/\", /\"Walk On me/\" e /\"Have You Ever Been In Love?/\", faixas que trazem uma abordagem mais focada e que demostram uma conexão entre Maddie e o ambiente do album altamente inspirado. Outras canções, vagueiam no conteúdo mais batido do Ballroom, resumindo-o em libertação e festa, no entanto, de qual liberdade exatamente? Comemoração do que exatamente? E, mais acertado, o que liga esses tópicos ao cenário Ballroom que não seja o de conhecimento generalizado? Inspirar-se completamente em uma temática que possui muitas raízes requer uma grande profundidade, até mesmo pra que o artista demostre seu diferencial na criação de um projeto. Uma coisa é clara, é um começo muito arriscado e ousado, um caminho optado por muitos e onde se formaram grandes artistas desde então. Não há como negar que Maddie Taylor é uma potencial prodígio do Pop/Dance, ou assim dito pela mesma em /\"Legendady Children/\", talvez possa estar construindo seu próprio legado, apenas acredite em você mesmo.

Pitchfork

76

Ditando o que pode ser o novo Amor e Luxo, Maddie Taylor se apresenta para a indústria de uma forma que todo esse glitter e lantejoula possam ter brilhado mais que a artisticidade da cantora. Por uma rápida passagem pela cena alternativa até os vestidos de festas, cabelos enormes, sua aposta disco reminiscente dos anos 80 mostrou que um álbum pode passar por vários momentos sem se perder na narrativa ou sonoridade. Instrumentais precisos, coerentes e convocam o ouvinte a dançar com ela da forma mais luxuosa possível. Durante as três primeiras canções, temos essa grande dose cintilante da pista de dança, dando uma boa abertura para o projeto, dando uma bússola do que podemos esperar, Maddie fala sobre se reencontrar, sobre um relacionamento abusivo e sobre se jogar ao amor e luxo de uma vez. Em \\\"Legendary Children\\\" e \\\"XTravaganza\\\" o tópico já passa ser enjoativo, como se estivéssemos eternamente numa pista de dança, e apesar de bons versos, ambas ficam como medianas entre as demais faixas que sucedem e retrocedem o álbum. Podemos dizer que o disco vive em uma constante do começo ao fim, \\\"Stuck on The Dancefloor\\\" e \\\"Love & Luxury\\\" são os grandes destaques,, que acabam por ditar as demais músicas por carregarem toda a personalidade dele em apenas duas canções, resultando no ponto negativo que atinge as demais tracks que acabam por ficarem na mesma narrativa sobre se jogar no Ballroom.\\\"Paris Is Burning\\\" também entra como um respiro de alívio, e apesar de não conversar nada com o real significado da palavra Paris is Burning, Colen e Maddie fazem uma verdadeira festa no topo do mundo, com versos cativantes, poderosos e trazendo uma ótima dance music. Um dos contrapontos do álbum é que em muitas vezes não parece um disco pop, os versos são extensos de uma forma que pode cansar o ouvinte, e a falta de rimas, repetições inteligentes, colocam em uma categoria complexa do pop music. Uma jogada interessante seria filtrar as estrofes do álbum para torná-lo divertido, leve e descontraído de ouvir, assim como diz na proposta principal dele. Apesar de ser uma das principais referências, é difícil ter uma noção geral do que consiste uma cena ballroom, Taylor poderia discorrer sobre coisas que vão além da festa: como a união que propaga em uma família escolhida, dificuldades que acontecem dentro da cena que vão além da vaidade, e entre outros, porém isso é tudo uma questão de vivência e ambientação, os pontos positivos entram nas boas palavras que a artista usa para descrever seus sentimentos da forma mais radiante possível, liricamente é um álbum possível de se conectar, mas que pode ter alguns deslizes durante essa passagem pela noite infinita, calorosa e glamorosa de Maddie Taylor. Visualmente cumpre com a promessa, não é ousado e nem tenta ser, o que se torna um ponto positivo porque o simples é cumprido com ótimo gosto e polidez. Tons de roxo como o principal ponto visual remete a esse luxo e as demais tonalidades como dourado, prateado, rosa completam a proposta. Na totalidade, Love & Luxury é um bom projeto para apresentar o potencial de Maddie na indústria, gostaríamos de ver a verdadeira personalidade como compositora dentro das canções - que acabam soando mais como canções do Alex Fleming que da própria artista - e em um momento crucial como a sua estreia, seria interessante ver Taylor em seu total potencial. Gostaríamos de conhecer um pouco mais de Maddie Taylor, e se apaixonar mais uma vez pela artista, porque o potencial da australiana é gigantesco.

American Songwriter

64

Esbaldando e encaminhando alguns de seus luxos em sua trajetória, a compositora australiana Maddie Taylor acaba de lançar seu disco de estreia. Com inspirações evidentes diretamente das The Ballroom Scene, uma cultura underground do público LGBTQIA+, composto em conjunto de Alex Fleming, \"LOVE & LUXURY\" é um CD que busca expandir-se através da amplitude da afetuosidade, e de como tal aspecto nos retorna com a magnificência em nossos olhares. Introduzindo com \"Stuck On The Dancefloor\", a canção expressa a sensação da ruptura das algemas que a aprisionava, uma maneira um tanto que espalhafatoso e bem quista, o tanto o pré quanto o pós refrão servem em boa quantidade a proposta da música, com dinamismo e nos atrai para a proposta da track inserida. No entanto, em uma percepção geral da faixa, \"Stuck On The Dancefloor\" vemos como um lado mais teatralizado do que propriamente libertador, o ponto que peca dentro da música, possivelmente seja o seu refrão, ele possui um calibre do que a música poderia passar, entretanto, ele não acompanha o ritmo geral, um forte obstáculo do que cativante. Oposta do trabalho antecessor, a faixa-título \"LOVE & LUXURY\" personifica de maneira mais madura e assertiva, a proposta do que de fato seria a emancipação de um indivíduo em amplo sentido, há obra como um todo possui uma postura e ela mantém-se firmemente rígida nisso, ela imerge com precisão os degustares de Maddie Taylor por toda essa narrativa cantada, a música possui de fato um sabor para saciar o seu público-alvo, do que seria realmente um \"Pop Perfection\", uma melodia revigorante e esbravejante. \"Private Dancer\" é uma lírica que poderíamos dizer como arriscada para o disco, a composição vive dos extremos do gratificante e do tempestuoso, é perceptível que em sua leitura, é como um gráfico que apresenta uma elevação, e ao mesmo tempo momentos de inércia, ou um traço de retrocesso para a faixa. Embora que condicionemos \"Private Dancer\" neste parâmetro, acreditamos que a mesma poderá ser um grande divisor de opiniões para o \"LOVE & LUXURY\", e caberá ao público-alvo da australiana decidir como posicionar-se em respeito da canção. \"Legendary Child\" ousamos dizer que é um material que enquadra de fato na estética do álbum de estúdio, inclusive a mesma homenageia grandes referências dos Ballsroom, todavia, não sentimos como um forte acréscimo para o embargo lírico do projeto musical, há menções de grandes figuras e pouco fortalecimento para sustentar a proposta que o título responsabiliza-se em carregar. Em palavras mais esclarecidas, \"Legendary Child\" casa com a proposta do álbum, mas não agrega no seu enredo. A colaboração com a popstar norte-americana, Penelope, na track \"Xtravaganza\" também surte o mesmo efeito que \"Legendary Child\" lida. Apesar da colaboração possuir um frescor e um impacto de uma titã e uma figura emergente do pop unificadas em um grande ato, não sentimos que trouxe de fato um vislumbre de unicidade para o \"LOVE & LUXURY\", talvez o featuring tenha sua viabilidade maior em uma perspectiva isolada do projeto. A participação de Penelope soa como uma leve brisa, perto da radiante e escaldante que o material gostaria de entregar. O ponto positivo de \"Xtravaganza\" habita no Verso 2, onde a australiana domina no ato, e aparenta que de fato, está se entrosando e despojando da temática. Em sucessão, \"Have You Ever Been In Love?\" possui uma ternura imprescritível, a ambientação e a exaltação dos luxos que o romance pode beneficiar algo/alguém, transcende de uma maneira literal na obra. Os refrães da composição são um dos, se não, os melhores refrães que o disco pode entregar como um todo, com esta faixa, apontamos facilmente uma forte candidata de melhor track por um artista novo, ou em cenários ainda mais positivos, concorrente a Track do ano. A sutileza em embargar um sentimento tão exagerado, e tão complexo simultaneamente, faz com que \"Have You Ever Been In Love?\" ganha uma notoriedade especial, sem dúvidas, um verdadeiro suspiro de alivio e carisma para o álbum. Seguindo a mesma linearidade, \"Walk On Me\" prossegue a proposta do roteiro de \"Have You Ever Been In Love?\", ainda assim, o impacto que a track anteriormente citada não foi alcançada nesta atual. Claro que, \"Walk On Me\" possui vulnerabilidades mais sucintas, como o seu Outro e a ponte trabalha, no entanto, Taylor enfrenta a mesmas dificuldades das suas músicas já mencionadas: Versos que possui escalas e declínios, e um refrão que não chamusca para a música. \"Sweet Angel\" canção que íntegra outro nome renomado da Pop Music, Outtathisworld, é uma colaboração funcional. A construção da sensação de algo agridoce no ar é muito bem desenvolvida, e chega a ser reconfortante ver que é uma parceria que agrega no repertório musical de Maddie Taylor, pois mesmo que haja breves deslizes dentro dos versos da adquirente dos direitos da obra, a cooperadora canadense soube suprir as falhas com seus trechos que transformavam breves falhas em ouro, sendo totalmente superável tais vistas. \"Piece Of Me\" é sem dúvidas, um dos grandes atos da música pop atual, é uma vibração ardente no meio de tantas incertezas, não é atoa que a própria foi carro-chefe do disco, e que arrematou diversas conquistas para a letrista australiana em sua carreira. Em comparação geral, o que faixas do \"LOVE & LUXURY\" possam ter pecado, é não ter seguido a avidez que \"Piece Of Me\" gerou em seus ouvintes, algo sucinto e entrosado, chega ser um grande marco para o repertório artístico da cantora, é um pedaço muito bem preenchido, como diz a letra da mesma. Outro ato colaborativo para o \"LOVE & LUXURY\", desta vez com a magnata Colen, \"Paris Is Burning\" é outra participação bastante entrosada, aqui sentimos uma ousadia e um ar de vivência, talvez esta parte tenha vindo de Colen, afinal, a mesma também é uma grande contribuinte para o cenário da Dance Music, os versos possuem voracidade e elegância caminhado lado a lado, embora que, o refrão não seja nenhum pouco chamativo com a proposta inserida, há bastante fruto para se tirar de \"Paris Is Burning\". \"Mother of The House\" em nossa concepção, é a faixa mais fraca de todo o disco. A mesma lida com os casos de \"Xtravaganza\" e \"Legendary Child\", porém, a forma como a abordagem do Ballroom que a Maddie Taylor tanto explícita como referência, desta vez se excede e transforma-se em algo gritantemente genérico, mesmo que o primeiro e o segundo verso tenham sido bem executados, eles não escapam da garra do banal, e logo isso será explicado nas conclusões da avaliação, logo, não é uma canção que de fato nos agradou. \"Step Back In Time\" é visto como um \"reboot\" das noites turbulentas nas pistas de dança, desta vez Maddie está acompanhada do extraordinário Noan Ray, e uma figura já vista em todas as faixas do disco, mas que não perde o prestígio, Alex Fleming. Aqui é apontado como a melhor das participações do disco, não que as demais fossem de péssima qualidade, e sim que, ela escapa totalmente do nicho trabalhado. Neste ato, Maddie Taylor não é devorada por seus colaboradores, ela está par a par dos mesmos, a adição de Noan Ray em \"Step Back In Time\" foi valioso para Alex Fleming & Maddie Taylor em \"LOVE & LUXURY\", definitivamente, uma boa música para se ouvir em grandes eventos festivos. \"That\'s How You Do A Ball\" tem sua cor e sua personalidade, embora que já tenhamos visto este diálogo nas faixas anteriores, o single tem o seu local para dizer como faz uma boa presença, mesmo que, com decorrer de sua lírica, enfrenta o mesmo impasse do refrão não-assertivo, e de excesso da abordagem generalizada. E para concluir o disco, \"POSE!\" encerra o disco de maneira um tanto que morna em nossas expectativas, provavelmente em outros momentos do disco, ele teria tido seu triunfo, todavia, ao encerrar o disco, o mesmo não conseguiu se responsabilizar para dar um desfecho avassalador. Partindo para avaliação da estética, o visual é responsabilizado pela nipônica Tammy & a britânica Sillum, que atua como nome principal da produção do álbum. Claramente, \"LOVE & LUXURY\" foi muito bem cuidado quando nós falamos de trabalho visualmente executado com excelência, os tons rosados arquitetam-se tão bem um ou outro, fotografias muito bem selecionadas para representar a vibração desejada, é um trabalho gritante para categorias que englobam o visual, e que demanda do mesmo, é um dos maiores caprichos de Sillum, e ficamos felizes de ver que a mesma deu o vigor para o material. Numa análise general, \"LOVE & LUXURY\" possui o aspecto divertido para que o público da cantora australiana desejava, entretanto, o álbum de estúdio chega tornar-se redundante e exaustivo, de tantas vezes que a temática, que já se foi abordada, reprisava. Esboçando nosso sentimento de que, tanto Maddie Taylor quanto o seu co-compositor, Alex Fleming, falharam na versatilidade que o CD podia ter abrangido, principalmente quando nós falamos sobre o esplendor e a afabilidade. Outro ponto a se constatar é a superficialidade do conteúdo do disco, a maneira em que os Ballrooms foram atrelados a uma noite constante, torna a trama totalmente supérfluo, isso faz que \"LOVE & LUXURY\" torne-se um álbum limitado a uma zona de conforto, o que não esperávamos da australiana, visto que é uma figura desinibida e sedenta pelo perigo. Sentimos falta da autonomia de Maddie Taylor dentro de seu disco de estreia. Entretanto, é preciso respaldar que tal fala citada não é voltada para menosprezar, ou desqualificar a participação dos demais compositores dentro do \"LOVE & LUXURY\", e sim cativar a letrista arriscar-se mais em suas próprias palavras, acreditamos que seu disco de estreia é um sinal majestoso que, depositamos esperança nos passos futuros de Maddie, para que a própria possa cravar sua marca, dentro do Pop Music.

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