The One - Sofia Grady
Pitchfork
A cantora e compositora, Sofia Grady, lança seu primeiro álbum de estúdio intitulado “The One”. O compilado de 15 canções e elas são ambientadas pelo gênero Pop com influências do Dance é R&B. Em seu conteúdo lírico o álbum traz emoções sentidas pela americana em diversos momentos da sua vida, onde são imprimidos sentimentos como tristeza, felicidades, vulnerabilidade e superação. A primeira parte do álbum conta com canções que retratam diversas formas de problemas em relações amorosas do eu lírico. “The One”conta o início dessa história onde o eu lírico se entrega a uma paixão sendo capaz de fazer coisas impossível pelo amado, “Brutal Love” e “Beautiful Lies” contam sobre problemas enfrentados nessa relação, sendo “Beautiful Lies” a primeira canção do álbum que Grady mostra um potencial acima da média liricamente, entregando uma ótima canção melancólica com um refrão cheio de analogias inteligentes. Chegamos ao que parece a uma nova fase do compilado, “Breaking The Barriers” que indica o momento em que o eu-lírico começa a superar o relacionamento conturbado e cheio de mentiras que foi retratado nas faixas anteriores, depois desse passo para mudar a narrativa melancólica do álbum, temos canções dançantes e descontraídas como a parceria com a Maddie Taylor “Anesthetized”, essas canções mesmo tendo uma narrativa mais leve, foram as que mais elevaram o nível lírico do projeto, entregando estruturas e composições acima da média. O álbum também tem sua parte empoderada com canções como “Sofia Like A Lion”, “Call Me Lilith” que explanam a ideia de força e feminilidade, Sofia entrega isso de forma acima da média, nos fazendo amar essa parte do disco. Em “Babylon”, Grady exala sensualidade nos trazendo um clímax intenso e despertando uma grande curiosidade para o rumo que a narrativa esta tomando, logo depois temos “Drugs Are Good For Me”, “One Night In Paris” e “Thousand Reasons” que trazem o novo relacionamento da artista com a sua nova companheira e também artista Elle, poderia ter uma canção de transição entre Babylon e as demais para deixar a narrativa mais completa e não um pouco perdida, mas as composições nesse momento são boas também e com desenvolvimento interessante, mesmo isso sendo meio perdido em Thousand Reasons, que tem uma drástica caída em questões líricas. As últimas faixas do álbum, Just Dance”, “In My Garden”, “Classy Girl”, “All The Flashes” trazem conceitos que diferem, deixando assim meio confuso em que rumo essa história tenha tomado, uma mudada na ordem das canções talvez pudesse fazer uma grande diferença. O visual do projeto é assinado pela renomada Heccy. Visualmente, toda a arte é polida e bem executada como de costume nos trabalhos da grande produtora, mas não conta toda a narrativa que o álbum traz, assim não entrando em total concordância com todo conceito. Em “The One”, Sofia Grady, tem erros, mas também grandes acertos. Grady entrega uma boa compilação de faixas para uma artista iniciante, tendo faixas destaques como “Beautiful Lies”, “Breaking The Barriers” e “Call Me Lilith”, mas pecando em deixar as primeiras faixas do álbum desinteressantes e o final com faixas que não se encaixavam. Como um todo, seu debut álbum firma o nome da artista como uma das artistas que podem vim a se tornar uma grande diva pop, e com certeza esse título chegará com o amadurecimento artístico.
Spin
Sofia Grady lança seu debut album /\"The One/\", alcançando o topo dos charts silenciosamente e ao mesmo tempo uma grande surpresa mainstream? Bom, acredito que esta contradição vai fazer, ou já é, parte dos primeiros passos da cantora como uma artista novata. Desde o lançamento do carro-chefe /\"Brutal Love/\", Sofia já ditava ao mundo qual caminho seguiria nos singles decorrentes, afinal, sua forma de compor canções sobre relacionamentos chamou muita atenção e tem sido o que a cantora vinha investindo, como, também, no single promocional posterior /\"Drugs Are Good For Me/\" e depois, distoando completamente do contexto que vinha construindo, com o lançamento de /\"All the Flashes\"/. Nessa procura por uma consolidação de sua própria identidade, com o disco \"/The One\"/, ainda é possível enxergar que a cantora ainda continua sua busca. Com 15 faixas, Sofia traz canções que abordam desde a sua marca, que são as relações amorosas e suas camadas, como também canções de autoconfiança e, abruptamente, algumas sobre luxuria. A mudança de contexto repentinamente, do mais sensível ao mais explosivo, acaba que o disco, liricamente falando, condiz à um compilado de composições aleatórias com temas que são batidos e, principalmente, saturados pelos próprios colegas novatos da mesma época. No entanto, algumas canções se destacam completamente, como /\"Sofia Like A Lion/\", /\"Babylon/\" e a faixa título /\"The One/\", faixas que mostram uma determinação da cantora em contar uma história com diferenciais e, até mesmo, uma certa identidade possivelmente visivelmente até, mas, infelizmente, em meio à inúmeras faixas com temáticas e histórias que ouvimos todos dias, acabam que ficam escondidas durante o percurso do disco. Acredito que uma escolha mais rigorosa nas faixas, encurtamento do álbum e mais um empenho na construção do enredo lírico, poderia ter colocado Sofia em uma cena mais interessante no cenário musical. Tratando-se do visual, todo em preto e branco, com um design muito bem trabalhado, apesar das escolhas das fotos transmitirem mais glamour que uma sutileza, que é a proposta do álbum, cumpre seu papel em /\"The One/\". Sofia Grady, por fim, trouxe seu LP de estreia, mas vai ser preciso mais alguns passos para aprimorar sua visão artística, ou ademais, focar mais naquilo que deu certo em relação ao público, se arriscar traz sua consequência e tê-la logo no debut não é muito agradável.
American Songwriter
Sendo um dos nomes recentes mais aguardados em sua estreia na indústria fonográfica, Sofia Grady lança seu seu primeiro álbum de estúdio ‘The One’. A proposta do disco se volta para discutir o drama por trás de uma superação, não exclusivamente romântica, mas de autoconstrução e conhecimento próprio. Diferente de seus trabalhos anteriores que se pautavam em temáticas mais voltadas ao pop mais comercial, a artista explora novos horizontes mirando em narrativas mais alternativas sondando novos sentimentos, ainda que expressos pelo gênero. A esses passos, temos elogios, mesmo sendo algo fora de seu conforto como já citado, a artista sabe evocar o drama em sua peça elaborada a partir de versos bem construídos como os de ‘Babylon’ e ‘Beautiful Lies’, a primeira é provocativa e um bom elemento para atrair a atenção do leitor para o trabalho, ainda que pouco característico de canções que tratam de um desejo proibido, enquanto a segunda traz a sordidez da problemática de um relacionamento abusivo sob uma perspectiva mais branda e atípica da “normalidade”. Aprofundando mais no álbum, destacamos “Sofia Like A Lion” como uma inovação no repertório da cantora, é gracioso como ela conduz a autoconfiança mental diante de todo o caos que se estende durante toda a trama do disco, vemos uma nova Sofia, mesmo com o título não agradando tanto. No geral, liricamente a artista entrega algo interessante por mais que confusos em alguns versos, identificamos que essas confusões ocorrem por a artista estar presa em construções melódicas muito definidas como suas rimas, deixando de empregar um sentido real e que funcione e operando apenas para a sincronia das estrofes, nos deparamos com certo estranhamento de algo que poderia estar completo de significado. Conceitualmente, a exploração da cantora parece ter sido limitada entre o que ela denomina de “turbilhão de eventos e experiências” o que gira em torno de um amor falido e a sua reconstrução a partir dele, apenas com alguns pontos de fuga na narrativa que se destacam por não serem tão parecidos com os demais e ressaltarem uma maior personalidade. Uma saída para essa fase monótona poderia ser uma apresentação mais consistente das faixas não tão imersas ao conceito, mas ainda dentro dele, pois mesmo que não apontado, é passível de observação que as faixas se constroem com linearidade e sequência de eventos, mas a homogeneidade conceitual parece ter sido realizada mais fielmente, criando a sensação de um álbum com faixas semelhantes demais entre si. Visualmente, o projeto agrada e em tons pretos e brancos, Heccy entrega um trabalho de ponta, com uma edição arrojada, chamativa e moderna. Ressalvas apenas a padronização de posição das fotos que não sabemos se era o intuito da artista em deixar algumas das imagens desajustadas e sem uniformidade, o minimalismo poderia ter sido empregado também nesse quesito, mas não deixa de ser um belíssimo trabalho. Concluímos que a estreia da artista não deixou a desejar e Grady se mostra mais presente do que nunca, sendo um dos nomes mais promissores e instigantes para o gênero pop nos últimos anos.
Rolling Stone
Sofia Grady sempre foi uma novata que, por mais que mostrasse ser promissora, nunca construiu muito hype a cerca do seu debut álbum, ficando na lanterninha comparada com os seus companheiros de época de debut, entretanto, a cantora surpreende a todos a entregar um álbum extremamente sólido e muito bem construído. A cerca de suas 15 faixas, Grady nos entrega muitas canções dançantes e com uma estrutura muita boa, exemplos disso sendo \"One Night In Paris\", \"Call Me Lilith\" e \"Classy Girl\", se destacando como os pontos altos das faixas do álbum, a capacidade da cantora de trazer uma nova roupagem a temas já cantados diversas vezes por outros artistas é muito boa, mostrando a maneira que a cantora tem de não querer reiventar a roda, mas sim, melhorar ela, especialmente em \"One Night In Paris\", uma faixa extremamente sensual que a cantora consegue levar o ouvinte para essa atmosfera sensual facilmente que quando chega no verso 3 você já se pega totalmente preso na música. Entretanto Sofia está longe de ser uma compositora de destaque e, infelizmente, sua fraqueza é perceptivel facilmente em faixas que carregam um carater mais pessoal e de vulnerabilidade como \"Breaking The Barriers\", \"Beautiful Lies\" e \"Sofia Like A Lion\", faixas em que da pra notar que a cantora teve uma dificuldade para passar sua mensagem de forma clara, com versos totalmente não harmônicos e dependendo do refrão repetindo multiplas vezes para poder deixar a sua mensagem, ou quando não acaba repetindo palavras que já usou em faixas diferentes. O visual foi assinado por Heccy com HTML por Tammy, e é ótimo mencionar como Tammy tem se tornado um nome poderoso no mundo do HTML entregando materais incriveis e nunca repetindo a mesma formula. Heccy também não fica atrás, entregando um encarte belíssimo, com uma escolha de fotografia de te deixar de queixo caído. a única crítica é que o álbum acaba ficando um pouco escuro demais, não tendo nenhuma quebra de cor ou uma brincadeira de tom, sendo um álbum faltante de cor para um disco recheado de brilho em suas letras. Sofia acaba caindo em clichês de um artista novato, mas são coisas que se a artista se atentar, certamente a cantora irá virar a superstar a qual ela tem tudo para ser.