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Coming of Age - Violet Turner

The Line Of Best Fit

75

Após uma Era de sucesso, de surpresa, Violet lança seu primeiro EP intitulado \"Coming of Age\", que possui como premissa dar continuidade o que foi trabalhado no seu disco anterior, mas de forma mais introspectiva no que se diz amadurecimento. Abrindo o projeto com \"The Escalation of August\", uma letra curta com três versos, porém com um simbologia profunda; Violet soa confusa com seus sentimentos, estes que não chegam numa conclusão determinante, resultando, assim, nessa luta consigo mesma. \"Coming of Age\", faixa título, demostra um desejo de mudança que caminha pra algo pessoal, mas depois transparece que essa mudança é inspirada por aceitação; Um desejo de ser quem não é pra seja aceita e não esquecida. Uma canção que pode ser considerada frágil e triste pra quem consegue notar onde está a raiz do problema. \"Never Enough\", faixa com participação da talentosa Vicky Van der Waals, soa como uma continuação da faixa anterior, de forma mais transparente, confirma que Violet sofre de uma pressão social e, aqui, torna-se sensível ao se comparar com o físico de outras pessoas e se reprimindo. Em \"Weight\", que pode ser traduzida como \"peso\", enfatiza mais essa pressão que eu-lírico passa, mas com detalhes da dor, da angústia, da busca por alívio, com versos bem ricos de simbologia e também de sentimentos crus, um grande destaque lírico. \"You Make Me Want\" há um outro caminho a se seguido, onde a cantora explora um alívio, uma pessoa que provavelmente é a sua paixão, onde esses problemas são contidos, sua mente esvazia pra aproveitar sua presença. Seguindo com \"All That’s Left\", rica em metáforas sobre um julgamento final, no entanto, soa como carnal, uma canção sexual; Como se não houvesse caminhos certos, logo, o que se resta o que se aproveita, a carne, os corpos, o desejo. Finalizando com \"Laconic Agreements\", assim com a faixa de abertura, esta também acompanha de poucas palavras e simbolismo, de forma bem mais leve que as canções que antecedem, no entanto, há um sentimento de conformismo, como se tudo tem que ser como é, resultando numa conclusão bem confusa. O visual, produzido pela própria cantora, é introspectivos em seu shoot, mas suas páginas vão pra lugares bem diferentes, não seguindo algum sentido, uma forma especifica de organização, o que resulta em um visual não muito chamativo. Por fim, \"Coming of Age\" possui uma base muito promissora seguindo o que já havia exposto pro público, sendo agora, um desdobramento de sentimentos posterior com um tom diferente; Violet demostra uma evolução em sua lírica, porém há uma tendencia em vício de conceito, como canções que abordam os mesmo sentimentos, discursos, que chegam no mesmo caminho. Canções da segunda metade do EP, como \"\"Weight\"\" e\"You Make Me Want\", foi onde finalmente pôde ser presenciado caminhos diferentes de narrativas, ousadia, ainda sim que \"Laconic Agreements\" feche o disco de forma fria. \"Coming of Age\" demostra uma evolução nas habilidade de Violet Turner e abre um leque pra explorar sua capacidade, ainda que nem tudo seja explorado agora de imediato, é um trabalho bem esforçado.

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