Colors - Neferine

The Guardian
Neferine é, de fato, um dos nomes mais memoráveis do Famou$ há muito tempo. Retornando com um grande clássico “Colors”. De uma maneira despojada a cantora consegue abordar temas pessoais voltadas a situações vividas durante a adolescência e vida adulta, acerca do amor, erros e acertos e diversas outras experiências pessoas. A produção é bem executada, possui diversos arranjos Pop com elementos Rock que são bem agradáveis. Um grande ponto alto é a perspectiva melódica de acompanhar as letras ao mesmo tempo que se ouve a melodia, foi uma jogada muito interessante. As letras são coesas e bem pessoais, podemos observar diversos “tipos de Neferine”, com base em suas histórias, podemos perceber que há uma intensa conversação com seu EU interior, seja para avaliar suas ações ou entender como ela se sente após algum acontecimento. As canções mais inteligentes são com toda certeza “Immature” e “Afraid” podemos ver a sinceridade expressa através do lirismo. O encarte é muito bem trabalhado, a escolha de cores foi bem feita e bem executada, podemos associar os diversos tipos mostrados com as situações nas tracks, como o vermelho em “The Last Time I Saw You”. É visualmente agradável e bonito, digno de um museu contemporâneo. Diante do exposto, Neferine retorna ao Mainstream em grande estilo, ressuscitando um clássico e mostrando para a nova geração de artistas que é possível manter seus propósitos, contar sua história e realizar um trabalho excelente.

Los Angeles Times
Colors é um clássico instantâneo. O álbum pode parecer simples em um primeiro contato, mas logo mostra todo o seu potencial. Apesar da temática de adolescência ser recorrente na indústria musical, Neferine mostra que até dos clichês se pode extrair algo memorável e duradouro. A primeira canção, \'Give Me A Chance\', é um apelo de Neferine àqueles que ainda não conhecem seu trabalho. É uma bela amostra de seu talento como compositora, que se evidencia de maneira mais brilhante nas faixas \'That Girl Who Hates Me\' e \'I Wish I Knew This Before\'. Um aspecto a ser pontuado, na questão lírica, é que algumas canções se mostram longas demais, e poderiam se apresentar melhor se tivessem alguns versos reajustados ou eliminados. O encarte traz um bom contraste entre as fotografias em preto e branco e as manchas de cor, que claramente representam a energia e poder das canções. Neste relançamento, mesmo com o passar do tempo, Colors ainda soa fresco, revigorante e intenso. Neferine tem um grande trabalho a fazer mantendo este patamar em sua carreira. Aplicação do Conceito: 90; Coesão: 90; Produção Lírica: 76; Produção Visual (x0,5): 70; Total= 291/3,5= Nota Final: 83.

The A.V. Club
Colors - Neferine Definitivamente surpreendente. A primeira impressão que o álbum da artista causa é de um clichê adolescente básico, porém, a cada faixa analisada é possível ver a magnitude e a profundidade que Neferine quis passar. Quanto às composições, o álbum está em um nível alto para o proposto, com referências inteligentes como em \"End Game (You Can\'t Control Me Now)\" e \"Give Me A Chance\" sem que as letras deixem de ser lúdicas. O álbum apresenta uma capacidade de coesão alta mesmo tendo algumas falhas em sua tracklist, como a faixa \"Obfuscated\" após a sarcástica \"That Girl Who Hates Me\". Já na abordagem temática vemos algo surpreendente, que mostra diversas faces de Neferine e também inúmeros acontecimentos da vida pessoal da cantora, mas a medida que o álbum se aprofunda, as cores se perdem no meio de tantos relatos pessoais. Quanto ao visual, o encarte compensa a falta das cores nas letras, mesmo sendo um tanto antigo por ter sido feito no ano 1 e para o ano 1, cumpre muito bem o seu papel atrativo. Sendo assim, Neferine trouxe um relançamento que mesmo com algumas reciclagens, mostra-se atual e com a vitalidade que o pop precisa. Ponto alto: A arriscada \"Dictator\" e a transição para \"That Girl Who Hates Me\" Coesão: 75 Abordagem temática: 80 Conteúdo lírico: 85 Conteúdo visual: 75 Média: 80