The Guardian

Victer Saint resplandece neste EP, “Damn” é de um grande projeto, que poderia render um grande álbum, reduzi-lo a um Extended Play pode ter sido uma má escolha, porém nos deixa com expectativas grandiosas para seus futuros projetos. Abordando principalmente problemáticas sociais, Victer se posiciona não apenas como espectador, mas como participante da narrativa, em “PARANOID” ele reafirma como a população colocou um governante opressor no poder, em como a internet pode ser nociva e como há injustiça social em todos os lados. Liricamente, seus versos são concisos e potentes, conseguem representar facilmente a dor e a raiva de alguém que está insatisfeito, há diversas metáforas e alusões, assim como uso direto de recursos mais incisivos e mais crus. A produção melódica do projeto é bem coesa, ela traz a tona um Hip Hop que em alguns momentos pode ser soft e ao mesmo tempo tão agressivo quanto, é um bom meio termo entre os momento que representam dor e os que representam a insatisfação. A melhor canção é “GOD”, ela tem uma grande notoriedade dentre as quatro faixas, devido a sua escolha crítica. Os visuais são muito bem elaborados, possuem grande empenho e a escolha de cores, assim como de camadas foi muito bem feita, visualmente este projeto é incrível. De modo geral, “Damn” é realmente um grito de desespero crítico, ele toca nos problemas sociais mais aceitáveis e nos faz refletir sobre nossa percepção acerca deles, esperamos ansiosamente por projetos tão grandiosos quanto este compilado de 4 faixas.

Spin

Não tem muito que falar sobre esse EP, tudo está perfeito e muito bem trabalho onde o artista aborda sobre temas que muitas pessoas não têm paciência ou preferem deixar como está, sem fazer nada, mas Victer nos mostra que podemos sim, ter voz e temos que usá-la ao nosso favor. O Ep é uma critica ao mundo atual onde ele mesmo diz que “nunca estamos preparados”, o que é verdade, nunca estamos mesmo, para muitas coisas. Com um belo visual, o artista deixa tudo muito claro e bonito de se ver. Espero muito um debut álbum digno e que ela continue mostrando a sua voz ao mundo. Melhor Faixa: DAMN Letras: 92 Conceito: 95 Visual: 95 Criatividade: 98 Media final:95

The New York Times

\"DAMN\" é um EP com intenção puramente critica e militante que, em quatro faixas, resume bem quais são os problemas que assolam a nossa sociedade hoje e passa uma mensagem de reflexão a todos. Victer constrói muito bem suas composições neste disco, onde cada verso causa um impacto no ouvinte. A faixa título \"Damn\" talvez seja uma das mais chocantes. O rapper expõe as forças policiais que abusam do seu poder de autoridade, decidindo, muitas vezes, quem vive e quem morre dentro dos guetos, mesmo que tirem a vida de inocentes ou destruam famílias. Na polêmica faixa seguinte \"God\", juntamente com a cantora J.Olly se questiona sobre a benevolência de Deus e o porquê ele não interveio em grandes tragédias que tivemos no passado. Mais chocante e marcante que as canções, o visual possuí uma vibração assustadora e obscura, utilizando tons monocromáticos e vermelhos, com marcas de sangue e notícias de jornais e revistas por todos os lados, produzindo um resultado incrivelmente harmonioso e bonito. Esse EP é digno de ser um grande concorrente a Album of The Year em futuras premiações, e ao rapper Victer damos os nossos merecidos parabéns por criar essa belíssima obra de arte. Melhores Faixas: Damn, God. Composição: 90/100 | Visual: 100/100 | Conceito: 85/100 | Criatividade: 100/100

TIME

O que dizer sobre o EP DAMN? Sinceramente não tenho muito que falar, é um EP com ótimas criticas que merecem ser refletida, principalmente a música TRAITORIUS, que fala sobre “criticas” (que na verdade são ataques) pela internet, algo que vemos cada vez mais com frequência no Famous. A escolha do lead single foi ótima, pois é algo que cada vez mais vemos ser noticiados nos telejornais e outros meios de comunicação. O segundo single GOD é uma musica que trás questionamentos fortes sobre a onipresença e onipotência de Deus, são questionamentos que chocam que é religioso, mas é questões comuns a quem não acredita na entidade divida. Victer entrega de fato o que esperamos de um trabalho crítico, a informação é passada de forma direta sem margem para má interpretação. O visual é perfeito e se encaixa com tudo que o artista quer passar e destaco o encarte com as chamadas de jornais que reforça as criticas feita nas músicas.

Variety

Necessário. Não tem outra forma de resumir o EP, senão assim. Com DAMN, Victer se apresenta na indústria de forma grandiosa, logo na capa já sentimos a força do disco e ao folhear seu encarte, esse sentimento cresce nos deixando ansiosos para ouvir o que o rapper nos preparou. O EP se abre com a faixa título e um dos maiores sucessos do jogo, onde o Saint expõe os desafios de estar vivo - principalmente quando se mora em periferias - num país em que aqueles que deveriam nos proteger, são os maiores vilões. Em seguida, somos presenteados com uma parceria com uma das maiores rappers do Famou$, God feat. J.Olly, onde eles questionam a existência de Deus e os motivos pelo qual ele não interveio em momentos que poderiam ter salvo milhares de vidas. Em Paranoid, a minha preferida, Victer traz uma carta aberta ao presidente eleito e eu arrisco dizer que poderá se tornar um hino de uma futura revolução, que acontecerá. Finalizando o disco, temos Traitorious, faixa em que o artista contesta a crença de que a internet é uma terra sem lei e alerta para como o que é dito virtualmente, pode afetar a nossa em vida pessoal. Enfim, após esse EP, ficamos ansiosos para saber o que o artista nos apresentará futuramente, mas não precisa ter pressa, visto que esse será um trabalho que retratará a realidade dos pelo menos, próximos quatro anos.

Pitchfork

DAMN é poderoso e intenso, com letras fortes e marcantes e um visual psicodélico. Victer aceita correr o risco de lançar um trabalho tão desafiador e controverso, sem medo de represarias ou \"crucificações\", o artista foi muito inteligente ao fazer um EP invés de um full álbum, com certeza isso vai trazer bastante impacto no EP, talvez se fosse um álbum de 10/12 faixas ele perderia sua proposta principal e também ficaria com uma cara de que o artista forçou uma militância. Com o EP o manifesto do artista fica muito claro e direto, Victer cria uma voz no meio do povo, ele quer falar e ser ouvido e isso faz com que as faixas entreguem o amargo momento em que o mundo está vivendo, nós podemos ver através das palavras de Victer a falta de empatia que ele vê no mundo, e isso infelizmente é o que acontece nos dias de hoje. Victer conseguiu entregar um EP com um conceito direto, amargo e real relatando as coisas que vimos praticamente todos os dias, aplaudo a coragem de Victer por escrever músicas tão duras e verdadeiras.

Tiny MixTapes

DAMN é um EP intenso e potente, quase como um desabafo onde Victer Saint diz tudo o que parecia ter guardado por um bom tempo dentro de si. Começando pela faixa-título do álbum, “DAMN” é um dos maiores, se não o maior, hit da plataforma nos dias de hoje. Além disso, é uma faixa empolgante, poderosa e que possui um instrumental coeso, que caminha junto com a letra da canção. Destaco aqui a faixa “PARANOID”, na qual Victer critica o governo brasileiro e o seu presidente, instigando a todos com um grande sentimento de revolução e resistência nas entrelinhas, sendo a melhor faixa do Extended-Play, junto com “GOD”, sua parceria com a grande rapper J.Olly. O visual do trabalho também é um grande destaque, coeso, bem-produzido e capaz de chamar a atenção de qualquer pessoa que bata o olho em seu encarte ou em sua capa. DAMN é profundo, violento e feroz, onde Victer faz questão de debater questões sociais como racismo, cyberbullying, preconceitos e abismos sociais como a violência policial nas comunidades. O grande ponto é que o artista faz isso da forma mais eficaz possível: com arte.