Depois de um grande período de hiatus, deixando o mundo Rock muito triste, Anna Fraser faz seu retorno, dando continuidade sua Era e lançando o tão, mais tão, aguardado \"By Wind and Terrain, Through a Flame and The Rain\". Anna já havia lançado os singles aclamados \"Gaia\", \"Vital Breath\" e \"Freedom Elements\", que já davam indícios, ou melhor, conclusões, do que o público poderia esperar, simbolicamente, do que seria o grande projeto em torno desses singles, o conceito de elementos naturais como tema pra traduzir os sentimentos da artista. O album cumpre bem o que era esperado e é fiel ao desenvolvimento trazido por Anna, em seus singles, em seu visual, em sua imagem. A canção \"Aedo's Rapsody\" abre o disco de forma espetacular, preparando o ouvinte pra essa aventura em busca de libertação, sem se prolongar e com muita personalidade, uma das melhores aberturas de album já vista. A partir da terceira track, \"Purification Mysticism - W...\", a cantora começa sua jornada de se desacorrentar de sentimentos que a atordoa, uma das melhores composições de Anna Fraser e faz o uso do elemento água de forma extraordinária, introduzindo ao cenário de purificação, ou melhor, "banho", onde será feita uma renovação; Trechos muito bem escritos e um pré-refrão e refrão poderoso e cativante. No single \"Gaia\", canção conhecida por todos, explora o conceito elemental terra, mas mostra-se com a lírica mais diferente das demais canções, por ter uma abordagem mais ancestral que as demais faixas, aqui, cultua-se a mãe terra. De volta pra uma abordagem mais simbólicp-mística, as sequências \"Dancing Flames\", \"Vital Breath\" e \"Freedom Elements\", são essencialmente as canções que mais descrevem detalhadamente a evolução de Anna de forma mais concretizadas, enquanto as anteriores ainda traziam rachaduras e feridas, pode-se dizer que o trio de canções há uma motivação sem paradas pra repensamentos. Finalizando o projeto, \"Gallery\", assim como a Intro, cumpre seu objetivo de forma surpreendente também, fechando o ciclo sem se prolongar. O disco também traz duas canções bônus, intituladas \"New Beginning\" e \"The Last Airbender\", são canções que ainda navegam pela temática elemental. Especificamente, \"New Beginning\" traz uma recomeço após o ciclo, uma interessante faixa bônus, que traz um ar a mais do que pode ser um pós fechamento de ciclo e desperta curiosidade no ouvinte pra explorar sua imaginação sobre o futuro da cantora, cumprindo essa experiência de ser uma canção detalhe. No entanto, \"The Last Airbender\" é uma faixa que desperta uma contradição, ao demostrar fraquezas e conflitos, o que não faz sentido após fechamento de ciclo e um "novo começo", o que não seria um problema se a faixa estivesse inserida na estrutura normal do projeto como primeira parte, onde há essa ferida aberta na vida da artista, mas como bônus-track, passa um sentimento de apenas uma canção a mais pra cumprir quantidade, sendo, assim, desnecessária. O visual é condizente ao conceito trazido, principalmente nas partes das tracks com seu elemento específico; A cor predominante aqui é o verde florestal, que com exceção no elemento fogo, traz uma confusão nos demais elementos ao não representar as cores do mesmo, então é possível visualizar os elementos nas imagens trazidas, mas o exagero na cor verde atrapalha a conexão em algumas delas. \"By Wind and Terrain, Through a Flame and The Rain\" não é apenas uma evolução na vida pessoal de Anna Fraser, mas, decerto, da sua carreira artística. Sua lírica, sua criatividade em manusear simbologias pra se conectar à suas ideias já é uma característica da sua personalidade artística e este disco, essencialmente, coloca a cantora num patamar de excelência.