# | Título | Tipo | Streams | |
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1 | Marco | track | 28,849,464 | |
2 | Marco | track | 29,319,518 | |
3 | Marco | single | 911,398,991 | |
4 | Marco | single | 903,418,911 | |
5 | Marco | track | 29,162,812 | |
6 | Marco | track | 29,662,218 | |
7 | Marco | track | 29,554,535 | |
8 | Marco | track | 29,084,483 | |
9 | Marco | track | 29,505,520 | |
10 | Marco | single | 855,394,220 |


American Songwriter 86
"Decreased Reality" é nome do mais recente álbum de estúdio do artista canadense Marco, lançado de surpresa dia 25 de Julho, carregado da potente atmosfera do rock alternativa com resquícios de Jazz. O disco abre com "Rides", canção que instiga o pensamento de Marco na metáfora da hora dourada, onde nosso subconsciente acredita que o Sol há de iluminar as ruas, mas somos tapeados pela incandescência das lâmpadas de rua. É um conceito ambicioso que, na letra, não faz o menor sentido. Várias linhas e estrofes com versos que diante em diante não coergem. A faixa em questão realmente não sabe para o que veio, é uma lírica muito estranha, talvez típica de artistas indies. Com "Patrick Sky" Marco encontra direção e traz uma canção muito boa. A segunda faixa brinca com o fato das nossas escolhas, onde podemos ser o mocinho e o vilão, muito em questão de partir nosso coração, ou partir o de outra pessoa. "Patrick Sky bewares it’s a harsh world on romantics" resume todo o conjunto e o verso três é tão complexo, mas ainda assim tão explicativo. É uma faixa deliciosa baseada num folk clássico que tem tudo para se tornar uma das faixas mais excêntricas do ano. Em "Arrival", Marco realiza uma crítica fantasiosa a indústria americana. É uma letra rica em detalhes e referências, possuindo diversos recortes temporais. Na canção, Marco indaga o ouvinte a refletir sobre quem devemos temer, o desconhecido extraterrestre ou quem nós já mantemos contato em terra firme. A faixa-título entrega uma visão inovadora sobre os tempos modernos. Mais uma vez, Marco traz uma letra cercada de referências, mas a ideia dos pedintes agora chegarem a você com QR Code é algo a se pensar, sobre o futuro e sobre como a tecnologia toma conta em todos os aspectos de classe. Ainda assim, Marco incluiu uma ar cômico na letra cantando repetitivamente: "Up and down and down and up and down again", quase cronologicamente. O single "Chersonegue" chega e é a música mais pessoal até o momento. Relembrando suas memórias pandêmicas, Marco traz um refrão avassalador, que flerta com a sua necessidade passada de apenas querer relaxar e conversar fora das redes como ser humano e, ao mesmo tempo, deslumbra pescadores retirando lixos de suas redes de pesca, puxando a mensagem do futuro, de estarmos condenados a uma natureza sem matéria-prima. É uma faixa muito contemplativa, bem escrita e cercada de tiques do artista, que vemos desde o começo do trabalho. Quando chegamos em "21" nós mantemos o ar individual de Marco com mais uma letra reflexiva e, desta vez, sobre o paradigma e pela crise dos 21-25 anos. A letra é carregada da mais pura verdade, sobre estarmos naquela fase onde vemos nossos amigos casando, nossos amigos morrendo, nossos amigos ganhando muito dinheiro e outros ainda contando piadas sem graça. A forma que o verso seis chega e quebra a expectativa chata que era esperada é muito divertida. Marco convida a persona "Marianne" para se deliciar enquanto a tempo e, mesmo com o medo de uma idade onde a escuridão assola, é necessário viver. Agora, em "Stella", Marco retira seu olhar de si e volta seus olhos a sociedade. Aqui, temos as famosas canções 3 em 1. Apenas uma faixa, mas significados triplos. Marco canta sobre os papeis sociais do homem e da mulher perante a constituição da família tradicional. Como um filme, as mãos calejadas da imagem patriarca carrega apenas a visão bruta e única de levar o pão de cada dia que o homem tem dentro de uma casa e, da Mãe, de ensinar e criar seus filhos e cuidar da casa. Poeticamente falando, marco expõe alcoolismo como o intermediário entre essas duas pessoas e como o efeito dele é desastroso para acabar com um reinado. A última faixa, "Change", conclui com a ideia clichê de que mudanças repentinas e as vezes desagradáveis podem servir de lição algum dia. Marco conclui o disco com a certeza que suas convicções sobre o mundo moldam o presente e o futuro de si mesmo e as análises, por vezes filosóficas, que ele tem em diversas faixas já fazem sentido antes mesmo dele pensar. O corpo lírico do projeto abrange tamanha criatividade. é surreal a forma que os conceitos são transcritos e levados a realidade. É um show de ideias e conceitos inovadores, é como se cada faixa pudesse promover álbuns diferentes. Aqui com 10 faixas, poderiam ser 10 álbuns. Partindo para o lado da produção, a premiada Sillum entra na jogada. Há 2 pontos negativos no encarte: a capa e as cores. A capa é um tanto sem graça, sem sal, sem a criatividade que Marco trouxe nas letras. A artista vencedora do prêmio de revelação no GRAMMYs peca em não refletir a lírica principalmente na capa, que é a tipografia colada no inferior da arte, com um efeito de brilho semelhante ao de "Smoke Blurs" de Danny Wolf, não passando encanto algum. A cor vermelha que promove poder e sedução não conecta-se com a atmosfera contemplativa do disco. É uma produção pop/rock que não atrai os dogmas alternativos e jazz que a obra possui. Talvez, uma forma de melhorar esses aspectos era utilizando uma fotografia quase cinematográfica, algo como "Nomadland", sem efeitos visuais e apenas foto e fonte. É um álbum muito poético para uma produção tão faraônica. É claro que é um encarte muito bonito, mas não é o encarte perfeito para o "Decreased Reality". O conjunto da obra entrega, portanto, pura criatividade e é assim que caracterizamos o disco, como dez faixas que unem momentos de pensamentos loucos por Marco que resulta em 9 ótimas faixas, e "Rides".

The Line Of Best Fit 95
Em seu quarto álbum de estúdio, o cantor Marco retorna a indústria após alguns anos sem lançamentos. O novo álbum do artista intitulado "Decreased Reality", promete mergulhar em uma nova realidade de um eu-lírico bem observador. "Rides" inicia o disco de forma majestosa e bela, a composição da canção utiliza rimas muito bem colocadas e metáforas excepcionais. A rapidez da canção, utilizada para representar freneticidade das cidades urbanas. Em uma composição diferente, "Patrick Sky" conta a história de um jovem tentando se blindar dos sentimentos, para tentar aproveitar ao máximo. A canção é brilhante e traz uma narrativa muito interessante, os versos são curtos, porém bastante objetivos, deixando assim a canção extremamente rápida e fácil de ser compreendida. A mensagem é muito visceral e pode ser usada por muitos jovens em suas atuais vidas. Trazendo um tom bem cômico para o disco, o single "Arrival" descreve sobre o sentimento de Marco após descobrir que os Estados Unidos iriam começar a investigar a presença de OVNIs na nossa atual sociedade. A genialidade do cantor em desenvolver uma canção assim é notável, os versos são interessantes e muito bem escritos, sendo a parte final da canção a melhor, por representar todo o espírito dela de uma forma única. Chegando na faixa título, "Decreased Reality" é uma canção bem diferente. O artista descreve as emoções de um eu-lírico que parece ter sido excluído de qualquer entendimento do mundo, assim ele se vê como uma pessoa extremamente afetada por tudo que acontece a sua volta. A composição é incrível e usa diversas metáforas brilhantes, o poder de Marco para relatar esses acontecimentos de forma cômica e ousada é impressionante. No lead do single do projeto, a canção "The Chersonese" é uma reflexão sobre tudo que aconteceu durante o período da pandemia e como tudo isso ocorreu de forma rápida e imperceptível para muitos, incluindo o cantor. A faixa carrega uma carga lírica bem interessante, os versos são detalhados e seguem a linha do resto do álbum. "Modern Rituals" continua o álbum de forma muito incrível, a composição reflete muito sobre a era atual das redes sociais e usa uma narrativa muito interessante entre um homem e uma mulher. Tudo conversa de forma direta e fácil, os versos são curtos mas conseguem introduzir o leitor a narrativa apresentada pelo compositor de forma aprofundada. Trazendo a melhor canção do disco e provavelmente uma das melhores de sua carreira, "21" é uma canção que usa do diálogo com uma jovem chamada "Marianne" para representar os dilemas de ser um jovem adulto. As metáforas feitas por Marco são brilhantes e muito bem utilizadas, os versos e o refrão conversam demais com a proposta da canção e reforça ainda mais o porque de Marco ser um dos maiores compositores da indústria musical. Descrevendo o alcoolismo e a forma que ele consegue estragar diversas relações, "Stella" é uma canção sincera e bem trabalhada por Marco. A metáfora da amante ser a marca de bebida é brilhante e o artista usa disso de uma forma incrível durante todos os versos presentes na canção. Em uma canção rápida, "The Black Canvas" conta sobre um pintor, que só lhe restou uma tela escura para pintar e ele não sabe o que fazer. A composição é incrível, mas acaba pecando por ser extremamente rápida, se o artista tivesse criado mais versos a canção com certeza seria um dos principais pilares de todo o trabalho. Encerrando o disco, "Change" descreve como mudanças são inevitáveis e sempre irão ocorrer, restando a você mesmo decidir se irá aproveitar elas ou irá apenas se lamentar, o que não mudará nada. A parte lírica da canção é muito bem escrita e utiliza metáforas e analogias muito bem propostas pelo artista. É uma canção digna de encerramento e finaliza o disco de uma forma majestosa, encerrando essa jornada de 10 faixas que foi escrita pelo artista. Analisando a parte visual do trabalho, vemos um trabalho feito pela cantora Sillum. A capa do disco é simples e acaba não trazendo nenhum impacto para a obra que o artista trouxe liricamente. Já no encarte vemos um trabalho belo, onde vemos fotos de Marco misturadas com tons de vermelho e preto, tudo funciona de forma incrível, sendo o único ponto negativo a capa, que não faz jus ao trabalho. No geral, "Decreased Reality" é mais um álbum brilhante escrito por Marco e retrata diversas observações do artista sobre a sociedade e reflexões acerca de diversos temas, como a pandemia, os dilemas de ser um jovem adulto, OVNis e muitos outros. Com seu quarto álbum de estúdio, Marco apenas reforça o seu título como um dos compositores mais geniais e complexos da história da indústria musical, sempre envolvendo a todos em suas narrativas, principalmente nessas 10 canções presente no álbum. O disco pode ser um grande concorrente em categorias principais das premiações, e não deve ser nenhuma surpresa se arrebatar alguns prêmios para casa.
All Music 95
Descrito como um projeto menos autocentrado e mais observador, Marco retorna aos holofotes com “Decreased Reality” – seu quarto álbum de estúdio. “Rides” é responsável por introduzir o disco em sua lista de faixas, e realmente ela cumpre o seu papel; a canção faz o ouvinte flutuar sob a poesia mais crua e específica de Marco, descrevendo uma cidade que soa sempre em constante movimento, enquanto seus olhos a capturam com foco e lentidão. A canção parece um pouco confusa e densa em certos momentos, mas talvez essa seja a intencionalidade dela. “Patrick Sky” traz ao ouvinte uma experiência mais leve e universal, entonando em seus vocais uma letra sobre Patrick Sky e suas diversas facetas e comportamentos diante a vida num geral. “Arrival” é uma faixa bem-vinda ao universo de Decreased Reality, uma crítica social que é bem estruturada pelo artista em versos que exalam um caos com tom irônico a discussão proposta, algo ousado aqui. “Decreased Reality” é a canção mais Pop e acessível do LP, aqui trazendo então uma crítica a como os tempos atuais tornaram as coisas mais superficiais e banais, com a cultura sucateada de certa forma. “The Chersonese”, primeiro lançamento do disco, retrata então um cenário de pandemia e isolamento social melancólico, mas com uma raiz otimista em suas camadas, que oferece ao ouvinte uma reflexão individual de suas ações e concepções. “Modern Rituals” fixa os seus dois pés ao chão, sendo uma faixa que dialoga sobre pressões estéticas e como o mundo pode fazer com que as pessoas sempre se sintam menores e insatisfeitas consigo mesmas, independentemente do que seja ou de seus esforços. “21” é pura e seu storytelling não traz nenhum sentimento de retrocesso ou falta no que se diz respeito ao seu conceito e atmosfera, portanto sendo um destaque inegável. “Stella” traz uma trama clássica e árdua, marcada pela violência doméstica, mas aqui com uma perspectiva de superação e livramento de todos os abusos sofridos; aqui, a composição é clara com a sua poesia mais expressiva e projetada. “The Black Canvas” é a mais curta e objetiva do disco, talvez venha de encontro com o seu conceito simples e auto descritivo, que narra um artista em um bloqueio criativo, o que é um ponto que pode soar negativo para alguns a dado momento do disco, mas funciona como um desenvolvimento certeiro de certos questionamentos, principalmente sobre a perspectiva de Marco a esse ponto do projeto. “Change” encerra o projeto com uma mensagem intensamente universal; é eminente como a mudança parece chegar, na canção, de uma consequência natural da vida, e o que Marco consegue tecer com suas palavras é louvável. Em seu aspecto visual, talvez aqui a ironia seja presente por mostrar um encarte que não parece se conectar com as letras, mas em uma brusca e conflitante análise, pode-se afirmar que talvez a intenção do artista seja esse estranhamento por parte da critica e do público. Mas colocando esse fator de lado, a produção é muito bem executada, usando do preto-e-branco das fotografias do ensaio em um mar imenso de cores vermelhas atreladas ao preto. Num geral, “Decreased Reality” pode servir como um disco que redefine a imagem de Marco ao público, e esse é um fator o qual gera um risco e algumas consequências ao julgamento mais superficial do olhar público, mas, aqui, pode ser visto como um projeto conectado à sua áurea caótica e intensa.

Rolling Stone 90
Marco faz o seu grande retorno ao mundo da musica com o seu mais novo álbum de estúdio 'Decreased Reality', um lançamento que mostra que o cantor ainda segue como um dos maiores compositores da indústria. Em suas 10 faixas, Marco nos traz, diferente do seu álbum anterior,letras com um carater quase totalmente fictícias, refletindo a ideia dele de se distanciar do protagonismo, realmente diminuindo a realidade de si próprio. Abrindo com 'Rides' temos uma faixa que serve como uma ótima introdução ao álbum, fazendo com que o ouvinte entre nesse ambiente do álbum e sinta a vibe dele com inuendos sexuais muito bem feitos e rimas espertas. A proxima faixa é 'Patrick Sky', uma faixa inspirada em folk e que nos traz uma estrutura muito interessante, sem a presença de um refrão. Narrando a vida de um personagem ficticio titulor da canção, Marco mantem sua sua maneira elegante de fazer seus versos, brincando com as palavras, sendo um terreno novo para ele esse da narrativa, o cantor se sai muito bem. Um grande destaque do álbum é a sequência de "Arrival", "Decreased Reality" e "The Chersonese", sem duvidas esse é o momento alto do álbum, encontramos durante essas três faixas o ápice artístico de Marco como compositor, especialmente em "Arrival", uma faixa totalmente descontraída, fazendo uma crítica social de uma maneira divertida e nada massante. Outra faixa de destaque é "Stella", uma música com um tom bem mais sério e profoundo falando acerca de um relacionamento destruido por bebida. É uma das canções mais belas de Marco, escrita de uma maneira respeitosa e artística com a sua ponte sendo o ponto alto da canção. O projeto é encerrado com "Change", uma música que - como o nome sugere - fala sobre mudanças e sua inevitabilidade, e é uma ótima canção para encerrar o álbum, especialmente pelo seu tema, talvez até servindo de recado para os seus fãs, com um álbum que traz uma mudança na proposta lírica da carreira de Marco. O visual do Decreased Reality é assinado pela talentosíssima Sillum, uma artista que já está acostumada a saber como entregar trabalhos visuais de qualidades, e com esse encarte não foi diferente. A escolha da fotografia e das cores usadas combinam e conversam muito bem entre si, dando uma harmonia muito agradavel a quem está o vendo, totalmente passando o clima do álbum, talvez sendo o encarte mais bonito de Marco. Entretanto, temos uma certa observação a fazer sobre o encarte, na verdade, sobre a capa do álbum, o visual do encarte tem uma qualidade muito superior a da capa, mesmo ela estando inclusa no encarte também. Não é nada que prejudica a experiência, mas a capa, que é a cara do projeto, ter uma qualidade inferior com a do encarte não é muito legal. Decreased Reality segue sendo mais um trabalho muito bem feito e caprichado no catalogo de Marco. O cantor com seu último álbum foi nomeado e vencedor de diversos AOTY em premiações, e com o seu novo álbum ele mostra que está longe de deixar a qualidade cair.

Billboard 93
Após um longo tempo ausente da indústria musical, Marco realiza o seu retorno com o seu quarto álbum de estúdio intitulado 'Decreased Reality'. O titulo não poderia ser mais adequado pois representa a proposta do cantor em cantar cantar canções sobre coisas que não aconteceram com ele, colocando-o num papel de narrador, uma ousadia para o catalogo de Marco. O artista consegue fazer essa "narração-sonora" com maestria ao longo de suas 10 faixas, iniciando com 'Rides', que serve muito bem como introdução ao álbum, colocando o ouvinte na posição de um personagem que está adentrando nessa viagem para o mundo de Marco.Em seguida temos 'Patrick Sky', uma das melhores canções do disco, aonde adentramos de vez no elemento narrativo do álbum. A canção traz uma estrutura única, composta somente de versos e se encerra com um verso que impacta o ouvinte terminando muito bem a canção. "Arrival" é o mais novo single do cantor e foi uma escolha esperta pois é a faixa mais descontraída do disco e que tem um apelo mainstream, se parecendo muito com o material anterior do cantor. A faixa está longe de ser a melhor do disco, mas é a mais adequada para as massas sem sobras de dúvidas."Decreased Reality", faixa que dá o nome do disco, retoma ao ritmo narrado e ainda traz elementos meta sendo uma canção que traz um eu-lírico refletindo sobre a sua própria realidade ficticia. "The Chersonese" é o lead-single do disco, sendo uma balada pop-alternativa no estilo que Marco está acostumado trabalhar com, é uma boa faixa, novamente mostrando o talento lírico do cantor com uma canção muito bem estruturada. A metade final do álbum se encerra muito bem, principalmente com a trilogia 'Stella', 'The Black Canvas' e 'Change', canções que atingem o ouvinte com faixas reflexivas sobre temas que todos podem se identificar com um destaque especial para 'Stella'. O visual do álbum foi assinado pela artista Sillum que consegue entregar um belo visual sem dúvidas, entretanto o visual não passa muito a atmosfera do disco, sendo um conjunto de fotos bonitas, sem significados, mas ainda sim, belo. Marco consegue fazer algo muito legal e interessante de se ver, o cantor se colocou como narrador e observador de um universo, mas soube traduzir muito bem os sentimentos para as suas canções. Marco continua se mostrando um dos compositores mais formidaveis da indústria.

Spin 95
Marco retorna em seu mais recente álbum de estúdio, "Decreased Reality", o artista triunfa mais uma vez com sua habilidade lírica única e calorosa. Diferenciando-se de seu álbum anterior, o artista apresenta letras que exploram um caráter predominantemente fictício, demonstrando sua intenção de se afastar do protagonismo e imergir em uma realidade distinta. O disco se inicia com uma faixa que retrata a agitação de uma grande cidade do ponto de vista de um observador. A ambiguidade presente em "Rides" nos deixa ansiosos para nos deliciar com o resto do disco. Em seguida, "Patrick Sky" narra a história de um jovem comum preso em um ciclo de tomada de decisões repetitivas ao longo da vida. Marco apresenta uma lírica inteligente e constante, enquanto monta uma série de pistas no mente dos ouvintes a respeito do conceito do álbum. O conjunto de "Rides" e "Patrick Sky" formam uma das melhores introduções do ano. Quando parecia ser quase impossível superar as duas faixas de abertura, somos surpreendidos com a sequência "Arrival", "Decreased Reality" e "The Chersonese". Em uma análise rápida, as três abordam temas completamente distintos, mas quando se presta atenção nos detalhes minuciosos dos versos ricos em referências divertidas e inteligentes, encontramos todos os fios narrativos amarrados. Marco dá uma aula aos aspirantes a compositores de como unir canções diferentes em um conceito fechado. "21" e "Stella" são também são destaques e agregam não só para o disco, mas para indústria e a carreira de Marco. Nas duas últimas faixas podemos apenas concluir que o artista entregou - mais uma vez - o melhor trabalho do ano. É uma lástima que o visual de "Decreased Reality", assinado pela estrela em ascensão Sillum, não tenha conseguido acompanhar o ritmo perfeito que perdurou nas letras presentes na obra. A qualidade das imagens usadas na produção prejudicou bastante a recepção do design como um todo, especialmente na capa. A coesão com a proposta do disco é evidente e bastante apreciada, porém não há como ignorar a falta de personalidade e inspiração na hora de selecionar as cores, efeitos e tipografia. O problema do visual não está na simplicidade e sim na ausência de atenção aos detalhes. Em uma produção visual a ousadia é tão bem vinda quanto nas composições, então, talvez Marco deva começar a se preocupar em lapidar sua imagem nos discos e Sillum desapegar de alguns moldes preestabelecidos. Em suma, "Decreased Reality" desempenha um papel crucial em uma indústria saturada de músicas longas e muitas vezes cansativas. Sua abordagem concisa e direta, embalada em composições líricas profundas, desafia os padrões e oferece um sopro de ar fresco para os ouvintes. Em um mundo onde a atenção do público é cada vez mais fragmentada, Marco demonstra que a arte da síntese musical pode ser igualmente poderosa, criando canções que realmente querem dizer algo. Suas músicas curtas não apenas desafiam a monotonia das faixas longas, mas também contribuem para uma revolução na indústria, mostrando que menos pode ser mais.

Pitchfork 94
Marcando uma notável temática em comparação com seus lançamentos anteriores e flertando com o rock e sintetizadores, \\\"Decreased Reality"\\\ surge como o quarto álbum de estúdio do cantor Marco. Apresentando uma mudança na sonoridade, que se torna menos orgânica, o artista abandona o intimismo em favor de um eu-lírico mais observador. Introduzindo o projeto, \\\"Rides"\\\ soa uma declaração niilista. O tipo de introdução que consegue guiar o ouvinte como uma verdadeira \"viagem"\. De forma descritiva, em cada verso, Marco conduz o leitor à experiências únicas. É uma abertura intrigante, afinal, até que ponto a natureza humana está ligada aos artificialismos da vida? Há de se refletir. \\\"Patrick Sky"\\\, que tem seu nome inspirado em um cantor da década de sessenta, oferece uma visão fascinante sobre a jornada emocional do personagem e suas experiências de vida. É criativa, interpessoal e um tanto pessimista — sim, a cada verso, as coisas se tornam mais tristes. Em sequência e talvez de forma proposital, os singles do álbum são apresentados. "\\\Arrival\\\" se destaca pela leveza e ironia. Debochando da agência espacial norte-americana, o ítalo-canadense canta sobre a possível existência de OVNIs e ETs. Versos como "America's got the planet in yellow tapes" e "Those chinese lanterns ought to be culled!" apontam um tom crítico e zombeteiro. Retomando ao tema central da obra, em "\\\Decreased Reality"\\\, Calitri desafia o ouvinte a refletir sobre as dicotomias da vida. Citando Kate Bush e dialogando sobre experiências momentâneas, a música explora a sensação de urgência e a pressão para sempre manter o ritmo, seja: aderindo novas tendências, novos virais ou as modernidades que são impostas. É uma mensagem pertinente, mas que acaba se tornando saudosista, principalmente pela sua tonalidade crítica. O carro-chefe, a já conhecida \\\"The Chersonese"\\\, se destaca pelas reflexões, levando o ouvinte a um mergulho nas complexidades da experiência humana. Uma das emoções dominantes é a impotência ou talvez até a resignação em relação ao futuro. É um testemunho da capacidade da música de capturar a essência de nossa humanidade e um dos grandes destaques do LP. Explorando conceitos filosóficos complexos e dando voz às inquietações mais profundas, a pretensiosa \\\"Modern Rituals"\\\ sugere que a virtualidade não se refere apenas a vida na internet, mas à busca de uma realidade ideal, um mundo perfeito, que muitas vezes parece inatingível. Com \\\"21"\\\, Marco captura brilhantemente os dilemas que muitos jovens adultos enfrentam enquanto encaram a transição para a vida adulta. "Marianne, you're turning twenty-one" e "Now what'll you do, what've you done?" ressoam como navegar em águas desconhecidas, enfrentando expectativas sociais, incertezas em relação ao futuro e a busca por significado. Uma faixa muito bem pensada e que eleva o disco. \\\"Stella"\\\ explora o alcoolismo, relações desmoronadas e expectativas de gênero. Ela pinta um retrato doloroso de um homem cujo vício em álcool, personificado por "Stella", o leva a negligenciar suas obrigações conjugais e parentais. É uma canção visceral, que também destaca as pressões tradicionais colocadas sobre as mulheres como cuidadoras e mantenedoras da estabilidade familiar. \\\"The Black Canvas"\\\, a penúltima faixa, descreve um processo de bloqueio criativo, mas o compositor a construiu na terceira pessoa, dando-lhe uma nota impessoal. A metáfora representa a sensação de vazio e inércia que um artista pode sentir quando sua criatividade está bloqueada. Encerrando o long play, \\\"Change"\\\ reflete um dos temas mais universais da existência humana: a inevitabilidade da mudança. A mensagem é clara: Ela é inevitável e se pode escolher como enfrentá-la. Mesmo quando a mudança parece negativa, ela ainda pode conter lições valiosas e oportunidades para o crescimento. O trocadilho com "Let there be delight" ressalta a importância de encontrar prazer e alegria nas experiências da vida. Uma composição simbólica, real e relevante, à medida que se navega pelas complexidades da existência. O visual do projeto é assinado por Sillum e apesar da semiótica criada com o nome do álbum, a capa, com um efeito que se assemelha ao tipo de fotografia vista no Instagram, acaba sendo o ponto fraco. Soa amadora e não faz jus ao belíssimo encarte, que destaca fotos em p&b de Marco enquanto trabalha com tons de vermelho. \\\"Decreased Reality"\\\ é um álbum que desafia as convenções, explorando uma sonoridade mais diversificada e uma temática mais ampla. A mudança na perspectiva, que observa o mundo de fora, não apenas oferece uma visão mais crua da modernidade, mas também contribui para uma evolução artística significativa. Marco é um artista que se destaca por sua capacidade de se adaptar e crescer, e \\\"Decreased Reality"\\\ é uma representação vívida disso.
TIME 87
Em seu novo álbum de estúdio, Marco mergulha em suas realidades aumentadas para narrar histórias que se tornam extremamente fictícias em composições pontuais, que, no geral, acabam trabalhando a seu favor. "Rides" inicia o álbum com uma composição centrada, ao mesmo tempo que soa bastante frenética em seus versos enxutos. Em um momento mais fictício, "Patrick Sky" contém versos mais tímidos e contraídos, porém conduzem a história com classe e elegância por parte de Marco. Com "Arrival", Marco brinca um pouco com seu lado mais irônico em uma composição mais eloquente que faz o ouvinte refletir sobre as coisas do mundo. "Decreased Reality" é a melhor faixa do álbum, onde é notável um lirismo mais pontual e, por ser a faixa-título do álbum, seu impacto no projeto acaba se tornando mais efetivo. A composição demonstra bem todas as ideias exageradas que Marco idealizou. "The Chersonese" segue o álbum com uma composição agradável, onde se pode ver uma versão de Marco mais imersa em sentimentos sem perder suas referências durante os versos. "Modern Rituals" faz uma crítica inteligente em relação às condições da realidade moderna, onde o artista demonstra um entendimento interessante sobre as adversidades atuais enquanto ironiza com os desejos banais das pessoas. "21" expressa toda a frustração e desespero de uma crise realística aos vinte e um anos de idade. A faixa é bastante imersa na realidade contínua do dia-a-dia, e seu verso três é bastante claro em relação a isso, fazendo com que a faixa se destaque liricamente. "Stella" segue uma composição intensa e complexa sobre os fatos, onde Marco demonstra destreza na composição. Na reta final do projeto, "The Black Canvas" é uma faixa mais fraca em relação às anteriores, com uma estrutura reduzida e versos que não impressionam tanto quanto todo o restante do álbum. "Change" encerra o álbum com uma composição bastante complexa, expressando o sentimento do artista em relação às mudanças forçadas e sua capacidade de lidar com isso. A faixa contém versos mais carregados e encerra o álbum de forma majestosa. Visualmente, o álbum demonstra um visual mais obscuro, com tons fortes de preto e vermelho, o que faz valorizar toda a atmosfera artística do projeto. Sua capa acaba se tornando algo mais "disperso" em relação ao seu conteúdo do encarte, e poderia ser algo mais impactante para colaborar com o restante, mas ainda tem seu charme minimalista. De forma geral, o álbum "Decreased Reality" mostra que Marco está sempre disposto a se colocar como um compositor rico em referências em seu trabalho, onde, mesmo que em alguns momentos soe um pouco "culto" demais, suas composições acabam fazendo o difícil trabalho de fazer críticas maduras, ao mesmo tempo que mergulham em suas emoções para se conectar com o ouvinte. Deve-se pontuar que a estrutura musical em algumas músicas acaba fazendo falta de um refrão ou uma ponte, onde é notável a real intenção estrutural, mas no consumo acaba dando a sensação de que está faltando algo. Por fim, "Decreased Reality" é um bom álbum em que Marco se porta como um artista maduro, coerente e que sempre poderá contar com boas composições ao seu favor.

Variety 87
De supresa, Marco lança seu quarto álbum de estúdio, intitulado “Decreased Reality”. O compilado de 10 faixas nos mostra o artista principal como um grande observador, observando e analisando aspectos e situações em sua volta, nos trazendo momentos reflexivos e até mesmo com uma certa tendência a uma crítica social, mesmo que o artista tenha deixando claro que em nenhum momento tenha tido essa pretensão. O álbum tem como gênero principal o alternativo e tem influências do Rock e do Jazz, nos trazendo uma ambientação acústica prazerosa. O álbum se inicia com “Rides” uma faixa que tem uma visão observadora da grande cidade em movimentação. A canção parece ser confusa, propositalmente ou não, e nos deixa perdido no que o artista principal quer nos falar em seus versos. Fazendo assim, nos preocuparmos e desejarmos que a próxima faixa traga uma linha de pensamento mais clara do que a faixa em questão. A próxima faixa é “Patrick Sky”. Nessa canção é narrada a estória de um jovem comum em meio a tantos outros que tenta tomar decisões para sobreviver a um ciclo que se repete várias vezes durante a vida de um ser humano. Marco nos entrega uma canção que nos ajudar a entender a direção do conceito do álbum com uma lírica interessante, intrigante e inteligente. Cheio de referências divertidas e inteligentes, chegamos a “Arrival”. Uma faixa que tem um humor que não costumamos ver em canções de Março, ele usa a ideia fantasiosa dos extraterrestres para nos fazer refletir se devemos temer o que a na nossa realidade ou na fantasia. Quarta faixa do projeto é “Decreased Reality”. A canção fala sobre a constante e rápida evolução da sociedade. Trazendo uma lírica que coloca o eu lírico um pouco menos observador, sendo surpreendido por toda essa loucura da vida moderna, é uma faixa interessante e que nos demonstra referências inteligentes. “Chersonegue” é uma canção pessoal que flerta com ideias da sua antecessora, mas de uma forma muito mais introspectiva é vulnerável, trazendo todo conflito, incerteza e descrença no futuro da sociedade em junção com aspectos internos do eu lírico. Foi uma escolha certeira ao designar essa faixa como lead single do projeto. “21” é uma forte faixa com um potencial enorme para um futuro single. Retratando em sua letra os dilemas que cercam um jovem adulto, Março consegue se conectar com a geração atual de forma direta e extremamente inteligente, trazendo uma lírica bem elaborado e que destaca pontos pertinentes na vida de qualquer jovem no tempos mordermos. “Stella” é uma faixa completamente forte e que traz em seu conteúdo um grande problema na construção das famílias atuais. Usando o alcoolismo, o artista traz uma visão dos papéis sociais em um lar, trazendo vertentes diferentes para a mesma canção e usando 3 personagens, mãe, pai e filho para trazer essa canção necessária e grandiosa para o álbum. A penúltima canção do disco é “The Black Canvas” que traz uma canção diferente das outras anteriores e retrata o bloqueio artístico que um artista enfrenta em algumas fases da sua carreira, onde ele utiliza da analogia do artista só poder olhar sua tela preta com uma grande agilidade lírica. No fechamento desse compilado, temos “Change”. Uma faixa que expressa de forma inteligente e poética como mudanças são inevitáveis, e que mesmo que elas sejam negativas na nossa percepção poderá trazer um grande ensinamento com ela. O refrão mesmo que pequeno traz um enorme reflexão e consegue cravar o pode de reflexão da faixa, e isso é espetacular. Marco aqui finaliza em grande estilo, mostrando seu grande poder lírico. O visual do projeto é assinado pela grande produtora em ascensão, Sillum. A produção visual é tímida, e tem acertos e erros, a capa mesmo que tenha uma grande quantidade de simplicidade em sua produção, consegue refletir o conceito empregado por toda obra, o erro fica no banner do projeto tendo cores e acabamentos que não agradam e incomodam que o observa, não transpassando o que Marco mostrou em suas composições. “Decreased Reality” é uma álbum de canções curtas, mas que trazem um conteúdo lírico grandioso. Marco retrata de forma única a visão de um observador inteligente e criativo sobre os aspectos monitorados por ele, nos cativando e nos fazendo refletir sobre cada análise feita por seus atentos e rápidos olhos. Nos dando um dos álbuns mais interessantes do ano, mesmo que tenha alguns pequenos erros.