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Com um trabalho de temática pessoal, Norman nós entrega um EP onde podemos ver ele falando sobre a vida e a realidade da indústria e ele usa este tópico encima de uma vida de um homossexual, é interessante e soa como criativo mas com o decorrer da obra algumas faixas se tornam cansativas por repetir o assunto com explicações diferentes, mas o seu visual consegue ser um dos ápices da obra onde ele se torna homogêneo e leal ao trabalho. Um grande destaque é: Norman, uma faixa pessoal que é escrita de uma forma surpreendente se comparado ao seu último álbum, nesta obra também ¡dale!, Moonlight e Respect se destacam e constroem uma essência que deveria se tornar álbum, o poder para composição de Norman é surpreendente basta ele se encontrar e explorar.

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“AnormaL” é o segundo álbum de Norman Castillo, após um projeto debut turbulento o cantor lança um novo material visualmente mais rebuscado. Buscando abordar assuntos diversos, sejam eles a indústria, intrigas ou a melancolia de um ambiente toxico. Liricamente há bastante controvérsia, quanto as dualidades nos conceitos de algumas canções, a faixa “They Say What They Want” soa como um desabafo e mesmo que ainda imaturo, não haveria necessidade de soltar as duas versões da canção, elas tornam a mensagem geral confusa, sem força ou até mesmo impede as pessoas de se conectarem com o conceito central. Podemos afirmar que o cantor evoluiu alguns metros, se observarmos o seu primeiro projeto, mas ainda há bastante que possa ser aprimorado, exemplo disso é o uso de exacerbado de chorus e estrofes repetitivas que poderiam ser um pouco menores se o conteúdo lírico tivesse objetividade e força; além de faixas que não adentram no conceito central como “Dale” e “Solo” ficam perdidas na tracklist. A produção melódica é um tanto desconexa, a base do trabalho é o R&B e o Hip Hop, elas dão uma vibe agressiva que é o ponto alto do álbum, mas durante o andar da carruagem não dá para perceber um elemento que consiga trazer coerência entre elas. A melhor música é “moonlight”, podemos perceber que as metáforas e os versos foram bem utilizados com o contexto proposto e a cantora Zoe deu um Punch no que seria vago e sem solidez em uma faixa solo. O ponto positivo do álbum é a questão visual, notamos que houve sim uma evolução quanto aos encartes e aos clipes visuais, elas seguem um pressuposto de tornar visível o que está sendo cantado, portanto observamos que há uma reação em cadeia no que se diz respeito a essa questão. Esperávamos mais do shoot escolhido como capa, ele é muito bonito e poderia ser enquadrado no encarte e daria mais um salto em qualidade. Diante disto, podemos perceber a inércia de Norman quanto a coesão lírica e melódica, acreditamos que o cantor pode melhorar muito e que tem um potencial para executar grandes coisas, mas este ainda não é um projeto que o represente. Aguardamos com anseio sua evolução artística.
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Norman retorna após o lançamento do seu primeiro álbum, o "I'mma Need Space". Com "AnormaL", em formato de EP, propondo trazer vários lados de si, várias formas de um Norman. Seu visual surpreende primeiramente por demonstrar uma boa capa, que é dedicada apenas a versão física e que se perde ao longo do resto de seu visual (digital). Não se há informações oficiais sobre isso, demonstrando uma falta de organização e explicação acerca do que foi proposto ao EP. É triste ver um resultado assim, normalmente os artistas informam detalhadamente sobre essas inovações e diferenciações para não haver quaisquer engano e/ou não entendimento e ambos são muito bem feitos, mas não houve esse direcionamento, onde o cantor Norman precisa melhorar em seus próximos trabalhos. Se for desconsiderar a versão digital de seu visual e considerar maiores organizações e informações sobre, o trabalho estaria em um patamar mais elevado. Suas canções apresentam nível superior ao de seu álbum debut, mas ainda parecidos. Há canções bem escritas e pensadas e outras que careceram de um maior cuidado e não foi dado, como exemplo de "Moonlight" com a Zoe e "Norman" que se sobrepõe a "¡dale!" com a Alexis e Pietro. Outra coisa que não pareceu se encaixar no conceito que é altamente egocêntrico (no sentido positivo da palavra) são os números de participações de outros artistas para contar histórias que são do Norman, são 6 lados cantados e escritas por outras pessoas e não apenas por si. Talvez se a proposta fosse mais solta, esse aspecto não seria apresentado como um erro. No geral, Norman Castillo apresenta um trabalho superior ao seu antecessor, criando mais expectativas sobre seus trabalhos e sobre como trabalhá-los. Com um pouco mais de cuidado e revisão, Norman com toda certeza irá ter mais visibilidade em seus futuros trabalhos. Conceito: 80 | Visual: 70 | Composição: 70

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Norman lança seu novo trabalho e nos deixa confuso. É nítido que o cantor conseguiu evoluir entre seu trabalho anterior e o atual, mas não sabemos até que ponto. Visualmente é um trabalho bonito e agrada os olhos, um ponto positivo sobre o EP é que ele é mais constante que seu antecessor, onde AnormaL realmente segue o que se propõe e mesmo com erros se sai superior. Liricamente ainda não vemos evolução real no trabalho, vemos música agradáveis e músicas que nos deixam com um pé atrás sobre a qualidade final. As melhores faixas de longe são Moonlight e Norman, Zoe deu um toque necessário ao trabalho agregando em sua qualidade final. Esperamos que o artista continue evoluindo e que seja mais cauteloso em suas composições futuras em que o artista tenha tanto cuidado com suas letras quanto possui em seu visual.

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Em um conceito fragmentado e pessoal, Norman Castillo nos apresenta AnormaL, seu primeiro EP. Adotando o preto, uma cor intimista, o artista mostra seis diferentes ideais pessoais, o que é uma manobra inteligente de mostrar ao mundo como Norman realmente é. O encarte, simples, é visualmente agradável e nos deixa satisfeitos com as soluções gráficas em que ele tomou para simplicar a peça. Em poucas palavras, Norman optou por poucos efeitos gráficos porém estes são efetivos, tornando seu álbum um prato cheio para os olhos. Uma crítica que pode ser considerada é adaptar a capa ao conteúdo de dentro: ao vermos a capa, imaginamos um conceito diferente do abordado. É, de certa forma, uma decepção que pode ser evitada ao manter o ideal do começo ao fim. Partindo para o lado lírico, analisamos as faixas e gostamos da forma que Norman de projeta nelas, porém, a diferença de qualidade entre uma faixa e outra é gritante. Conseguimos ver uma ótima qualidade musical em Moonlight, com Zoe, enquanto observamos uma fraqueza em Respect. Não é uma obra com uma linearidade de qualidade. Esta linha é mantida e sustentada pelo conceito, que está presente em toda a obra. Norman é um cantor que ingressou recentemente na mídia e esperamos que este curto tempo tenha servido de inspiração e aprendizado para criar novos materiais, porém com mais habilidade e conexão.