Estamos admirados com a forma em que Dylan se expõe em seu trabalho, o que vem a ser um ponto positivo, que se puxar demais, ficaria negativo, mas, não vamos pensar nisso. Começando a andar pela explicação do álbum, em um grande texto, vemos que Dylan juntou sua dor e suas lutas, mostrando realmente suas cicatrizes, e ao adiantar a tracklist vemos nomes que poderíamos ver em qualquer disco, mas que naquele mundo o Dylan realmente quis passar essa mensagem. Andando pela sua aba de tracks e lendo uma por uma, vemos o quão brilhante a mente de Dylan é como escritor, mas vemos disleixo em tentar corrigir certos erros de concordância lírica. Suas letras são ótimas, não podemos negar, mas a vez que Dylan as passa num papel e já corre para torná-las em inglês, vemos o quão isso é 'pecador' em olhos fundos e críticos. Muitos podem não concordar, mas, a força que Dylan tem em detalhar o conceito de suas tracks e torná-las um ponto direto e crucial, fazendo todo aquele jús ao seu tema, o que torna cansativo ver várias vezes a mesma frase. Dona de um hype imenso, avaliamos 'leonard'. Onde, o que mais peca é a parte repetitiva, 'Oi, Leonardo... Oi, Leonardo', mas também nos deixou com um pé atrás e descobrir que aquela faixa fazia todo o sentido em estar em 'Scars', e que dá a entender que o 'Oi, Leonardo' está sendo repetida ao abrir cada estrofe, foi algo que só, puff, aconteceu. Novamente, Dylan é um bom escritor, só precisa se atentar mais ao publicar suas letras. Falando sobre seu visual, sabemos onde Dylan erra. Fazer um encarte com uma percepção mais 'constante' e 'alinhadas', vemos algo que discorda completamente do conceito do disco. Seu visual não combina com suas letras, digo, toda aquela poluição visual de seu encarte, seu posicionamento e edição parecem ser 'achatados', dando certo incômodo de continuar vendo seu visual. O encarte não é perfeito, não é tão feio, só é... desconexo. Capa: 93 / Encarte: 60 / Letras: 99 / Coesão entre visual e letras: 80 / NOTA FINAL PER CÁLCULO: 83 / Considerações: 85