Em seu álbum Golden, a rapper Stace Ross se propõe a abordar diversas temáticas, desde a sua força enquanto mulher nos relacionamentos, passar por altos e baixos do mundo da fama e até simplesmente convidar a quem ouve para curtir um pouco o seu momento.
Visualmente, o álbum é bem característico, trazendo várias imagens da rapper em uma espécie de cenário desértico e místico. Aqui, a maior falha é que essa identidade visual vai se perdendo quando o encarte vai chegando ao fim, o que o torna incoeso. E também, além das fotografias, não há nada de muito chamativo ou irreverente nesse material.
Em sua produção lírica, o álbum não possui grandes picos, começando com duas faixas confusas e bem descartáveis. Dentro desse grupo, ainda se encaixam outras como \"Charisma, Uniqueness, Nerve & Talent\", \"Friendly\", \"Meu Jeito de Amar\" e \"Nobody\". Mas a peça não é um desastre total, sendo salva por alguns pontos brilhantes como \"Maybe Tomorrow\" (que é bastante envolvente), \"Humble!\", \"Love It\" (cujo verso de Teyana T eleva a faixa a um nível sexual ainda mais intenso e cativante) e \"Clima Quente\". Nesse aspecto, de forma geral, parece que a peça não passou por uma revisão minunciosa de suas letras, e por isso algumas faixas se apresentam sujas e impolidas, o que prejudica a sua qualidade.
Sintetizando, Golden é um álbum mediano, que infelizmente não atende a sua proposta diversa com firmeza. Stace Ross é uma rapper importante para a indústria, mas esse trabalho mostra que a mesma precisa prestar mais atenção aos pequenos detalhes de seus registros.
APRESENTAÇÃO DO CONCEITO: 68;
COESÃO GERAL: 63;
PRODUÇÃO LÍRICA: 70;
PRODUÇÃO VISUAL (×0,5): 72;
NOTA FINAL= TOTAL/3,5: 68