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Com tracks aconchegantes e que dão um sabor de \'\'quero mais\'\' na boca, Anneliese, um nome que a indústria deveria dar mais peso, retorna com seu mais novo “anne”. Um álbum com dez faixas sobre seu percurso de vida complicada, até chegar onde chegou. Temáticas como depressão por se sentir vazia ou pela perda de alguém, evidentes em “too slow too fast” e “save”. Erros juvenis indubitáveis em “party” e em seu maior hit, “eletric lips”, com a participação da cantora Hurrance. A rejeição e a desaprovação de seus pais pela vida que a filha está levando em “mom, i’m a rebel”. Tudo adornado com metáforas sobre estar chapados demais para entender um amor tóxico como no caso de “can’t believe we’re high” e sobre desilusões amorosas. Tudo é extremamente detalhado e coeso. Cada texto, cada comentário da própria artista, está presente nos banners. A cantora nunca optou para um encarte tradicional, e não foi dessa vez que a própria mudou; seus banners já se tornaram sua marca. A cantora conseguiu se superar nas tracks “stand up” com a cantora Dallas, demostrando seu amadurecimento como mulher na sociedade e em “fade away”, superando cada obstaculo que a vida lhe impôs e se encontrando no mundo. A arte realistica e biografica dessa obra faz com que o complexo geral seja percebido de uma maneira incrivelmente crua; um banho gelado na cara da sociedade atual que precisa escutar a história de \'\'anne\'\'.

87
Anneliese, um dos nomes mais intrigantes do cenário musical adentra nossas mentes com seu mais novo álbum “anne”. Acima de tudo, esse projeto exala a essência da juventude, porém de uma maneira mais real do que estamos acostumados a ver, abordando temáticas como amor, sexualidade, a vida noturna como válvula de escape e sobre como lidar com cada consequência. Apesar do que se espera, essa narrativa não cai na mesmice de retratar as situações como clichês ou coo cotidianas, mesmo que algumas delas nos soem assim; “anne” desperta nossa atenção pela singularidade e selvageria de uma vida cheia de esperança e energia, sobre os altos e baixos. O lirismo é bem construído, vemos que a mesma opta por retratar as situações de uma maneira mais direta, com recursos linguísticos um tanto que escassos, porém ainda assim são diferenciais pelo conteúdo exposto. A produção melódica é bem coesa, ela consegue nos imergir não apenas na jornada lírica, mas também em uma vibe mais crua e modesta, que teria sido totalmente diferente se a cantora tivesse optado por outro gênero. Há uma linearidade impressionante entre as faixas, que sempre permeiam um Rock mais puro e tradicional, assim como elementos folk. A parte visual é bem elaborada, optar por outra forma de exposição do encarte é um risco, mas não foi errôneo em momento algum o elaborar com Banners(?)/Posters(?). Percebemos que tudo nos visuais nos remete ao conteúdo lírico e isso é um grande ponto positivo. No geral, Anneliese nos impressionou, com sua sinceridade e autenticidade, ela é conhecida na indústria por isso e reforça ainda mais seu legado, mesmo que aparentemente sutil, tem grande força artística.

95
O mais recente álbum de Anneliese é sobre nada mais nada menos do que a vida, ele retrata aspectos como a juventude, inconsequência, amor e superação. Nesse sentido, o disco é hiper coerente no que se trata do assunto, pois também traz consigo uma visão crítica dos assuntos que mostrou. Quanto ao aspecto lírico, o disco possui letras bem trabalhadas, contagiantes e consequentemente muito boas, tendo seus pontos altos em \"Stand Up\", \"Electric Lips\" e \"Write Your Lies\", esta última também é muito importante no aspecto coesivo. Quanto á coesão, o álbum é muito bem desenvolvido e a faixa citada anteriormente é importante para servir como uma transição da visão do eu lírico sobre a narrativa. No aspecto visual, o disco apresenta um jeito fora do usual para o encarte, já que a maioria dos discos apostam em livretos, já a artista optou por banners, assim como fez em grande parte da sua carreira, o qual ficou muito bem executado, visto que ela soube utilizar muito bem das cores nas fontes neon e as imagens foram muito bem trabalhadas. Logo, Anneliese descobriu um meio de expressar suas emoções de modo que tornasse o disco interessante e com pensamentos importantes para a sociedade atual. Abordagem temática: 100 Coesão: 95 Conteúdo Lírico: 90 (x2) Conteúdo visual: 100 média: 95

84
Anneliese retorna ao mundo Famou$ após o seu \"Turtango\" com seu novo álbum \'anne\'. Com sonoridade folk, rock e pop, Anneliese nos apresenta um conceito exuto e bem executado. \'Anne\' não soa de forma alguma como um projeto pretencioso, mas na verdade carrega muitas experiências vividas por grande parte dos jovens. O conceito aborda a vida no aspecto de amadurecimento e, apesar de ser um tema recorrente em álbuns desse site, Anneliese consegue captar momentos importantes em suas letras, de forma direta e feita com maestria. Claro que nada é perfeito e algumas faixas soam simples até demais, mas em outras a artista mostra seu grande talento como compositora ao abordar temas pertinentes. Visualmente é atrativo, calmo e se encaixa com a \'vibe\' que o álbum como todo passa. Anneliese sintetiza em too fast too slow um sentimento universal de estar fazendo pouco num mundo que corre rápido. A letra é bem escrita e segue um ótimo ritmo, mas parece um tanto curta demais. Party funciona como um refúgio para um jovem adulto. Annelieses compõe de jeito claro e mesmo assim poético. Apesar disso, a faixa poderia carregar um tom mais melancólico como o direcionado no \"track commentary\". Em Electric Lips, Anne revela que perdeu sua vurgindade de uma forma totalmente casual e sem muita cerimônia. De certa forma isso acendeu um chama nela. A letra casa com o conceito contado no encarte. Apesar de fazer sentido na tracklist, \'mum, i\'m a rebel\' talvez seja a mais fraca se comparada com as faixas que a antecedem. Ela possui versos óbvios demais. Definitivamente melhor que a anterior, mas ainda faltando algo, best american record fala sobre um relacionamento que anneliese viveu. Ela conta que, na verdade, seu relacionamento era com alguém mais maduro. Write your lies é como uma ordem que o eu-lírico da ao seu amante de lhe contar as mentiras que vem guardando. A música é escrita com muito sentimento e honestidade, definitivamente um ponto alto da obra. Em can\'t believe we\'re high, anne constrói toda uma cena com seu namordo onde ela começa a perceber que as drogas não são o caminho, mas ela tenta o ajudar. Anne tem habilidade para construir um cenário na música e pões isso em mais uma excelente faixa. Não só um hino feminista qualquer, na verdade Anneliese e Dallas falam sobre sororidade e o poder das mulheres unidas em stand up. \"You think is a loss to be second-best baby\" passa a ideia de que não importa se uma mulher é barrada por outra, não é essa a questão. E esse é um discurso muito importante tanto no mundinho famous quanto na vida real, onde mulheres sempre são jogadas umas contra as outras. Certamente a melhor faixa da obra. Save faz uma ponte com \"can\'t believe we\'re high\". Na primeira, Anne fala sobre uma perda de uma amiga de longa data pelas drogas, coisa que ela [anne] estava lutando contra. É difícil ver pontes bem feitas como essa em álbuns no famous, geralmente soam forçadas e massivas, mas não é esse o caso aqui. No entanto, a faixa como um todo soa simples. Fechando o álbum com fade away, a artista conclui a obra com uma mensagem para seus ouvintes de que os dias ruins vão passar. A letra é um tanto simples e as vezes clichê, mas no contexto do álbum até agora faz todo sentido.

80
\"Anne\" marca o retorno de uma das artistas mais autênticas da indústria, trazendo um conceito quase nunca visto. Anneliese prova mais uma vez que nem sempre se faz necessário explorar conceitos complexos e revolucionários para se entregar bons trabalhos líricos e visuais, a artista trás a tona um álbum forte e reflexivo onde retrata de forma clara, pura e melancólica suas experiências ao longo da vida, sempre transitando entre o o sombrio e, de certa forma, perdão atrelado a dor, onde canta sobre conflitos familiares e vícios destrutivos, vemos claramente o que a artista quer passar ao ouvir \"mum, i\'m a rebel\". Um momento marcante no disco se dá durante a faixa \"electric lips\", onde, junto com Hurrance Evans as cantoras cantam claramente sobre seus desejos sexuais, nesse momento há uma quebra temática que não prejudica o trabalho mas sim, nos pega de surpresa por não ser algo esperado, \"write your lies\" também é uma faixa que merece destaque por se tratar de um momento de libertação. Annelise sempre trás trabalhos de alta qualidade e não é surpresa que mesmo sem estar nos holofotes e no topo dos Charts, a artista se faz em essência, tão boa quanto os que estão.

87
Com uma proposta totalmente autêntica e complexa, assim como a personalidade artística de sua autora, o álbum anne se mostra intrínseco a Anneliese, apresentando-se como uma peça extremamente íntima e única. Abrindo com a faixa \'too fast, too slow\', o álbum mostra o potencial de Anneliese como compositora, que mesmo em uma faixa curta, apresenta um conteúdo bem aprofundado. Outros destaques da tracklist são \'party\', que representa a efervescência do espírito juvenil; \'best american record\', que fala sobre desilusões amorosas nessa época da vida; e \'write your lies\', na qual a compositora encara um conflito amoroso e expressa um posicionamento reativo em tal situação, transmitindo autoconfiança e fragilidade ao mesmo tempo. Claro que a excelente \'can\'t believe we\'re high\' também não pode passar despercebida - a faixa é a melhor do álbum e se adapta melhor a carro-chefe da era do que \'electric lips\'. O grande hit de Anneliese e Hurrance Evans não é uma música ruim, mas não transmite tanta honestidade e crueza quanto o resto do álbum, e fica um pouco deslocado na tracklist. A capa de anne é bela e simplista, enquanto o encarte apresenta Anneliese em outras cenas interessantes. Entretanto, o aspecto visual do projeto não é o ponto áureo do mesmo. Além de não apresentar elementos muito chamativos, quando contraposta à parte lírica, a produção visual acaba passando batida. Em suma, anne é uma grande jornada pelo amadurecimento, um álbum bastante pessoal, mas ao mesmo tempo fácil de se relacionar. Mostra as atitudes inconsequentes da juventude e passa pelos choques que a vida dá, os quais nos levam a nos compreender melhor e entender nosso papel no mundo. O álbum nos leva a conhecer melhor Anneliese, entendendo as vivências e dilemas que a cantora enfrentou. É um prato cheio não só para fãs e admiradores, como também para quem deseja compreender uma das artistas mais intrigantes que surgiu na indústria nos últimos anos. COESÃO GERAL: 92 APLICAÇÃO/APRESENTAÇÃO DO CONCEITO: 93 PRODUÇÃO LÍRICA: 85 PRODUÇÃO VISUAL (×0,5): 69 NOTA FINAL= TOTAL/3,5: 87