
71
Os questionamentos sobre a realidade e o estilo futurista-retro de Wakba Servano, ajudaram na criação de seu “CONSPIRACY”, sexto álbum de estúdio que marca o retorno de um dos pilares do Synth-Pop. Começando pela parte lírica, diferentes temáticas são apresentadas e cada faixa vale por si só. “Mental Dances” é a faixa de abertura do álbum que tem seu próprio e grandioso potencial para nos introduzir no contexto geral da obra. Continuando com “When The Angels Fell”, faixa repleta de força que sabe expressar sua proposta de ver o lado bom das coisas, até mesmo em situações ruins. O conteúdo lírico um pouco se perde na faixa “Caliente”, parceria com o cantor Norman, que soa clichê e banal demais para um álbum desse calibre. Passando para o lado visual, as partes melhores são a capa e a controcapa, o resto que nos vem apresentado é confuso e psicodélico demais. As partes simples que contém os lyrics, nos transmite total anonimidade. No contexto geral, “CONSPIRACY” é um álbum gostoso de se escutar mas com algumas pequenas falhas no processo criativo. Nossa revista aconselha a cantora a rever bem suas próprias propostas e seu caminho artístico para criar algo de único em um futuro, porque a base artística já está presente, só falta algo, esperamos bastante próximo, para aclamar.

79
Depois de um sumiço repentino, WAKBA lança o “Conspiracy” como seu sexto álbum de estúdio. Em teoria, o material é descrito como uma “conspiração” que a artista acredita estar vivenciando e isso à deixa louca; e isso é possível ver em algumas faixas, mas não em um conjunto geral. O álbum é iniciado por “Mental Dances”, que é uma boa faixa de introdução e uma boa escolha para carro chefe do álbum, que apesar de não ser sua melhor música, representa bem o material e o que esperar de um álbum completo. Em seguida é iniciada “Now You Now” é uma das melhores faixas em questão de composição, porém ela não se conecta ao conceito geral de “conspiração” mesmo com a intenção da cantora de tentar conectar ao mesmo; e por vir antes da faixa principal, esperava algo mais conexo. “Conspiracy” é a faixa título do álbum e uma boa música; mas é muito repetitiva para um conceito tão forte e a responsabilidade de carregar o nome do álbum não tenha lhe caído muito bem, podendo ser melhor trabalhada. “Root Robot” é uma faixa um pouco confusa na sua composição, de fato inspirada em um “surto pessoal”. “Satisfaction” é uma música que fala sobre sobre um tema forte que foi pouco aproveitada no seu conteúdo lírico. “Achieviments” com Teyana T é a melhor música do projeto e seus versos, junto com os de WAKBA, adicionam muito na música; assim como em “Eletronic Friendship”, onde Toveline e Wakba fazem um bom trabalho pop dance. “There Are Tears in Her Eyes” é uma letra vazia, apenas com letras se repetindo e isso prejudica muito a obra. Na média geral, algumas músicas como “When The Angels Falls”, “Root Robot”, “Caliente” e “El Love Parade” não conseguiram se manter ao seu propósito geral mesmo tendo uma base lírica, porque em termos de “conspiração”, era esperado algo bem maior do que foi entregue; a cantora não conseguiu sustentar por 13 faixas um tema tão forte e acabou entregando mais “fillers” do que músicas que adicionassem ao conceito, talvez um álbum menor seria uma opção viável. Em seu visual, não pode-se negar que a criatividade de WAKBA sempre foi o seu ponto forte e isso não muda no “Conspiracy”; seu visual é único, criativo e mais uma vez a artista se coloca na frente de alguns lançamentos por causa da sua excentricidade como artista. Porém como observação, detalhes minúsculos poderiam ser melhorados para deixar o visual um pouco mais “limpo”. O “Conspiracy” é um álbum pop/dance com alguns defeitos que provam que mesmo com seu tempo de carreira, WAKBA não está livre de cometer pequenos erros que possam atrapalhar a execução geral do álbum.

91
A volta de WAKBA chamou atenção de muitos holofotes e a artista não deixou a desejar no que viria a entregar. \"CONSPIRACY\" é uma obra bem arrojada quando se trata de ideias, ele tenta mesclar questões sociais com conspirações do eu lírico que sempre tenta questionar a realidade. E esses questionamentos acerca do que existe sustentaram relativamente bem a ideia conspiratória que o trabalho quis trazer. Ademais, o fato da artista ter trazido com o disco um livro favoreceu a sustentação do universo do trabalho. Quanto ao conteúdo lírico, em aspectos gerais ele é bem construído e traz críticas sociais que são abafadas por versos chiclete capazes de fazer a pessoa dançar sem colocar tanto a mão na consciência. As faixas que mais chamaram atenção positivamente foram \"When The Angels Fell\", \"Root Robot\" e \"There Are Tears In Her Eyes\". No aspecto coesivo, o disco segue uma linha consistente em aspectos gerais, sempre retomando assuntos já falados e tentando manter a narrativa do disco fechada, o que talvez tenha sido um leve pecado para o \"CONSPIRACY\" nesse sentido foi não deixar músicas que transitavam pelo mesmo tema próximas na tracklist. Um exemplo disso é a sequência \"Caliente\" e \"Satisfaction\" que estão juntas na tracklist e tratam de temas parecidos. A sequência \"My Spice\" e \" El Love Parade\" tinha absolutamente tudo para ser mais promissora se não tivesse a faixa \"Achievements\" entre ela. Já no aspecto visual, com uma estética futurista e intergalática, a artista traz um CD muito bem editado no que se trata das imagens e no conjunto capa e contracapa. No entanto, algumas páginas escritas do encarte são mais fracas em recursos visuais e focam apenas no conteúdo escrito, talvez se ela tivesse trabalhado com alguns aspectos estéticos como o uso de neon e figuras geométricas de uma forma mais chamativa nessas respectivas páginas, o trabalho chegaria ao ápice. Logo, a volta de WAKBA para a indústria com seu sexto álbum faz jus a sua grandiosidade como artista. Abordagem temática: 100 Coesão: 95 Conteúdo lírico: 86 (x2) Conteúdo visual: 90 Nota: 91

78
Regressando a indústria Wakba Servano lança “Conspiracy”, seu sexto álbum de estúdio acompanhado de um Ebook. Tendo uma narrativa de base voltada a algo oculto, ficcional ou idealista, o álbum permeia diversos assuntos sendo eles o amor, o empoderamento, cultura LGBT, feminismo e a relação entre a realidade e o próprio eu. É um álbum sobre descobertas, sobre segredos sutis, experiências excêntricas e como lidamos com elas. Como referido na descrição, as faixas funcionam de forma isoladas muito bem, Wakba soube como dar protagonismo a maioria delas, porém como um álbum ainda há uma certa dificuldade em se manter justaposto. Inicialmente ele consegue seguir o pressuposto indicado no título, mas depois se perde. O lirismo é muito bem elaborado, Wakba consegue construir os versos tanto de uma maneira mais comercial como de outra mais incisiva, sem tornar o projeto genérico. Há uma faixa que poderíamos considerar filler, já que não acrescenta em nada no contexto geral, ela é “Caliente”, não condiz quase nada com todo o restante apresentado, a não ser pela situação temporal e localidade em que foi escrita ou inspirada. Melodicamente esse projeto é bem coeso, com exceção da mesma faixa explicitada acima, há presença de um Pop/Dance oitentista notável, assim como o resgate de algo que deambula entre o futuro e o passado, gostamos de como toda a tracklist foi específica em projetar isso. A intro inicial como toque de abertura do SO da Windows(?) foi uma surpresa agradável e inusitada que deu um ponto de partida a obra. As melhores faixas são a faixa título e “There are Tears in Her Eyes”, tanto o primeiro finca bem o conceito do álbum como o segundo citado fecha bem a estrutura. Visualmente temos vários recursos sendo empregados, cores vibrantes e distintas, que facilmente nos lembram as luzes de boates ou clubes de dança característicos dos anos 80 e 90 com tons frios e quentes em contraste, assim como cortes de imagem, gostamos de como ela soube colocar essas cores em fotos B&W e para sermos honestos ela deveria ter optado pelo encarte todo com esse feito e as cores sendo destaque; . Diante disso, estamos a frente de um bom projeto, ele poderia ter tido algumas mudanças principalmente em unificar todo o compilado, mas ainda assim ele possui seu valor bem estruturado.

80
CONSPIRACY possui uma estética própria e peculiar que não se deixa enganar - este é um álbum de WAKBA. Em seu sexto lançamento de estúdio, a cantora nos apresenta a um cenário retro-futurístico e espacial que torna a obra interessante e nos instiga a conhecê-la. Liricamente, o álbum surpreende ao abrir muito bem com a faixa \'Mental Dances\', a qual possui uma temática envolvente e não sacrifica o seu conteúdo em virtude de um apelo mais pop. Ao lado de \'Punishment\' e \'My Spice\', ela compõe o trio de melhores faixas do disco; ao passo que \'There Are Tears In Her Eyes\' também soa bastante tocante, apesar de sua brevidade. De modo geral, WAKBA se mostrou como uma compositora que traz requinte às canções, mesmo que estas sejam bastante descontraídas. Do outro lado da moeda, apontamos \'Now You Know\' e \'Caliente\' como as faixas mais fracas da peça - a eliminação das mesmas do trabalho final poderia resultar em algo mais conciso e pontual. A produção visual do álbum é, como já mencionamos, bem cativante e original. A paleta de cores e a estética são fabulosos. Entretanto, o modo como as letras das canções estão dispostas e a escolha fotográfica acabam empobrecendo este material. A proposta do e-book CONSPIRACY é bastante tola, mas ao mesmo tempo criativa e divertida, como um passatempo que não deve ser tomado muito a sério. Com este álbum, WAKBA mostra que ainda tem arestas a aparar, mas se coloca como uma produtora com potencial (neste ponto, ficamos vibrando por vê-la trabalhar com uma estética mais \"clean\" em um lançamento futuro) e uma compositora que também tem bastante a oferecer. CONSPIRACY pode não parecer tão original para os que acompanharam a carreira da artista desde os seus primórdios, mas para a atualidade, é uma obra fresca, que nos transporta para uma realidade utópica e nos faz esquecer um pouco do peso dos tempos modernos. APRESENTAÇÃO DO CONCEITO: 80 APLICAÇÃO DO CONCEITO & COESÃO GERAL: 80 PRODUÇÃO LÍRICA: 83 PRODUÇÃO VISUAL (×0,5): 72 NOTA FINAL= TOTAL/3,5: 80 *Pontos negativos: faixas \"fillers\"; produção visual incoesa como já citado.