“DYSNOMIA” pode ser visto como um novo começo na carreira de LEE, a cantora retorna mostrando um novo lado de si mesma, deixando parte de sua vulnerabilidade a mostra, e esse é o detalhe que nos deixa ainda mais cativados pelo seu mais novo álbum.
Depois de duas mixtapes voltadas para algo mais político, LEE, desta vez, nos conta algo mais sentimental, podendo ser visto como um processo de superação depois de um término de relacionamento.
Começamos o disco com \"SCARS\", é uma das melhores faixas do álbum, aqui somos introduzidos no universo proposto pela artista, e é realmente notório como a história contada aqui faz jus ao conceito geral de todo o projeto.
\"Firesong\" faz uma boa alusão a nicotina, não é de hoje que LEE faz pequenos trocadilhos e metáforas em suas letras, mas, nessa faixa, a cantora deixou um pouco a desejar, não tendo a mesma qualidade lirica de sua antecedente.
Entramos agora na parte mais simples de todo o álbum; \"John\", \"WorLds\" e \"Moments II\" são as músicas que deixam o processo de avaliação um pouco repetitivo. LEE traz ideias muito boas para as três citadas, mas não consegue trabalhar muito bem em tais ideias, deixando com que as faixas fiquem ofuscadas diante as demais.
Em \"Dysnomia\", \"you & alone\" e \"last time by your side before leave me alone\" é onde tudo volta ao normal, a artista nos apresenta faixas muito bem escritas, cada uma com seu pequeno detalhe e significado especial. Mas destacamos a faixa-titulo como a melhor de todo o álbum, as referências a famosa mitologia grega é muito bem colocada nos versos dessa canção, realmente é aqui que vemos toda a capacidade lirica de LEE.
Infelizmente, a última faixa do álbum não foi muito bem escolhida, podemos dizer que se fosse algo que continuasse a história contada em \"last time by your side before leave me alone\", o album teria tido um final melhor (como por exemplo: o eu lírico poderia finalmente se ver livre de tudo, todos os seus sentimentos poderiam estar restaurados e ele poderia estar feliz novamente, realmente superando os seus maiores medos e inseguranças).
Indo para a parte visual, temos mais um trabalho feito completamente por LEE, desta vez a cantora fez algo diferente de seus trabalhos antigos, se arriscando em algo que deu certo, mesmo tendo seus deslizes.
O visual é minimalista e belo, mas que apresenta erros simples que poderiam ser corrigidos facilmente se tivesse uma atenção maior.
O principal erro da cantora no visual foi a colocação da tipografia nas páginas, podemos dizer que muitas palavras são difíceis de ler por conta da forma que foi colocada e até mesmo a cor escolhida. Podemos dar como exemplo a terceira página, onde o nome “Haunted” ofusca a palavra “Sky” por ter a fonte um pouco maior.
De restante, o preto, cor que predomina todo o encarte, se encaixou muito bem com as fotografias, a cantora conseguiu colocá-las de forma que nem uma palavra roube sua atenção, um detalhe importante de se notar ao passar o olho pelo visual.
Por fim, \"DYSNOMIA\" é, como já fizemos anteriormente, um novo começo na carreira de LEE. Esperamos que em seu próximo projeto a cantora venha continuar com composições bem trabalhadas, e que venha ter mais atenção com os pequenos erros, como do visual, como das letras, para trazer algo que beire a excelência, pois sabemos que a mesma tem capacidade para isso.