
81
“DYSNOMIA” pode ser visto como um novo começo na carreira de LEE, a cantora retorna mostrando um novo lado de si mesma, deixando parte de sua vulnerabilidade a mostra, e esse é o detalhe que nos deixa ainda mais cativados pelo seu mais novo álbum. Depois de duas mixtapes voltadas para algo mais político, LEE, desta vez, nos conta algo mais sentimental, podendo ser visto como um processo de superação depois de um término de relacionamento. Começamos o disco com \"SCARS\", é uma das melhores faixas do álbum, aqui somos introduzidos no universo proposto pela artista, e é realmente notório como a história contada aqui faz jus ao conceito geral de todo o projeto. \"Firesong\" faz uma boa alusão a nicotina, não é de hoje que LEE faz pequenos trocadilhos e metáforas em suas letras, mas, nessa faixa, a cantora deixou um pouco a desejar, não tendo a mesma qualidade lirica de sua antecedente. Entramos agora na parte mais simples de todo o álbum; \"John\", \"WorLds\" e \"Moments II\" são as músicas que deixam o processo de avaliação um pouco repetitivo. LEE traz ideias muito boas para as três citadas, mas não consegue trabalhar muito bem em tais ideias, deixando com que as faixas fiquem ofuscadas diante as demais. Em \"Dysnomia\", \"you & alone\" e \"last time by your side before leave me alone\" é onde tudo volta ao normal, a artista nos apresenta faixas muito bem escritas, cada uma com seu pequeno detalhe e significado especial. Mas destacamos a faixa-titulo como a melhor de todo o álbum, as referências a famosa mitologia grega é muito bem colocada nos versos dessa canção, realmente é aqui que vemos toda a capacidade lirica de LEE. Infelizmente, a última faixa do álbum não foi muito bem escolhida, podemos dizer que se fosse algo que continuasse a história contada em \"last time by your side before leave me alone\", o album teria tido um final melhor (como por exemplo: o eu lírico poderia finalmente se ver livre de tudo, todos os seus sentimentos poderiam estar restaurados e ele poderia estar feliz novamente, realmente superando os seus maiores medos e inseguranças). Indo para a parte visual, temos mais um trabalho feito completamente por LEE, desta vez a cantora fez algo diferente de seus trabalhos antigos, se arriscando em algo que deu certo, mesmo tendo seus deslizes. O visual é minimalista e belo, mas que apresenta erros simples que poderiam ser corrigidos facilmente se tivesse uma atenção maior. O principal erro da cantora no visual foi a colocação da tipografia nas páginas, podemos dizer que muitas palavras são difíceis de ler por conta da forma que foi colocada e até mesmo a cor escolhida. Podemos dar como exemplo a terceira página, onde o nome “Haunted” ofusca a palavra “Sky” por ter a fonte um pouco maior. De restante, o preto, cor que predomina todo o encarte, se encaixou muito bem com as fotografias, a cantora conseguiu colocá-las de forma que nem uma palavra roube sua atenção, um detalhe importante de se notar ao passar o olho pelo visual. Por fim, \"DYSNOMIA\" é, como já fizemos anteriormente, um novo começo na carreira de LEE. Esperamos que em seu próximo projeto a cantora venha continuar com composições bem trabalhadas, e que venha ter mais atenção com os pequenos erros, como do visual, como das letras, para trazer algo que beire a excelência, pois sabemos que a mesma tem capacidade para isso.

72
Em seu terceiro álbum de estúdio, LEE aborda a desordem criada pelo término de um relacionamento. DYSNOMIA é o seu trabalho menos mirabolante até então, tratando de um tema que, em primeiro momento, soa mais relacionável para o público geral. Visualmente, o álbum não possui elementos exagerados nem surpreendentes, entretanto sua simplicidade e a coesão entre as fotografias criam um apelo agradável - nesse aspecto, consideramos apenas que as faixas poderiam estar organizadas de uma maneira melhor. Já na parte lírica, o álbum abre de forma bem direcionada à sua temática com a faixa \"scars\". \"firesong\" relaciona o amor ao vício de forma pungente, enquanto \"mistakes\" traz uma visão empoderada e renovadora acerca do fim do amor. \"haunted sky\", \"worLds\", a faixa-título \"dysnomia\", \"last time by your side before leave me alone\" e \"us\" são as melhores faixas do projeto, possuindo um teor lírico encantador e ao mesmo tempo profundo; ao passo que \"john\" se coloca entre as mais fracas, pois parece perdida em seu próprio conteúdo. De modo geral, apesar de trazer um conceito menos autêntico do que suas produções anteriores, LEE ainda é capaz de demonstrar um refinamento poético bastante notável em DYSNOMIA. O que nos desaponta no álbum é que algumas ideias parecem se repetir entre certas músicas, deixando o disco preso em um ciclo que pode se tornar enjoativo. De modo geral, DYSNOMIA não é um disco impactante, mas mostra uma nova faceta de LEE que vale a pena de ser descoberta. APRESENTAÇÃO DO CONCEITO: 70 APLICAÇÃO DO CONCEITO & COESÃO GERAL: 74 PRODUÇÃO LÍRICA: 72 PRODUÇÃO VISUAL (×0,5): 74 NOTA FINAL= TOTAL/3,5: 72

80
O terceiro álbum de estúdio da artista é um passo que difere muito de grande parte dos lançamentos anteriores, sendo estes as duas mixtapes intituladas \"AMERICAN MEDIA\", investindo em uma temática nova para sua carreira, mas relativamente batida para a indústria, mas não é esse o ponto baixo do disco exatamente. Na verdade, \"DYSNOMIA\" peca pelo fato de não possuir um diferencial em sua abordagem, sendo que é uma marca da artista trazer tópicos de um jeito único e que dificilmente seria visto em outros trabalhos. É evidente que a ponta mitológica traz um pouco disso, mas o fato dela ser limitada nas faixas torna a temática do disco pouco desenvolvida. No aspecto lírico, a crítica geral é que as faixas pecam bastante na estrutura, ora parecem ter tons mais textuais do que musicais, soa até que a narrativa do disco foi muito ao pé da letra ao ser desenvolvida de tal forma, se as divisões por versos fossem mais evidentes sem dúvidas o trabalho teria mais graciosidade. Quanto à coesão, o disco mostra um desenvolvimento narrativo que beira a excelência, o que cativa o público na narrativa. Quanto ao visual, o disco é, sem dúvidas, o trabalho mais rico e bem executado da artista no que diz respeito ao visual, no entanto, ainda apresenta falhas. A principal delas é o fato de não mostrar as letras de uma maneira organizada na página. Além disso, também existe o fato das páginas serem muito escuras e acabarem ofuscando tudo o que está escrito e até mesmo as imagens presentes, se isso ocorresse com a tipografia se destacando, com cores que chamam atenção, seria um ponto positivo e esse ofuscamento das imagens até serviria com um contraponto, mas até com as fontes opacas o efeito não é tão positivo e pode até dificultar a leitura do conteúdo presente. Logo, LEE deu um passo para fora de sua curva política que poderia ser muito melhor desenvolvido se sua genialidade fosse mais focada. Abordagem temática: 75 Coesão: 95 Conteúdo lírico: 75 (x2) Conteúdo visual: 80 Média: 80

80
Após um avalanche criativa no American Media, Lee retorna ao ‘básico’ no lançamento de ‘Dysnomia’. Levando em consideração seu trabalho anterior e toda a sua agressividade na sua mixtape, o ‘Dysnomia’ tem uma abordagem clichê e bastante comum, porém o que parece ser clichê para muitos, parece ser algo novo na carreira de Lee. Voltado ao soul e r&b, o álbum contém grande conexão sonora e segue uma linha coesiva interessante, onde é focado seu amor bagunçado de forma cativante. Suas composições são doces e leves, novamente levando em consideração seu passado como artista, que apresentava uma abordagem mais agressiva nas letras. ‘Haunted Sky’ e ‘worLds” são ótimas composições, onde ‘worLds’ mostra um pouco da velha Lee do American Media pela criatividade na construção da música. Alguns destaques negativos, mas não tanto, vão para ‘john’ e ‘us’, são as mais fracas do álbum e poderiam ser melhores trabalhadas, assim como ‘ast time by your side before leave me alone’ poderia ser um pouco maior, ter mais informações na música. ‘Dysnomia’, faixa título do álbum, é um pouco fraca para carregar o título e poderia ser mais emotiva. Em seu visual, é notável o crescimento e foco da artista em melhorar e aprender com as críticas e erros; contém um visual mais limpo, organizado e visualmente melhor caracterizado, um ponto de grande avanço pra Lee. Em ‘Dysnomia’, Lee demonstra que é capaz de um pouco de tudo, desde extravasar sua criatividade até recuar um pouco para entregar um trabalho sincero e organizado.

75
Tomando uma nova direção em seu terceiro álbum de estúdio, LEE lança DYSNOMIA que traz um conceito interessante baseando na desordem, mas voltando-se principalmente ao lado emocional pós-relacionamento em seu conteúdo lírico. Contrastando bastante com seus dois primeiros trabalhos que tinham aspectos sociais e globais fortes, DYSNOMIA é mais introspectivo e obscuro, como se uma neblina cercasse o álbum o em si, o que combina muito com o gênero R&B/Soul e ajuda na associação das letras dando uma ambiência noturna ao disco. Liricamente o trabalho começa bem, com suas duas primeiras canções sendo interligadas liricamente, é uma boa transição e que faz sentido ser usada aqui. De maneira geral o álbum é equilibrado em sua qualidade lírica tendo seus pontos altos em Scars, Firesong e DYSNOMIA. Assim como em seu conteúdo lírico, o visual do disco também se destoa muito com os trabalhos anteriores de LEE, o que é um ponto muito positivo para ela, que demonstra que a artista está em busca de novas formas de expressar suas canções e emoções expressas nelas. Há um tom obscuro desde a capa e por todo o encarte do registro, a organização das letras no encarte poderia ser feito de maneira melhor, mas não chega incomodar de maneira alguma. O visual se conecta muito mais com o conteúdo lírico do registro, do que com o conceito inicial em si apresentado para o álbum. No geral, LEE consegue sim entregar um bom álbum, principalmente pela mudança de direção em relação aos anteriores de sua discografia. Ainda assim, se a artista desejar continuar nessa temática emocional em sua carreira, será preciso evoluir e desenvolver melhor suas composições, tendo em vista que existem grandes artistas que já trabalham com o tema pós-relacionamento de maneira mais complexa e bem polida.

75
“Dysnomia” é o terceiro álbum de estúdio de LEE, nele a cantora foge um pouco da linha de seus projetos anteriores e discorre sobre as desordens amorosas e pessoais de sua vida. De uma forma emotiva e até mesmo mais coloquial, o álbum é moldado a partir de como uma decepção amorosa a condicionou ou a inseriu em um contexto de caos, fazendo-a questionar sobre a relevância do outro para com o eu lírico, assim como abrindo portas para um encorajamento pessoal de autoestima em se sentir feliz consigo mesmo e sozinho; a proposta é interessante para a sua discografia, visto que temos um formato que nos proporciona duas visões acerca do que foi observado aqui, a primeira delas é que ao partir para um âmbito mais comum ela possa parecer um tanto comum ou genérica; mas ao mesmo tempo trás um ar mais arejado e coeso de acordo com o que já foi visto anteriormente, nos motivando a crer que há muito a ser desbravado e experimentado, no bom sentido da expressão. O lirismo é bem elaborado, com estrofes e refrões bem estruturados que transitam entre o uso de analogias e metáforas, assim como também conseguem ser observados em sua forma mais direta; precisamos citar um vicio de escrita na utilização da palavra “fogo” em meio a expressões simbólicas, que surge como união entre as duas primeiras faixas ao final da primeira e início da segunda, mas logo depois aparece fora de contexto e nos pareceu mais como um uso vicioso. Também há um uso inverso de um trecho na canção “You & Alone” que corresponde a canção original do instrumental, o título pode soar próximo a isso também, pode ter até sido de forma proposital, mas não poderíamos deixar de citar. A melhor canção é “Scars”, é interessante como ela conseguiu unir o metafórico ao literal e de quebra engatilhar um início de conceito para o seguimento na segunda faixa. A produção do álbum é bem linear, com uma base NeoSoul, mas claramente tendo influências Pop Ballad, toda a tracklist soa conexa em um mesmo elemento, seja através de seus instrumentos orgânicos ou de sua cadência mais uniforme. Os visuais são promissores, foi muito inteligente a utilização de um fundo B&W em todo o encarte, tendo os títulos em cores mais vibrantes, foi uma excelente ideia, contudo o Fade exagerado tirou muito desse ponto positivo tornando assim, o que seria cheio de vida e cor, morno e esteticamente mal elaborado; mas gostaríamos de parabenizar pela iniciativa em ouvir muitos dos conselhos dados anteriormente, principalmente em linearidade e organização do encarte. “Dysnomia” não é um álbum que nos fará ser arrebatados, mas em sua forma mais pessoal ele tende a soar o melhor de seus projetos até então, além de partir de um pressuposto mais simples e sutilmente refinado, proporcionando assim uma nova fase em sua carreira.