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Após a aclamação do lead single, Andrew finalmente lança seu aguardado debut álbum como introdução ao mercado musical alternative-rock. Seu disco apresenta temas mórbidos e similares aos poemas da romancista Sylvia Plath, sendo as canções com títulos de poemas da autora. Após ouvirmos o disco vimos diversas canções bem escritas e, podemos citar facilmente “Sculptor”, “Tulips/Daddy” e “Balllons/Edge” como as melhores faixas do disco. Ressaltamos ainda em como os interlúdios são bem escritos e são incríveis, sendo os maiores destaques do projeto. No quesito coesão, é onde obtemos algo falho, devido a sua temática, o álbum traz diversos temas aleatórios, e sem qualquer ligação entre eles, ou seja, as faixas estão soltas no disco e não apresentam nenhuma forma que as façam estarem interligadas. Esse erro, acaba tornando o álbum uma verdadeira mistura e não nos permite apreciá-lo sem nos sentir perdidos. Como consequência, o quesito criatividade também sofre um queda, devido a um conceito ótimo, não vemos muito a exploração de suas canções. Embora, o que foi retratado no álbum seja sentimentos, no plural, esperávamos algo que unissem esses sentimentos e não que acabassem ficando soltos no disco. O lado do visual do projeto, apresenta algo simples porém, ao mesmo, representa algo mórbido (como os temas da canções) e isso acaba sendo o diferencial aqui. Com isso, deduzimos que o cantor começou bem na indústria musical. Seu único erro foi não interligar as canções do seu álbum. Mas mesmo assim, vale destacar a sua capacidade de composição e na habilidade de buscar algo conceitual e único para se retratar. Esperamos que após as marcações feitas aqui possam servir de lição para que em seu próximo disco, ele consiga totalizar todos os quesitos que, pelo visto não será algo difícil vindo dele. COMPOSIÇÃO: 24 / COESÃO: 13 / CRIATIVIDADE: 16 / VISUAL: 20.
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De forma solene, Andrew marca sua entrada na indústria musical com \"Sculptor\". Nas palavras do artista, o álbum é inspirado na poetiza \"Sylvia Plath\", entre diferentes temáticas e por vezes ainda incompreensíveis, mas sempre de modo sereno, as canções do trabalho ecoam como odes intensas por vezes mais figurativas e em outras criando relações mais diretas. Pensando assim, não há compromisso em construir uma narrativa ou um olhar para o álbum como um todo, o que não é um problema, mas é sempre bom que um álbum diga além de suas próprias estrofes e nesse caso, não há nenhuma referência a Sylvia que não seja os títulos das faixas e temáticas, alguém que não conhece a obra da artista pode se perder facilmente e tudo fica implícito e indireto. Nossas faixas favoritas são \"Sculptor\" - nessa faixa há um tom de mistério e as referências realizadas pelo artista, se intencionais ou não, casam bastante tornando a música bastante sólida, citamos também \"Lady Lazarus\" que mostra outra face diante da melancolia expressa na maior parte do álbum, é insano. Ademais, liricamente o disco serve uma linearidade na qualidade das composições, não há grande discrepância entre elas, mesmo que algumas sejam mais trabalhadas que outras, apresentam a mesma estruturação e até mesmo as interludes se mostram com uma respectiva atenção na hora de sua elaboração. O problema que vemos aqui é a pouca exploração por parte do artista em sair de composições repetitivas, as vezes em versos de diferentes músicas temos a impressão de já ter lido e em um álbum com tantas temáticas opostas não há necessidade de repetição, existem uma variedade de sinônimos que poderiam ser melhor empregados aqui. Partindo para o encarte é simplista e poderia ser mais explorado, em algumas páginas não temos o polimento necessário mas pode-se dizer que o artista soube usar o conteúdo para fazer algo bom, mesmo que não seja um destaque, talvez o artista pudesse ter trazido cores, brincado com os tons e que mesmo que fossem fortes ou desbotados, iriam se apresentar como uma extensão da lírica do artista. Em síntese, Andrew mostra potencial em seu primeiro trabalho, com mais aprofundamento e atenção aos aspectos aqui apresentados acreditamos que ele pode vir a se tornar uma voz interessante dentro de seu gênero. Composição: 24 Criatividade: 14 Coesão: 18 Visual: 19