Naomi é sem dúvidas o maior nome feminino do Pop, tanto quanto falamos sobre prêmios ou sobre números; em seu primeiro álbum pós reset ela apresenta “Young Girl”. O álbum segue várias direções, ele pode soar um tanto imaturo ou um tanto perdido em meio a tantas temáticas, isso é compreensível devido a superestima da juventude aqui representada, vemos que o álbum segue uma linha mais puxada para a diversão, assim como em outros momentos ressalta as desilusões amorosas e em outro enaltece o fato de conhecer a si próprio mediante as experiências que estão por vir. Liricamente o álbum é simples, não utiliza de muitos artifícios ou recursos linguísticos, mas possui uma construção de versos favorável a um bom álbum, metricamente eles foram muito bem elaborados. Gostamos das referências usadas em “Sweet Seventeen” e “Young Girl”, elas expressam muito do que o projeto tende a dizer. A produção melódica é variada e um pouco confusa, ela vai do Pop, passa pelo Pop Ballad, depois caminha ao Reggae e possui alguns elementos do gênero R&B, é um tanto confuso de modo geral, não há uma certa linearidade e isso pesa um pouco em nossa avaliação. A melhor canção é “When I Met You”, ela nos atraiu com sua forma mais sutil de se falar sobre o amor, a parte primordial em encontrar a pessoa certa é se deixar levar por esse sentimento, essa canção aborda isso. Os visuais são simples, bem elaborados, possuem um ar mais jovial, a escolha por algo mais soturno evidenciou isso, o ponto negativo sobre o encarte é a alternância de páginas em preto e branco e coloridas, isso destoa um pouco de todo o contexto, seria mais viável optar por uma delas. De forma geral, Naomi inicia seu legado pós reset com um projeto simples, ainda um pouco confuso em sua execução na mesma medida que possui os dois pés fincados em um conceito bem firmado, ela sabe do seu valor na indústria e esperamos que eleve seus padrões de qualidade.