# | Título | Tipo | Streams | |
---|---|---|---|---|
1 | GABRIEL | single | 753,400,333 | |
2 | GABRIEL | track | 48,167,778 | |
3 | GABRIEL | single | 937,407,412 | |
4 | GABRIEL | track | 48,880,661 | |
5 | GABRIEL | single | 1,026,262,739 | |
6 | GABRIEL feat. Junggaram | single | 936,979,997 | |
7 | GABRIEL feat. Alice | single | 907,879,416 | |
8 | GABRIEL | single | 770,748,641 | |
9 | GABRIEL | single | 823,222,914 |

Los Angeles Times 75
Fazendo sua estreia na indústria da música, GABRIEL lança seu primeiro disco de estúdio auto-intitulado, com nove faixas ao decorrer do compilado e colaborações com artistas como Junggaram e ALICE. Na primeira faixa do álbum, temos "Forte Não Sou", onde o cantor carrega todas as suas emoções e traz um desabafo em forma de música, sendo uma boa faixa de início para o disco. "Meus Erros" traz uma estrutura bastante forte e direta, que apesar de algumas irregularidades ao longo da canção, o cantor consegue transmitir todos os seus sentimentos mais extremos. "Taças" é uma canção bastante polida e bem feita, onde GABRIEL consegue revelar tudo aquilo que sente, sendo totalmente compreensiva e adicionando bastante emoções no disco. "Mi Primer Amor", listada como quarta faixa do disco, aborda temas como a paixão à primeira vista e suas vertentes, a letra da canção é bastante superficial em momentos, principalmente em seu refrão, que não casa tão bem com o resto da música. "365 Dias" é a melhor letra do disco até aqui, onde GABRIEL traz aquilo de mais forte em sua essência, com uma lírica que retrata sua cruel realidade com as pessoas ao seu redor. "Sorry", colaboração com Junggaram, é uma canção bastante triste, que explora caminhos já trilhados por GABRIEL no disco, sendo bastante redundante ao decorrer. "Só Quero Você" é uma faixa que vai na contramão do restante das faixas do disco, onde o cantor fala sobre estar apaixonado por alguém e sentir prazer por isso, a música tem grande destaque para os versos de ALICE, que casam perfeitamente com o resto da canção. "SOS" é uma canção bastante vulnerável e triste, onde GABRIEL se conecta com figuras divinas em busca de ajuda, com versos bem feitos e articulados, sendo sem dúvida uma das melhores faixas do disco até aqui. "Te Odeio", última faixa do álbum, é uma canção bastante agressiva, mas que consegue cumprir bem seus objetivos em si, sendo uma das faixas mais essenciais para o disco em geral. Relacionando ao visual, ALICE & Tammy parecem não conseguir desempenhar um bom papel no encarte, onde a fonte não casa com a proposta em si e a escolha das cores também não se encaixa perfeitamente com o álbum, apesar de ter uma execução que ressoa eficaz para o disco em sua forma. Em geral, GABRIEL consegue fazer uma estreia satisfatória, apesar de alguns erros em faixas como "Sorry", que apresenta um declínio em relação às outras canções do disco, mas que nos deixa ansiosos para um novo álbum de GABRIEL, que mostra disposição a evoluir.

69
Trazendo um frescor para indústria, o artista novato GABRIEL finalmente entrega o seu primeiro álbum de estúdio homônimo com nove faixas que discorrem sobre assuntos pessoais e angustiantes. Diríamos que não é nada que não tenhamos visto inúmeras vezes, mas uma aposta segura para dar o pontapé inicial na carreira. “Forte Não Sou” inicia com força total, não segurando emoções e deixando com que seus sentimentos deslizassem suavemente através dos versos, um ponto positivo disso é que por mais que seja uma canção com um viés depreciativo, ele não toma conta de toda a estrutura e poupa o ouvinte de uma melancolia forçada. Sem embargo de linhas fracas e superficiais como: /’Me perdoam por ser dessa maneira Não tenho culpa de estar sendo engolido pelas trevas’/, “Meus Erros” é interessante após o que acabamos de receber inicialmente, Gabriel coloca o ouvinte próximo da sua inocência, vemos uma vulnerabilidade e até um fio de pureza dentro dos versos, seria cativante se os versos fossem mais elaborados para atingir um novo patamar, frisamos que não é ruim – longe disso, mas pelo cunho que é abordado, gostaríamos de ter visto Gabriel empurrando dois passos a frente. “Taças” é uma excelência de música pop, os versos são suaves e carregam uma intensidade ardilosa, destacando o refrão como a melhor parte da canção por criar um cenário na cabeça do ouvinte, “Taças” é imaginativa e convidativa, definitivamente uma das melhores do projeto. Poupando as demais linhas autodepreciativas, “Mi Primer Amor” é a chave para Gabriel apresentar sua descendência de forma dançante e tropical, e esses são os únicos pontos positivos dela, porque falha em incorporar uma singularidade e sentimentos que não tenhamos visto. “365 Dias” resgata a delicadeza nos assuntos abordados no início do álbum, só que por vez, mais aprofundado e intensamente descritos como uma das mais confessionais porque apesar de não ter alegorias ou metáforas explosivas, novamente, é suave e delicado a forma que Gabriel descreve seus sentimentos. “Sorry” é a definição de maçante, após cinco canções parcialmente depreciativas, temos mais uma em que o lírico não apresenta nada a não ser sobre ser uma /’falha’/, desejaríamos que o colombiano pudesse apresentar mais camadas na canção, algo novo e que seja distante do que já vimos. “Só Quero Você” é uma música boa e linear, não colide com versos intensos, apenas uma ótima narração dos seus desejos o que nos leva a “SOS” e é realmente um pedido de socorro por cair na superficialidade e mais uma vez o lírico depreciativo sem levar o ouvinte a lugar nenhum. “Te Odeio” entra como a canção que finaliza o álbum e devemos dizer que após toda essa depressão que Gabriel carregou, caiu como luva uma música que se afasta disso, vemos um novo extremo e ele está mais raivoso que nunca. Visualmente não é bom, não há peças que podem trazer algo chamativo no encarte porque é tudo muito amador, desde a posição das letras das canções, até a escolha das fontes e cores, o papel amassado sujo não ornou bem com nada e chega até ser desconfortável porque queríamos que estivesse na mesma altura das composições, seria interessante se tivesse uma polidez maior nele como um todo e até mesmo descartar esses polaroides que estamos cansados de ver. Em “GABRIEL” conseguimos analisar que menos é mais e o latino consegue criar atmosferas singulares com as canções, há atributos a melhorar como alguns erros de português e dar uma profundidade maior em certos assuntos, mas como um todo é um ótimo projeto inicial e mal podemos esperar para acompanhar a evolução lírica e visual do artista. COMPOSIÇÃO: 32/35 | CRIATIVIDADE: 13/20 | COESÃO: 14/15 | VISUAL: 10/30

58
Gabriel é um dos nomes em evidência nos últimos tempos então seu álbum de estreia era de fato esperado por muitos, todos sentiam-se curiosos para saber até onde o cantor poderia ir. “GABRIEL” é um álbum sem muitas intenções, sua apresentação deixa bem claro seu intuito, mas mesmo dentro dessa simplicidade podemos entender muito do que ele quis dizer com seu álbum autointitulado. É um álbum relativamente curto, em suas canções Gabriel fala muito sobre sua dor acerca de suas relações conturbadas e mostra-nos mais algo que já vinha evidenciando em seus singles anteriores. Abrindo-o encontramos a “Forte Não Sou”, uma canção que fala sobre um romance arruinado, implorando pelo perdão e desculpando-se da dor que causou, Gabriel finaliza-a com “Me perdoe amor, sei que forte não sou”. Em uma quebra de narrativa um pouco brusca entramos em uma canção ainda íntima, mas aqui Gabriel conseguiu ir um pouco além, “Meu Erros” é uma canção sincera — /“Eu amo vocês além da conta, mas vocês me amam como eu os amo?”/ — é um grande desabafo do cantor sobre seus dramas familiares, um momento de amadurecimento onde Gabriel entende onde errou com sua família ao mesmo tempo que procura por um amparo familiar que não parece ser atendido. Algo que também é muito bem explorada em “365 Dias”, canção essa que o cantor conta um pouco sobre sua relação com seu pai, / “Minha liberdade te magoou tanto que você precisou me largar?”/, Gabriel canta, é uma canção que trás à tona uma realidade nada distante na vida de muitas pessoas, e apesar de tudo, Gabriel nunca parece ser indiferente ao que sente por seu pai, que mesmo não sendo recebido da mesma forma, demonstra sua dor e falta na canção. Gabriel não poupou-nos de canções sobre relacionamentos com finais nada felizes, basicamente toda a experiência gira em torno delas, o que acaba tornando ela monótona, em “Taças” Gabriel está cara a cara com um antigo amor, e em meio a um momento estranho de interação, o cantor diz /“Naquela noite era o fim do “Eu te amo para sempre”/. Taças narra o fim de um relacionamento, traçado por um último momento juntos, onde após isso, cada um seguiria caminhos diferentes. Em seguida, “Mi Primer Amor”, uma canção que soa um pouco rasa, onde Gabriel novamente trás a dor da falta de alguém ao seu lado, algo que é presente em quase todas as canções. Gabriel tenta expressar seu arrependimento em “Sorry” canção poderia ser melhor trabalhada, ao lado de Junggaram, Sorry é sobre um relacionamento que esfriou, e que estar juntos já não era prazeroso./“Ficar contigo não era mais um sentimento bom, te olhar me machucava porque eu era a sua dor”/. Em “Só Quero Você”, vemos Gabriel lamentando a falta de alguém, e questionando até onde seus momentos juntos eram de fato profundos como ele pensava, Alice aqui traz-nos outro lado da história, onde apesar da relação, ela já sabia até onde isso tudo iria. Finalizando o álbum temos “SOS” e “Te Odeio”, respectivamente, duas canções que trazem narrativas bem distintas, quebrando um pouco a sequência narrativa da experiência, respectivamente, “SOS” possui um apelo mais religioso de certa forma, Gabriel encontra-se vulnerável e precisa de ajuda, mas a canção não deixa tão claro se o ombro amigo que ele refere-se é uma pessoa que já esteve em sua vida ou apenas uma prece. Enquanto “Te Odeio”, trás um fim ao álbum com uma dedicatória ao quão ruim alguém foi para ele no passado, em seus versos, Gabriel deixa claro que espera não ter mais interação alguma com ela. Seu visual é de certa forma simples, e sua proposta de ser um self-titled pelo menos em sua execução visual, foi bem explorada pela pessoa responsável pela produção visual. De modo geral, “GABRIEL” é um álbum um pouco confuso, sua tracklist tem mudanças bruscas de narrativa em certos momentos, por exemplo em “Forte Não Sou” e “Meus Erros”, duas canções com caminhos extremamente diferentes, que como já foi dito, atrapalha um pouco na absorção completa do trabalho. A repetição em canções sobre relacionamentos amorosos também é um fator a se pontuar, algumas canções soam genéricas e redundantes por possuírem caminhos e desfechos semelhantes, são pontos que poderiam ter sido evitados talvez com um olhar externo ao do próprio artista (olhar esse que poderia ter evitado também alguns erros de poós-produção que o álbum possui) e então melhor trabalhados com uma expansão dos horizontes das canções por exemplo, assim poderíamos conhecer muito mais do que foi mostrado em “GABRIEL”. “Meus Erros” e “365 Dias” são ótimas canções e trazem uma atmosfera diferente ao trabalho, canções íntimas, profundas e fora da curva, que mostram um potencial em Gabriel que talvez não foi mostrado em sua totalidade no seu álbum de estreia, mas que aos poucos ainda conheceremos. COMPOSIÇÃO: 20 COESÃO: 10 CRIATIVIDADE: 18 VISUAL: 10

Pitchfork 70
Em sua estreia fonográfica, Gabriel adota uma abordagem convencional ao explorar suas emoções mais sombrias em 'GABRIEL', resultando em um álbum de estreia satisfatório, onde as letras desempenham eficazmente o papel de revelar o lado mais sensível do cantor. Embora não traga inovações significativas para 'GABRIEL', o cantor evita o maior perigo enfrentado por artistas de álbuns sentimentais: a falta de profundidade. Em vez disso, ele preenche cada faixa com versos carregados de emoção, apresentando uma sinceridade palpável em todo o percurso do álbum. 'Forte Não Sou' abre o álbum de forma notável, com uma abordagem direta e autenticamente sentimental, apesar de alguns versos menos satisfatórios. 'Meus Erros' segue uma composição igualmente direta, transmitindo os sentimentos do cantor de maneira pessoal, embora possa não ressoar tanto com o público. 'Taças' adota uma abordagem mais envolvente e charmosa, oferecendo uma letra casual, porém bem elaborada, em consonância com a proposta do álbum. '365 Dias' se destaca como a faixa mais intensa e expressiva, revelando os sentimentos de Gabriel de maneira crua e destemida, com sua intensidade crescendo na ponte. 'Sorry', por outro lado, apresenta versos menos expressivos e rasos em comparação com o restante do álbum. 'Só Quero Você' traz uma atmosfera mais sensual, proporcionando uma mudança de ritmo após a intensidade emocional anterior. 'Te Odeio' encerra o álbum de forma inesperada, com uma abordagem mais agressiva e uma sonoridade pop/rock, complementando de forma única a jornada emocional do álbum. Enquanto o visual do álbum retrata a infância de Gabriel de maneira limpa, a execução pode parecer simplória, com fontes pouco atrativas visualmente. No entanto, as composições do álbum superam quaisquer limitações visuais, oferecendo uma montanha-russa emocional que ressoa profundamente com o ouvinte.

57
\"Gabriel\" é o primeiro álbum de estúdio do cantor Gabriel. Decidindo usar o seu nome como título do disco, o artista transita por uma narrativa de autoconhecimento, recordações e experiências, algo que traz um certo interesse dos quais optaram por conferir o trabalho. A faixa de abertura \"Forte Não Sou\", tem uma letra interessante. Gabriel acaba deslizando em alguns pontos, mencionando até mesmo uma pessoa a qual seu ex-namorado supostamente se relacionou após dele, mas sem desenvolver mais nada sobre isso. Sentimos que o verso não acrescentou na música, e sim trouxe uma certa confusão. O refrão é bom, mas ainda assim incerto, trazendo diversas coisas e não desenvolvendo-as de uma forma tão harmônica, mas a ponte, por sua vez, surpreende, trazendo uma estrutura boa. \"Meus Erros\", é muito sentimental, e dura de se ler, mas mostra de forma genuína o sentimento do artista. Trechos como \"Eu amo vocês além da conta, mas vocês também me amam como eu os amo?\", mostram sua incerteza, diante os seus erros, e a forma com que ele questiona se os pais realmente o amam, mesmo com tudo o que ele fez. \"Taças\", não teve um bom desenvolvimento. A ideia e a idealização são ambas boas, mas deslizes em sua estrutura acabaram tirando consideravelmente a magia da faixa, como o pré-refrão que só foi usado uma vez, entre outros detalhes que poderiam ser facilmente corrigidos pelo artista. Mesmo assim, a música é, de certa forma interessante, mas não chega nem perto da faixa que a antecedeu. \"Mi Primer Amor\" traz um certo ar de sensualidade e também de tristeza, algo que, de certa forma, combinou. É interessante, mas poderia ter sido ainda mais desenvolvida. O refrão é, de certa forma, decepcionante, pois poderia ser bem melhor, por mais que seja até divertido. A ponte decepciona totalmente, parece até mesmo que é um antigo refrão. \"365 Dias\", mesmo com erros de português, é muito boa e confessional, em um nível emocionante ao leitor, trazendo sua raiva e mágoa sobre coisas que seu pai fez (e não fez) por ele. A estrutura da faixa é muito redonda, e o refrão e ponte são bem feitos. \"Sorry\", infelizmente, é precária e incongruente, pois, além de não ter, em sua maior parte, uma musicalidade, os versos não se conectam tão bem. O uso de três línguas foi um ponto interessante, mas mal executado, mesmo que a ideia inicial da faixa seja interessante. \"Só Quero Você\" é mais uma combinação incrível de sensualidade e tristeza, Gabriel e ALICE trouxeram uma composição muito interessante e, também, o melhor refrão até agora. O único ponto negativo é a falta de uma ponte maior, que deixaria a música perfeita. \"SOS\" foi muito bem feita, com poucos deslizes na organização e na organização de linhas. Ela traz a fé de Gabriel em Deus, como se ele estivesse perdendo-a, mas, pedindo a ele que ajude-o nesse momento difícil e árduo. \"Te Odeio\" traz o gênero rock e mostra que Gabriel amadurece constantemente em relação à forma que ele compõe, mas ainda cai em deslizes de português e peca no final, trazendo uma ponte de apenas duas linhas e um terceiro verso de 3, em vez de juntar os dois e transformar em uma ponte, pois já seria algo melhor. Mas, no entanto, a música ainda é feroz e promissora, algo que nos impressiona e é um ponto muito importante à ser destacado. O visual do disco é bem decepcionante e ultrapassado, e incongruente com a sua lírica, além de ter elementos totalmente sem combinação alguma, algo que o próprio deve concordar. A capa do álbum parece um trabalho mal feito de PicsArt, infelizmente. Num geral, GABRIEL é um debut mediano, e não mostra todo o potencial do artista. Com diversos erros de português, estruturas que trazem estranhamento e uso de termos fora de sentido, Gabriel deveria ter buscado alguma pessoa para ajudá-lo a revisar, pois isso faria o disco ter uma qualidade a qual ele tem potencial de alcançar. Composição: 30 | Visual: 3 | Criatividade: 6 | Coesão: 18 = 57

79
Em seu primeiro álbum de estúdio, Gabriel Balvin aposta no mais seguro ao falar dos seus sentimentos mais obscuros no ‘GABRIEL’, e acaba entregando um bom álbum de estreia com letras que cumprem o seu papel em demonstrar o lado mais sensível do cantor. Balvin não trouxe o diferencial para o ‘GABRIEL’, mas o usual nem sempre é o maior inimigo dos artistas em álbuns sentimentais, e sim a falta de profundidade; o que não é o caso nesse álbum, onde o artista consegue preencher o vazio do seu coração com os seus versos carregados de sentimento em quase todo o percurso do álbum, soando realístico e sincero durante todo o processo. ‘Forte Não Sou’ inicia o álbum de uma forma excelente, com a música sendo direta ao ponto e sentimental de uma forma natural, com apenas o segundo verso não sendo tão gratificante quanto o restante da música, mas nota-se o coração de Balvin na sua ponte e seu primeiro verso. ‘Meus Erros’ é uma música que tem uma composição bastante direta ao seu propósito, o que funciona como uma faca de dois gumes, já que demonstra todo o sentimento do cantor em uma faixa bastante pessoal, mas talvez não para se conectar com um público a fora. Dito isso, a música funciona como um desabafo emocional que o artista precisava fazer, mas alguns versos poderiam ser melhores elaborados, como o primeiro. ‘Taças’ tem uma pegada mais envolvente e mais sentimental puxando para o lado charmoso, e consegue entregar uma letra casual, porém bem feita e que combina bastante com a proposta que o álbum vem entregando. ‘365 Dias’ chega como uma onda forte, sendo talvez a letra mais intensa e expressiva do álbum, onde Balvin solta todo seu sentimento de forma crua e sem medo das reações, ele está ali apenas para se libertar dos seus sentimentos negativos, e isso torna a música boa. Sua composição cresce ao chegar na sua ponte, sendo a melhor música do álbum em termos de intensidade. ‘Sorry’ em contrapartida, é uma música que não funciona tão bem. Os versos não são tão expressivos quanto as outras músicas do álbum, se tornando um tanto ‘vazia’ em relação a profundidade e os versos soam rasos para o que a música pedia. ‘Só Quero Você’ traz uma vibe mais sensual para o álbum depois de tanta emoção carregada, e soa necessária para dar uma quebrada no clima tenso que o álbum carrega nas suas letras. É mais sensual, ainda puxando para o lado emotivo de leve, sem perder a essência. Mas a música soa tão pessoal e falando na primeira pessoa, que a presença de um feat na música é desnecessário se não mostra outro lado da história, seguindo apenas contando a história de Gabriel. ‘Te Odeio’ encerra o álbum de forma diferente do esperado, com uma pegada mais pop/rock, o que não vimos no álbum até então. A letra é mais agressiva, sendo um fator positivo que Balvin tenha conseguido expressar o encerramento de forma tão natural e diferente ao mesmo tempo, sem parecer deslocada. Seu visual tem uma pegada mais clean, mostrando a infância de Balvin, o que é um acerto para um álbum que demonstra seus sentimentos mais profundos desde a infância, mas peca na reprodução; as fontes do álbum não são tão agradáveis visualmente, dando um ar mais simples do que deveria ser. O visual é baseado em textos e polaroids por cima do texto, podendo dar uma diversificada em alguns páginas para dar uma diferenciada e não parecer tudo a mesma coisa. Então, seu visual não é o seu ponto mais forte, mas isso acaba sendo o de menos quando as composições se sobressaem em relação ao visual e acabam se tornando uma facada de emoções quando lidas em conjunto. Composição: 29 / Visual: 14 / Coesão: 20 / Criatividade: 16

71
Após preparar o terreno lançando as canções “395 dias”, “Forte Não Sou” e “Só Quero Você” em parceria com a artista Alice, Gabriel finalmente lança seu auto intitulado e primeiro álbum de estúdio, onde o artista promete trazer composições pessoais e mais “obscuras” que seus primeiros singles. GABRIEL é um álbum competente diante de sua proposta, por ser um projeto de estreia é normal não se esperar algo majestoso ou grandioso, apesar de ter erros comuns e clichês, o álbum está longe de ser algo esquecível ou errôneo como alguns debut que vemos na indústria. O artista ainda precisa melhorar suas habilidades como compositor e aprender a nós prender na narrativa que o mesmo quer apresentar em suas canções, alguns pontos baixos do álbum são “Sorry”, “Mi Premer Amor” que é a música mais genérica do álbum sem dúvidas e “Taças”, uma canção que também tinha muito potencial é “365 Dias” que apesar de ser uma das mais pessoais fica perdida em situações em que a rima que o artista quis trazer acaba atrapalhando a progressão da canção além de ter alguns erros de escrita (que podem ter sido colocado de forma proposital), já os destaques vão para as canções “Forte Não Sou”, “Meus Erros ”-que é a melhor música do projeto inteiro e um grande destaque entre os novatos que chegaram na mesma época que o artista- e “SOS”, essas músicas mostram que o cantor tem bastante habilidade e espaço para crescer como um dos grandes compositores de sua geração. O visual do álbum é o elo mais fraco dele, ser seu primeiro álbum não é desculpa para trazer algo amador igual é visto no encarte, talvez a escolha de textura não tenha sido a melhor, a estética do visual não é algo descartável, mas foi feita de maneira pobre, a fonte e a cor do background não favorecem em nada o encarte, no entanto a escolha de fotos foi perspicaz e mesclou com a ideia proposta ao álbum como um todo. GABRIEL é bom álbum de estreia, ele tem erros comuns em álbuns de artistas iniciantes, mas não deixa de ser a porta que vai abrir ainda mais espaço para o artista crescer e aprender com seus erros. Composição: 28/35 // Criatividade: 07/10 // Coesão: 23/25 // Visual: 13/30