
88
Em um álbum que pode ser considerado no mínimo criativo, CHARLI faz o seu debut na indústria musical com um bom álbum de estúdio. Seu conceito é atribuído a ideia de um videogame onde a artista inicia pelo botão de start, sua história pessoal entre amor, traição, ansiedade e diversas causas pessoais; onde a adição da parte do videogame no conceito deve ser considerada um risco caso fosse mal feito, porém o álbum segue uma boa linha coesiva. O álbum inicia com a faixa “Super Race”, uma boa introdução ao álbum e uma faixa envolvente, onde o conceito da faixa casa perfeitamente com o conceito do álbum. É seguida de ‘Friends’, que é uma música fraca em relação a primeira e em relação a terceira, ‘Lose Control’ é uma faixa bem composta e bem executada. ‘Roller Coast / Hearbreaker’ é a faixa que demonstra um lado diferente apresentado nas outras músicas, ela tem uma melodia inicial mais calma sendo aumentado no pré-chorus, quase uma balada porém com as batidas elevadas no refrão; a letra do mesmo é mais emocionante e mais intensa que as outras músicas. Em ‘Burn Lover’, CHARLI demonstra sua confiança total e isso é seguido na outra faixa, onde ‘Ego’ é a melhor faixa do projeto por demonstrar uma confiança superior e necessária, onde a cantora se impõe na composição e faz acreditar no que está sendo dito. ‘Cruel Xmas’ e ‘Fight’ são faixas medianas, que poderiam ser melhores elaboradas na composição. Seu visual é de fato a parte que CHARLI mais se destaca no trabalho, tendo a abordagem do videogame explorada de forma sábia, sendo algo memorável, criativo e bem produzido. De fato, CHARLI se mostrou ser um grande nome para ficar de olho e os próximos trabalhos, por mais clichês que possam parecer, a artista pode transformar em algo inédito.

93
O primeiro disco da cantora CHARLI é um desafio artístico nítido, \"BURN LOVER\" é um projeto que exala identidade, e consequentemente inovação e criatividade. Ele poderia ser só mais um disco que fala sobre amor e como ele pode ser destrutivo, mas a artista decidiu criar uma narrativa repleta de metáforas no decorrer da trama que a tornaram ainda mais cativante. De maneira geral, as letras do álbum possui letras muito catchy e normalmente elas são muito melódicas no início, mas no final elas acabam decaindo um pouco e não entregam o mesmo resultado esperado de quando foram lidas no começo. Os pontos altos do disco nesse quesito são \"TRY AGAIN?\", parceria com Marie Vaccari, \"F.R.I.E.N.D.\" e \"LOST CONTROL\". Já no aspecto coesivo, o álbum beira a perfeição, a única faixa que parece deslocada no CD é \"CRUEL XMAS\", mas que de certa forma, conversa com as outras por estar no mesmo eixo temático. Quanto ao visual, nem precisa de muitos detalhes, o fato da artista ter trazido toda uma estética de jogos de realidade virtual e ser fiel a ela do começo ao fim, já mostra o quão excelente foi o trabalho nesse quesito. Logo, CHARLI não poderia fazer escolhas melhores no que diz respeito ao seu primeiro álbum de estúdio, pois ele cumpre e até mesmo supera expectativas. Abordagem temática: 100 Coesão: 95 Conteúdo lírico: 84,5 (x2) Conteúdo visual: 100 Média: 93

83
O primeiro álbum de CHARLI vem com uma impressão bastante autêntica e fresca da artista, que se vale de elementos de jogos para criar uma estética muito revigorante. BURN LOVER é requintado e ao mesmo tempo descontraído, colocando CHARLI em um patamar elevado logo em seu trabalho de estreia. A produção visual da peça é simplesmente maravilhosa. O avatar projetado por CHARLI consegue veicular diversas sensações, como ironia, alegria, ira, descontentamento e tristeza. A estética de videogame é extremamente respeitada e não se torna pedante, com elementos que vão desde a apresentação das letras no encarte até o número de \"vidas\" da personagem que é contado ao longo das páginas. Nós só sentimos falta das letras de \'ROLLERCOASTER/HEARTBREAK\' e \'CRUEL XMAS\' em suas respectivas páginas, apesar de as mesmas não deixarem a desejar em outros sentidos. Liricamente, CHARLI também se mostra bastante afiada (apesar de não com o mesmo primor de suas habilidades enquanto produtora visual). A artista não deixa a desejar, faixas como \'LOST CONTROL\', \'TELEPHONE\', \'ROLLER COASTER/HEARTBREAK\', \'CRUEL XMAS\' e \'FIGHT\' evidenciam o seu potencial para compor. Citamos \'SUPER RACE\' como o single de menor qualidade dentro da peça, que começa a se engrandecer a partir da segunda faixa. BURN LOVER é um trabalho muito bem executado, com uma ideia cativante e um conceito fácil de ser digerido - três pilares importantes para a criação de um bom álbum de estreia. Torcemos para que a indústria musical se abra para CHARLI e reconheça o seu talento, visto que ela é uma entre os nomes mais talentosos que surgiram nos últimos tempos. APRESENTAÇÃO DO CONCEITO: 80 APLICAÇÃO DO CONCEITO & COESÃO GERAL: 80 PRODUÇÃO LÍRICA: 82 PRODUÇÃO VISUAL (×0,5): 96 NOTA FINAL= TOTAL/3,5: 83

77
Um album sobre amor que foge do comum e é bem trabalhado, assim pode-se resumir a obra de Charli. Com um conceito bastante peculiar e interessante de se trabalhar, CHARLI parece ver o amor como um jogo, e ao passear pela obra incluímos que talvez ele seja, o trabalho mostra muito sobre fases e sobre como cada vez mais a dificuldade aparece e temos que supera-la para conseguir o continuar vivendo a experiência. Se tornando aos poucos uma das grandes promessas do PC Music, a cantora conseguiu chamar bastante atenção do público ao lançar seu lead single \"Burn Lover\", a faixa é um bom elemento no álbum mas apesar de ser o lead single não tem tanto destaque liricamente, não por ser uma faixa carregada de raiva e um frenesi de situações, mas sim por existirem outras que se destacam mais, como é o caso de \"TELEPHONE\", \"CRUEL XMAS\" e \"EGO\", definindo bem o álbum e deixando a experiência mais agradável de se ouvir, o PCMusic é visto aqui de uma forma que só CHARLI conseguiu fazer, tornando assim o album autêntico e inteligente. Seu visual inspirado no jogo \"The Sims\" é engraçado e perfeitamente condizente com o conceito do trabalho, além de nos distrair um pouco da agressividade do gênero, ele nos diverte ao colocar um ar nostálgico na obra.

87
CHARLI sempre atraiu nossos olhares, mesmo que de uma forma sutil ela tem se mostrado cada vez mais original e única. Tendo a multiplatinada “Burn Lover” como carro chefe, a cantora nos apresenta o álbum de mesmo título como sua entrada inicial na indústria Famous. De uma forma criativa, ela incorpora não apenas a sonoridade característica, mas também nos entrelaça a um conceito que fala sobre amor, dor, raiva e superação de uma forma minimalista e intensamente cativante. É interessante pensar como ela trouxe de uma forma criativa uma temática tão comum em qualquer gênero, essa qualidade pode torna-la um dos grandes nomes no futuro. O lirismo é sempre bem empregado, recheado de conotações implícitas e metáforas inteligentes, assim como referências que condizem com a temática visual escolhida, com ressalva de algumas canções que nos soam um pouco menos trabalhadas, exemplo de “Lost Control”, mas no geral o álbum e virtuoso. A escolha melódica é chamativa, única e condizente com a proposta inicial, em soar cada vez mais futurista, ao mesmo tempo que tem uma pegada mais infantilizada e por fim termina com a seriedade necessária para colocar esse álbum em um outro patamar; é como comer um morango, inicialmente possui um sabor e logo em seguida ele se modifica, mas continua sendo aquilo que inicialmente se mostrou. A melhor canção é a nossa escolha de Best New Track, “Roller Coaster/Heartbreak” é uma canção atrativa, ela passa longe de ser uma música comercial, mas em seu lirismo e melodia elas representam uma relação volátil, assim como representa como a percepção acerca de uma situação pode ser mudada, mesmo envolto em amor e dor; nossa única ressalva é que ela poderia estar realocada na tracklist para a parte final do álbum. Os visuais são esplêndidos, eles reforçam a cada momento a proposta inicial e possuem em todas as páginas referências ao que as letras dizem, além é claro de ser mais um ponto criativo para a obra, o fato de visualmente ser um jogo derruba por terra qualquer ideia secundária que ela tenha tido, a escolha foi perfeita. Como dissemos, CHARLI é uma artista que desde o princípio se mostrou diferente, “Burn Lover” é um grande passo para que as pessoas possam contemplar o quão original ela é, assim como é um passo significativo para que ela perpetue esse senso e nos impressione cada vez mais.

80
CHARLI lança o seu aguardadíssimo primeiro álbum, “BURN LOVER”, trazendo inovação para a indústria fonográfica do FAMOU$ em um trabalho up-beat e dançante, mesmo que permeado de letras cruas e pessoais. Numa verdadeira montanha-russa, conhecemos particularidades de um relacionamento escasso, o que traz sofrimento para o eu-lírico, que precisa superar o falhar de uma tão sonhada relação. É uma temática já conhecida antes, mas a artista adiciona leves traços muito pessoais da própria arte, que são capazes de mudar a nossa perspectiva em relação ao tema. Nossas faixas preferidas são “LOST CONTROL”, que esbanja uma liricidade bela, pesada e sincera, numa produção confusa (no bom sentido) e poderosa. “ROLLER COASTER/HEARTBREAK” e o próprio lead single “BURN LOVER” são fortíssimas em passar os sentimentos mais intensos do eu-lírico. Ainda há caminhos melhores para seguir e executar o lado lírico do trabalho, que soa repetitivo e perdido em algumas faixas. É entendível para uma artista nova, já que são sentimentos turbulentos demais, e pode ser difícil de transmití-los no papel de forma limpa e sucinta. Ademais, o visual é inteligente, ousado e moderno. O encarte te prende, e cada detalhe que se associa à composição nos deixa mais e mais interessados para conhecer a mente da artista. “BURN LOVER” é refrescante e contemporâneo, que apresenta CHARLI para a indústria com destreza e poder. Mal podemos esperar para acompanhar seus próximos passos.

77
Trazendo atualidade ao mundo Famous, mesmo abordando uma temática bastante comum como a de um relacionamento complicado e seus altos e baixos, tudo exposto através de fazes de um videojogo. A cantora e produtora visual Charli, através de seu eu-lírico, resplende em seu álbum de estréia, “BURN LOVER”. Começando pelas tracks que elevam a qualidade do álbum: “F.R.I.E.N.D” aborda o começo de uma paixão onde ambos os lados têm uma relação mas continuam a se denominar “amigos”. “TELEPHONE” é a melhor track do álbum, conta sobre a nova fase desse relacionamento, onde o eu-lírico de Charli, descobre as traições de seu amado, sentindo-se iludida. Menções honrosas vão para “EGO”, onde a temática do karma foi abordada de maneira ótima e a última track do álbum, “FIGHT”. O álbum as vezes se perde um pouco, como no caso de “CRUEL XMAS”, que aborda uma temática natalina, remetendo lembranças de um amor passado ou em faixas medianas, que não dão valor ao álbum como “TRY AGAIN?” ou “LOST CONTROL”. Visualmente falando, o encarte inclui tudo aquilo que vem abordado no álbum. É bonito e eficaz, mas nada de fascinante, simplesmente mantém jus ao conceito do álbum. “BURN LOVER” é uma montanha russa de emoções, onde não se pode parar nas tracks medianas, ou descer onde quiser, porque se não, se perde o verdadeiro valor da obra. Desde que lançou o single faixa título do álbum, a cantora Charli vem tentando conquistar seu espaço e acredito que com esse álbum, conseguirá obtê-lo. Observações e conselhos: muitas das tracks não apresentam a devida divisão em partes, confundindo um pouco qual parte é o refrão etc... Devidas atenções deveram ser tomadas também com os feats, porque é difícil reconhecer quem está cantando qual parte na composição.