
82
Em sua estreia solo, consequente de um bem trabalhado passado junto com The Dreamers, Gert de mostra promissora quando se propõe a entrar em um mercado que poderia estar fechado para ela. A cantora mostrou sua versatilidade ao trabalhar um tema comum mas se saindo melhor que a maioria dos artistas, a sinceridade de Gert consegue nos prender até quando o disco é simples e \"normal\" demais, talvez só ela consiga fazer isso em muito tempo; o disco apresenta faixas realmente boas e bem produzidas como é o caso de \"Little Woman\" ao retratar uma mulher independente e forte que pode surpreender as pessoas que a conhecerem; em \"Halcyon\" vemos a parte mais triste do disco, talvez até mais que \"Wild Rose\" que teoricamente seria a dona desse título, a história segue coesa do início ao fim, com seu ápice na segunda metade do disco e assim Gert mostra que seu potencial artístico só se expande cada vez mais, e isso não causa surpresa, a artista vem nos mostrando isso desde sua época na antiga banda. Falando da parte visual aos nossos olhos, não soa tão agradável e interessante quanto suas músicas apesar de ser uma bela obra que reflete o meio-oeste norte americano tradicional, talvez uma quantidade menor de informações e uma maior leveza trabalhada na paleta de cores seria o ideal.

83
Em sua estreia solo na indústria, Gert se mostra criativa e com ótimo visual para chamar atenção do público e da crítica. Conceitualmente tendo dois pilares, o álbum se mostra coeso em seu geral em relação ao livro, Adoráveis Mulheres, e também a história contada sobre a fase adolescência/vida adulta da artista. Todo o conteúdo lírico do álbum é baseado em sua primeira canção, Empty Chair, que conta a perda de um ente querido. A partir daí vemos mais de como Danvers lidou com essa perda em sua vida. Por grande parte do registro ela se mostra vulnerável e expõe sentimentos intensos e que se fazem verdadeiros. Ainda que a maioria das faixas não consigam ficar no mesmo nível de qualidade lírica que Empty Chair, elas se encaixam na história e no conceito, o que demonstra uma boa habilidade da artista em manter coesão no projeto como um todo. Dentre os destaques, além de Empty Chair, podemos citar Little Women, Bleeding Heart, parceria com Pietro, e Eyes Wide Open, são ótimas canções que acabam por se elevarem naturalmente por seu conteúdo lírico bem escrito e bem estruturado. Um ponto negativo notável em praticamente todas as faixas é a falta de rimas, é subentendido que isso foi uma escolha criativa da artista no processo de criação do disco, já que a ausência de rimas é perceptível em quase todas as canções. Apesar que de desenvolverem bem os temas tratados em cada uma delas, fica aquela sensação de que há algo faltando, o que mostra aqui ser o grande ponto fraco do projeto. Ainda sobre o conteúdo lírico, embora consiga manter a coesão a maior parte do tempo, na canção Punching Ghosts, Gert escorrega e mostra um lado raivoso que destoa totalmente das outras faixas do LP que se mostravam sensíveis e tocantes. Se fez desnecessário e não acrescentou muito na história em si, poderia ter abordado o tema de uma forma mais delicada e suave como visto nas outras canções do disco. Visualmente o álbum encontra seu ponto forte, com uma estética que parece clássica, mas ainda assim atual e muito elegante com ótimo uso da paleta de cores por todo o encarte e capa. As imagens utilizadas passam um tipo de serenidade e paz, que se conecta muito bem com as partes mais sentimentais do disco. No geral, Gert Danvers acerta em se apresentar como uma artista criativa e disposta a explorar novos caminhos para criação de seus trabalhos e se destacar na indústria com isso.

93
A inserção de Gert Danvers como artista solo na indústria foi algo surpreendentemente positivo. \"Stories From Nortwestern Roads\" é um álbum que une momentos difíceis da vida das pessoas com uma narrativa consistente, madura e real, mesmo que se apoie em obras da literatura para sustentar parte da trama do disco. No aspecto lírico, sendo bem generalista, as músicas apresentam um conteúdo muito bom e conseguem manter o interesse do leitor apesar de em alguns momentos não terem alcançado o ápice melódico que conseguiriam. Os pontos altos quando se trata de letras no disco são \"Eyes Wide Open\", \"Little Women\" e \"Punching Ghosts\". Já no aspecto coesivo, o disco não possui uma falha nítida, pois embora tenha regressismos, continua seguindo com sua narrativa de forma consistente até um fim que não é tão feliz assim. O disco possui uma elaboração visual boa, com fotos muito bem escolhidas e um plano de fundo agradável de se ver. No entanto, esses planos de fundo em conjunto com o das imagens traz uma sensação repetitiva, talvez se a artista tivesse apostado em um fundo neutro ou até mesmo os mesmos fundos com um pouco de desfoque, as fotos e tipografias se destacariam mais e trariam um resultado ainda melhor. Logo, Gert Danvers entregou um álbum de estreia muito acima de um nível considerado esperado para seu caminho ao estrelato. Abordagem temática: 100 Coesão:100 Conteúdo lírico: 88 (x2) Conteúdo visual: 90 Média: 93

82
O primeiro álbum solo de Gert Danvers provoca encanto pela sua pessoalidade e simplicidade. Com muitas referências e elementos da cultura country, Stories From Northwestern Roads aproxima a artista de seu público através de um cenário convidativo e envolvente. A produção visual deste trabalho é bem executada: as páginas do encarte são bastante coesas, com uma escolha fotográfica que orna entre si bem como dialoga com a estética e temática do disco. Infelizmente, o pior elemento deste conjunto é a capa, pois o modo como o título está disposto na mesma e sua moldura empobreceram a sua estética. Já na produção lírica, Gert abre o álbum de forma bastante emotiva com \'Empty Chair\', que é sucedida por seu complemento \'Petrichor & Stories\', faixa que acrescenta ainda mais drama e nos transporta pros cenários e sensações descritos nas canções. \'The Perks Of Being A Wallflower\' descreve de modo puro a despedida de uma adolescência pouco aproveitada, ao passo que \'Rollercoaster\' é um relato vívido de uma paixão intensa - \'Wild Rose\' também se evidencia como uma das melhores faixas da tracklist. Entre \'Little Women\' e \'Bleeding Heart\', percebemos uma certa inconsistência, visto que uma possui um sentido de superação do luto e empoderamento, enquanto na outra o eu-lírico ainda se mostra fragilizado pela experiência passada. Essa inconsistência se repete em outros pontos do álbum, nos quais Danvers aponta uma cura que parece nunca ter acontecido. Mesmo com alguns deslizes, nesta peça, Gert Danvers mostrou um primor ímpar em suas composições, além de um faro aguçado para a produção visual. A artista, que aos poucos vem conquistando seu espaço na indústria, tem grande potencial para se tornar um nome importante para o country, trazendo mais destaque para o gênero no mercado atual. APRESENTAÇÃO DO CONCEITO: 80 APLICAÇÃO DO CONCEITO & COESÃO GERAL: 79 PRODUÇÃO LÍRICA: 90 PRODUÇÃO VISUAL (×0,5): 80 NOTA FINAL= TOTAL/3,5: 82 *Pontos negativos: consideramos que a ordem \'Bleeding Heart\' > \'Punching Ghosts\' > \'Little Women\' traria mais coerência a estas faixas na tracklist.

82
O primeiro álbum solo de Gert Danvers provoca encanto pela sua pessoalidade e simplicidade. Com muitas referências e elementos da cultura country, Stories From Northwestern Roads aproxima a artista de seu público através de um cenário convidativo e envolvente. A produção visual deste trabalho é bem executada: as páginas do encarte são bastante coesas, com uma escolha fotográfica que orna entre si bem como dialoga com a estética e temática do disco. Infelizmente, o pior elemento deste conjunto é a capa, pois o modo como o título está disposto na mesma e sua moldura empobreceram a sua estética. Já na produção lírica, Gert abre o álbum de forma bastante emotiva com \'Empty Chair\', que é sucedida por seu complemento \'Petrichor & Stories\', faixa que acrescenta ainda mais drama e nos transporta pros cenários e sensações descritos nas canções. \'The Perks Of Being A Wallflower\' descreve de modo puro a despedida de uma adolescência pouco aproveitada, ao passo que \'Rollercoaster\' é um relato vívido de uma paixão intensa - \'Wild Rose\' também se evidencia como uma das melhores faixas da tracklist. Entre \'Little Women\' e \'Bleeding Heart\', percebemos uma certa inconsistência, visto que uma possui um sentido de superação do luto e empoderamento, enquanto na outra o eu-lírico ainda se mostra fragilizado pela experiência passada. Essa inconsistência se repete em outros pontos do álbum, nos quais Danvers aponta uma cura que parece nunca ter acontecido. Mesmo com alguns deslizes, nesta peça, Gert Danvers mostrou um primor ímpar em suas composições, além de um faro aguçado para a produção visual. A artista, que aos poucos vem conquistando seu espaço na indústria, tem grande potencial para se tornar um nome importante para o country, trazendo mais destaque para o gênero no mercado atual. APRESENTAÇÃO DO CONCEITO: 80 APLICAÇÃO DO CONCEITO & COESÃO GERAL: 79 PRODUÇÃO LÍRICA: 90 PRODUÇÃO VISUAL (×0,5): 80 NOTA FINAL= TOTAL/3,5: 82 *Pontos negativos: consideramos que a ordem \'Bleeding Heart\' > \'Punching Ghosts\' > \'Little Women\' traria mais coerência a estas faixas na tracklist.

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“Stories From Northwestern Roads” é o primeiro álbum de estúdio da cantora Gert Danvers, seguindo carreira solo após o hiatos/fim da banda The Dreamers. O álbum possui um conceito que ao mesmo tempo que se demonstra complexo ele é simples e claro, como algo agridoce; ele possui nuances que mesmo abordando temas como amor, juventude, tristeza, autoconhecimento ainda trata disso com uma maturidade intrigante, no bom sentido. O álbum é baseado em uma obra literária, inicialmente ele segue uma premissa mais melancólica até boa parte do álbum, logo em seguida por um curto momento ele sai dessa atmosfera e após isso ele retoma ao que era anteriormente, é uma cronologia não muito usual, mas foi interessante ver como isso foi executado na obra. O lirismo é bem elaborado, ele segue uma linha mais clara e objetiva em repassar o que se propõe não utiliza de muitos artifícios linguísticos, mas é construído de uma forma singular com o que se tem. A sonoridade é coesa e linear, tem como base o Country mais contemporâneo e alguns elementos Rock, desde o inicio podemos perceber um pressuposto básico e simples que se entrelaça com o lirismo, porém há uma quebra melódica entre as faixas “Bleeding Heart” e “Eyes Wide Open”, elas são sutis,, podem estar um pouco relacionadas com a linearidade lírica, mas compreendendo a temática retratada seria mais viável ter optado por outras melodias, acreditamos que seja o fato de que mesmo seguindo uma cronologia literária os assuntos abordados na maioria dessas faixas sejam um tanto desconexos com o que foi visto anteriormente e com o que será apresentado logo após; é uma reação em cadeia da ideia não muito usual do Eu lírico ser “fraco”, logo após forte e logo em seguida “fraco”, liricamente não houve problema quanto a isso, mas melodicamente sentimos um pouco essa mudança. A melhor faixa do projeto é “The Wolf”, como o ato de encerramento do projeto ela foi totalmente virtuosa em expressar a solidão e a dor do eu lírico em reconhecer sua trajetória. Os visuais são um tanto confusos, gostamos da escolha de shoots e das cores, assim como o plano de fundo escolhido, porém algo que nos incomoda é o fato de sempre o plano de fundo entrar em conflito com as letras no encarte, na primeira página isso é bem evidente; além do título de algumas canções no encarte estarem mal posicionados, evidente nas páginas 5 e 12. Mas de modo geral o encarte remete ao conceito visual e atmosférico que as letras se propõem a expressar. Diante disso, é notável que estamos diante de uma ótima liricista, ela possui modos únicos de expressar seus sentimentos, gostaríamos de um foco maior nos pontos fracos aqui apresentados para que ela possa finalmente ser grandiosa, em “Stories From Northwestern Roads” ela demonstrou isso de uma forma mais reduzida.

88
STORIES FROM NORTHWESTERN ROADS é o álbum de estreia da cantora australiana Gert. O disco country/pop possui 13 faixas perspicazes e reflexivas. O ouvinte com certeza terá material suficiente para refletir sobre diferentes fases de sua vida, enquanto torce para que tudo fique bem para Gert. A cantora compôs o disco totalmente sozinha, o que é difícil de se observar nos dias atuais. A maioria dos artistas novatos já ingressam com um “batalhão” de compositores e produtores. Gert seguiu a contramão e entregou um disco pessoal e extremamente coeso. Com uma sonoridade formidável que desenvolve faixa pós faixa de uma maneira impressionante, enquanto apresenta sua própria narrativa acompanhada de instrumentais que não deixam nada a desejar. As faixas de destaque do disco mantêm os detalhes narrativos e a construção inteligente com paralelos de clássicos como “MULHERES ADORÁVEIS”, onde selecionamos uma frase da história que de certa forma pode representar muito bem o conteúdo lírico aqui presente: //”Só porque meus sonhos são diferentes dos seus, isso não significa que não sejam importantes”.\\\\ - Em paralelo ao que a cantora quis mostrar, Gert pode seguir seu próprio caminho e ainda sim ser bem sucedida, mesmo que existam percalços no caminho, como a indústria tentando rebaixar as mulheres e relacionamentos abusivos. As faixas “THE PERKERS OF BEING A WALLFLOWER” / “LITTLE WOMEN” / “PUNCHING GHOSTS” / e “WILD ROSE” são sem dúvidas as melhores faixas do disco. Com muita reflexão, naturalidade, fragilidade ainda sim com um toque de empoderamento. Ouvir Gert cantar faz você se lembrar dessas coisas, você pode se tornar poético um dia sobre a eficácia do amor para mudar vidas permanentemente para melhor, e no próximo momento sobre como o amor pode ser doloroso, tóxico e triste. A nativa Australiana oferece outra variedade agradável do country, com uma pitada de música pop enquanto mantém seu polimento natural no meio de sua jornada principal. Na qual ostenta sua extrema habilidade de compor músicas pessoais e extremamente profundas. O “STORIES FROM NORTHWESTERN ROADS”, solidifica Gert como uma estrela pop por si mesma. Ainda que não tenha a vantagem de Zíara ou o apelo sexual de Naomi, a cantora sabe exatamente onde quer chegar com muita determinação e talento. Constatamos isso com mais um paralelo, dessa vez com a frase da escritora Louisa May Alcott “Ao longe, lá no brilho do sol, estão minhas mais sublimes aspirações. Posso não as alcançar, mas consigo olhar para o alto e ver suas belezas, acreditar nelas, e tentar seguir por onde elas me guiam”. A estética visual do disco é extremamente bela, com paletas de cores intimistas e shoots incríveis. A parte lírica foi bem colocada juntamente ao encarte, complementando as fotos e dando singularidades únicas. A única falha, é que em algumas páginas do encarte a letra das canções é de difícil leitura. Mas nada que agrave o visual como um todo. A arte do disco está entre os nossos 5 favoritos do ano, assim como o disco como um todo. A essa altura não temos conselhos algum a cantora, que de maneira surpreendente se mostrou um dos nomes mais promissores da indústria. Aguardamos ansiosamente os próximos passos da cantora, enquanto ouvimos “FIND ME”, tomando uma xícara de chá.