Retornando após um tempo sem um novo álbum de estúdio, Tessa Reimels lança o self-titled “tessa”. Entre 14 faixas, a cantora opta por seguir a linha de não se prender a um conceito completo e, sim a mostra várias faixas com diversos temas. Iniciamos o álbum com uma parceria surpreendente com Gert Danvers & Jade X, dois grandes nomes que trouxeram um ar mais empoderado para “Like A Girl”, música onde elas cantam sobre as mulheres fazerem/escolherem o que querem fazer e não, obedecendo a ninguém mais. Seguimos citando “Girl Crush” e “Chaos Magic” as canções mais clichês do projeto, mas mesmo sendo clichês não são ruins, os versos sinceros de Tessa Reimels fizeram as canções funcionarem bem. Nesse projeto, não há uma canção boa, mas sim várias. Citamos em destaque “Vicious Cycle” (uma canção mais agressiva e diferente das demais), “What You Want” (uma parceria onde a união dos artistas se deu muito bem, um dueto excelente) e “Song I Can’t Sing Sober” (a canção mais vulnerável do projeto). Percebemos também diante do projeto a ordem lírica das canções que, embora o álbum não siga um conceito, a organização das tracks seria bem adaptável, como por exemplo, “Youth Tribe” que poderia estar próxima ao final com “Heart On The Dancefloor”, pois ambas são canções onde a artista expressa felicidade e alegria. Mas voltando ao consenso do conceito, vemos a real necessidade de se firmar um nesse trabalho, pois sem um, todo o projeto se assimila a algo solto e sem representatividade. O uso de canções exteriores no projeto foi algo ousado, as canções “Demon On The Left” & “Seven Lives” são incríveis e muito bem escritas, inclusive o refrão da primeira que foi adicionado por Tessa Reimels. Porém, não vimos uma real necessidade de adicionar essas duas faixas ao projeto. Seguindo ao lado visual, vimos algo 100% autoral, uma jogada ousada. Como iniciante nas produções, a cantora entregou um projeto bem simples e sem nada chamativo. Os elementos em neon, são coisa descartáveis. E talvez o uso de tipografias diferentes e combinações de cores mais semelhantes a capa/contra-capa fizessem o encarte soar parte do projeto, o rosa o fez parecer algo diferente do que realmente deveria ter sido apresentado. Embora tenhamos um encarte muito simples, “tessa” é um dos álbuns mais bem escritos do ano, com composições verdadeiras, vulneráveis e alegres e assim, notamos o motivo em que Tessa Reimels se tornou um nome tão grande no FAMOUS, assim como grande compositora que demonstra ser.