O último álbum do mestre do K-pop é um projeto dinâmico e revelador. Ainda que exista uma nítida falta de progressão, Lucx entrega as suas melhores composições. Em um trabalho que da uma ênfase no rap, o cantor experimenta em Psycho – the second álbum, um novo estilo ao desenvolver músicas que seguem diferentes nuances e sonoridade. O disco que foi lançado a um pouco mais de um mês, possui 10 faixas e conta com a produção de Moe & Zoe IO. Além de composições de Rawak, Thithi & ZOE IO. Como um todo, Lucx mostra o quão determinado está em transformar este álbum em uma experiência única para seus fãs, uma vez que as composições estão nuas e cruas como nunca visto em outro trabalho do cantor. O álbum aborda temas como escuridão, amor, ódio e luz. Onde esses temas recorrentes mostram a dualidade que cercam a vida do cantor, transformando a sua psiquê. Psycho não é um disco ambicioso & tampouco apresenta um conceito mirabolante que te fará encher os olhos, ou bocejar de tédio. E é exatamente por isso que o disco é tão especial, Lucx foge da previsibilidade, ainda que tenha entregue um álbum relativamente simples. Simples em sua temática e complexo em sua narrativa, essa é a melhor definição para o álbum. Há aqui momentos equilibrados e com uma coesão agradável. A primeira parte de PSYCHO, entrega uma sonoridade linear e com composições que se complementam. Essa progressão que permanece até a faixa 4, é mais perfeita do trabalho. Sem nuances ou quedas bruscas, o disco se apresenta de maneira madura. A faixa de abertura “Into The Chaos”, foi a melhor escolha para apresentar o disco. A música que apresenta uma composição pessoal, demonstra a vulnerabilidade do cantor, ao mesmo tempo que o instrumental pesado mostre a sua força. O álbum todo segue essa sensação agridoce, onde vemos o cantor perdido e sofrendo, ao mesmo tempo que constantemente se ergue de todas as suas quedas. Conforme o álbum avança, é perceptível a mudança de sonoridade e instrumentais que parecem não funcionar no projeto, no entanto, as suas composições demonstram exatamente o porquê de a música estrar presente aqui. Como é o caso de “Felling’ Xtra”, uma das melhores músicas do álbum, e ao mesmo tempo uma das mais diferentes. Lucx ao lado de Zoe e Thithi, entregam tudo aquilo que está sentindo, mas de um outro ponto de vista e singularidade. Os outros destaques ficam por conta de TNT (Try Not To) feat. Rawak & #Party2U, a segunda em nossa opinião deveria se tornar um single. O visual de Psycho segue uma linha bem coesa, com páginas bem detalhadas e nítidas. O photoshoot escolhido demonstra uma vulnerabilidade e sensualidade do cantor, assim como as composições aqui presentes. De certa maneira amarrando o conceito estético ao sonoro, criando uma harmonia bem desenvolvida. ZOE e Moe mais uma vez demonstram suas habilidades como produtoras. Em Psycho, apesar de Lucx não criar um conceito definido, e ter pecado na progressão do disco. É inegável o seu talento como compositor, não há aqui nenhuma faixa ruim ou descartável, o cantor conseguiu abordar temas complexos de forma muito madura e consciente. Esperamos que no próximo disco de Lucx, o cantor escolha uma direção e nos mostre novamente o seu dom como compositor. NOTAS: (COMPOSIÇÃO - 27) – (VISUAL 26) – (COESÃO 10) – CRIATIVIDADE (15)