# | Título | Tipo | Streams | |
---|---|---|---|---|
1 | Marie Vaccari | single | 748,993,949 | |
2 | Marie Vaccari | single | 960,318,408 | |
3 | Marie Vaccari | track | 30,451,391 | |
4 | Marie Vaccari | track | 30,053,342 | |
5 | Marie Vaccari | single | 914,391,593 | |
6 | Marie Vaccari | track | 29,977,935 | |
7 | Marie Vaccari | track | 30,838,764 | |
8 | Marie Vaccari | track | 30,472,924 | |
9 | Marie Vaccari feat. Teyana T | single | 1,075,108,256 | |
10 | Marie Vaccari | track | 29,934,932 | |
11 | Marie Vaccari | single | 1,056,853,061 | |
12 | Marie Vaccari | track | 30,505,193 | |
13 | Marie Vaccari | single | 1,017,687,067 |

89
Com a era em que conquistou seu primeiro single no topo das paradas, Marie Vaccari trouxe um trabalho com uma mensagem social importante, que parece irreal de se pensar que caberia em um álbum. Em uma primeira vista, o álbum parece ser uma obra bem simples, sem muitos detalhes e apenas bem explicado ao ouvinte, mas ao ler as descrições de cada faixa do álbum, isso muda de figura. A história contada nas composições por Marie em colaboração com grandes compositores da indústria é incrível e mostra que a cantora ainda mantém seu talento para trazer trabalhos criativos usando referências e vivências já existentes, algo mostrado em seu primeiro álbum, e bem mais aprimorado em \"Lady In The Night\". Como destaques no projeto temos \"Don\'t Judge Me\", \"The Search Begins\" e o single número um \"L.I.T.N.\", que têm um conteúdo lírico impecável e dão sentido ao conceito. Além disso, \"The Storm\" certamente é uma das melhores do álbum, entregando uma música crua e direta, que não deixa a desejar no seu lírico e se diferencia de todas, até mesmo dos destaques. As faixas \"Money!\" e \"Different Perfume\" não são tão boas quanto as outras, por não funcionarem tão bem no meio do álbum, seja pela mudança que ambas causam na história do álbum, como na segunda citada, a única música sobre a sedutora se apaixonar, que logo é sobreposta por um single onde a proposta é totalmente diferente da anterior, mesmo combinando com as demais, ou pelas letras serem muito repetitivas e algumas vezes genéricas. Em seu visual, temos uma abordagem tecnológica sensacional, que contém originalidade e complementa muito bem a história contada. Apesar da capa ser o menos atrativo do trabalho, ela consegue ser compensada pelo resto do visual até mesmo na maneira que foi feita toda a apresentação do álbum. No geral, Marie conseguiu trazer uma mensagem forte e importante para a sociedade, em uma abordagem dance moderna, tornando o álbum um dos mais criativos do seu gênero, do ano e da história. Composição: 24 | Visual: 20 | Coesão: 20 | Criatividade: 20

79
Após o sucesso de seu álbum antecessor, Marie Vaccari retorna aos holofotes com “Lady In The Night”, um álbum ousado e diferente da sonoridade Pop Alternativa que ela pavimentou sua carreira. Com uma temática mais densa, sensual e noturna, Marie nos insere em uma ambientação mais dramática e sombria, ainda conseguindo nos guiar por uma narrativa frenética, sugerindo um alter ego inicialmente confuso e imaturo, que ao longo do álbum ele eclode na personificação de confiança e empoderamento individual, ela aborda temas como sexo, relações de poder, luxuria e sobre os julgamentos que a sociedade atribui a esses conceitos. Ainda que seja apresentada de forma pouco interessante e vaga, a narrativa é o que traz o sentido de canções mais viscerais sobre o sexo e sobre o empoderamento feminino , mas o que nos chama maior atenção é sobre como o protagonista se sustenta com base nas relações de poder que ele exerce, seja através da sedução ou do dinheiro; talvez um exemplo mais claro seja como o de uma fera, que não suporta ser contida por jaulas (Familiares, amores e julgamentos), mas sim ser livre (Através das pistas de dança, sexo e recursos que o dinheiro pode prover). Tais conceitos são extremamente interessantes, mas foram pouco aproveitados pela cantora, talvez por serem realocados como plano de fundo para dar espaço a outras simbologias, sendo que o que traz a essência da obra é justamente o Poder e a forma como o eu-lírico o conduz, se essa abordagem tivesse sido melhor apresentada na obra teríamos uma visão muito mais clara e virtuosa do conceito em si, do modo que está até a temática de empoderamento se torna mais comum e um pouco mais básica do que precisaria ser, ela poderia ser apresentada como reflexo das ambições de Annabelle, mas falham ao inferir que eles são os pontos principais determinantes de sua jornada. O lirismo é interessante, apoiado pela produção melódica ele desempenha uma estrutura mais repetitiva, porém que oscila entre repetições mais vagas em “The Search Begins” e em outros momentos versos muito mais metafóricos, como em “Red Lights”, Marie Vaccari opta por nos lançar dentro do universo mais frenético e incansável e o fez de modo espetacular, tendo as melhores músicas do álbum “Ectasy Before The Storm” e “The Storm” como fechamento da tracklist. Algumas canções pouco acrescentam como a supracitada “The Search Begins” e também “L.I.T.N”, que apesar de ser a faixa título não possui recursos que centralizem a obra, que em tese é a função de uma faixa título. Outra música que nos chamou a atenção foi “Dont Judge Me”, que interliga situações de julgamento social com a narrativa do álbum, acreditamos que nessa canção ela conseguiu executar esse elo de uma forma muito interessante. A produção melódica é bem imersiva, mesmo mantendo sua voltagem em 220v o tempo inteiro, somos teletransportados para um mundo diferente e futurista, acreditamos que o objetivo de nos inserir dentro do contexto e ainda de se manter linear em todo o percurso foi bem executado. Os visuais são muito bem elaborados, possuem métrica e tipografias muito bem alocadas e bem posicionadas, os shoots escolhidos condizem com o que está escrito nas letras e ele foi primoroso em permanecer com a mesma estética lírica e melódica, o único ponto que gostaríamos de citar está na página de “Red Lights”, ela é diferente das demais em coloração, talvez o mesmo tom usado nas demais pudesse ser incorporado nessa, um exemplo de como ele poderia ter sido realizado está na página de “Primadonna” que traz os tons em vermelho e mesmo assim possui os mesmos elementos em lilás das demais páginas. De modo geral, Marie Vaccari é incisiva ao nos conduzir em um ambiente perigoso, enigmática, noturno e eletrizante; apesar de algumas falhas durante a execução do conceito e da condução lírica em algumas faixas, ela nos entrega uma obra única em sua discografia que com certeza será determinante em sua carreira. Composição: 27 Criatividade: 17 Coesão: 13 Visual: 23

84
Marie Vaccari retorna a indústria musical com \"Lady in The Night\", seu segundo álbum de estúdio. O LP surge por uma temática montada pela intérprete, sendo narrada pelo \'alter-ego\' de Annabelle, que conta sua história, ligada por um cenário de prostituição em um mundo distópico. A mensagem que é transmitida no álbum reflete significativamente no cenário atual de nossa sociedade, tendo em vista a desvalorização das mulheres em chances de crescer financeiramente sem precisar recorrer a prostituição e outros aspectos. Analisando seu início, com a faixa \"Annabelle\", abre a trama como uma espécie de introdução da elter-ego para o seu novo mundo. Em seguida, é descrito faixas que percorrem pela iniciação da personagem, até chegarmos em \"Drowning in the Sheets\", possuindo uma lírica muito complexa sobre os sentimentos de Annabelle em seu atual estado, uma das melhores faixas do álbum. Além de \"The Search Begins\", \"The Storm\" e o grande hit \"L.I.T.N\" com uma forte mensagem feminista por trás de seu lírico. As músicas que menos chamaram nossa atenção foram \"Don\'t Judge Me\" e \"Target\", possuindo uma rasa interpretação ligada com as demais faixas do álbum. A respeito do aspecto visual de Lady in the Night, devemos parabenizar Marie Vaccari pela excelente arte produzida neste LP, com gráficos que remetem 100% ao tema proposto ao álbum, a cantora alcançou uma ótima evolução visual com este álbum. Todavia, Lady in the Night possui uma forte mensagem por trás de suas letras. Mesmo que reforce muito o cenário de prostituição em que \"Annabelle\" se encontrava, a trama envolvida sempre ligava seus pontos para a força e coragem da personagem, salientando cada vez a realidade por trás de toda a luxúria e desejo da mesma. Visual: 23 | Composição: 30 | Coesão: 15 | Criatividade: 16 | Nota final: 84
81
Após uma extensa introdução da era que estava por vir e divulgação de seu sucesso número um, Marie Vaccari finalmente retorna com seu novo álbum intitulado “Lady in the Night”. Dessa vez apoiada em uma transição para um gênero dance mais experimental, a cantora abraça a voz do feminismo liberal para contar a história do seu alter-ego denominado “Annabelle”. A história da personagem aborda o seu cotidiano ambientado em uma espécie de “futuro próximo” onde ela tem de recorrer a prostituição para o acúmulo e construção material de sua vida, abordando desde o sofrimento até o glamour na busca pela independência. A primeira faixa intitulada “Annabelle” introduz uma espécie de monólogo fazendo referências a tragédia como um “ponto de conforto”, tensionando atemporalmente a perspectiva de passado e futuro da personagem. Em “Target” ela dá continuidade a trama ao relatar o abandono e preconceito familiar perante a aspiração de seus desejos, é uma boa composição e gostamos de como a artista introduz a abordagem visual nela. Em seguida temos “In The Show”, essa é sem dúvida um dos destaques do álbum, é ácida e provocante, relatando de forma até irônica os padrões sociais de submissão feminina. “Drowning In The Sheets” nos soa como a canção mais realista do álbum, é intensa e evoca todo o drama para falar de seu sofrimento físico e mental advindo de toda a exploração que o eu lírico é submetido em sua suposta “escolha”. Após isso, entramos em um movimento mais monótono do álbum entre as faixas “Red Lights”, “The Search Begins”, “Money!” e “Primadonna”, em suma, ao nosso ver todas elas exprimem mais significado a história do que nas entrelinhas dos seus versos, poderíamos resumir este período na ascensão da personagem no mundo da prostituição, ao qual é elevada a um patamar de glamour e glória, esse esforço já não parece se mais tão caro, destacamos dessas “The Search Begins” como a mais chamativa. Com “Different Perfume” Marie retorna com o estrelismo ao álbum, a quebra é algo que agrega muito aqui talvez podendo até ser mais explorado em mais de uma faixa. “The Ecstasy Before the Storm” e “The Storm” marcam o fim do trabalho com mensagens de empoderamento, onde Annabelle já se encontra no topo, a última expondo sua trajetória e a que custo? Liricamente acreditamos que Marie Vaccari dá continuidade a sua aprovação e talentos de abordagem e escrita, as faixas que menos nos chamaram a atenção foram , não achamos que o trabalho apresenta grandes quebras conceituais. Visualmente, a escolha de algumas imagens em páginas parece ter sido mais bem empregadas do que outras, em algumas imagens os detalhes se perdem pelo excesso de informação, mas a artista é cuidadosa em buscar elementos que apresentam a trajetória lírica no encarte e também merece os créditos por isso. Concluímos que Marie apresenta um bom álbum nos trazendo uma perspectiva crescente ao gênero dance no último ano, como a própria evoca em sua apresentação do conceito, trazer sentido a problemas reais e mesmo assim que isso seja dançante. Composição: 26 Criatividade: 14 Coesão: 21 Visual: 20

88
O impressionante segundo álbum de Marie Vaccari, aborda sexo, feminismo, desigualdade e empoderamento. LADY IN THE NIGHT, possui 12 poderosas faixas e navega pelos gêneros Pop/Eletronic/EDM. O disco possui instrumentais pesados e bem marcantes, trazendo influências do synthpop em batidas futurísticas que agregam na coesão do disco. Marie quer ser conhecida por levantar a voz feminina, defendendo os direitos das mulheres e expondo as desigualdades. A experiência feminina é o grande trunfo de “Lady In The Night”, contemplando o disco do começo ao fim. Seja através de um sentimento de empoderamento ou observações das injustiças que as mulheres são submetidas. “Você não é só mais uma mulher na noite, você conseguiu domá-la– Afirma Marie, na faixa The Ecstasy Before The Storm, em uma das canções mais profundas do disco. O álbum gira entorno do alter ego “Annabelle”, persona a qual através de uma jornada de conhecimento próprio, encara os desafios de uma sociedade misógina e desigual, em um futuro não tão diferente da nossa realidade. O disco retrata toda a fragilidade feminina, e demonstra a vulnerabilidade de Annabelle nas 5 primeiras faixas do álbum. O primeiro bloco mostra o quão julgadas e subestimadas as mulheres são em nossa sociedade, em faixas como “Target”, “In The Show” & “Don’t Judge Me”. Marie revela com total sensibilidade, como as mulheres precisam se moldar as normas impostas pela sociedade, e como precisam atuar e esconder suas verdadeiras personalidades para não serem julgadas. O primeiro ato do disco segue uma coesão perfeita, com músicas que se complementam em um lirismo rico, o qual revela as habilidades de composição de Marie Vacarri, Leonardo Davi, Teyana T & Huan. A partir da faixa 6, “Red Lights” o disco se transforma, Annabelle se livra das amarras, e decide que usará o seu corpo da forma que bem entender, e começa uma busca pelas luxúrias e prazeres carnais. As faixas seguintes “The Search Begins” & “Money” em parceria com a rapper Teyana T, demonstram isso com clareza. Esbanjando sensualidade e letras com duplos significados. A track “Money” é uma das melhores de todo o disco, e com certeza deve ser trabalhada como um futuro single. Outros destaques de Lady In The Night ficam por conta de “Different Perfume” e a já mencionada “The Ecstasy Before The Storm”. Esses conjuntos de faixas, trazem consigo o que há de melhor no álbum e fogem da linearidade que o disco possui em sua progressão. Lady In The Night se demonstra um álbum muito maduro, mas linear, com poucas faixas que chegam ao seu ápice. O que definitivamente não é um ponto negativo, visto que todas as faixas possuem uma qualidade inquestionável. No entanto, é perceptível que Marie Vaccari poderia ter investido em estruturas maiores em algumas de suas faixas. Lady In The Night, consegue fazer jus ao seu título – Com ganchos insistentes e contagiantes, a construção lírica é impecável, os que os tornam tão adequados para qualquer pista de dança. Lady In The Night, se comprova a verdadeira dama da noite, a roubar toda a cena para o seu visual urbano futurístico. A estética do álbum é incrível, muito bem trabalhada e desenvolvida a tal ponto que a arte agrega a parte lírica do disco. Trazendo uma coesão no conceito de maneira bem desenvolvida. Queremos apontar também, para o desenvolvimento dos banners das tracks, onde todas constam a track by track e trazem uma arte impressionante. São pequenos detalhes estéticos e pontuais que tornam tudo amarrado, e não deixa livre para outras interpretações. Marie Vaccari soube entregar um disco com uma mensagem poderosa e essencial nos dias atuais. A cantora usou de suas melhores habilidades para entregar o melhor disco de sua carreira. NOTAS: [COMPOSIÇÃO 30/35] – [VISUAL 30/30] – [COESÃO 16/20] – [CRIATIVIDADE 12/15]
81
Após uma extensa introdução da era que estava por vir e divulgação de seu sucesso número um, Marie Vaccari finalmente retorna com seu novo álbum intitulado “Lady in the Night”. Dessa vez apoiada em uma transição para um gênero dance mais experimental, a cantora abraça a voz do feminismo liberal para contar a história do seu alter-ego denominado “Annabelle”. A história da personagem aborda o seu cotidiano ambientado em uma espécie de “futuro próximo” onde ela tem de recorrer a prostituição para o acúmulo e construção material de sua vida, abordando desde o sofrimento até o glamour na busca pela independência. A primeira faixa intitulada “Annabelle” introduz uma espécie de monólogo fazendo referências a tragédia como um “ponto de conforto”, tensionando atemporalmente a perspectiva de passado e futuro da personagem. Em “Target” ela dá continuidade a trama ao relatar o abandono e preconceito familiar perante a aspiração de seus desejos, é uma boa composição e gostamos de como a artista introduz a abordagem visual nela. Em seguida temos “In The Show”, essa é sem dúvida um dos destaques do álbum, é ácida e provocante, relatando de forma até irônica os padrões sociais de submissão feminina. “Drowning In The Sheets” nos soa como a canção mais realista do álbum, é intensa e evoca todo o drama para falar de seu sofrimento físico e mental advindo de toda a exploração que o eu lírico é submetido em sua suposta “escolha”. Após isso, entramos em um movimento mais monótono do álbum entre as faixas “Red Lights”, “The Search Begins”, “Money!” e “Primadonna”, em suma, ao nosso ver todas elas exprimem mais significado a história do que nas entrelinhas dos seus versos, poderíamos resumir este período na ascensão da personagem no mundo da prostituição, ao qual é elevada a um patamar de glamour e glória, esse esforço já não parece se mais tão caro, destacamos dessas “The Search Begins” como a mais chamativa. Com “Different Perfume” Marie retorna com o estrelismo ao álbum, a quebra é algo que agrega muito aqui talvez podendo até ser mais explorado em mais de uma faixa. “The Ecstasy Before the Storm” e “The Storm” marcam o fim do trabalho com mensagens de empoderamento, onde Annabelle já se encontra no topo, a última expondo sua trajetória e a que custo? Liricamente acreditamos que Marie Vaccari dá continuidade a sua aprovação e talentos de abordagem e escrita, as faixas que menos nos chamaram a atenção foram “Don’t Judge Me” e “MONEY!” pois elas remetem a apresentações que já se destacaram em outras canções, não achamos que o trabalho apresenta grandes quebras conceituais haja visto que de início já somos provocados com uma introdução de linhagem atemporal, estamos sobre uma narrativa não linear. Visualmente, a escolha de algumas imagens em páginas parece ter sido mais bem empregadas do que outras, em algumas imagens os detalhes se perdem pelo excesso de informação, mas a artista é cuidadosa em buscar elementos que apresentam a trajetória lírica no encarte e também merece os créditos por isso. Concluímos que Marie apresenta um bom álbum nos trazendo uma perspectiva crescente ao gênero dance no último ano, como a própria evoca em sua apresentação do conceito, trazer sentido a problemas reais e mesmo assim que isso seja dançante. Composição: 26 Criatividade: 14 Coesão: 21 Visual: 20

79
\"LADY IN THE NIGHT\" acompanha a história de Annabelle e sua trama vivendo numa sociedade patriarcal do futuro. A personagem é descrita como a melhor amiga da noite, a dupla que dá a vida ao álbum. Quando nos adentramos no universo do alter-ego de Marie, deparamos com a melhor sequencia de todo o trabalho, que inicia em \"ANNABELLE\" e termina em \"DROWNING IN THE SHEETS\", com composições pontuais que seguem a narrativa de forma revigorante e recheando-a com a mais pura qualidade, consequentemente, essenciais. A partir de \"RED LIGHTS\", o disco parece se manter numa zona de conforto arriscada, onde mesmo com letras, predominantemente, boas, as faixas parecem não acrescentar nada. \"THE SEARCH BEGINS\" e \"MONEY!\", são as mais fracas da obra, amplamente descartáveis e facilmente taxadas como fillers. \"PRIMADONNA\" é excepcional, com um lirismo digno e muito bem desenvolvido. A música poderia agregar mais para o álbum caso fosse posta no lugar certo da lista de faixas (entre as seis primeiras), porém, estar presente no ato mais fraco, a beneficia individualmente. Algo parecido acontece com \"L.I.T.N\", que diferente da ultima citada, se prejudica com a sua posição na tracklist, que a esse ponto, não explora nada novo. Provavelmente, uma das maiores frustrações é quando começa \"DIFFERENT PERFUME\" — outra faixa muito boa — que insinua uma mudança na historia de Annabelle e sucessivamente no progresso do álbum. Contudo, nada acontece e a canção acaba se tornando a mais desconexa de todo projeto. Com as músicas de encerramento, a história de Annabelle parece não ter sido concluída, deixando algumas pontas soltas. Visualmente, tudo é muito chamativo e bem feito. Porém, um ponto negativo que deve ser ressaltado, é o excesso de informações, o que leva à poluição visual, perigosa para qualquer trabalho. Tanto para o encarte, quanto para a tracklist, Marie deveria ter pensado no ditado: menos pode ser mais. Em um consenso geral, a intérprete traz um trabalho cheio de ótimas composições, com toques de ousadia, críticas sociais e abordagens eróticas. Mesmo que em alguns pontos — como em MONEY! — a cantora parece \"romantizar\" a prostituição, ela ameniza essa imagem com faixas mais melancólicas que trazem uma perspectiva mais realista sobre a vida, algo que deveria ter sido ainda mais trabalhado. Aqui, Vaccari se distingue do seu primeiro álbum, mostrando uma versatilidade fundamental. Também coloca em destaque suas composições — muitas vezes — magnificas, se consagrando como uma artista essencialmente talentosa, que vai conquistar o mundo com seu novo som visceral. Composição: 25 | Visual: 18 | Coesão: 16 | Criatividade: 20

83
Após o aclamado “The Pandora’s Box”, Marie Vaccari apresenta o grande sucessor do seu primeiro álbum de estúdio, “Lady In The Night”. O disco é descrito como a forma em que a artista conseguiu ilustrar seu amadurecimento e engajamento para compartilhar uma mensagem altruísta. Retratando a história de uma personagem, Annabele, que vive num futuro – não tão distante – e se prostitui em troca de luxo, focando sempre na mensagem feminista do ofício e em como ela escolheu esse destino. Durante a reprodução do projeto, percebe-se claramente as melhores faixas, sendo “In The Show”, “Different Perfume”, “The Storm” e a incrível colaboração “MONEY!”. E citamos “Red Lights” e “Target” (que acaba ficando totalmente perdida na tracklist, por não soar como complemento de nenhuma outra faixa) como as piores músicas do álbum. O disco transita muito entre como é o trabalho da personagem e em como aquilo afeta tudo ao seu redor, e isso é muito bem representado em suas composições. Nós percebemos também, que isso acaba atrapalhando a artista ao organizar sua tracklist, ponto que fere a coesão do trabalho. Faixas como Don’t Judge Me” e “Drowing In The Sheets” são canções que em nossa concepção soariam melhor se fossem invertidas na lista. A ótima “Primadonna”, excelente composição, mas que acaba estando mal situada por descrever o trabalho de Annabele, sua melhor posição seria no início do projeto e não, no final. Sobre criatividade apenas ressaltamos como tudo foi muito bem pensado e fenomenal. Trazendo um ar mais luxuoso para os trabalhos atuais, Vaccari também buscou ótimas referências de marcas de luxo e classe com seus trocadilhos em outros idiomas. Único erro aqui foi a simplicidade transmitida na canção “Red Lights”, fazendo você perder a essência do disco durante sua reprodução. No quesito visual é inegável em como ele está em perfeita sintonia com todo o projeto apresentado. Com designers futuristas e cores vibrantes, não destacamos nada diferente de sua incrível apresentação. Mesmo com poucos erros aqui, acredito que Marie Vaccari trouxe um álbum excelente e muito bem feito. Vale dizer ainda que foi uma excelente decolagem em comparação ao disco anterior, uma verdadeira evolução. O erro mais notável e que acaba com o potencial do seu álbum é apenas na hora de se organizar com a ordem de apresentação de suas faixas, mas isso não é algo impossível de mudar e ela pode dominar com facilidade. COMPOSIÇÃO: 25 / COESÃO: 15 / CRIATIVIDADE: 18 / VISUAL: 25