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Em seu novo álbum de estúdio, Thereza Khan entra dentro de si mesma para tentar se abrir em relação aos seus pensamentos mais profundos durante a madrugada silenciosa e quase chega lá, apenas peca um pouco na falta de profundidade e acabamento em várias das composições presentes no ‘Midnight Feelings’. Seu álbum não tem um conceito diferenciado, mas ainda assim apresenta algo forte, que apesar de não ser um monstro de 7 cabeças, as vezes a beleza está simplicidade e minimalismo. O álbum começa com ‘When the Sadness Come’, onde tem exatamente um fator especial, soa como apenas uma música de introdução, e se for essa a intenção, introduziu de forma exemplar, apesar de que sentimos falta de uma ‘intensidade’ a mais. ‘Suffocate’ tem uma melhor em relação à anterior, mas ainda assim, sentimos falta de que Thereza traga algo que de fato impressione e seja aquele fator X que deixa a sua composição menos casual. Entre as três primeiras música do álbum, ‘Modern Loneliness’ é a melhor. Apresenta a solidão de outro ângulo, como se fosse a adição do moderna trouxesse outra forma de enxergar as coisas e outra forma de viver aquilo. É um fator interessante, e os versos poderiam ser mais recheados para incrementar. ‘Outside’ é uma música muito repetitiva, onde dá a sensação que estamos girando em círculo ao redor da mesma informação durante toda a música. Apesar de ter uma narrativa, soa como uma história pequena em um loop. Já com a participação de Steve, ‘Stones’ é uma das melhores faixas do álbum. Contém a intensidade nos versos que faltaram nas anteriores e é composta com bastante sentimentalismo e dor durante cada verso. Talvez a adição do artista convidado tenha adicionado bastante na música e feito com que desse um novo ar para Thereza. Em ‘Sand Castle, Thereza começa a mostrar um pouco mais de força nas suas composições, onde mesmo com traços simples nos versos, os versos contém consistência e podemos sentir a dor, sentir cada palavra que foi escrita, principalmente no refrão. É o cotidiano de muita gente, e é importante que Thereza traga composições como essa. Em relação as três músicas finais, as músicas já estão soando repetitivas demais e um pouco cansativas, e acaba afetando um pouco o álbum por causa disso. De fato, seu visual é ilustrado para demonstrar seus pensamentos confusos, e isso reflete bastante no álbum: é um encarte confuso e não tão agradável de visualizar. Parece inacabado e que mesmo que ‘combine’ com a proposta do álbum, acreditamos que tenha sido um erro apresentar desta forma tão rústica e confusa. Apesar das falhas, acreditamos que Thereza tem um futuro e precisa ser polida antes de entregar uma obra que realmente surpreenda, e caso vá para o caminho certo, pode se tornar uma grande artista, mas precisa aprender a colocar sua alma de verdade nas composições para não parecerem tão fracas para um tema tão forte quanto o ‘Midnight Feelings’. Composição: 20 / Visual: 14 / Criatividade: 15 / Coesão: 18

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\'Midnight Feelings\' é o segundo álbum de estúdio da cantora Thereza Khan. Partindo da premissa de ser um desabafo sobre os sentimentos da artista, Thereza se arrisca a falar do que ela sente, trazendo uma lírica pessoal e intimista. As composições, de forma geral, apresentam um ponto de vista bastante marcado por fortes opiniões e como a artista se sente ao ser confrontada por questões rotineiras em sua vida, isso refletiu na forma como ela escreve, sabemos que é um álbum pessoal assim que batemos o olho nele. A melhor cancão do disco fica à cargo de \'Stones\', a parceria com Steve Bowie exala sentimentalismo, trazendo dois artistas que sentaram e despejadas seus sentimentos no papel, os artistas se encaixam muito bem na faixa, um preencheu as lacunas do outro. \'New Tomorrow\' e \'Dreamer\' também se destacam como boas faixas, a primeira encerra o disco com um tom de esperança e a segunda traz um ar nostálgico, causando forte conexão com o ouvinte. A intro que abre o disco é o ponto mais baixo da obra, carecendo de desenvolvimento e um melhor direcionamento lírico. \'Suffocate\' é outra faixa que pecou em ser bem acabada e desenvolvida, no geral, a música tinha grande potencial em contar uma história e nos habituar nos pensamentos da cantora, mas acaba se tornando rasa pela falta de detalhes, nos deixando com questionamentos sobre o que exatamente a cantora está tentando nos dizer. Na questão de coesão e criatividade, \'Midnight Feelings\' acaba por se perder ao não apresentar uma linha entre tudo o que está acontecendo, a cantora poderia ter explicado melhor sobre o que se tratam as faixas e o porquê elas se conectam, sem isso, o projeto soou aleatório como um todo. Na parte dos visuais, Thereza executa um bom trabalho, sendo um álbum intimista, não são necessários grandes visuais para complementar à obra, entretanto, seria agradável se o encarte tivessem alguns detalhes a mais, como o nome das canções ou um trecho das letras. Em \'Midnight Feelings\', Thereza se arrisca a falar sobre os seus sentimentos, embora falte maior acabamento nas composições e direcionamento conceitual, a artista cumpre seu propósito de expor o que está guardado em seu coração. COMPOSIÇÃO: 23 / CRIATIVIDADE: 14 / COESÃO: 14 VISUAL: 15

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Com uma nova imagem destemida, Thereza apresenta seu segundo álbum de estúdio ‘Midnight Feelings’ com a proposta de desabafar seus sentimentos através de suas músicas, que por agora, se aventurou no alternativo e rock. Experimentando novos ares, a artista acidentalmente é pega dentro de uma arapuca com a faixa introdutória – com o objetivo de introduzir um álbum, mas nesse caso ela soa fraca e superficial, não há profundidade emocional que possa conectar com o ouvinte e o álbum discorre nesse tópico raso até o grande destaque do álbum “Stones”, parceria com Steve Bowie que finalmente traz a sensação de solidão que a artista tanto proclama dentro do projeto, apesar de não possuir rimas, a faixa é bem estruturada e interessante e nos faz querer ver mais dessa Thereza ao decorrer do disco, mas tristemente, é introduzida “Sand Castle” que inicia com uma premissa e contexto forte, mas que rapidamente se perde com estrofes repetitivas e clichês, seria interessante se Thereza conversasse diretamente com o ouvinte sobre o que destrói seus castelos de areia, que pudéssemos ver sua vulnerabilidade de forma concreta e clara. Conseguimos levar um ponto adiante para a track ‘Dreamer’ que apesar de repetitiva, carrega com louvor a essência do disco. Traremos a tona também que soa como um álbum coeso, Thereza se propõe a explorar as facetas da escuridão dentro de si, apenas falha em torna-las únicas. Quando pulamos para o visual, vemos que não é nada que não tenhamos visto em seu primeiro álbum, letras metalizadas e destaque na cor preta, as fotografias são interessantes, porém perde o leitor, com o conceito proposto para o disco, Thereza poderia ter brincado mais com paleta de cores, texturas e escrituras como créditos da canção, ou até mesmo parte da letra poderia transparecer muito mais a polidez dele. Gostamos como esse efeito digital e sombrio abraça a narrativa do álbum e do encarte, como se estivéssemos observando-a, mas requer um esforço para concluir que está incompleto e impolido. Diante disso, Midnight Feelings continua de forma cansativa entre letras e tentativas de recomposição sobre um novo amanhã, Thereza Khan peca em apresentar um álbum fresco que faça o ouvinte encher os olhos de lágrimas com composições profundas e interessantes. Sabemos que a artista tem um arsenal de ideias para trazer um grande álbum num futuro, e esperamos que esteja próximo. COMPOSIÇÃO: 14 / CRIATIVIDADE: 15 / COESÃO: 14 / VISUAL: 14