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Se você viu fogos de artifícios recentemente, há uma grande chance de eles serem parte do novo disco do cantor, Guilherme Bhermes. O seu novo projeto “188-Fireworks”, faz parte de um compêndio, junto ao seu antecessor “188”. O novo trabalho possui apenas 9 faixas, e conta com duas participações de peso, Bronx e Mushroom, ajudam a dar corpo em um dos discos mais surpreendentes do ano. Guilherme se arrisca no alternative/folk, em um paço arriscado em sua carreira. No entanto, como todo bom risco, o final pode valer a pena. E dessa vez, valeu muito! O cantor mostra ao público uma nova faceta, até então pouco explorada. Podemos classificar “188”, como o natal de Bhermes e o “188-Fireworks”, como o seu ano novo. Ambos os discos são extremamente importantes para o cantor, e possuem mensagens igualmente poderosas. Capaz de deixar marcas nos ouvintes que se permitem ao ouvir as duas obras. Apesar dos discos se complementarem, cada um possui sua própria essência o que lhes tornam únicos em toda a carreira do cantor. Sentimos que esses álbuns foram de certa forma, uma verdadeira evolução para o artista. Que de agora em diante, poderá voltar ao seu ramo musical de nicho, uma vez que provou o seu lugar na indústria, não somente como um artista que vende milhões. Mas que se entrega de corpo e alma em sua arte. E arte é o que não falta em 188-Fireworks, desde o seu aspecto visual à sua parte lírica. Com composições ricas e bem estruturadas, Guilherme entrega o disco mais coeso de sua carreira. O mini álbum não possui fillers, todas as faixas são poderosas. Sendo algumas delas grandes destaques, como -Last December (Eternally Cancelled)- uma poderosa faixa que faz uma excelente abertura ao disco. Seguindo pela track -All My Crying Recordings- em parceria com Mushroom, onde em versos singelos e sinceros, ambos os artistas conseguem mostrar uma sincronia perfeita em versos muito bem escritos e profundos. Outros destaques ficam por conta -Break & Bur- & -Suddenly- sendo essa última, a melhor faixa do projeto. Por mais autoconfiante que possa parecer, Bhermes passa uma boa parte do 188-Fireworks dando ao público uma visão mais profunda das fragilidades humanas. Esteticamente o álbum é muito bem produzido, com uma arte muito bonita e interessante. Todos os detalhes de sua produção foram muito bem explorados criando uma nova perspectiva pro disco. A sua produção visual agrega em sua parte lírica, sendo um o complemento do outro. Ainda que por vezes o encarte pode demonstrar uma outra perspectiva de narrativa enquanto o seu lírico segue para outro rumo. O que pode se tornar um pouco confuso, mas nada que atrapalhe o disco como um todo. O ouvinte já pode esperar o que vem pela frente, sendo esse um ponto extremamente positivo. Bhermes, pode até ser uma figura pública controversa, no entanto, mais uma vez o cantor deixou a sua música falar por si mesma. Ao criar um precioso projeto extremamente pessoal que demonstra características de sua personalidade, até então pouco conhecida. O disco é fascinante como um fogo de artificio, trocadilhos a parte, se aprofundar em sua parte lírica é realmente uma experiência formidável. Ainda que exija muita atenção aos detalhes para que sua mensagem seja absorvida, o cantor emite uma sensação de graça, sem muito esforço. E capricha aos demonstrar sua honestidade em versos extremamente vulneráveis. Guilherme, provou de uma vez por todas, que não é apenas um corpinho bonito, o cantor mais uma vez reafirma o seu lugar na indústria como um verdadeiro e completo compositor. Ao fazer declarações sutis, mas fortes sobre autoconhecimento, e limpeza de alma – Como o próprio cantor descreve - oferecendo alternativas aos arquétipos do dance unidimensional. Dessa vez criando novas raízes no folk country. NOTAS: [COMPOSIÇÃO 32/35] – [VISUAL 26/30] – [COESÃO 18/20] – [CRIATIVIDADE 15/15].

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Guilherme Bhermes retorna com seu novo álbum de estúdio, \'188: Fireworks\' chega trazendo novas vertentes à carreira do cantor, transitando entre novos gêneros, o artista utilizou de suas experiências ao longo do ano passado, fazendo deste projeto um álbum essencialmente pessoal e reflexivo. O álbum inicia positivamente com a faixa \'Eternally Cancelled (Last December\', na qual acerta em expressar os sentimentos do eu lírico de forma precisa e profunda, ao mesmo tempo que apresenta ótima estrutura em seus versos. \'Fireworks\', mantém o álbum em alto nível, o artista traz desceu excelentes, dando um toque charmoso, criativo e nostálgico à canção, os versos são escritos de forma inteligente, trazendo um toque esperançoso e muito bem-vindo à composição, fazendo desta a melhor faixa do projeto. A parceria com \'Mushroom\' em \'All My Crying Records\' também se destaca ao longo da tracklist, os artistas se conectaram através dos versos direitos e, ao mesmo tempo, delicados, o ápice da música acontece entre os versos de \'Mushroom\', que conseguiu explicitar sentimentos de gratidão com bastante naturalidade. \'Personality Store\', em termos de construção e execução lírica, é a faixa mais fraca do projeto. Embora siga o conteúdo que vinha sendo construído de expor os sentimentos pessoais do artista, \'Personality Store\' soa confusa em vários momentos, estando o primeiro verso desconexo dos outros versos da canção, de forma geral, a música tenta trazer muitas informações e entrando em conflito de ideias. \'Break & Burn\' volta a elevar o nível do projeto, já nas primeiras linhas o cantor apresenta um dos melhores trechos do álbum: \'Papers in the table, pen in band / Speak by metaphor or nobody will stand\'. Embora a canção seja brilhantes do começo ao fim, o artista pecou na estrutura da ponte, tornando cansativo o final da música. Outro ponto positivo no álbum é a parceria com Bronx em \'I Want It Every Year\', fechando o álbum da forma que iniciou-se: Bastante pessoal. Em contraponto, \'Can You Be My Man\' soa aleatória na tracklist, destoando de todas as presentes no disco. Na parte dos visuais, o artista trouxe algo simples e polido, os desenhos refletem os sentimentos do cantor durante as faixas, como se a sua vida fosse uma grande jornada dentro de si mesmo. Por fim, \'Guilherme Bhermes\' mostra grande evolução entre os seus álbuns, \'188: Fireworks\' se destaca pelas composições repletas de sentimentalismo e pessoalidade, apanhando o ouvinte pela mão e levando a grande jornada que é a vida do artista. COMPOSIÇÃO: 30 / CRIATIVIDADE: 19 / COESÃO: 19 / VISUAL: 16

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Em seu sexto álbum de estúdio, Guilherme Bhermes usa acontecimentos do cotidiano, incluindo a virada de ano, para entregar mais um álbum bem composto... mas diferente dos outros, esse álbum contém uma diferença grande da sua sonoridade anterior, e parece que o cantor se encaixou melhor no country/alternative. Bhermes utiliza da virada do ano para aproveitar e mudar a si mesmo, como uma nova página e o timing não poderia ter sido melhor. O álbum começa com ‘Eternally Cancelled (Last December)’, onde o cantor inicia o álbum de forma madura e segue provando que é um artista que tem facilidade em escrever músicas profundas e fazer uma conexão com o ouvinte, mesmo em casos mais simples. ‘Fireworks’ é a faixa título do álbum e está longe de ser a melhor do projeto, mas contém sua essência pelo seu auto astral. Diante do conteúdo da música, principalmente a introdução, a música seria perfeita para dar início ao álbum, onde trocar a ordem das duas primeiras músicas daria uma coesão à mais. ‘All My Crying Recordings’ é uma colaboração interessante, onde mesmo que os versos de Guilherme se sobressaiam por parecerem mais originais e menos ‘clichê’, a presença de Mushroom deixa a música mais agradável, sendo um dos destaques do álbum. Já em ‘Personality Storie’, Bhermes mergulha em um tema clichê e o aborda de uma forma totalmente diferente, sendo dito como no mínimo criativo. A música usa a personalidade como moeda de troca e que não é fácil apenas ‘esquecer’ e ‘mudar’. Em termos de criatividade, essa é a melhor música do álbum. ‘Suddently’ é a melhor música do álbum como um todo, por expressar emoção, sentimentalismo e paixão de forma tão clara. Os versos caem super bem com o propósito da música, tendo destaque para o refrão, principalmente no verso ‘Eu já deveria esperar que todas as minha narrativas tem a profundidade’, e goste de Bhermes ou não, isso é um fato. ‘Can You Be My Man?’ é a faixa mais fraca do álbum, não contem versos tão satisfatórios e que deem tanto diferencial ao projeto como nas anteriores. É uma faixa que passaria despercebida no álbum se as anteriores não fossem tão superiores. ‘You Should Love Yourself’, diante a letra anterior, soa como uma faixa necessária. Não possui versos ruins, e é uma música que contém uma boa mensagem por trás das letras. ‘I Want If Every Year’, como última faixa do álbum, tem uma boa letra e encerra o álbum de forma majestosa levando em consideração todo o propósito do álbum. Dito isso, a presença de Bronx nos trabalhos de Bhermes é praticamente tão confirmada quando a presença do próprio cantor, e isso acaba fazendo seu trabalho parecer monótono, e mesmo que Bronx traga versos interessantes, dar uma diversificada nas suas parcerias pode trazer um ar diferente para os próximos trabalhos. Em seu visual, Guilherme teve uma melhora de 100% em relação na harmonia visual do projeto, e é interessante ver que dentre tanto artistas que continuam a errar, Bhermes toma notas das críticas e tenta melhorar em seu projeto futuro. Aqui, seu visual é mais harmônico, e mesmo que pareça mais simples pela página em branco, a beleza está nos detalhes das imagens escolhidas pelo cantor, que casaram super bem. Por fim, mesmo que pareça que o cantor lance um álbum atrás do outro, Bhermes se preocupa em tentar melhorar a cada um deles, e ‘188: Fireworks’ é a prova disso. Composição: 30 / Visual: 24 / Criatividade: 18 / Coesão: 20