Contextualizado em contar a história de uma personagem e toda sua ambição pela fama, BOMBSHELL é o segundo álbum de estúdio de Penelope. Trazendo a vertente mais Pop da sua carreira, o álbum tanto líricamente quanto sonoricamente permeia o Pop puro e suas nuâncias.
O álbum conta a história de Charmy, uma garota cheia de sonhos e ambições, (mesmo que de forma compulsória) que faria qualquer coisa para tornar-se uma grande estrela. O primeiro bloco do álbum retrata o sonho da personagem e toda sua construção de imagem para tornar-se uma estrela em questão, por muitas vezes, as músicas podem até parecer mais do mesmo, porém é para mostrar a intensidade e como todo esse sonho se tornava cada vez mais compulsório e prejudicial. Seguindo com o próximo bloco, a personagem em seu ápice, sendo a estrela que ela sempre sonhou, e de maneira muito exponente, até lúdica ela em alguns momentos se considera a maior de seu nicho. Chegando ao último bloco, é nesse bloco que a parte mais introspectiva se encontra, Charmy está lidando com o lado ruim da fama, falsidade, medo, ódio, quebra de expectativas e autoconhecimento são o ponto chave desse momento.
Em suma, BOMBSHELL retrata a fama, mesmo que de forma caricata com a personagem, tendo todo o sonho retratado, o ápice artístico e sua queda, mesmo que de forma gradual, contrastando com a realidade que não é muito diferente e trazendo até mesmo pro jogo, muitos artistas chegam como uma grande explosão, tem seus 15 minutos de fama, amigos, dinheiro e depois se sentem só, pois tudo é tão efêmero e a as pessoas sempre são mais uma peça de um jogo maior, mesmo que indiretamente. BOMBSHELL não serve apenas como uma critica (e/ou sátira), mas também serve como um álbum pessoal, trazendo a persona mais retida de Penelope para o exterior.