Com seu novo álbum de remixes, ‘Kundallini: Remixed’ se mostra como uma extensão fiel ao seu trabalho original, onde todas as músicas têm novos versos dos seus artistas convidados e isso acaba dando certo em quase todo o projeto. ‘Curled Up Like a Snake’ é a música chave para expressar o que o ‘Kundallini’ como um todo tem a oferecer. A música é fiel a sua proposta e contém versos criativos, inteligentes e as rimas ao ponto. Aqui, os versos de Teyana e Penelope caem bem na música e tendem apenas a acrescentar na qualidade que a música original já tinha. ‘Human Nature’ é uma música com um tema perfeito para o Kundallini e a adição dos versos de Joanne parece ter completado a música, apesar de que pareça que seja apenas um pouco do mesmo que Asha já estava falando nos seus versos, a sensação é de que a música ficou melhor com isso. ‘Queen of the World’ não é a melhor faixa até então, mesmo com as adições de Heccy na música. A música parece um pouco mecânica e a conexão das artistas parece não ter fluído tanto quanto gostaríamos. Porém, a faixa está longe de ser ruim, porém deixa um pouco a desejar entre uma parceria entre duas grandes artistas. Além de ‘Cosmic Lover’ se a melhor e mais criativa faixa do álbum, as mudanças feitas pela cantora e Kadu na música parecem geniais. Estamos diante de um exemplo de artistas que se conectam bem através dos seus versos e podemos sentir um clima de romance cósmico no ar durante o processo. O melhor na música é o seu refrão, onde sentimos o clima bater e vivemos a história da música junto com ambos. Se não vivermos em um mundo paralelo, ‘Cosmic Lover’ deve ser um dos principais contenders para as premiações que vem à seguir. Em ‘Ephipany’, Asha e Jackie nunca se conectaram tão bem. A música flui sexualidade de ambas artistas e a adição do verso está totalmente coeso com a proposta da música, fazendo dar uma leve elevada no conteúdo final. Não é a melhor do álbum, mas Ephipany merece um leve destaque pelo seu teor sexual que dá água na boca. ‘See Trough My Eyes’ é uma boa faixa, tem uma boa composição e uma boa mensagem, e como uma música original do projeto, deveria ter uma conexão com a proposta do Kundallini em si. Pode-se dizer que a música esteja na proposta inicial voltado à ‘uma crítica à ignorância pela sexualidade’, o que seria ok, mas é bom tomar cuidado com algumas fugas da proposta mesmo que seja um álbum de remix. Acreditamos que os versos dos artistas convidados não adicionem tanto na qualidade, acaba sendo um pouco do mesmo nos outros versos, servindo mais para contemplar a variedade de artistas asiáticos e seus talentos. ‘Show My Body as i Like’ contém alguns versos clichês e não tão profundos sobre o tema, o que acaba deixando um pouco a desejar ao sentimos a sensação de que poderia ter acontecido algo melhor da parceria com Ali Aguilera. Seu visual é limpo e bonito o suficiente para ser apresentável em um álbum de remix, chegando a ser um pouco simples e menos sexual que o original, mas acaba trazendo uma calmaria em um novo ambiente que caiu bem em um álbum de remixes. Por fim, Asha entregou uma extensão do seu álbum anterior com artistas convidados dando um brilho especial para a era, e o seu empenho em criar novos versos para todas as faixas é inspirador, e mesmo que em algumas faixas não tenha funcionado tanto quanto era esperado, o ‘Kundallini: Remixed’ é um bom álbum de remixes, com parcerias que poderiam ser dignas de entrar no álbum original. Composição: 28 / Visual: 22 / Coesão: 17 / Criatividade: 19