Em um repackage com faixas inéditas e uma sonoridade totalmente oposta aos seus trabalhos anteriores, Jaehyuk nos apresenta uma \"continuação\" de seu álbum de estreia, agora com o nome \"Exodus: Lamentations of Psalms\". Nesse trabalho, o artista busca inspirações de assuntos que deveriam ser de maior interesse das pessoas, e que, poucas vezes, são trazidos à discussão, com o objetivo de trazer \"uma nova clareza\" aos fatos, assim mudando os gêneros os quais o intérprete de \"Easy Goes, Easy Comes\" trouxe no seu álbum de estreia. Iniciando o disco, temos \"The Heartsoul: Persona [Interlude]\". A ambientação da introdução do disco e a proposta foram atendidas e seguidas com maestria. A intertextualidade que Jaehyuk apresenta nesta faixa é muito agradável. \"When the Wind Blows\" poderia ser tão incrível quanto, mas o artista acaba cometendo alguns deslizes em seu desenvolvimento, mas a música é, mesmo assim, muito boa. \"Doomsday\" é dolorosa e nos faz questionar sobre as nossas próprias ações. Mesmo com alguns momentos meio confusos, a narrativa de Jaehyuk é bela e bem composta. \"Garden\" é, simplesmente, perfeita. A melancolia e a graciosidade da faixa traz uma harmonia incrível para Psalms, desenvolvendo a história de uma forma ótima. \"Gold\'ish\" traz a mesma ambientação da faixa anterior (segundo o intérprete), e também consegue ser muito boa, mas soa \"meio cansativa\" no desenvolvimento do disco, o que não tira a qualidade lírica considerável. \"Unfinished Business\" é a música mais honesta do disco, e, talvez, a mais honesta da carreira de Jaehyuk. A sinceridade e a confissão de seus sentimentos mais dolorosos e pessoais foi feita de uma forma totalmente inteligente, aonde ele consegue transmitir exatamente o que quer dizer e a sua dor. \"Miss My Kind (Interlude)\" é onde, depois de muita dor, o eu-lírico consegue se livrar do que o machucava antes, mas isso acaba sendo a sua morte. Jaehyuk referencia várias faixas do disco na interlude, construindo a conexão com a próxima faixa. \"All I Got\", em parceira com a cantora indiana \"Heccy\" traz a dor da perda, sentimento que a família do eu-lírico sente após a morte dele. A faixa é transcendental, trazendo uma letra cheia de conteúdo e com uma musicalidade muito boa. Heccy trouxe, em seus versos, uma composição muito bonita, digna do nome que carrega. O visual de \"Psalms\" é muito bonito e completamente oposto do \"Exodus\", trazendo cores vivas e detalhes totalmente bem posicionados. O verde ficou completamente agradável como cor principal, algo que traz harmonia e gosto ao consumir e ler o disco. \"Exodus: Lamentations of Psalms\" é surpreendentemente oposto do que estávamos acostumados a esperar de \"Jaehyuk\". Mas, como \"Exodus\", o cantor asiático trouxe composições com uma intertextualidade única de seu nome e um desenvolvimento lírico muito coeso. Coesão: 35/40 | Criatividade: 14/15 | Coesão: 18/20 | Visual: 25/25 = 92