A primeira mixtape recente artista renomado Noan Ray, entregando-nos como sua proposta dentro dos parâmetros dos gêneros musicais Rhythm and blues, com um toque dramaturgo do pop-alternativo para estimular a trama. O disco é dividido por três partes distintas que complementam uma a outra através do: Amor, temor e a redenção. Em seu prólogo, \"Mars\" que aborda sobre uma relação que já encontrou-se o seu fim, é divertido analisar a mensagem que carrega o título, afinal, o planeta mencionado aborda sobre seus combates e paixões, embora que não haja muitas referências do astro de modo retórico, houve sua entrega no fator eloquente. No entanto, seu primeiro verso soa desabitado, como um asteroide arremessado em um grande espaço de emotividade. \"Deja Vu\" entrega uma lírica mais intrínseca, a presença de que já havia conhecido o seu parceiro vaga em sua mente, mesmo que houvesse grandes riscos já familiarizado, o eu-lírico quis permitir-se arriscar novamente, e avista o mesmo fim que os anteriores. O que percebemos é que a canção foi-se bastante curta de seu total aproveitamento, ela há qualidade, entretanto, poderia ter acrescentado mais algum verso para encorpar de maneira alarmante para seu desempenho, sem que aparentar como algo ligeiro ao ouvinte. Prosseguindo para \"Dry Ice For U\" é perceptível uma entrega afetiva mais abrangente que as demais citadas antecipadamente, a cautela para evitar cicatrizes para seu amante, assim como o mesmo tenta ignorar novas situações traumáticas, é uma melodia bela e pontual, sem uma recaída sequer em sua proposta. Partindo para \"Ghost/Did I Notice?\" é descrito como uma faixa que carrega a dualidade em seu coração, em sua primeira parte ele pressente um certo distanciamento de seu querido, ele jaz não era mais o mesmo, seus olhares não havia o mesmo encanto como antes. Enquanto \"Did I Notice\" traz uma situação conturbada para o musicista, o abandono da ideia de afeiçoar-se por alguém, afinal, sempre recairá ao mesmo resultado. Em sua primeira parte, soa um tanto que repetitivo, não que isso fosse algum problema, porém, sentimos levemente uma ausência de recurso lírico aqui, poderia ter adquirido algumas variações escritas para a canção tornar-se intensa como descrita, enquanto sua faixa de acompanhamento, ela é excelente, todavia, ocorreu a mesma circunstância do que canções anteriores, notamos novamente que era preciso de acréscimo de algum verso para haver uma entrega qualificada. Em \"Lost memories (interlude)\" é um ato perspicaz e bastante satisfatório de se ouvir, mesmo que brevemente, o artista narrando seu autoconhecimento é gratificante. \"Video Games\" entrega algo profundo e forte para o CD, a necessidade do eu-lírico de entrelaçar-se com seu passado é bastante melodramático e que possui de certa forma uma unicidade surrealista, não é preciso dizer que é uma das partes prediletas deste projeto musical. Transcorrendo ainda da obra, \"Wtf is the Neon light in the dark?\" doma os totais holofotes, a composição tem vigor e essência, o ponderamento sobre ser quem ele realmente é, mas não poder abraçar esta sua parte devido conflitos parentais e religiosos que habitam em sua doma, o que leva o eu-lírico a viver dias em uma realidade fajuta, ou para trazer as termodinâmicas condizente a letra, seus milésimos em outra carcaça que não lhe pertence, aparenta ser uma eternidade. O compositor canadense de fato não poupou esforços neste material. Entretanto, em \"Things\" as coisas tem recaído de maneira devastadora, a solidão perpetua na alma do personagem e ela o consome aos poucos, o que acontece nesta escrita é que ela possui um duplo mecanismo, acreditamos que ela varia conforme o agrado do público, não diríamos que ela é defasada de conteúdo, porém, ela se torna algo mais especial quando você está imergindo na trama de suas palavras. \"Seven Sins\" é uma interlúdio que aborda explicitamente o lado profano do autor, a vasta cobiça erótica que habituava em suas entranhas são totalmente expostas, despindo todos e seus anseios, o ar rarefeito que esta canção alega para o ouvinte é deleitadora, uma excepcional transição sonora. Já em \"High like the heaven\" mostra uma oposição daquilo que a faixa anterior propõe, Noan aparenta mais casto e menos profano, contudo, sua necessidade ainda é eminente. Seus versos são bons, mas ainda soam um tanto que rígidos, não permitindo a letra caminhar da maneira que almejara. \"In The Clouds\" retrata-se de modo em aberto a situação de algo mais casual, sem premissas de quaisquer relacionamento. Encerrando o projeto de vez, em \"Now Or Never\" encerra de maneira crucial o extended play, a abordagem de apoiar o parceiro em ter seu tempo de aceitação, mas que o mesmo não pretende manter-se na sombra com ele, pois ele já viveu bastante períodos sombrios e agora gostaria de viver em claro, é totalmente aliviante e aconchegante, entregando um excelente encerramento. Em relação ao seu aspecto visual, ele é simplista porém entrega um bom recurso, mesmo que não haja bastante para se ver de fotograficamente, o que acaba sendo um erro para o canadense atentar-se nos próximos passos. Em geral, a mixtape \"HEAVEN\" agrega bastante para o cenário musical, há erros que podem ser rapidamente vistos, entretanto, eles não eliminam a admirável experiência que obtivemos conhecendo o cantor. NOTAS: Composição: 28/36 Criatividade: 16/22 Coesão: 16/20 Visual: 15/22