# | Título | Tipo | Streams | |
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1 | Baby | track | 35,042,472 | |
2 | Baby | track | 34,839,630 | |
3 | Baby | track | 35,401,312 | |
4 | Baby | track | 34,980,051 | |
5 | Baby | track | 34,699,216 | |
6 | Baby feat. Sarah Mai | track | 35,073,710 | |
7 | Baby | track | 35,198,473 | |
8 | Baby | single | 899,357,290 | |
9 | Baby | track | 35,026,879 | |
10 | Baby | track | 35,838,181 | |
11 | Baby | single | 1,071,031,619 |






American Songwriter 78
Após brincar com a fantasia com seu primeiro álbum, a cantora Baby está de volta, mas agora em uma pegada mais sombria em que enfrenta seus monstros e pesadelos com o seu segundo álbum de estúdio "CARNAGE". Em sua lírica, o álbum traz aspectos parecidos com o seu disco anterior "Dorothy", mas, dessa vez, a protagonista de sua narrativa é a própria Baby, e essa foi a melhor escolha que a cantora poderia ter feito. Ao se colocar como o principal enfoco, sem disfarçar com fantasias ou alegorias, Baby consegue transmitir os seus sentimentos de forma muito mais eficiente. O maior exemplo disso é a faixa "PHOENIX", uma canção sobre dar a volta por cima, talvez um tema que poderia ser bem batido, mas a maneira que a cantora divide seus sentimentos, faz com que se torne algo único, fazendo com que o ouvinte aprecie a mensagem da cantora, sem dúvidas é um os maiores destaques do disco. "RAIN OF KNIVES", faixa escolhida para ser single do álbum, também se destaca por mostrar a evolução de Baby como compositora, em que ela consegue entregar uma narrativa coesa e interessante mesmo sendo uma música relativamente longa. Entretanto, o álbum tem suas falhas, como por exemplo o excesso de interpolações presentes nas músicas como 'FUCKED UP!' e 'MONSTER'S FRIEND'. Claro que é bom quando um artista deixar suas inspirações se mostrarem em seu trabalho, mas botando de uma forma tão direta assim, acaba parecendo preguiçoso e não tendo o mesmo impacto desejado quando comparado à uma canção que tenha 100% de um conteúdo original. Um outro defeito do álbum é que ele poderia ser facilmente visto como um EP por ter canções que são extremamente curtas servindo meramente como interludes como 'TO BLEED' e 'IL RITORNO DALLA MORTE', canções que não acrescentam nada ao disco além de uma mensagem curta a qual já fora transmitida por outras canções já presentes no disco. Baby sem dúvidas mostra que evoluiu em sua composição, isso não há como duvidas, mas ainda há bastante no que evoluir no quesito organização de faixas e de ideias. O visual é assinado pela própria cantora acompanhada de ANNAGRAM e GABRIEL e consegue cumprir o papel de transmitir bem ao ouvinte a atmosfera do álbum antes mesmo de o ouvir. Entretanto, o visual também acaba entrando numa dicotomia em que ao mesmo tempo consegue passar a mensagem do álbum através de seu visual, não necessariamente significa que é um visual bonito, deixando na dúvida se foi algo intencional ou acidental. O álbum não tem uma fotografia atraente aos olhos, com um filtro sendo usado em excesso, tornando até dificil de se entender o que está vendo em determinados momentos. mas que consegue representar bem o aspecto caótico do álbum. É um visual que, seja por sorte, seja por intenção, consegue te deixar desconfortável. 'CARNAGE' representa uma nova era para Baby, não só em gênero musical mas também nas temáticas que trabalha em suas questões, e é uma era a qual é muito bem vinda e agradavél de se presenciar, entretanto a cantora precisa se atentar na forma que organiza seu conteúdo, tanto lírico quanto visual para atingir seu potencial completo. Baby está no caminho certo, e acreditamos que se a cantora colher as dicas certas irá atingir com maestria seu tão aguardado destino como uma grande artista.
TIME 79
Com uma mudança de visual e sonoridade, a cantora e compositora Baby retorna, abandonando as terras de OZ com seu sombrio segundo álbum de estúdio, "CARNAGE". Ao longo de 11 faixas, Baby narra uma jornada aterrorizante por traumas e pesadelos aparentemente intermináveis. O disco abre com "THE LAST PERSON ON EARTH", inspirada no conto "Knock" de Frederic Brown, onde o eu lírico, a última pessoa viva em um mundo pós-apocalíptico, reflete sobre o caos e a solidão esmagadora que restaram. Em "NIGHTMARES, SHADOWS AND MEMORIES", Baby aborda o confronto interno do eu lírico com memórias dolorosas e traumas, utilizando uma estrutura sólida, mas com um refrão repetitivo que pode enfraquecer o impacto emocional da canção. "ALCOHOL" narra a batalha do eu lírico contra o alcoolismo, sendo direta e literal ao descrever o álcool como uma fuga das memórias dolorosas. Em "FUCKED UP!", o hedonismo é explorado como uma tentativa de preencher um vazio, com uma narrativa bem construída que revela a culpa que assombra o eu lírico. "TO BLEED" funciona como um interlúdio angustiante, onde Baby desabafa sobre a dor de se sentir invisível e descartada. Em "MONSTER'S FRIEND", a relação do eu lírico com seus medos internos é personificada como um "monstro" que, embora assustador no passado, agora se tornou uma presença familiar e reconfortante. A faixa-título, "CARNAGE", uma colaboração com Sarah Mai, é uma verdadeira carnificina emocional, envolta em uma atmosfera sombria e suspense, com destaque para os versos de Sarah que evocam uma imagem vívida de destruição emocional. "PHOENIX" surge como um hino de superação, onde o eu lírico confronta seus traumas e demonstra resiliência, seguido por "RAIN OF KNIVES", que aborda o tema de forma mais poética e menos literal. O interlúdio "IL RITORNO DALLA MORTE" explora o renascimento simbólico do eu lírico, continuando a narrativa de superação iniciada nas faixas anteriores. O álbum se encerra com "EPILOGUE", onde Baby revisita seus traumas e desperta para a realidade, agora compartilhando seu corpo com um novo alter-ego, Madison, concluindo a narrativa do álbum de forma coesa. O visual do álbum, alternando entre as cores vermelho, azul e preto, captura a atmosfera sombria da obra, embora a escolha do azul possa gerar um certo desconforto visual no encarte. Em resumo, "CARNAGE" é um álbum conciso e narrativamente amarrado, embora falte um polimento em alguns pontos. Apesar disso, Baby demonstra notável evolução em seu pouco tempo de carreira.

The Boston Globe 65
No seu novo álbum, Baby nos traz “CARNAGE”, que explora gêneros como o Pop e traz 12 faixas. A primeira se chama “THE LAST PERSON ON EARTH”, que é uma composição que se pavimenta mais numa expressão maior, e com uma abordagem mais biográfica. A composição é mediana, com o ponto mais sensível sendo a falta de polimento da faixa. “NIGHTMARES, SHADOWS AND MEMORIES” entrega uma continuação da faixa anterior, mas aqui mostrando coisas mais específicas da vida da artista. A composição é bem interessante, com bons momentos em si. “ALCOHOL” aborda a fraqueza do eu-lírico em relação ao uso e abuso de álcool. A composição é mediana; ao mesmo tempo que traz uma confissão, a sua confissão soa meio deslocada e mal dividida no projeto. “FUCKED UP!” traz uma interpolação da canção “Just Like a Pill” de P!nk, e fala sobre a opacidade com que Baby se sente diante a vida, transando com pessoas apenas para se sentir viva, e se mantendo em um ritmo frenético de coisas e situações. É uma composição interessante, mas semelhante ao que já tivemos no disco. “TO BLEED” é uma fala aberta de Baby desabafando sobre diversas situações da sua vida, e com a forma com que isso a machuca e a mantém pra baixo. É algo válido trazer sentimentos puros assim para projetos, mas a artista poderia ter organizado melhor isso. “MONSTER'S FRIEND” possui interpolação de “The Monster” de Eminem, e a canção traz uma composição focada em como seus pensamentos e suas ações autodestrutivas a levaram a um caminho de dor, mais especificamente como “amiga do monstro”. É uma composição boa, mas sem muito destaque. “CARNAGE” em parceria com Sarah Mai traz o desejo de vingança de Baby por quem a fez mal e a machucou. Unindo forças com Sarah Mai, a dupla entrega a melhor canção do projeto; diabólica, expressiva e intensa. “PHOENIX” mostra a artista dizendo que, independentemente do que acontecer consigo ou do que fizerem, ela irá surgir como uma fênix. É uma composição boa, mas com pouco destaque. “RAIN OF KNIVES” parece ser uma continuação da anterior, mas aqui mostrando como a artista persevera diante até mesmo de si mesma e suas falhas. É uma composição bem interessante, mas acaba se afetando por não ser polida. “IL RITORNO DALLA MORTE” parece recapitular o passado de Baby em um sonho. É narrado como uma conversa. Um problema disso é que as faixas especificas pra isso não são sinalizadas, algo negativo. “EPILOGUE” mostra que aquilo narrado anteriormente não era um sonho. A faixa mostra o após de toda essa dor e tristeza de Baby, aqui a mostrando livre. É uma composição mediana, com pontos altos e baixos. O visual, produzido por Baby, ANNAGRAM e GABRIEL, é bem amador e pouco condizente com o lírico. A edição é feita com pouco cuidado, com páginas com letras em cores opostas ao background de uma forma que não fica agradável, e até mesmo a capa, que é confusa. Então, “CARNAGE” é um disco que sofre pela desorganização e também pelo seu visual, entregando composições que por muitas vezes poderiam ser polidas e um desenvolvimento pouco fiel.

Rolling Stone 85
Em busca de uma nova verão de si mesma Baby se aventura com CARNAGE, segundo álbum de estúdio da artista, o qual promete revelar todas as transições pelas quais a artista adotou para essa nova fase de sua vida e carreira. Para isso, a artista escolheu enfrentar seus demônios em uma espécie de autoanálise que a transformou para quem ela é após ter traçado sua própria Jornada do Herói. A história começa a ser contada propriamente através da lírica introdutória encontrada em "THE LAST PERSON ON EARTH" e "NIGHTMARES, SHADOWS AND MEMORIES", faixas que narram o exato momento em que Baby descobre o motivo de estar onde está e porque isso vai levar ela até seu interior para lidar com os fantasmas de seu passado, sendo esse o primeiro estágio do eu lírico para alcançar sua nova versão. "ALCOHOL" chega para verbalizar as formas que Baby encontrou para lidar com tudo o que estava enfrentando, sendo o sexo e o álcool dois aliados dela nesse momento, o que se prova com a faixa seguinte, "FUCKED UP!", a qual procura expor a frustração do eu lírico em lidar com seus problemas dessa forma. "TO BLEED" serve como abertura do lado b do disco, e também como uma tentativa de dialogo entre Baby e o que quer que seja que está do outro lado, ao mesmo tempo em que a artista se mostra muito vulnerável a tudo isso. Fazendo uma interpolação com The Monster do rapper Eminem, Baby traz “MONSTER’S FRIEND”, sendo a representação do encontro de Baby com seu passado, mas dessa vez com ela pronta para enfrentá-lo sem medo. A cantora passeia sobre cada fragmento de quem ela já foi e de quem ela se tornou, apesar de todas as suas escolhas. Quando chegamos finalmente na faixa título, encontramos Sarah Mai creditada como um dos vocais presentes na faixa. A canção possui um dos enredos mais ricos em detalhes de todo o álbum, e carrega consigo uma energia densa e bastante vingativa, onde a ponte da canção é o grande ápice, sendo um dos momentos mais altos do álbum como um todo. Podemos dizer que Baby, Sarah e Profound conseguiram fazer algo realmente bom juntos. “Phoenix” é outra faixa que merece bastante destaque por seu lírico fluido e coeso.”IL RITORNO DALLA MORTE” é um poema que narra o retorno de Baby para sua dimensão de origem, após sua jornada em busca de superar os fantasmas de seu passado, a artista caminha para o encerramento do disco. A chegada de “EPILOGUE” encerra um momento bastante vulnerável e real de superação. Baby parece ter finalmente se libertado de seus demônios, ou apenas aprendeu a dominá-los por certo tempo. Uma questão que somente será respondida com o tempo. O visual trabalha bastante uma atmosfera obscura, o que casa perfeitamente com a proposta lírica. Em sumo, as páginas do encarte são um atrativo extra em toda experiência do segundo disco da artista. Baby conseguiu mostrar que é possível se aventurar em novos gêneros e poder ser surpreendente assumindo riscos fora de sua zona de conforto.

The Line Of Best Fit 82
Pouco menos de um ano após os trabalhos de seu primeiro álbum de estúdio, “Dorothy”, orientado sonoramente para o dance-pop, a cantora e compositora Baby entrega mais um projeto de duração completa para seu público, na forma de “CARNAGE”, seu agora segundo disco. O primeiro contato do ouvinte com a obra se estabelece já na produção visual, majoritariamente assinada pela própria Baby pela primeira vez com toques de ANNAGRAM e GABRIEL no time. O forte contraste e altos tons de saturação na fotografia principal evocam um fator gutural que não seria pensado nas eras anteriores da cantora, e que aqui, é abraçado com força no fulgor dos tons de vermelho, azul e preto trazidos no encarte, em uma mistura inspirada pelos filmes de terror-noir e pelos chamados “terrores presentes na mente” de Baby. Dividido em dois lados, A e B, “CARNAGE” inicia com a faixa “THE LAST PERSON ON EARTH”, também lançada como lead single do CD anteriormente; descrevendo cenários e sensações de um mundo pós-apocalíptico onde a cantora se vê mais sozinha do que nunca em sua vida e questiona o motivo de ter sido a “escolhida” para viver de forma solitária após eventos misteriosos. A composição brilha mais quando ela foca mais em si mesma e menos nos eventos sociais descritos de forma mundana e pouco profunda em versos anteriores à ponte, facilmente sua parte mais impactante. “NIGHTMARES, SHADOWS AND MEMORIES” traz um teor quase claustrofóbico ao seu conteúdo lírico, onde Baby se vê presa dentro de si mesma e continua a se sentir inerte diante das situações que apontam para o seu rosto; apesar de não entrar em detalhes quanto a quais memórias ela se refere, ainda é uma faixa interessante de se ouvir e refletir. “ALCOHOL” relata, de forma alegórica, os efeitos do álcool no corpo da protagonista. Continuando o histórico de lutas internas, a letra não desvia dos clichês que acompanham a situação, mas são críveis o suficiente para manter o nível estabelecido. Em “FUCKED UP!”, Baby reconta eventos que a fazem se sentir como uma pessoa puramente usada para o prazer dos homens enquanto busca incessantemente um entorpecente para as próprias emoções e apenas se afunda mais dentro das próprias dificuldades. A mensagem é bem transmitida, apesar de estender seu tempo aceitável por volta da ponte, que pouco acrescenta à narrativa. “TO BLEED” inicia o lado B do disco. Uma faixa mais falada do que cantada, é um dos momentos onde a cantora mais se abre emocionalmente, dando um depoimento sobre como se sente desprezada pelo ouvinte, podendo ser uma alegoria para um relacionamento ou para situações dentro da indústria musical. “MONSTERS FRIEND”, por sua vez, traz um avanço que a narrativa do disco precisava; Baby relata como decidiu abraçar a personificação do que a assustava em momentos de solidão, trazendo uma das composições mais bem polidas do álbum no processo. A faixa-título do projeto, “CARNAGE”, além de ser uma colaboração vocal com Sarah Mai, também possui créditos de Profound em sua composição; ambas narram uma situação de vingança pessoal e complementam uma a outra no modo como a lírica de Baby é mais visceral, enquanto a de Sarah é mais enriquecida em nuances e referências, soando como algo genuíno. “PHOENIX” surge como uma mensagem de resiliência de Baby em relação a um ouvinte não especificado, optando pela vitória pessoal como maior vingança em comparação à faixa anterior, tornando a faixa um momento interessante de se analisar a psiqué da artista. Em “RAIN OF KNIVES”, Baby continua a história de ressurgimento pessoal iniciada na música anterior, focando mais em sua evolução psicológica do que em endereçar outras pessoas; os versos acabam se tornando redundantes dentro do universo limitado que constroem, mas sua ponte, referenciando diversos títulos de canções que a própria cantora lançou ao longo de sua carreira, sustenta o peso da faixa dentro do álbum. “IL RITORNO DALLA MORTE”, interlude dentro do lado B, é narrada no idioma italiano e descreve um momento de paz inesperado na vida da compositora, que aceita todas as suas versões e as peças pregadas por sua mente. É uma faixa interessante, mas que poderia ter sido explorada de outras maneiras que não fossem tão evasivas. “EPILOGUE” é um synth-pop que expande o conceito da interlude e mostra uma Baby certa de que os eventos do álbum inteiro foram uma divagação mental que serviu para ajudá-la a aceitar a si mesma como ela é e aceitar o mundo como ele pode ser nas suas mãos; é uma canção ambiciosa e cheia de auto-referências, o que trilha uma linha tênue entre o genial e o pretensioso demais. “CARNAGE”, em suma, demonstra uma evolução de Baby, tornando seu nome artístico cada vez mais obsoleto dentro de seu amadurecimento. Ainda que, em alguns momentos, a cantora permita que um ego pretensioso invalide alguns de seus pensamentos, e ainda que a produção nem sempre acerte dentro do encarte, com os contrastes de cor por vezes mais confundindo do que conduzindo o espectador, ainda se prova como um disco de conteúdo lírico fácil do público se identificar quando a cantora explora mais as próprias emoções.

Pitchfork 60
Em seu segundo álbum de estúdio, Baby mergulha em um universo pessoal para narrar suas histórias mais profundas sobre os monstros em sua cabeça, e como isso lhe afetou como artista e pessoa. O álbum, que poderia ter uma narrativa e percepção mais profunda, acaba pecando por não conseguir aplicar na prática o que parecia tão bom no papel. "The Last Person on Earth" abre os trabalhos do álbum com uma ideia boa, que na prática, acaba deixando um pouco a desejar na base lírica. Apesar de ter um conteúdo "bom", não chega ao ápice que a música poderia ter tido pela falta de elaboração em seus versos, como por exemplo o primeiro verso, que poderia ter sido mais intenso e menos raso; assim como o seu refrão poderia ser mais simplificado e ir direto ao ponto. "Nightmares, Shadows and Memories" é um pouco cansativa por não conseguir se desenvolver bem. A faixa não cresce e parece estagnada no mesmo ponto de vista inicial, e os versos acabam não indo para lugar algum. Aqui, o ideal seria se a música apresentasse versos diferenciados e conexos entre si, para não parecerem que foram apenas jogados. Em "Alcohol", a sensação inicial é de versos familiares, principalmente em "minha pele está quente", que já foi vista bastante na música anterior, então versos diversificados é essencial. Pontos positivos são o pré refrão e refrão da música, que são bastante interessantes. "Fucked Up!" trás uma leveza na atmosfera se comparada às canções anteriores, e consegue funcionar melhor. A interpolação com "Just like a Pill" soou natural e funcionou bem na canção. Na segunda parte do álbum, "To Bleed" apesar de não ter nenhuma explicação sobre ser ou não uma interlude, a estrutura da canção aponta que sim, e soa como um desabafo sincero da artista. "Monster's Friend" acaba fazendo utilizando muito da "interpolação" e lembra bastante a "The Monster", faixa do Eminem e Rihanna, durante toda a letra e isso acaba tirando uma parte da experiência positiva do ouvinte, assim como a originalidade. "Carnage", em parceria com Sarah Mai, funciona muito bem e ambas as artistas mostram uma boa construção lírica para a faixa título do álbum. A música mostra a conexão de ambas para expressar seus sentimentos de ódio, raiva e repúdio acerca dos próprios monstros. "Phoenix" apresenta uma composição neutra, enquanto "Rain of Knives", apesar de não ter uma base ruim e ter uma qualidade presente na letra, é um exemplo de onde a repetição das expressões de Baby acontecem. Levando isso em consideração, a faixa tem uma lírica razoável e cumpre seu papel dentro do álbum. "Epilogue" encerra o álbum de forma exemplar, e encaixa perfeitamente como uma faixa de encerramento; com uma composição sutil, e que engloba toda a narrativa das músicas anteriores. Seu visual não apresenta muitos detalhes, e não impressiona tanto quanto poderia. Mesmo que a estética de cores combine com o álbum que Baby quis apresentar, o visual se torna monótono e morno. Por fim, Baby demonstrou um avanço lírico significativo em relação ao seu primeiro álbum de estúdio, mostrando uma notável evolução como compositora. No entanto, em diversos momentos, a artista pecou pela repetição de expressões em suas composições, como a recorrente menção de que seu corpo está quente ou queimando em quase todas as faixas. Isso acaba, infelizmente, tornando as músicas bastante similares, apesar da qualidade presente. Em seu próximo álbum, seria ideal que a cantora lapidasse sua criatividade lírica e diversificasse suas expressões, a fim de atingir seu pleno potencial como artista.

Billboard 90
Numa nova jornada, a cantora Baby lança seu segundo álbum estúdio intitulado "CARNAGE". Com uma premissa que explica como a cantora se enfrentou diante seus medos e inseguranças, com um conceito evolutivo explicado ao decorrer de suas faixas. Dando inicio com o seu grande hit "THE LAST PERSON ON EARTH", uma canção que consegue explorar uma analogia sobre tormento mental de forma muito eficaz; A forma como Baby aborda o fim do mundo, o silêncio, a solidão, como uma brecha pra demostrar que está sendo perturbada com sua mente que, neste momento, está sensível. Ao contrário da canção anterior, em "NIGHTMARES, SHADOWS AND MEMORIES", Baby já não está mais sozinha, fantasmas a atormenta com risos, com palavras traumatizantes, contribuindo mais ainda pra sua confusão mental; Uma ponte na canção poderia enriquecer mais ainda a narrativa, mas ainda sim consegue ser eficaz com o que foi entregue. "ALCOHOL" é um grande escape, diante uma mente perturbada por fantasmas, o álcool poderia ser a brecha perfeita pra o alívio do eu-lírico; Baby permanece com letras melancólicas e progressivas na narrativa, com muitos detalhes de ambiente e sensação, com certeza um grande destaque lírico. No entanto, a progressão se quebra um pouco na faixa "FUCKED UP!", soa como uma versão clichê da anterior e não contribui com a narrativa, visto que Baby já havia narrado todos esses sentimentos anteriormente. "TO BLEED" não possui informação sobre sua estrutura, mas pela forma que foi exposta, assemelhasse como uma canção falada, ou apenas um texto, o que deixa confuso sobre seu formato; Aqui, a cantora implora pra dar continuidade com sua vida, mas algo ou alguém, sempre está em seu caminho. "MONSTER'S FRIEND" já demostra um caminho diferente do vinha sendo contado, seu contexto já mais livre e ousado; Baby aceita por um momento ser "amiga" dos seus demônios, ela ri, ela brinca, ela sai do eixo super melancólico que trilhava a narrativa do álbum por um momento, no entanto, ainda pode-se encontrar esse sentimento na ponte da própria faixa, que quebra o efeito que vinha sendo criado. A faixa que leva o título do disco, "CARNAGE", com participação da cantora Sarah Mai, acredita-se ter sido a escolha certa pro tema; Sarah é muito conhecida pelas suas canções mais obscuras, e a faixa título traz essa abordagem que trilha ali pelo terror; Baby quer seu pagamento com sangue, não há momento pra sofrimento na canção que, até o momento, torna-se o maior destaque lírico do álbum. "PHOENIX" é como virar a arma pra quem apontava pra ti, visto que Baby agora torna-se imbatível, não de forma clichê com frases de superação, mas detalhando momentos de dores que foram ocasionados por alguém. Uma canção que encaixaria perfeitamente como uma conclusão, "RAIN OF KNIVES" traz passado e recomeço, o eu-lírico em seu momento mais fraco até como ele está agora, de forma leve e um refrão poderoso. "IL RITORNO DALLA MORTE" que também não possui uma descrição sobre sua composição, se é uma canção, um interlúdio, traz uma analogia a volta das pessoas que haviam sumido, agora reaparecendo, assim como a coragem e determinação do eu-lírico também. "EPILOGUE" encerra com uma conclusão de um sonho, uma canção muito bem escrita, mas foge da ficção que havia coordenando o disco; "RAIN OF KNIVES" daria um final interessante e criativo, enquanto aqui pode-se definir como um final óbvio. O visual, que tem como creditados a própria artista, ANNAGRAM e Gabriel, traz contexto psicodélico, tons de vermelho e azul bem fortes e que se misturam durante o encarte, transparece como um encarte de Rock dos anos 80; É criativo, diferente, não tão melancólico quanto o disco demostrou ser durante mais que sua metade, mas que conecta essa questão do imaginário, visto que o psicodélico é nada mais que um estágio desconcertante da mente, e pode-se presenciar isso claramente na lírica. Em suma, "CARNAGE" é um disco criativo, sua abordagem progressiva é muito bem feita, o que é muito difícil de fazer, muitos artistas se perdem em repetições de mesmo tema, o que não acontece de forma impactante aqui; O disco apenas peca em sua organização, havia muitos detalhes que Baby poderia ter incluído para deixar sua narrativa mais precisava, há momentos confusos que poderiam ser corrigidos com apenas um pequeno "interlúdio", ou "narração", em algumas tracks; Quando você tem um disco muito bem escrito e um visual que se conecta, o próximo passo é a organização, afinal o ouvinte quer saber também da sua vontade de estar lançando um projeto importante, e o projeto deixa essa sensação de que o artista não queria compartilhar um pouco sobre a criação das tracks, do álbum, apenas que cada um faça suas próprias conclusões, o que não é um problema, apenas quando ele não consegue muitas vezes entregar opções, apenas uma sensação que soa como desatenção,. Assim, "CARNAGE" é um dos grandes discos do ano, mostra uma evolução criativa, lírica, visão da cantora na criação de um álbum estúdio, onde apenas peca por distrações. O questionamento fica, se Baby por pouco quase alcança seu ápice na sua discografia, o que ainda pode vir por aí?
AllMusic 75
"Carnage", o segundo álbum de estúdio da cantora e compositora Baby, é um disco corajoso e visceral por suas emoções mais sombrias e conflitos internos. Ao ouvir o álbum, fica claro que Baby se dispôs a abrir sua mente e coração, compartilhando experiências que são ao mesmo tempo pessoais, como também universais. No entanto, apesar da ousadia e da sinceridade, o projeto acaba oscilando entre momentos de brilho e instantes onde a narrativa perde um pouco da força. A faixa de abertura, "The Last Person on Earth", tenta pintar um cenário desolado e introspectivo, refletindo a solidão que Baby sentiu em algum ponto de sua vida. A ideia de ser a última pessoa na Terra é poderosa, mas a execução da letra deixa a desejar, não conseguindo explorar toda a profundidade que o tema oferece. É como se a música estivesse sempre prestes a atingir um clímax que nunca chega. Por outro lado, "Fucked Up!" é uma das músicas que realmente se destaca. Nela, Baby consegue transmitir de forma crua e honesta as dificuldades de lidar com sentimentos de ser usada e descartada. Há uma autenticidade nessa faixa que ressoa profundamente, e mesmo que ela possa se prolongar mais do que deveria, a intensidade emocional não se perde. A colaboração com Sarah Mai na faixa-título, "Carnage", é outro ponto alto do álbum. Juntas, as duas artistas criam uma narrativa poderosa de superação e vingança, mostrando que, quando Baby se conecta verdadeiramente com seu tema, o resultado pode ser impactante. Essa faixa mostra uma Baby determinada a enfrentar seus demônios de frente, e a energia que emana contagia. No entanto, nem tudo no disco atinge o mesmo nível. Algumas músicas, como "Nightmares, Shadows and Memories" e "Rain of Knives", acabam se repetindo em termos de tema e expressão, o que pode fazer com que o ouvinte sinta que já esteve nesse território antes. Esta última, parece ser uma continuação da narrativa de superação e resiliência que começou em "Phoenix", outra boa faixa do álbum, mas aqui o foco é menos sobre renascer das cinzas e mais sobre suportar o impacto dos ataques externos e internos. A ponte da música, que faz referências a outros trabalhos da cantora, é um dos momentos mais interessantes, trazendo uma certa continuidade à narrativa de sua carreira e criando uma conexão emocional para os fãs. Visualmente, o álbum é um reflexo do turbilhão interno de Baby. As cores saturadas e os contrastes fortes usados no material visual são impressionantes e, por vezes, desorientadores, assim como a própria experiência emocional que ela tenta transmitir. Há uma conexão clara entre a estética visual e a musical, ainda que, em alguns momentos, essa estética possa se sobrepor ao conteúdo, criando uma sensação de confusão. "Carnage" é um álbum que reflete o crescimento de Baby como artista, mas também revela algumas áreas onde ela ainda precisa evoluir. É um trabalho que merece ser apreciado pelo risco e pela honestidade, mesmo que não acerte em todas os aspectos. Baby está claramente em um caminho de autodescoberta e experimentação, e "Carnage" é um passo importante nessa jornada. É um disco que convida o ouvinte a refletir sobre seus próprios medos e inseguranças, ao mesmo tempo em que observa uma artista tentando fazer o mesmo.

Spin 80
A artista americana, Baby, lança seu segundo álbum de estúdio, intitulado de “CARNAGE”. O compilado que apresenta ao público 11 faixas, passeia pelo synthpop, rock e pop em uma emocionante jornada pessoal de enfrentamentos da artista, confrontando a si mesma e seus maiores traumas na busca de estar bem. Abrindo o disco temos “The Last Person on Earth”: A faixa é uma boa abertura, já que nos descreve e nos mostra informações pertinentes para entendermos toda a narrativa que conheceremos em seguida. A lírica empregada aqui é mista, já que talvez o excesso de descrições do ambiente tenha feito a emoção da faixa sumir em alguns momentos, mas os versos que Baby canta sobre si e seus sentimentos são pontos altos aqui, nos fazendo encontrar uma compositora sentimental e cheia de verdade para sua arte. “Nightmares, Shadows and Memories” tem uma ideia muito interessante, mas que ficou apagada com o decorrer do desenvolvimento da faixa, já que a artista não se aprofunda, deixando pontos em abertos e não fazendo o ouvinte mergulhar completamente no que ela canta. “Alcohol” é a terceira faixa do disco, trazendo a tona como o eu lírico lida com o álcool, a faixa tem seu pré refrão e refrão interessantes e inteligentes, trazendo uma lírica de qualidade alta, destoando totalmente dos outros versos da faixa que beiram o clichê. “Fucked Up!” aparece no disco com um grande frescor, a lírica e a ideia da faixa são bem desenvolvidas, não nos cansado do que é narrado aqui. A artista entrega uma bela canção para ser trabalhada futuramente. De forma crua, despida de toda maquiagem que alguém pode utilizar em suas dores, surge “To Bleed”. O que aparenta ser uma interlúde, abre de forma grandiosa a segunda parte do projeto. A americana aqui usa uma lírica extremamente no ponto com a riqueza de sinceridade que não beira a forçação, nos fazendo acreditar numa crescente gigantesca do compilado a partir desse momento. “Monster’s Friend” talvez seja a faixa com melhor desempenho em todos os quesitos de uma boa composição até aqui. A ideia da canção é fantástica, o modo do desenvolvimento e lírica são interessantes e fora da curva. Refletindo de fato que a artista abraçou seu monstro interno, entendendo-o e aprendendo algo com isso tudo, se conhecendo e amadurecendo. A primeira e única colaboração do disco é a faixa-título “Carnage”. Acompanha pela grandiosa Sarah Mai, Baby exprime toda a superação que tem tido com metáforas de assassinatos, isso é inteligente. As duas artistas tem abordagens líricas diferentes, onde a convidada opta por uma lírica mais branda, mas que mesmo assim enriquece a canção, casando perfeitamente com os versos agressivos da artista principal. “Phoenix” parece nascer de uma parte da ideia da faixa anterior, exaltando o quanto a americana é resiliente e declara isso diretamente a um certo alguém, trazendo a analogia de seria como uma fênix, onde ressurge mesmo quando todos pensam que ela tenha morrido. Alguns momentos a faixa beira o clichê, mas em outros entrega versos primorosos. Complementando a faixa anterior, “Rain of Knives” acaba sendo uma canção que não é desenvolvida de forma correta, estagnando na sua ideia e não conseguindo passar a sua mensagem, se tornando desnecessária no álbum. “Epilogue” finaliza o álbum em grande estilo, uma faixa que demonstra todo o caminho percorrido pela artista até o momento de aceitação e de todo amadurecimento. A faixa é o ápice do projeto sendo deslumbrante e de certa forma ousada demonstrando o quanto a Baby deseja ser vista como compositora. O visual que corajosamente é assinado pela própria artista, soa simplório e sem muitos desgalhes, mas não podemos aportar isso como algo negativo pelo fato que casa perfeitamente com a narrativa do álbum, até parecendo ser proposital. As cores empregadas também exprimem o que o conceito quer transpassar para o público. Devemos parabenizar a artista por ousar ter tido toda essa experiência de produzir visualmente seu trabalho. Em sumo, Baby demostra ousadia e evolução em seu mais novo álbum, entregando uma lírica melhorada em comparação com o seu primeiro álbum, mesmo que as vezes tenha pecado em desenvolvimento. “CARNAGE” prova que Baby é uma artista subestimada, e que com seu diferencial e ambição merece atenção da indústria.