“LIFE IN A NARCO STATE” é o novo álbum do cantor RAWAK, lançado independentemente no dia 13 de Dezembro de 2024. O disco promete ter um conceito único, e se inicia pela faixa-título. É uma canção extremamente densa e se perde por isso, pois parece mirar para diversos alvos e não acerta quase nenhum. “TWO WAYS” continua a narrativa e mais uma vez erra pela densidade desnecessária. Por mais que brilhe pela transparência da letra em certas partes, num geral soa redundante. “Fix Your Face” é um ar intenso e agradável na tracklist. RAWAK e Anne Ritchie se complementam muito bem, e a letra não soa cansada. É um highlight no disco. “Even Steven” soa promissora, mas acaba se perdendo pela sua extensão. Poderia ser facilmente um destaque se fosse verdadeiramente polida. “Gold Fever” se destaca pela sua iminente força em transmitir sentimentos verdadeiros, com versos que são longos, mas explicativos. “Wold Trap” segue o mesmo caminho da anterior mas, entretanto, poderia ter sido melhor polida em alguns momentos, principalmente os últimos. “You Can't Be Neutral In A Moving Train” soa misteriosa e catártica, mas acaba se perdendo nessas duas premissas. É uma boa canção, mas ainda sim poderia ser um destaque caso fosse melhor construída. “Narcomodel” traz RAWAK e Jackie harmonizando sobre uma pessoa desagradável. E bem… tudo funciona muito bem, até que a faixa acaba de surpresa. Faltou um clímax para ser perfeita. “Thank You For Loving Me” funciona muito bem na tracklist, trazendo um novo lado do universo do disco. Ela começa e termina nos momentos certos. “Smile, You're in Pain” é extremamente intensa e ao mesmo tempo contida. Traz uma ideia de oposição ao que foi dito na faixa anterior, e isso é muito bom. “Who Can Reach the Devil?” funciona de uma forma mediana no projeto. Não adiciona muita coisa no universo do disco, e possui uma qualidade ok. “A Guillotine Shivers On The Way To The Neck” é divertida e bem shady, algo convidativo e que funciona bem. Mas parece mais do mesmo em certas partes. “Going Home” finaliza o disco bem, mesmo que com uma composição que soa meio rasa. O visual, produzido pelo próprio artista, é bem interessante. Por mais que a edição soe maçante por vezes, ele faz o necessário e entrega boa parte do que era necessário. Em síntese, o “LIFE IN A NARCO STATE” é um projeto com altos e baixos. Enquanto acerta nos tópicos e em boa parte das composições, erra na densidade e às vezes na redundância, o que marca a visão geral do projeto.