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Ao tentar inovar demais, GXTY peca ao unir muitos temas em apenas um projeto, deixando a obra confusa. Com foco em falar sobre a cor azul e todo o simbolismo por trás da mesma, GXTY lança um disco que se bem trabalhado e menos abrangente poderia ter soado bem, pois suas composições são bastante interessantes em alguns pontos, o problema começa quando as músicas começam a mudar de tema radicalmente e mesmo o cantor tentando continuar uma linha tênue de coesão, não consegue se manter nela pela complexidade que se coloca ao propor temas como, tristeza, ativismo, amor e desejo; sendo assim, não é possível visualizar de forma clara o que o artista quer passar, e apesar de ser ter uma ideia, ela se confunde a todo momento e quando achamos que começamos a compreender, vemos que estamos outra vez perdidos no meio de tantas histórias, a mitologia poderia ser agregada e ter dado ao disco um novo patamar se também fosse bem trabalhada. Liricamente confuso, GXTY precisa se achar antes de trabalhar algo tão complexo e entender que muito conceito e muitos temas não fazem uma obra, trabalhar com foco em apenas um poderia ter salvo o disco. Visualmente é estranho, e apesar de não ser feio, a ideia de papel amassado soa mais coerente com o disco que algumas letras, a quantidade de elementos visuais para casar com suas letras também é um pouco confusa não agregando ao disco. GXTY pode se tornar um artista grande pois sua criatividade é muito forte e há muito o que se retirar dela, mas antes disse, se achar e ser mais paciente e organizado com suas ideias, assim, isso exigir o foco do artista tornando seus trabalhos mais coerentes e elaborados

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O primeiro trabalho de estúdio do cantor GXTY é, sem dúvidas, um trabalho que buscou ao máximo ser inovador pelos meios mais arriscados possíveis. Entretanto, o artista procurou tanto por meios inovadores e diferentes de abordar uma simples cor e os sentimentos que ela poderia trazer que não se importou com o que mais poderia impactar de verdade o público. \"BLUE\" é uma obra que não possui uma linha de pensamento ou um eixo consistente que sustente todos os temas que são propostos, o que acaba tornando a experiência ruim e todas as faixas ali presentes um compilado desconexo. No aspecto lírico, o cantor não deixa tanto a desejar. Ele consegue construir melodias satisfatórias em faixas que falam desde sexo até a extinção da arara azul. O grande problema do artista nessa questão é não desenvolver as referências que utilizou para construir a faixa no decorrer da letra, fazendo com que ele jogue toda sua bagagem cultural no lixo. Contudo, o ponto alto do disco é a música \"Nearsightedness\". No aspecto coesivo, o álbum é uma completa bagunça. Os assuntos raramente se interligam, não há nenhuma linha de pensamento lógica que sustente a ordem da tracklist, fazendo com que os temas mudem bruscamente em praticamente todas as transições entre as faixas. Já no aspecto visual, o qual é o melhor conteúdo que o disco proporciona, o trabalho é bem agradável mesmo tendo alguns aspectos exagerados, como a textura de amassado, se ela fosse mais suave o trabalho seria excelente, haja vista o contraste das imagens em azul com as fotos em preto e branco do artista. Logo, GXTY tem um grande potencial artístico e isso é notável, mas ele foi utilizado de uma maneira muito ruim nesse trabalho e esperamos que ele se desenvolva de uma maneira melhor nos próximos que virão. Abordagem temática: 40 Coesão: 30 Conteúdo lírico: 66 (x2) Conteúdo visual: 80 Média: 56

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Com um projeto caótico e confuso, GXTY nos apresenta seu debut ep, “BLUE”, projeto que deveria ter ajudado ao cantor a se elevar na indústria, mas favoreceu simplesmente a pôr um gigantesco ponto interrogativo em sua carreira. O conceito do álbum aparentava ser simples, a abordagem da cor azul explanado entre as faixas, mas não é só isso. Vikings, bússolas, tudo isso vem unificado em um conceito nada sólido e coeso. Começando pela parte visual da obra que nos apresenta inúmeros objetos de cores azuis e repetições com um significado explicado no concept mas que parece simplesmente a união de muitas ideias em um lugar só, uma completa bagunça de conceitos e estilos que mandam por água a baixo a inteira produção visual. As inúmeras informações sem um nexo lógico, os inúmeros conceitos unificados soam incrivelmente cansativos pra quem está lendo. As vezes fica mais fácil simplesmente tentar dar uma própria interpretação do que a própria explicação do cantor. A dificuldade do álbum não está só na parte visual: as composições são desorganizadas, bagunçadas sempre acompanhadas por uma misturas de esclarecimentos que não acrescentam em nada no concept geral. Com “Anodorhynchus Hyacinthinus”, o cantor já começa o álbum de maneira perdida, e isso ecoa em muitas das faixas do álbum. O único destaque do álbum é o single “Tear Dance” que soa como uma pequena luz no final de um túnel onde você está bloqueado sem saber o porque e como. “BLUE” é um desastre inicial para o cantor, que precisa ainda de muita experiência no Famous para se encontrar e trilhar uma justa estrada. Conselhos: “Esse álbum não faz jus ao seu talento, se renove, se encontre, e aí sim você poderá expressar o que você sente da maneira que as outras pessoas possam também sentir e entender a sua visão”.

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Após seu bem recebido projeto anterior, GXTY lança seu primeiro álbum como título de “BLUE”. É estranho pensar como um projeto minimamente pensado e pontuado pode ter um resultado tão diferente do que se espera, “BLUE” não é um álbum genérico, longe disso, ele possui em todos os seus momentos e em todas as suas particularidades uma explicação, o problema está em justamente não conseguir organizar isso de uma forma palatável. A complexidade de uma obra não está em como ela se constrói ou em como ela possui diversas explicações para alguma coisa, está em como uma pessoa consegue pegar algo simples e dar novos caminhos a ele; esse álbum peca nesse sentido, há tantas camadas e tantas explicações para o que está se passando, algumas delas até sem lógica alguma, que ela se sobrepõe ao conteúdo, ao teor sentimental do artista, o que está em foco aqui é o resultado, o produto e não a forma que ele foi construído, o ouvinte precisa ter todo um arcabouço teórico, quase que automatizado para poder compreender o que se passa dentro de um projeto com temática simples. Isso é um erro. É muita presunção afirmar que se conseguiu unir uma cor a um gênero musical, isso é completamente improvável de ser feito, ainda mais com justificativas que não possuem logicidade alguma; talvez seria mais viável utilizar a expressão Blue, que no inglês é algo como tristeza ou sensação de tristeza, e com isso poder representar a presença ou ausência dela, e a partir disso obter tanto um conceito complexo como algo palatável. Não é necessário trazer cultura indiana, irlandesa, usar sânscrito e pontos cardeais para elaborar algo bem feito. É demais. Até um pouco exaustivo para qualquer um que dedique seu tempo para capturar todos os pontos soltos, mesmo tendo a certeza que não há como uni-los a não ser por sua estética visual. O lirismo é bem construído, bem elaborado, mas assim como o conceito ele é contraditório em alguns momentos, assim como foge da sua proposta inicial em outros. Há uso de recursos linguísticos e uma boa escolha para as estrofes, que são enaltecidas ao invés de refrãos carregados e genéricos. Ele aborda algumas temáticas distintas como proteção a animais, amor, a busca por sua própria essência e autoconhecimento. A produção melódica é em suma o Dance e a música Eletrônica em quase toda a tracklist, foge disso em alguns momentos, mas é algo sutil, gostamos de como “Seams My Jeans” nos foi apresentada, ela traz não somente o apogeu que tanto gostamos em seu trabalho passado como a sua identidade nesta obra. Visualmente há uma regressão se comparado a Neophyte, o uso do papel amassado pode ter um conceito premeditado, mas soa simplista demais, algo que é muito usual. Gostamos de como ele faz referências as canções com imagens e com a estilogravura escolhida. Mediante todo o exposto, percebemos o quão estamos distantes do que vimos no passado, o presente trabalho é ousado, não restam dúvidas de que GXTY tem uma mente frenética e criativa, mas precisamos enfatizar que menos é mais, as coisas mais simples podem se tornar complexas e palatáveis, sem grande esforço; essa qualidade ele ainda precisa encontrar.

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GXTY lançou seu novo material: “Blue” é descrito como um material difícil de ser elaborado, mas acredita-se que da mesma forma que seja difícil para o artista elaborar, seja difícil para o leitor de entender qual o sentido geral do álbum completo e em que ponto ele quer chegar. O álbum utiliza de cores para demonstrar seu estado de espírito de forma confusa, indo do amarelo ao azul e ao vermelho, utilizando de referências indianas para tentar entregar um conteúdo mais original; no entendo, a coesão geral do trabalho é o maior problema de GXTY. O álbum começa com a faixa “Anodorhynchus Hyacinthinus”, onde é relatada como um tributo a extinção das araras azuis, que apesar de ser uma boa mensagem, não agrega em nada ao álbum e não tem conexão nenhuma com o resto das músicas. Suas composições são medianas e a que tem o maior destaque dentro o material é “Tear Dance”. Seu visual tem suas qualidades e defeitos; podendo ser trabalhado melhor em alguns quesitos, porém é fiel ao seu propósito e bem pensado. GXTY é um artista que tem uma criatividade enorme e um grande potencial para alavancar sua carreira se conseguir direcionar seus pensamentos e organiza-los. É notável seu interesse em demonstrar um conteúdo mais original, algo que deixe sua marca na indústria musical; porém o artista foi vítima do excesso de criatividade mal executada.

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GXTY lança o seu primeiro LP: BLUE é descrito pelo autor como uma experiência desafiadora, e uma versão própria do seu \"azul\". Com diversas influências e subtextos, o álbum é um prato cheio para aqueles que gostam de ler entre as entrelinhas e desvendar os mistérios colocados pelos artistas em seus lançamentos. O ponto que mais nos chama atenção de forma negativa é que GXTY parece bastante desorientado ao elaborar o conceito do álbum. Na tentativa de buscar uma abordagem original para o seu sentimento, criou-se uma confusão: mistura entre cores, citando amarelo, azul, e vermelho; apresentação de influências indo-arábicas e islandesas, além de referências egípcias... todo esse conjunto acaba formando um nó em nossas mentes e dificultando o entendimento do trabalho, o que termina dando a entender que o artista não possuiu tino na elaboração desta peça. A produção visual de BLUE possui um elemento bastante interessante e criativo: a colocação do pó azul no fim do encarte, que foi uma forma efetiva de aproximar e criar uma conexão lúdica com os fãs. Fora isso, nota-se que a produção foi bem pensada, mas sofreu em sua execução - ficando atrás do seu último lançamento, o álbum ao vivo Neophyte. Analisando a parte lírica, infelizmente o álbum abre de forma desastrosa com a faixa \'Anodorhynchus Hyacinthinus\', que apresenta uma militância seca e desprovida de sentido. \'SERIOUS?\', \'Seams Of My Jeans\' e \'Tear Dance\' são as melhores faixas das respectivas seções \"the carnal\", \"the spiritual\" e \"the mental\" definidas por GXTY na obra, pois nelas o artista demonstra maior desenvoltura enquanto compositor e apresenta um material mais firme e interessante. Juntando-se à faixa de abertura como as piores, se encontra \'Jodhpur\', que também soa muito vaga e traz referências trabalhadas de modo pouco impactante. BLUE é um trabalho muito turbulento, difícil de digerir e cheio de colocações mal empregadas. Percebemos aqui que GXTY se encontra perdido demais na elaboração desta peça, lançando algo que não é palatável de modo algum. Acreditamos no potencial do artista, e esperamos que ele tome esta experiência e fique mais centrado, lançando futuramente álbuns com conceitos mais polidos e sólidos, de modo que possa cativar com mais eficiência o público em geral. APRESENTAÇÃO DO CONCEITO: 40 APLICAÇÃO DO CONCEITO & COESÃO GERAL: 40 PRODUÇÃO LÍRICA: 60 PRODUÇÃO VISUAL (×0,5): 66 NOTA FINAL= TOTAL/3,5: 49 *Pontos Positivos: recurso criativo do pó azul. *Pontos Negativos: excesso de mitologias e referências distintas abordadas, tornando o álbum bagunçado; excesso de elementos distintos no encarte, criando uma produção incoesa (ex.: olho grego, arara azul, luva de boxe, taça etc); apresentação do conceito muito subjetiva e confusa; canções mal construídas e falhas em transmitir um significado.