Saltando para o seu sexto álbum de estúdio, o cantor mexicano Rawak disponibiliza ao mundo seu novo projeto musical titulado como: \"Heartbreak Hotel\". Em uma espécie de convite para a inauguração de seu hotel, o produtor musical atiça seus convidados com uma proposta de luxos exclusivos de sua mordomia, através do Reggae Jamaicano, com ilustres do mainstreaming do pop-rock, e alguns variados gêneros clássicos que será avistado pela frente. Em sua carta convidativa, \"Heartbreak Hotel\" foi-se construído com o intuito da restauração de dividas emocionais, que foram deixadas em cada experiência no passado, ou inserindo-se mais na narrativa, nos cômodos de quartos antigos que os abrigavam. Há cada faixa haverá um meio ou reação de lidar-se com o trauma, no entanto, conforme mais tempo você estabelece-se no Hotel, mais dele você dependerá. Em uma abertura receptiva, \"Take Me Home\" abre as alas do local, em forma de súplica do hóspede almejar cancelar seus planos e ir embora do lugar, no entanto, por alguma razão ele não consegue partir, isso o agoniza, só que o que mais ele poderia fazer? No fim, ele não estava só, mas também, não estava muito bem acompanhado. Os pensamentos do eu-lírico sonda de maneira sutil dentro da música, é perceptível ao aprofundar em sua escuta uma drástica recaída emocional, o letrista soube bem encenar esta parte da escrita. Entretanto, acenamos para que atenta-se a um verso específico, que constata a partir de \"Silenciei nosso bate-papo e quase o apaguei também\" (não foi definido qual verso seria), há momentos bem compostos, só que este verso em específico não soa necessário no trajeto da canção, que por sinal é boa introdução. Sucedendo as análises, \"Permanent\" é como se fosse um \"retrocesso\" nas memórias do persona, onde podemos entender de maneira mais ampla o que se passa na cabeça do mesmo. Aqui já constata com clareza que durante o processo de cura, o eu-lirico recorre a dar ao seu antigo relacionamento uma nova oportunidade, ou reformulando a frase: \"Abrindo uma nova porta, e trancando um antigo capítulo\", porém, aquilo não se era o suficiente, pois não havia mais encaixe para os dois, a fechadura estava enferrujada e Rawak precisava troca-la urgentemente. Ficamos aliviados por saber que o artista selecionou esta canção como o carro-chefe da obra, ela é inteligente de tantas maneiras que acreditamos que ninguém aplicará esta fórmula tão bem executada, como Rawak fez. O estimulo do Rock minimalista com a sutileza do pop, fez que a música alavancasse de maneira exponencial. Em \"Hostage\" é nítido que o eu-lírico se entrega de vez ao pecado, ele cogita fechar suas cortinas e não permitir que a luz de seu quarto revelasse os pontos imperfeitos de seu quarto, para pressentir a escrita, recomendamos que o ouvinte usufrua de sua lucidez. A composição possui uma dualidade rígida. Por um lado, é capaz de sentirmos que o personagem não está conseguindo residir com estas emoções, ele se sente em um enorme quebra-cabeça, em contrapartida, ele cogita velar estas partes maléficas, pelo fato de não saber reagir em relação à seguinte frase: \"O que virá a seguir?\". \"Close Enough\" ganha nosso selo de uma das canções prediletas do disco, sua escrita é simplória, mas crava marcas impactantes em nossas paredes. A baderna emocional aflorada e plural, o eu-lírico já não pressente uma distancia só física, mas sentimental. Os prazeres que ele adquiriu com o tempo com seu companheiro, com o tempo foi-se abandonado, a atmosfera deixada nesta faixa é extraordinária, não mudaríamos uma mobília sequer, pois o encanto já não seria mais o mesmo. \"Whispers\" uma colaboração com a renomada artista Jade X, é uma relato de uma outra perspectiva do ato da traição sob \"Heartbreak Hotel\". A canção utiliza uma forte analogia da selva, rumores sondam pelos corredores, e não se sabe sobre seus rastros de fato. A música é de certa forma bem escrita, contudo, soa confusa em diversos pontos. Algumas colocações não foram bem evidenciadas para nós, em resumo, é uma boa escrita, só que o conceito lírico sobreposta na mesma não conduziu uma boa experiência nata. \"Diet\" registra o ponto-chave do CD, a amplitude que a melodia guia o interlocutor pelo local é extravagante. A indagação do eu-lírico à respeito do romance clandestino do seu parceiro, com a ternura do personagem livrar-se de suas obrigações passionais é exclamante, a abordagem de que um relacionamento amoroso não se deve viver de método unilateral, mostra um lado amadurecido não só para o persona, quanto para a maneira que Rawak compõe. A silhueta deste aposento é estruturalmente perfeita. \"Diet\" abrange de tantas formas enriquecidas para a mente do indivíduo, que jamais questionaríamos alguma vitória em \"canção do ano\", atemporal nós diríamos. \"Emotionless\" traz uma vivência mais agressiva para \"Heartbreak Hotel\", aqui é outro registro da planta do mapa artístico de que o intérprete do álbum é um letrista versátil. Claro que há leves deslizes dentro da música, só que isto não influência tanto no apreço construída, ela expande um espaço no quarto que Rawak habitava de maneira tão aliviante, que acreditamos que foi um ótimo desabafo lírico, ainda mais quando se havia pouco espaço, como discorre a ambientação de \"Heartbreak Hotel\". \"Instinct\" cooperação com Zane, também encena de maneira simbólica um bom momento para o álbum. O duelo de narrativas e pontos de vistas divirgentes na faixa é muito bem pautada. Pode ser um equívoco nosso, entretanto, \"Instinct\" pode levar o título da melhor colaboração, não só do disco, mas também uma das mais instigantes da carreira de ambos artistas. \"Back In place\" carrega consigo como a faixa mais agridoce do \"Heartbreak Hotel\". Ela carrega pureza e tranquilidade indescritível, a inserção de um ponto conclusivo para a relação dois personagens foi calibrado com excelência. É possível nos colocarmos no lugar do personagem, e ludibriar em nossas mentes que por fim ele alcançou seu primeiro andar, e que entregava as chaves de seu quarto, \"Heartbreak Hotel\" já não lhe servia mais. Por fim, \"Sunshine Avenue\" um featuring que engloba grandes nomes do alternativo: Amália, Lashae & Stelar. Traz como despedida de sua hospedagem e das bagagens depreciativas que o acompanhara, uma música reconfortante e resiliente, a participação de Stelar e Lashae agregaram em múltiplos sentidos. Em contrapartida, Amália não foi muito bem o que aguardávamos, sua presença na obra é próximo a inexistente, pois não assumiu uma parte de sua autoria além do acompanhamento do lead artist, e um refrão de encerramento. Ganchando a situação, o refrão poderia ter sido mais retalhado, apesar disso, deu um desfecho agradável. \"Heartbreak Hotel\" é uma narrativa intensa sobre a afetuosidade que abrigou no peito de Rawak, a obra é bastante chamativa, há bastante regiões para se observar de maneira positiva. O que recomendamos ao compositor mexicano, é reparar algumas circunstâncias da obra em que soam reaplicadas em outras faixas, embora seja um projeto com intuito de dialogar à respeito do romance e do auto conhecimento, poderia ter implementado discussões evolutivas para o personagem que surtisse uma evolução mais abrangente, assim como prestar atenção em casos de que, muita desenvoltura abstrata, pode prejudicar grandes ideias, como foi citado anteriormente na resenha. Em relação a sua estética, ele foi muito bem programado, as paletas do vermelho e amarelo em contraste de alguns cenários do preto em branco, geram uma intenção sedutora para o público consumir com os olhos os encartes, as fotografias e implementação figurativas de mapa são sustentáveis, o que entrega um material satisfatório. Enquanto sua tipografia dentro do encarte, talvez poderia ter ousado em uma outra mais condizente, no entanto, compreendemos que uma fonte mais gritante poderia atrapalhar a proposta. Em suma, Rawak entrega uma aventura através de sua grande capacidade artística, \"Heartbreak Hotel\" possui uma originalidade tão extasiante, que mesmo sendo uma temática rústica, Rawak conseguiu reinventar uma proposta moderna e leal a si. NOTAS- COMPOSIÇÃO: 30/36 CRIATIVIDADE: 15/22 COESÃO:20/20 VISUAL: 20/20