WATERCOLOR é o segundo álbum de estúdio da cantora Astrid Major. E contou com a produção e composição de Rawak, Sarah Mai e Anna Fraser. Nesse disco Astrid tentou pintar um conceito de crescimento pessoal, em diversas facetas como relacionamentos, crescimento psicológico ou cronológico, como a própria artista o descreve. Mas pintar com aquarela é uma tarefa difícil, e nessa narrativa, a cantora se manchou. WATERCOLOR não mostra para o que veio, em muitos momentos o álbum parece superficial. O disco constantemente é genérico e esquecível, a cantora não se aprofunda, e alguma de suas composições não demonstra crescimento algum. A falta de profundidade por trás desse material não o favorece, e pode até cansar o ouvinte. No entanto, se você considerar WATERCOLOR menos a sério, ele se revela um álbum um pouco mais atraente do que o projeto musical que ele deveria ser. Contendo tracks boas, tracks esquecíveis e tracks que parecem plágio, como no caso de “OMG”. A cantora deveria e afastar um pouco mais de suas referências (reais), e tentar criar sua própria identidade, ciando músicas originais que demonstre de fato quem Astrid Major é. Potencial e talento são visíveis a qualquer um que preste um pouco de atenção na cantora, mas de fato essa falta de originalidade e comprometimento com sua obra, enfraquece o trabalho como um todo. Lamentavelmente! Contudo, nos raros momentos em que podemos contemplar uma obra artística, Astrid entrega isso com plenitude. Como nas faixas “Watercolor”, que encabeça o título do álbum, “Blueberry”, e a intimista “Finaly” – Que deveria se tornar single-. Astrid deveria prestar mais atenção em suas composições e conseguir gerenciar melhor a escolha de faixas que entram em sua tracklist. Enquanto a artista pode ser julgada por suas composições nem tanto originais e sinceras, a cantora cresce na hierarquia quando se trata de visual. Com um excelente encarte, e um photoshoop incrível, Astrid entrega um material bonito de ser contemplado. WATERCOLOR é um álbum que poderia ter sido melhor aproveitado, se seguisse seu conceito de forma correta, e trouxesse veracidade a sua obra. Esperamos que nos próximos projetos, Astrid se entregue mais ao seu trabalho, se inspirando em quem realmente importa, ela mesma!