Esbaldando e encaminhando alguns de seus luxos em sua trajetória, a compositora australiana Maddie Taylor acaba de lançar seu disco de estreia. Com inspirações evidentes diretamente das The Ballroom Scene, uma cultura underground do público LGBTQIA+, composto em conjunto de Alex Fleming, "LOVE & LUXURY" é um CD que busca expandir-se através da amplitude da afetuosidade, e de como tal aspecto nos retorna com a magnificência em nossos olhares. Introduzindo com "Stuck On The Dancefloor", a canção expressa a sensação da ruptura das algemas que a aprisionava, uma maneira um tanto que espalhafatoso e bem quista, o tanto o pré quanto o pós refrão servem em boa quantidade a proposta da música, com dinamismo e nos atrai para a proposta da track inserida. No entanto, em uma percepção geral da faixa, "Stuck On The Dancefloor" vemos como um lado mais teatralizado do que propriamente libertador, o ponto que peca dentro da música, possivelmente seja o seu refrão, ele possui um calibre do que a música poderia passar, entretanto, ele não acompanha o ritmo geral, um forte obstáculo do que cativante. Oposta do trabalho antecessor, a faixa-título "LOVE & LUXURY" personifica de maneira mais madura e assertiva, a proposta do que de fato seria a emancipação de um indivíduo em amplo sentido, há obra como um todo possui uma postura e ela mantém-se firmemente rígida nisso, ela imerge com precisão os degustares de Maddie Taylor por toda essa narrativa cantada, a música possui de fato um sabor para saciar o seu público-alvo, do que seria realmente um "Pop Perfection", uma melodia revigorante e esbravejante. "Private Dancer" é uma lírica que poderíamos dizer como arriscada para o disco, a composição vive dos extremos do gratificante e do tempestuoso, é perceptível que em sua leitura, é como um gráfico que apresenta uma elevação, e ao mesmo tempo momentos de inércia, ou um traço de retrocesso para a faixa. Embora que condicionemos "Private Dancer" neste parâmetro, acreditamos que a mesma poderá ser um grande divisor de opiniões para o "LOVE & LUXURY", e caberá ao público-alvo da australiana decidir como posicionar-se em respeito da canção. "Legendary Child" ousamos dizer que é um material que enquadra de fato na estética do álbum de estúdio, inclusive a mesma homenageia grandes referências dos Ballsroom, todavia, não sentimos como um forte acréscimo para o embargo lírico do projeto musical, há menções de grandes figuras e pouco fortalecimento para sustentar a proposta que o título responsabiliza-se em carregar. Em palavras mais esclarecidas, "Legendary Child" casa com a proposta do álbum, mas não agrega no seu enredo. A colaboração com a popstar norte-americana, Penelope, na track "Xtravaganza" também surte o mesmo efeito que "Legendary Child" lida. Apesar da colaboração possuir um frescor e um impacto de uma titã e uma figura emergente do pop unificadas em um grande ato, não sentimos que trouxe de fato um vislumbre de unicidade para o "LOVE & LUXURY", talvez o featuring tenha sua viabilidade maior em uma perspectiva isolada do projeto. A participação de Penelope soa como uma leve brisa, perto da radiante e escaldante que o material gostaria de entregar. O ponto positivo de "Xtravaganza" habita no Verso 2, onde a australiana domina no ato, e aparenta que de fato, está se entrosando e despojando da temática. Em sucessão, "Have You Ever Been In Love?" possui uma ternura imprescritível, a ambientação e a exaltação dos luxos que o romance pode beneficiar algo/alguém, transcende de uma maneira literal na obra. Os refrães da composição são um dos, se não, os melhores refrães que o disco pode entregar como um todo, com esta faixa, apontamos facilmente uma forte candidata de melhor track por um artista novo, ou em cenários ainda mais positivos, concorrente a Track do ano. A sutileza em embargar um sentimento tão exagerado, e tão complexo simultaneamente, faz com que "Have You Ever Been In Love?" ganha uma notoriedade especial, sem dúvidas, um verdadeiro suspiro de alivio e carisma para o álbum. Seguindo a mesma linearidade, "Walk On Me" prossegue a proposta do roteiro de "Have You Ever Been In Love?", ainda assim, o impacto que a track anteriormente citada não foi alcançada nesta atual. Claro que, "Walk On Me" possui vulnerabilidades mais sucintas, como o seu Outro e a ponte trabalha, no entanto, Taylor enfrenta a mesmas dificuldades das suas músicas já mencionadas: Versos que possui escalas e declínios, e um refrão que não chamusca para a música. "Sweet Angel" canção que íntegra outro nome renomado da Pop Music, Outtathisworld, é uma colaboração funcional. A construção da sensação de algo agridoce no ar é muito bem desenvolvida, e chega a ser reconfortante ver que é uma parceria que agrega no repertório musical de Maddie Taylor, pois mesmo que haja breves deslizes dentro dos versos da adquirente dos direitos da obra, a cooperadora canadense soube suprir as falhas com seus trechos que transformavam breves falhas em ouro, sendo totalmente superável tais vistas. "Piece Of Me" é sem dúvidas, um dos grandes atos da música pop atual, é uma vibração ardente no meio de tantas incertezas, não é atoa que a própria foi carro-chefe do disco, e que arrematou diversas conquistas para a letrista australiana em sua carreira. Em comparação geral, o que faixas do "LOVE & LUXURY" possam ter pecado, é não ter seguido a avidez que "Piece Of Me" gerou em seus ouvintes, algo sucinto e entrosado, chega ser um grande marco para o repertório artístico da cantora, é um pedaço muito bem preenchido, como diz a letra da mesma. Outro ato colaborativo para o "LOVE & LUXURY", desta vez com a magnata Colen, "Paris Is Burning" é outra participação bastante entrosada, aqui sentimos uma ousadia e um ar de vivência, talvez esta parte tenha vindo de Colen, afinal, a mesma também é uma grande contribuinte para o cenário da Dance Music, os versos possuem voracidade e elegância caminhado lado a lado, embora que, o refrão não seja nenhum pouco chamativo com a proposta inserida, há bastante fruto para se tirar de "Paris Is Burning". "Mother of The House" em nossa concepção, é a faixa mais fraca de todo o disco. A mesma lida com os casos de "Xtravaganza" e "Legendary Child", porém, a forma como a abordagem do Ballroom que a Maddie Taylor tanto explícita como referência, desta vez se excede e transforma-se em algo gritantemente genérico, mesmo que o primeiro e o segundo verso tenham sido bem executados, eles não escapam da garra do banal, e logo isso será explicado nas conclusões da avaliação, logo, não é uma canção que de fato nos agradou. "Step Back In Time" é visto como um "reboot" das noites turbulentas nas pistas de dança, desta vez Maddie está acompanhada do extraordinário Noan Ray, e uma figura já vista em todas as faixas do disco, mas que não perde o prestígio, Alex Fleming. Aqui é apontado como a melhor das participações do disco, não que as demais fossem de péssima qualidade, e sim que, ela escapa totalmente do nicho trabalhado. Neste ato, Maddie Taylor não é devorada por seus colaboradores, ela está par a par dos mesmos, a adição de Noan Ray em "Step Back In Time" foi valioso para Alex Fleming & Maddie Taylor em "LOVE & LUXURY", definitivamente, uma boa música para se ouvir em grandes eventos festivos. "That's How You Do A Ball" tem sua cor e sua personalidade, embora que já tenhamos visto este diálogo nas faixas anteriores, o single tem o seu local para dizer como faz uma boa presença, mesmo que, com decorrer de sua lírica, enfrenta o mesmo impasse do refrão não-assertivo, e de excesso da abordagem generalizada. E para concluir o disco, "POSE!" encerra o disco de maneira um tanto que morna em nossas expectativas, provavelmente em outros momentos do disco, ele teria tido seu triunfo, todavia, ao encerrar o disco, o mesmo não conseguiu se responsabilizar para dar um desfecho avassalador. Partindo para avaliação da estética, o visual é responsabilizado pela nipônica Tammy & a britânica Sillum, que atua como nome principal da produção do álbum. Claramente, "LOVE & LUXURY" foi muito bem cuidado quando nós falamos de trabalho visualmente executado com excelência, os tons rosados arquitetam-se tão bem um ou outro, fotografias muito bem selecionadas para representar a vibração desejada, é um trabalho gritante para categorias que englobam o visual, e que demanda do mesmo, é um dos maiores caprichos de Sillum, e ficamos felizes de ver que a mesma deu o vigor para o material. Numa análise general, "LOVE & LUXURY" possui o aspecto divertido para que o público da cantora australiana desejava, entretanto, o álbum de estúdio chega tornar-se redundante e exaustivo, de tantas vezes que a temática, que já se foi abordada, reprisava. Esboçando nosso sentimento de que, tanto Maddie Taylor quanto o seu co-compositor, Alex Fleming, falharam na versatilidade que o CD podia ter abrangido, principalmente quando nós falamos sobre o esplendor e a afabilidade. Outro ponto a se constatar é a superficialidade do conteúdo do disco, a maneira em que os Ballrooms foram atrelados a uma noite constante, torna a trama totalmente supérfluo, isso faz que "LOVE & LUXURY" torne-se um álbum limitado a uma zona de conforto, o que não esperávamos da australiana, visto que é uma figura desinibida e sedenta pelo perigo. Sentimos falta da autonomia de Maddie Taylor dentro de seu disco de estreia. Entretanto, é preciso respaldar que tal fala citada não é voltada para menosprezar, ou desqualificar a participação dos demais compositores dentro do "LOVE & LUXURY", e sim cativar a letrista arriscar-se mais em suas próprias palavras, acreditamos que seu disco de estreia é um sinal majestoso que, depositamos esperança nos passos futuros de Maddie, para que a própria possa cravar sua marca, dentro do Pop Music.