# | Título | Tipo | Streams | |
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1 | Vicky Van der Waals | track | 35,136,836 | |
2 | Vicky Van der Waals | track | 35,543,719 | |
3 | Vicky Van der Waals | track | 35,561,079 | |
4 | Vicky Van der Waals | single | 1,484,852,195 | |
5 | Vicky Van der Waals feat. Rubia | single | 1,470,257,018 | |
6 | Vicky Van der Waals | track | 35,318,582 | |
7 | Vicky Van der Waals feat. Maeve Valentine | track | 35,301,312 | |
8 | Vicky Van der Waals | track | 35,240,660 | |
9 | Vicky Van der Waals | track | 35,136,836 | |
10 | Vicky Van der Waals | track | 35,664,945 |

All Music 86
Iniciando a sua trajetória pela indústria musical, Girlhood é apresentado como a grande aposta da atriz, cantora-compositora norte-americana Vicky Van der Waals. O álbum é um reflexo da adolescência, tendo como ponto central os romances vividos e não vividos pela intérprete, o que dá a primeira impressão de que o projeto flue como os pensamentos de uma adolescente. Em momentos, Vicky está instável, apaziguada, ou completamente sensível - conforme apresentado nas canções Lyric Therapy, Girlhood e a faixa-título. A proposta do álbum não é mudar a roda, e sim se encaixar nos parâmetros que fazem ela rodar. Vicky não apresenta nada inovador em suas letras, mas tudo parece fresco e inesperado em momentos onde álbuns teens não são a grande febre do momento. Seguindo com a contextualização do álbum, Waals apresenta ter viver sua adolescência com intensidade, que já é apresentada na faixa inicial, um ótimo pontapé no disco por quebrar a visão de estrela-teen, dizendo que ela quer ser mais que isso e que de fato, promete agitar as coisas. first last kiss mostra uma vulnerabilidade um tanto ingênua e recheada de sonhos, dando quase uma impressão de um conto de fadas, só que realista. Uma qualidade positiva da composição de Waals é conseguir balancear a fantasia com a realidade de forma objetiva. As seguintes canções "the clown" e "mary sue" são essenciais para unir o projeto todo, inseguranças fazem parte de todo adolescente, e um dos momentos que marcam a transição para a vida adulta, em ambas músicas, Vicky está em busca de si mesma, se colocando atrás das críticas e evitando que as pessoas criem alguém que ela não é. Entre versos bem colocados e referências que criam esse universo, tanto the clown, como mary sue, são os destaques do projeto. Pareando com a estrela latina Rubia, lullaby é tudo menos uma canção de ninar, as estrofes são efervescentes e os versos de Rubia são bem colocados com a canção. Colocando de lado a sua vulnerabilidade para trazer finalmente a experiência da adolescência que é projetada, never have I ever... é uma canção divertida, fazendo um jogo de palavras com a brincadeira do "Eu nunca", Waals projeta uma cria o cenário de uma house party caótica, colocando todas as suas experiências em jogo de forma sarcástica. Vicky e Maeve se unem na melancólica mrs. might-have-been, onde mais uma vez, as inseguranças de Waals são colocadas nas linhas e sobre às expectativas alheias que possuem dela, apesar de uma boa canção, nessa altura do campeonato, ela soa como algo já visto, o ponto que diferencia ela das demais é que a relação com seu pai é evidenciada, podendo criar demais camadas para a música. Com os visuais, Vicky cria essa atmosfera brincalhona e ingênua da sua adolescência, tendo o ponto de destaque pelas edições que trazem o ensaio a vida, encaixando o projeto como um só, desde os visuais até as letras. Na totalidade, Waals traz suas primeiras impressões para a indústria de forma objetiva: ela quer viver o máximo que tem para viver. E em um apanhado de dez canções, consegue deixar sua marca como uma estrela teen.
Los Angeles Time 90
Em sua estreia na indústria, Vicky Van der Waals lança seu primeiro álbum intitulado \"Girlhood\", que explora um misto de experiências em uma fase que pode-se dizer muito importante na vida de qualquer pessoa, que é aquele período de transição de um adolescente para um jovem adulto, mas que ainda não sabe se ainda qual lado o pertencente, onde sua cabeça está mais voltada neste momento. Um conceito muito bem criativo e divertido, que de primeira gera uma grande curiosidade pra o que pode ser apresentado adiante. A cantora explica que o álbum não possui linha de tempo e o ouvinte apenas deve se aventurar nessas experiências transcritas em letras. A faixa abertura, \"stir the pot\", seguindo adiante com \"first last kiss\", traz esse contexto de "esse é o momento", essa é a hora de aproveitar o seu melhor momento e não deixe que ele passe; A abertura é muito bem escrita e uma grande introdução que eleva a curiosidade do ouvinte para as próximas, como a citada, \"first last kiss\", que faz jus essa a mensagem passada pela própria Vicky; Em uma canção divertida e com um instrumental com uma pegada pop adolescente anos 2000; As canções seguintes rompe com uma caminho que vinha construindo no começo, de uma forma que a cantora decide tratar de temáticas mais sérias e deixa a diversão de lado. Com \"the clown\" e \"mary sue\", a escrita é elevada a outra patamar, mas há uma quebra de tom bruscamente de forma que não foi feita uma transição agradável, no entanto, nessas canções, especificamente em \"mary sue\", o potencial de compositora de Vicky é de arrepiar. A \"canção \"Lullaby\" traz de volta uma temática mais adolescente com um tom que foi introduzido no inicio de disco, é inocente e ao mesmo tempo mostra uma visão de tristeza em uma expectativa que pessoas adultas podem achar clichê, mas aqui combina perfeitamente. \"never had I ever...\" é sagaz, é rebelde e com um refrão viciante, quem nunca viveu uma experiência dessas em seus anos imperfeitos? Ou quem não quis?; Em \"mrs, might-have-been\" é um caminho sábio que Vicky escolheu abordar, visto que em álbuns com temáticas como estas, adolescentes costumam buscar conceitos problemáticos que, as vezes, fazem parte da vida deles, mas por serem novos, não sabem os limites do que deve ser dito; Nesta faixa, especificamente, há uma mensagem madura e inspiradora, de longe uma das melhores canções do disco. A faixa título \"girlhood\" e \"lyric therapy\" poderiam ser uma só, a escrita e o objetivo são os momentos, é como se elas fossem escritas no mesmo dia, ou no mesmo momento. Por último, \"silver lining\", uma canção belíssima, encerra esse círculo caótico, sábio, bem organizado, liricamente inspirador de \"Girlhood\" de Vicky Van der Waals. O visual foi produzida pela própria cantora com ajuda dos talentosos PRAYOR e Tammy, e reproduz tudo que dito liricamente, é jovial, é brincalhão, mas ao mesmo tempo confuso, como uma mente de um adolescente que está se tornando adulta. Vicky Van der Waals faz sua estreia de forma fenomenal, com personalidade e objetivos, seu projeto equivale a um trabalho de uma pessoa que está na indústria há muito tempo, como uma veterana.

Billboard 88
Vicky Van der Waals emerge como uma artista multifacetada em seu álbum de estreia, “girlhood”, uma obra que transcende os limites dos gêneros pop, rock e dance. Lançado de forma independente no dia 23 de novembro do ano 11, o álbum é uma imersão profunda nas complexidades da adolescência, explorando temas que vão desde a efervescência romântica até as inúmeras turbulências da juventude. O trabalho, primariamente escrito pela própria Van der Waals, com créditos adicionais de Rubia e Maeve Valentine, destaca-se por sua autenticidade e por abraçar uma produção conduzida pela própria artista. A presença marcante de Tammy e PRAYØR na responsabilidade pelo HTML e merchandising, respectivamente, adiciona uma camada adicional de criatividade ao projeto, evidenciando uma abordagem holística e contemporânea na sua realização. “girlhood” revela-se como um caleidoscópio musical, movendo-se habilmente entre faixas pop-punk energéticas e baladas pop profundas. A influência dos gêneros e cantores favoritos de Vicky está evidente, criando uma atmosfera sonora que é, ao mesmo tempo, nostálgica e inovadora. A cantora, compositora e atriz revela sua destreza em explorar nuances emocionais, oferecendo aos ouvintes uma jornada cativante por suas experiências aos 17 anos. O título do álbum, “girlhood”, transcende sua definição literal, representando não apenas o estado de transição entre a garota e a mulher, mas também uma exploração corajosa das complexidades dessa fase. Em uma entrevista reveladora, Van der Waals compartilha que o álbum não segue uma linha do tempo linear, mas sim busca convidar os ouvintes a "entrarem dentro de sua cabeça" durante o processo de composição. Esta abordagem não convencional permite uma imersão profunda nas mentes fervilhantes e inquietas dos jovens ávidos pela vida, capturando um turbilhão de pensamentos e preocupações a cada segundo. Ao explorar as dificuldades da adolescência e os altos e baixos dos romances, “girlhood” revela-se como uma obra introspectiva, onde cada faixa é uma peça no quebra-cabeça complexo que é a jornada para a maturidade. A artista utiliza sua voz poderosa para transmitir emoções autênticas, mergulhando os ouvintes em uma experiência sonora que transcende as barreiras do convencional. A faixa de abertura, "Stir the Pot", instiga os ouvintes a abraçarem sua independência e desafiarem as expectativas sociais. A letra, carregada de urgência, transmite a necessidade de viver o momento, rejeitar normas ultrapassadas e deixar uma marca única na história. A expressão "stir the pot" no título sugere uma chamada à ação para provocar mudanças e romper com convenções, estabelecendo desde o início uma energia vibrante e desafiadora. A segunda faixa, "First Last Kiss", narra uma noite de formatura memorável, descrevendo um encontro mágico entre dois desconhecidos como um conto de fadas. Os versos habilmente pintam a intensa conexão durante o baile, enquanto a melodia transporta os ouvintes para esse momento especial. No entanto, a reviravolta na história, com um desaparecimento abrupto após o primeiro (e último) beijo, adiciona uma camada de melancolia à narrativa, tornando-a inesquecível. Em "The Clown", Vicky expressa o cansaço de ser constantemente o "palhaço da turma". A letra reflexiva reflete sobre a busca por respeito, quebrando a persona cômica estereotipada. A música explora alternativas de identidade, destacando a decisão de não mais aceitar ser alvo de piadas. A combinação de elementos sonoros e líricos confere à faixa uma autenticidade emocional que ressoa com muitos que já se sentiram presos em papéis predefinidos. A quarta faixa, "Mary Sue", é uma sátira musical que critica o conceito de um personagem fictício idealizado e perfeito, frequentemente chamado de "Mary Sue". A letra brinca com estereótipos, criando um personagem que se encaixa nos padrões predefinidos de perfeição, mas revela uma solidão subjacente e a sensação de ser descartado. A abordagem satírica é refletida na composição musical, que mescla ironia e melodia de forma envolvente. "Lullaby" explora a tristeza e desilusão pós-término de um relacionamento, destacando a busca por cura e renovação. A tentativa de encontrar conforto por meio de uma canção de ninar adiciona uma camada poética à narrativa. As cantoras compartilham experiências dolorosas, criando uma atmosfera emocionalmente carregada que ressoa com a vulnerabilidade humana. A sexta faixa, "Never Have I Ever...", leva os ouvintes a uma noite fora do comum, repleta de reviravoltas inesperadas. A letra, envolta em uma atmosfera divertida e única, destaca momentos como um beijo triplo e uma partida de strip poker. O título, fazendo alusão ao jogo "Eu Nunca", acrescenta um toque de irreverência à narrativa, oferecendo uma experiência auditiva inusitada. A sétima faixa, "Mrs. Might-Have-Been", explora as experiências de duas mulheres enfrentando expectativas não atendidas e desafios na vida. A celebração da força mental e resiliência daqueles que resistiram às adversidades é o cerne da canção. A combinação de instrumentação e letras proporciona uma celebração emocionalmente poderosa da força interior. A faixa-título, "girlhood", aborda as pressões enfrentadas por jovens mulheres em relação à imagem corporal. A letra transmite o medo de encarar o espelho e a pressão para atender aos padrões estéticos durante a adolescência feminina. A melodia, por sua vez, reflete a tensão emocional, proporcionando uma experiência auditiva envolvente e reflexiva. "Lyric Therapy" é uma reflexão sobre a expressão pessoal e a escrita como ferramentas para enfrentar desafios emocionais. A música explora a terapia por meio da criação musical, onde as palavras se tornam uma melodia para a cura e autoconhecimento. A fusão de elementos líricos e instrumentais cria uma experiência contemplativa que ressoa com a jornada emocional dos ouvintes. A faixa que encerra o álbum, "Silver Lining", fala sobre uma jornada de autodescoberta após um período de incerteza. A narradora supera desafios, abraçando sua própria companhia e amando suas imperfeições. Apesar de despedidas, a música destaca a possibilidade de reencontros, culminando na narradora emergindo pronta para enfrentar o futuro. A composição fecha o álbum de maneira emotiva, deixando os ouvintes imersos na mensagem de esperança e autenticidade. Em resumo, “girlhood” não apenas solidifica Vicky Van der Waals como uma artista a ser observada, mas também oferece uma trilha sonora cativante para todos que buscam explorar as nuances da juventude e da busca pela identidade. Com sua mistura eclética de gêneros e letras sinceras, este álbum inaugura uma promissora jornada musical para a talentosa artista.

Variety 84
“Girlhood” é o álbum de estreia de Vicky Van der Waals, uma jovem estrela que apresenta ao público um disco que promete fazer com que os ouvintes entrem em sua cabeça e em seus pensamentos numa aventura por sua vida pela adolescência. “stir the pot” abre o álbum com uma mensagem de certa revolta - aqui a artista diz que os jovens devem se despreocupar e se desprender das cobranças e pensamentos do mundo sobre o que deve ser feito ou não - é uma canção interessante, que por mais que possa conter algumas palavras menos convincentes/complexas no início, se encontra logo após o primeiro refrão, que intensifica sua mensagem e norteia o leitor. “first last kiss” acaba entrando um pouco no mesmo deslize da anterior, mas aqui a construção dos acontecimentos consegue diminuir a estranheza de algumas palavras mal encaixadas, descrevendo com maestria os diversos detalhes da faixa. “the clown” torna o disco mais sério em sua abordagem, aqui dissertando-se sobre ser vista como uma piada e querer mudar essa realidade danosa a sua integridade como pessoa. A composição traz uma estrutura mais clara, com expressões que mergulham nos sentimentos descritos com mais facilidade e harmonia. “mary sue” continua essa linha, mas aqui trazendo uma crítica universal que se encaixa a diversas realidades e idades; lidando com esteriótipos sobre as mulheres num geral, a composição é conduzida com um ótimo jogo de expressões, que enriquecem a mensagem pelo constante uso da ironia e de uma quebra de expectativa com o desenvolvimento da faixa. “lullaby” traz a artista argentina Rubia a um dueto sobre corações que foram partidos por um término doloroso. É uma canção muito bem construída, entretanto poderia ser melhor caso as linhas de Rubia no terceiro verso fossem melhor distribuídas e alocadas, algo que traria um highlight mais forte. “never have I ever…” traz um momento de descontração maior para a tracklist, aqui narrando uma noite de festa com diversas novidades na vida de Vicky. Talvez a letra não traga tanta polidez quanto as anteriores, mas é válido destacar que a canção traz um lado mais ousado e inexplorado da artista para os ouvintes. “mrs. might-have-been” é responsável por trazer novamente ao disco mais uma mensagem forte aos ouvintes, aqui sobre as dificuldades e cobranças da vida, principalmente da que está perto de se tornar a vida adulta, mas mostrando que nem sempre o caminho a ser seguido é o mesmo para todos. Colaboração com Maeve Valentine, as artistas conduzem perfeitamente a canção, e aqui o uso de palavras mais diferentes acaba “caindo como uma luva” por trazer mais conteúdo em si. “girlhood”, canção responsável por carregar o título do disco, mostra Vicky ainda mais vulnerável. A letra ainda traz uma composição com a aura adolescente, mas mostra a fragilidade da artista ser mais forte com os relatos dolorosos das práticas feitas por conta de uma distorção e falta de aceitação do seu próprio corpo. “lyric therapy” conversa com diversas canções do disco; principalmente pelo fato de tratar da composição e da confissão pela escrita como um escape e terapia de todos os medos, dores e inseguranças da artista. Talvez a canção teria um melhor aproveitamento caso tivesse mais versos. “silver lining” finaliza o disco com uma certa síntese de tudo abordado, mas com uma mensagem de superação e de conhecimento de si mesmo, por mais que as adversidades tentem o contrário; é bem conduzida e composta, finalizando com maestria. O seu visual é simples e objetivo, traduzindo a adolescência a páginas coloridas, com tons pastéis e recortes que transportam o ouvinte a discos dos anos 90 e 2000. Importante salientar a ausência de letras do álbum no encarte, assim como um melhor polimento da tipografia secundária (usada nos créditos), que acabam prejudicando a estética e a experiência visual por não imergir com tanta fidelidade o leitor. Num geral, “girlhood” traz Vicky em uma jornada bonita e promissora, mostrando sua visão e experiências sobre o mundo e a adolescência com uma ótima condução pelo percurso.

Spin 80
"girlhood" é a aposta de Vicky Van der Waals para estrear na indústria como a nova face do pop. Flertando também com o Rock, a cantora inicia a trajetória do disco com "stir the pot", que é rebelde, gritante e faz jus ao gênero. É uma canção que quer ser adolescente, algo que Avril Lavigne ou Olivia Rodrigo lançaria em início de carreira e o refrão consegue referenciar tudo isso. "first last kiss" é divertida pela divisão de acontecimentos que permeia a música. Iniciando com aquele sentimento de euforia antes de um beijo, aquele clichê de prícnpe encantado, porém, logo em seguida uma noite calorosa acontece e um alguém deixa Vicky de lado, come, desaparece. Ainda assim, o beijo foi tão bem que Der Waals ficou enfeitiçada. É uma lírica supra clchê, mas é envolvente. A terceira faixa, "the clown" é muito precária e sem graça. A letra da track utiliza de trechos tão cringes "Scary on the outside but still very nice" e "Why couldn't I be the bubbly and flirty one?" que é um momento de queda do álbum. Prosseguindo para uma faixa muito madura, Vicky Van der Waals canta e critica o modelo da perfeição feminina em "mary sue". A composição é excelente e passa mensagem social com muita força e, por fim, é um apogeu do "girhood". A primeira colaboração do disco, com Rubia, aparece na faixa "lullaby". O synth-pop surgen como uma balada e deixa pra lá or acordes de guitarra e, em nostalgia, a dupla coopera para uma faixa mais emotiva e melancólica. A letra expressa bem os sentimentos de "você está melhor longe de mim?" ao mesmo tempo que busca sua redenção: "Everyday I'm trying to find a new beginning". "Girlhood" é uma obra de Vicky Van der Waals que se distingue pela sua profunda exploração de temas como resiliência, pressões sociais e autodescoberta. Faixas como "Mrs. Might-Have-Been" e "Girlhood" delineiam as lutas enfrentadas pelas mulheres contra expectativas não cumpridas e padrões estéticos impostos. "Lyric Therapy" reflete sobre a expressão pessoal e a escrita como instrumentos para enfrentar desafios emocionais. Por fim, "Silver Lining" encerra o álbum com uma narrativa de autodescoberta e esperança após períodos de incerteza, celebrando a fortaleza interior e a capacidade de superação. A sinergia entre elementos líricos e instrumentais proporciona uma experiência reflexiva e envolvente para os ouvintes, demonstrando a maturidade artística de Vicky Van der Waals em sua estreia. Este álbum promete uma jornada musical emocionante, enriquecida por uma fusão eclética de gêneros e letras profundas, que ressoarão com aqueles que buscam explorar as nuances da juventude e da identidade, transmitindo uma mensagem de esperança e autenticidade.

Pitchfork 87
"girlhood" é o álbum de estreia da cantora, compositora e atriz Vicky Van der Waals, uma jovem que promete trazer um trabalho relatando seus conflitos e experiências boas e ruins durante sua adolescência em uma aventura que mergulha no Pop, Dance e Rock. O trabalho com a energética "stir the pot", uma canção que fala sobre a juventude e sobre abraçar essa fase como algo bom, onde você pode cometer diversos erros, que no fim fazem parte dessa fase. A canção é curta, mas consegue cumprir com a sua proposta de maneira divertida e leve, contendo versos objetivos e claros e que trazem uma lírica bem interessante. "first last kiss" descreve uma noite de formatura, onde duas pessoas desconhecidas se encontram e se beijam, mas aquele seria o único beijo entre os dois, já as duas pessoas acabam se desencontrando na festa e nunca mais se achando. A estrutura da canção é muito boa e consegue entregar uma ótima canção, com versos lineares e um refrão muito bem construído. "Mary Sue" entra como uma canção muito bem escrita e com uma ideia muito boa. A canção mostra uma personagem perfeita em todos os sentidos, beleza, personalidade, tudo e que todos amam. Mas, que se sente sozinha e vazia com tudo isso. O versos são extremamente bem escritos e trazem uma lírica mais madura e em relação as faixas anteriores do projeto. "mrs. might-have-been" traz uma colaboração com a cantora Maeve Valentine, em uma faixa que descreve o poder de superar as adversidades da vida e ter a sua força interior intacta. As duas artistas combinam de forma imediata na canção, tendo uma harmonia invejável. Os versos são muito interessantes e mostram uma lírica bem madura e adulta para o projeto, o que acaba sendo um ponto positivo. Na penúltima canção do trabalho, "lyric therapy" temos uma das melhores canções de todo o projeto. A canção descreve como para muitas pessoas a escrita acaba sendo uma terapia, servindo para desabafar e trazer muitas coisas que são difíceis de falar, mas escrevendo acaba se tornando algo fácil. A escrita é algo poderoso para quem deseja utilizar, sendo uma grande força para uma terapia. Os versos da canção são melancólicos e trazem uma canção extremamente bem composta, Vicky nessa canção se mostrou como uma compositora muito promissora. "silver lining" encerra o disco de forma majestosa, trazendo uma composição sobre superar todo o período ruim e começar a apreciar a sua própria companhia. A canção tem um lírico leve e calmo, mas que traz um tom de melancolia muito interessante para todos os versos. No fim, ainda deixa em aberto para um possível reencontro de Vicky. Falando na parte visual do projeto, trabalho realizado por PRAYØR, Vicky e TAMMY, temos um visual belo e totalmente teen, com muitas colagens como em revistas e jornais e um encarte limpo e belo, sem precisar de muitos efeitos de edição. Tudo acaba sendo harmônico e consegue entregar toda a atmosfera que Vicky nos apresentou no disco, sendo no geral, um trabalho visualmente incrível. "girlhood" é um álbum de estreia muito interessante, por fugir dos grandes e complexos conceitos, e trazer algo simples e divertido. Em alguns momentos a composição de algumas faixas acaba sendo um pouco simples demais, o que acaba afetando um pouco o trabalho no geral, mas todos os destaques do álbum são faixas extraordinárias. Vicky Van der Waals mostra que já chegou na indústria de forma forte e pronta para dominar o cenário teen atual, sendo "girlhood" um disco perfeito para qualquer garota que passa, ou já passou pela adolescência.

The Boston Globe 88
“girlhood” é o álbum de estreia da cantora e compositora Vicky van der Waals. Descrito como uma narrativa não-linear dos últimos anos de sua adolescência e suas reflexões para a chegada da vida adulta, é um projeto que chega de supetão na indústria sem singles prévios, algo incomum nos métodos de lançamento, deixando que o ouvinte lide com todas as faixas como inéditas de uma vez. O álbum começa com a faixa “stir the pot”, um pop rock reminiscente da década de 2000 que discute o potencial da juventude na sociedade contemporânea sem soar clichê ou distanciada; Vicky assume por conta própria o ponto de vista de uma jovem cansada de ser desmerecida por gerações mais velhas e usa de assertividades para estabelecer que chegou para ficar, sendo uma canção já em altos níveis para o projeto aqui. “first last kiss”, por sua vez, conduz a narrativa de uma dança de baile em convergência com metáforas de cavalheirismo e contos de fadas para retratar como a cantora se sente enfeitiçada pelo momento apenas para perdê-lo de vista logo em seguida, exatamente como na história de Cinderela; a imersão imagética é a maior força de Van Der Waals aqui. “the clown” desbrava o pop alternativo enquanto Vicky descreve juras de como não quer mais ser tratada como um alívio cômico por seus contemporâneos, seja em ambientes familiares, escolares ou musicais. O modo leve como ela promete ser maior do que todas as personalidades que colocaram sobre si mesma ao longo da vida acaba tornando a faixa um ótimo potencial para single, vista a sua aceitação pelo público mais jovem que certamente vivencia tais versos. A canção “mary sue” retoma o estilo pop rock e usa de ironias e comparações para retratar a figura de uma jovem garota que ainda se sente inocente em alguns momentos, mas é esperta o suficiente em outros e usa isso como arma pessoal para subir na vida, sendo mais um potencial para single devido a sua narrativa mais fictícia e imagens perfeitamente descritas sobre uma pessoa que apenas “segura as pontas” até não poder mais ser a personalidade rasa que sempre se mostra ser. “lullaby” é uma colaboração com a cantora Rubia e traz um teor mais intimista não visto antes no álbum; as artistas discutem entre si mesmas as consequências e a rotina após um término de relacionamento onde elas se sentem mais afetadas do que seus antigos parceiros, cantando músicas de ninar a si mesmas até se sentirem prontas para seguir em frente. É o tipo de canção que o público certamente esperaria de Vicky dada a sua idade, e a adição de Rubia traz um peso maduro à história que eleva o impacto emocional. “never have I ever” se mostra a faixa mais divertida do álbum até aqui; a cantora conta aos seus ouvintes sobre uma noite de festa, bebidas e jogos entre amigos que rende as primeiras experiências maduras de Vicky sob uma aura de experimentação consensual, o que torna a faixa uma das melhores pela liberdade que ela sente ao escrever sobre tais fantasias se tornando realidade. “mrs. might-have-been” retoma as vibrações líricas de “stir the pot” no sentido em que, em uma colaboração com a cantora Maeve Valentine, Vicky descreve a sensação de decepcionar expectativas jogadas sobre ela para se tornar uma garota exemplar; nem ela e nem Maeve correspondem a essas expectativas externas, mas onde elas poderiam ser “desperdícios de potencial”, ambas se consagram como donas do próprio destino, sendo um dos destaques positivos do disco por tal. Em seguida, temos a faixa-título, “girlhood”, responsável pela letra mais introspectiva de Van Der Waals, onde ela divaga sobre as dificuldades de meninas adolescentes em se sentirem bem com suas próprias peles, citando momentos de distúrbios alimentares e psicológicos que são mais comuns entre essa camada da sociedade do que nos acostumamos a admitir; a sabedoria com a qual a artista fala sobre isso impressiona, algo visto em frases como “garota prodígio é A+ em matemática por contar calorias”, ao mesmo tempo que ela ainda se vê com bastante inocência dentro de sua idade. Em “lyric therapy”, Vicky decide redirecionar todos os seus pensamentos mais conflitantes para a terapia da escrita, pondo em palavras tudo o que ela não consegue externalizar em sua voz no dia a dia; sendo uma das letras mais passíveis do público se identificar, é também um dos pontos altos do disco, ainda que já perto do final. Por fim, “silver lining” termina o conteúdo lírico de “girlhood” em uma nota de esperança para o que o futuro reserva para a cantora; Van Der Waals admite suas falhas no processo de autoconhecimento, mas também descreve momentos em que sua própria companhia se torna o suficiente para ela se sentir bem consigo mesma, algo importante para jovens da sua idade. Em relação ao conteúdo visual, produzido pela própria artista em parceria com PRAYOR e TAMMY, “girlhood” também impressiona pelo refinamento em seu design textual (os poucos erros de digitação de inglês são notórios, mas não atrapalham a visualização para os mais leigos) e fotográfico, completo em todas as abas, sendo uma estética 100% juvenil e que combina não só com a personalidade que o ouvinte percebe nas composições de Vicky como também com a personalidade do título da obra, sendo um casamento perfeito entre as camadas. Em resumo, é um projeto de debut quase perfeito para uma artista que não se considera perfeita; enquanto ela se sente no limiar entre uma garota e uma mulher, o ouvinte se sente no limiar entre inocência e sabedoria, e a junção dos dois dilemas torna a experiência “girlhood” interessante de se acompanhar.

The Line Of Best Fit 85
Vicky Van Der Waals surge com seu primeiro álbum de estúdio, intitulado de ‘girlhood’. O projeto é um tributo a adolescência, refletindo sobre todas as dores e glórias típicas dessa fase. O álbum se inicia com a cativante e energética ‘stir the pot’, que conta com composição direta e de versos curtos – O que não significa algo ruim – a composição é muito bem escrita e desenvolvida, trazendo boas reflexões sobre a relação entre adolescentes e adultos. ‘first last kiss’ envolve o ouvinte em uma dança, que em um primeiro momento soa apaixonada, mas depois se revela em uma música triste, de desencontro. Embora a composição não seja tão cativante quanto a primeira, ainda assim há uma solidez na composição apresentada. O maior destaque do álbum é a poderosa ‘the clown’, uma canção profunda e que fala de um assunto comum entre os jovens: A insegurança e a tristeza por não ter a percepção esperada das outras pessoas. A composição brilha entre os versos e as melodias bem colocadas, causando grande identificação nos ouvintes. A faixa a seguir quebra o ritmo e a conexão estabelecida por ‘the clown’, e esta faixa é ‘mary sue’, que além de destoar da sua antecessora, não traz a mesma delicadeza e potencial de identificação perto das outras músicas. ‘lullaby’ volta no ritmo melancólico observado em algumas faixas anteriores, contendo versos interessantes advindos de um coração perdido e partido. Além disso, a canção carrega uma das melhores pontes do álbum. Um ponto a se destacar é a falta de contraste entre Vicky e Rubia na música, algo que marcasse a colaboração das duas ou agregasse um novo ponto de vista. A energia do álbum retorna com a cativante ‘never have i ever’, nesta faixa há uma conexão muito interessante com o jogo “Eu nunca” para contar a história de uma adolescente tendo o primeiro contato com experiências mais maduras. A música é um grande acerto dentro do álbum e estabelece um equilíbrio perfeito entre diversão e metáforas implicitamente sexuais. ‘mrs. Might-have-been’ marca um retorno a temática de insegurança e constante comparação, sendo tão interessante quanto ‘the clown’, ambas transmitem de forma espetacular os sentimentos vividos pelo eu lírico. Porém, um aspecto visto em ‘lullaby’ e observado novamente aqui, é a falta de impacto da colaboração, que poderia ter sido mais bem utilizada para agregar novos pontos de vista e perspectivas para a música. Chegando ao fim do projeto, ‘girlhood’ aborda um assunto complexo de forma delicada, mas que não perde em nada a força da mensagem. Os versos da música formam uma cena, da qual magistralmente a artista consegue fazer o ouvinte imaginar através da sua composição. Mesmo para quem nunca viveu tais problemas, certamente consegue se identificar. ‘lyric therapy’ e ‘silver lining’ encerram o álbum de forma mais leve e reflexiva, concedendo um tom mais maduro e sólido para a reta final do álbum. ‘lyric therapy’ fala sobre a relação do eu lírico com a música e ‘silver lining’ do processo de começar a se amar. Juntas, ambas encerram o álbum de forma coerente, nos fazendo pensar que acabamos de acompanhar uma fração da história da artista. O visual do projeto é simples e traz um foco maio na própria artista, sendo que a edição em si simula páginas rasgadas, podendo ser de um livro ou do próprio do seu próprio diário, estabelecendo uma conexão entre o encarte e a adolescência tão fortemente retratada ao longo das faixas. Por fim, Vicky Van Der Waal realiza uma ótima estreia com ‘girlhood’, entregando tudo o que é esperado para um álbum com essa temática: Amor, confusão, experiências e muitos momentos caóticos e desafiadores.
TIME 83
"Girlhood" marca a estreia de Vicky Van der Waals, o mais novo ato do pop. As incursões no rock mescladas com a obra prometem abraçar um lado rebelde e melodramático, digno de uma adolescente em crise. A faixa inicial, “Stir the Pot”, prova o ponto, capturando a essência de trilhas sonoras de filmes infantojuvenis, reminiscentes do começo dos anos 2000. Em sua maioria, o disco não falha em cativar com suas letras; a artista se mostra uma compositora competente, capaz de moldar rimas interessantes e refrões dignos do topo das rádios. Alguns momentos, como em “The Clown”, as letras soam infantis demais, até para os parâmetros da jovem. O abuso de clichês fica repetitivo, é como se o álbum rotacionasse em volta de seu próprio eixo. “Girlhood” é um tributo aos momentos da juventude e é claro que ele segue um padrão bem estabelecido na indústria, mas ainda funciona para um primeiro disco. Aqui podemos ver uma cantora que está em ascensão e que exala competência. Músicas como “First Last Kiss” são óbvias, mas ainda bem construídas, mesmo caso de “Silver Lining”. Mas acredito que enxergamos um potencial maior em “Mary Sue”, que interrompe o sonho adolescente com críticas e frustrações de maneira poderosa, mais pela sua condução lírica do que pelo apelo temático. O álbum é visualmente coerente; o conteúdo se relaciona diretamente com as páginas do encarte e com a capa principal da obra. A única crítica negativa é que em muitos momentos o visual parece um editorial de uma revista de moda, daquelas mais cafonas, mas os elementos gráficos aplicados salvam “Girlhood” de parecer brega em um nível que poderia prejudicar a interpretação de quem o vê. No geral, Vicky Van Der Waals faz uma estreia agradável e com uma mensagem direta, com altos e baixos, mas ainda conseguindo se manter acima da média.