Logo após a grande aclamação de seu Extended Play \"Modern Times\", Hikari Moe lança o tão aguardado \"Velvet Sky\" seu primeiro álbum de estúdio, que nos deixa maravilhados com toda a história e detalhes.
Vemos a grande criatividade da cantora nesse projeto, Moe criou seu próprio universo e personagens para nos colocar dentro de uma nação distópica e até mesmo em um romance \"proibido\" ou mal visto diante daquela sociedade.
O álbum é sobre um universo diferente mas que pode ser comparado com o nosso e também com os problemas sociais do nosso cotidiano, como xenofobia, indústria musical problemática, etc. E tudo isso é contado por meio de músicas com letras ótimas e detalhadas, que são o ponto alto do disco.
Começamos com a faixa que introduz todo o álbum, uma intro que detalha bem o mundo de \"Velvet Sky\", mostrando principalmente seus problemas e erros.
Logo após da Intro, temos \"Hollywood Station\", a primeira crítica social do álbum. Como a própria cantora disse, essa música foge um pouco do tema principal do álbum, mas ela se encaixa muito bem em nosso dia a dia. Temos uma ótima composição, Moe utiliza muito bem de um jogo de palavras, especialmente no refrão.
\"LOL\" e \"Perfectionist\", respectivamente, foram os primeiros singles do LP, foi uma boa escolha para singles, pois não imaginamos que iriam introduzir um disco tão criativo e bem feito como esse.
Em \"The Daisy Game (Love Me, Love Me Not)\" é mostrado um momento importante no relacionamento de Meghan e Phoenix, vemos a personagem se questionar sobre tudo isso, perguntando a si mesma se é honesto estar amando alguém em meio a uma guerra e mortes. A parte lirica da música é incrível, mesmo sendo grandes e com muitas partes, Moe conseguiu fazer uma letra bem detalhada e que não se tornasse cansativa.
\"Leading Role\", em parceria com Ali Aguilera, é totalmente diferente de \"The Daisy Game...\", ao invés de Meghan continuar refletindo sobre aquele momento, a mesma prefere focar totalmente em seu amado, esquecendo dos acontecimentos de \"Velvet Sky\" e se entregando ao amor.
Voltando para a realidade distópica proposta pela cantora, temos \"American Beauty\". É apresentado uma nova personagem, a famosa Adella. A mesma é uma ferramenta da elite para ofuscar o lado ruim daquela nação, sendo usada totalmente pelo \"governo\" e limitando a sua liberdade artística. É uma faixa um pouco pesada, mas que fala muito conosco e que reflete a indústria musical do nosso dia a dia. Tem uma ótima letra, sendo uma das melhores do disco.
Continuando falando sobre as faixas destaques do álbum, temos \"Melting Flowing Melody\" e \"Rendez-Vous\" como umas das melhores de todo o projeto. Ambas tem ótimas letras, vemos nelas o processo de libertação da personagem principal, sua fuga de \"Velvet Sky\" é algo que pode ser visto como uma saída de prisão, uma verdadeira sensação de liberdade para Meghan.
Como grande parte dos álbuns tem alguma falha, em \"Velvet Sky\" não é diferente. \"Knock, Knock I Love You\" é sim uma faixa sentimental e pessoal, mas Moe trouxe uma letra fraca se comparada com as outras. Gostaríamos de ressaltar que não é uma música ruim, mas é ofuscada pelas outras músicas do álbum.
\"Run, Meg... Run!\" e \"Eternal Dance (Farewell) são as duas que concluem o projeto, finalizando todo o enredo incrível criado. Vemos um pouco da perseguição que a protagonista está passando e, na última faixa, a vitória dos Doves e a ascenção do comando de Hattie, a nova prefeita da cidade.
Não temos nada a criticar no desfeche de tudo, Moe conseguiu fazer algo coeso e bem escrito.
Indo para a parte visual, temos um encarte incrível e sem erros, uma grande obra de arte.
Mesmo sendo um encarte com muitas informações e detalhes, Moe não falha em fazer algo polido e encantador.
Gostamos das palavras/frases em grande parte das páginas como se fosse pichações protestantes, um grande detalhe que também se encaixa com o conceito geral do álbum. Mesmo com tantas figuras de ferramentas e bandeiras, ainda temos algumas fotografias da cantora, algo que não esperávamos, mas que não ficou como se fosse simplesmente jogado lá.
A tipografia escolhida remete a algo mais mecânico, Hikari conseguiu deixar todo o encarte se conectando entre si e até mesmo com todo o enredo do disco.
É um dos melhores visuais do ano, um dos mais criativos e bem pensados.
Por fim, Moe trouxe um novo universo para o mundo Famou$, um universo que prendeu grande parte dos artistas em sua fase de divulgação (estamos falando sobre as escolhas das tribos, um acontecimento que parou a indústria musical do jogo).
\"Velvet Sky\" é um grande projeto, criativo e belo, a cantora se destacou com esse álbum e deixou uma grande marca na história, trazendo um dos melhores álbuns do ano 5.
Esperamos que a pausa para o seu retorno não seja tão longa, mal podemos esperar pela continuação e conclusão da história contada em \"Velvet Sky\".