# | Título | Tipo | Streams | |
---|---|---|---|---|
1 | Violet Turner | single | 992,704,564 | |
2 | Violet Turner | single | 941,052,273 | |
3 | Violet Turner feat. Jackie, Kaleb Woodbane | single | 1,044,526,169 | |
4 | Violet Turner | single | 1,168,952,764 | |
5 | Violet Turner | track | 51,315,474 | |
6 | Violet Turner feat. Noan Ray | track | 51,168,672 | |
7 | Violet Turner | track | 51,047,762 | |
8 | Violet Turner | track | 50,702,354 | |
9 | Violet Turner | single | 938,538,639 | |
10 | Violet Turner | track | 50,780,065 | |
11 | Violet Turner | track | 51,065,041 | |
12 | Violet Turner feat. Rubia | track | 51,134,121 | |
13 | Violet Turner | track | 50,961,412 |





The Line Of Best Fit 75
Uma das artistas que vem chamando a atenção da indústria nos últimos meses, Violet Turner faz sua grande estreia com o album "ultraviolet". Um disco que retrata uma parte da vida da cantora após um término amoroso e um brusca mudança de cidade. Abrindo o projeto com a faixa introdutória "dark side", Violet explora uma dualidade complexa e mais voltado pra o lado sombrio; Retratando, provavelmente, um conflito amoroso, mas muito difícil de enxergá-lo em seus trechos, visto que não há como saber se Violet está apenas brincando em ser sombria ou te contando uma história. Seguindo com "the night eats the world", retratando a questão sobriedade e como o vício pode afetar o eu-lírico de forma crítica, a cantora se lamenta na canção em meio à um pop/dance simples, mas não muito exploratório. No entanto, a canção "Pills", colaboração com o grandes artistas Jackie e Kaleb Woodbane, retrata a questão do álcool, do vício em sí, de forma mais eficaz e bem organizada, com versos bem detalhados e viciantes, sendo um grande destaque. "lullaby island" demostra uma esperança bem cedo, a priori, sendo a quarta faixa do disco, Violet reflete sobre novos caminhos e um encontro com alguém que teria impactado nesse pensamento. Seguindo a narrativa da faixa anterior, "met a girl once" também retrata sobre a esperança e um novo relacionamento, no entanto, aqui a lírica é feita estilo de um diário, o que enriquece as informações e, também, preza por uma narrativa mais emocional. "lie to me", colaboração com o cantor Noan Ray, é uma descrição sobre o que é um relacionamento e quais são seus benefícios e consequências que, apesar do teor lírico bem trabalhado, ainda retorna ao tópico já explorado, a esperança. Em meio à um arrependimento junto à uma perda, Violet desenvolve coisas que teria feito se ainda tivesse alguém que perdeu em "evergreen". Em contrapartida, "like a river" se aprofunda no autoconhecimento e na superação de forma mais esperançosa. Já "ultraviolet", retorna ao tópico repetitivo sobre relacionamentos, o eu-lírico aqui se prende à agonias, com um tom melodramático em seus versos. "irresistible boy" traz mais uma outra saga sobre relacionamento, aqui, o eu-lírico é atraído por um desconhecido e traz um tom mais sombrio e desconfiante, apesar que desafiador. Em um tom de deboche bem atrativo, "i promise u anarchy" mostra uma lado diferente de abordar a restrição de liberdade, sendo um dos grandes destaque líricos do disco. Outro grande destaque é a canção "perfect alibi", com participação da cantora Rubia, brilha nas suas colocações metafóricas sobre uma assassinato, tendo um tom sombrio e ao mesmo tempo thriller, que deixa o ouvinte muito envolvente a cada trecho. Fechando um disco com "because i've never been anything", a canção retrata autodescobertas, e não soa inovadora visto que o tema já é trazido durante o projeto, o que não transparece uma conclusão ideal pro disco. O visual feito pela cantora TAMMY, explora o tom violeta em suas páginas, onde mostra fotos que tem pôr contraste momentos de fraquezas e perigos, que reflete na lírica do álbum; Visualmente não tem como não lembrar do grande disco também confeccionado com violeta, o icônico disco "Dirty Behavior" da cantora Jackie, o que parece que aqui é uma grande inspiração. Por fim, Violet Turner possui uma ambição muito grande em suas líricas e conceitos, no entanto, seu primeiro disco demostra uma confusão em sua organização, não sendo muito claro em sua linha de tempo, faixas desconexas de momentos da cantora, que parece ter tópicos espalhados que contradizem o anterior e o conseguinte em sua tracklist; O tema relacionamento é o mais presente, apesar de quando a canção trata suas inseguranças pessoais, é onde o brilho cresce; Todavia, ainda é um álbum que se inicia uma jornada com personalidade, mas que servirá de base de desenvolvimento da própria cantora futuramente.
TIME 95
Primeiramente, gostaria de deixar evidente que a mente por trás do título “Ultraviolet” é, de fato, um gênio. Um nome que cumpre todos os requisitos necessários para gerar impacto, mas não é como se a novata Violet Turner não fizesse por si só. Construindo uma marca sólida desde o primeiro momento em que surgiu na indústria, a cantora vem se mostrando promissora na arte de compor e impressionar. O disco, que trata sobre uma fase turbulenta de sua vida, apresenta canções poderosas que mergulham na essência purpura da cantora. Destaque positivo para toda composição visual da obra, especialmente na escolha da paleta de cores. Mesmo sendo um tanto óbvia a escolha, afinal seu nome significa ‘violeta’, alguém fez realmente o trabalho de pesquisar e entender sobre a complementação cromática. “Devil Side” e “The Night Eats The World” são faixas complementares, dois gêmeos, um mais contido e outro mais extravagante, porém que conseguem se entender e criar uma harmonia fraternal confortante. Eu as adoro, ainda mais em sequência e como elas funcionam lado a lado, tratando de sentimentos correlacionados e em contextos diferentes. É cedo demais para dizer que Violet é uma superpotência quando se trata de nomear seus trabalhos? “Pills”, colaboração com Kaleb e Jackie, marca um dos pontos altos do “Ultraviolet”. A maneira como a cantora se mistura com os artistas convidados, que definem o termo ‘scene stealer’, é intrigante. Tanto Kaleb, quanto Jackie, mas principalmente Jackie, conseguem roubar o holofote para si com facilidade nas canções em que participam, mas Violet consegue unir suas forças com as deles e brilhar. “Lullaby Island” é o coração de toda obra, a virada de chave para uma perspectiva mais otimista agrega na construção narrativa, deixando o álbum menos entediante. Logo em seguida, temos “Met A Girl Once”, que funciona como uma extensão da anterior, ainda mantendo a lírica menos carregada de pesar. “Ultraviolet” é um ótimo álbum de estreia, que mantém suas raízes sólidas no chão, mas sem medo de ousar e criar letras interessantes, recheadas de nuances e sem momentos que consideraríamos entediantes. “Evergreen” e a faixa-título são exemplos claros disso. Da mesma forma que a cantora se apresenta como artista, ela também se apresenta como humana, um movimento que pode ser considerado brusco para um primeiro momento, mas tudo depende do que a aguarda no futuro. Algumas faixas, como “Irresistible Boy”, geram uma sensação confusa, como se, por mais que a letra tente, ela não consiga atingir seu objetivo. Definitivamente a mais fraca do álbum, justamente por não conseguir fazer a ponte artista x ouvinte que as outras músicas fazem com maestria. O álbum de Violet Turner talvez tenha como único defeito sua quantidade de faixas. Embora a maioria das músicas faça sentido na narrativa do álbum, canções como "Perfect Alibi" parecem não contribuir muito para a história que está sendo contada, apesar de seu desenvolvimento bastante satisfatório. Como mencionado anteriormente, "Irresistible Boy" é outra faixa que poderia ser cortada do álbum sem comprometer a qualidade geral, na verdade, talvez melhorando. Em suma, Violet Turner demonstra ser uma artista bem promissora, capaz de cativar com sua criatividade e profundidade lírica. "Ultraviolet" é apenas o começo de uma jornada que promete conquistar o mundo. Com uma identidade marcante, Violet já se mostra como uma das personas mais intrigantes e promissoras da atualidade. Com sua habilidade de compor e impressionar, não há dúvidas de que seu futuro na indústria musical é brilhante. Estamos ansiosos para ver o que ela nos reserva em seus próximos trabalhos, pois Violet Turner está destinada a deixar sua marca.

Billboard 82
Após muita espera, a grande revelação do ano lançou seu primeiro álbum de estúdio intitulado de “Ultraviolet”. O LP que promete ser um projeto com narrativas sobre o amadurecimento pessoal e o “coming of age” de Violet, conta com parcerias de Kaleb Woodbane, Jackie, Noan Ray e Rubia, distribuídas nas 13 faixas do compacto. Em uma breve ótica, a densidade e organização lírica da novata é o grande ponto alto do disco, permeando e solidificando sua lírica com o uso de metáforas e rimas inteligentes, demonstrando uma habilidade talvez natural da artista em relação a construção das faixas presentes aqui. O pontapé do projeto se dá por “devil side”, onde mostra como a natureza humana consegue ser persuasiva e atroz, sendo uma boa abertura para o projeto, mesmo que possua seus deslizes. “the night eats the world” é a faixa subsequente e, ao contrário da anterior, a incerteza e a solidão se repelem de sentimentos intrusivos e obscuros, sendo um grande potencial dentro do projeto “pills” é a colaboração com Jackie e Kaleb Woodbane e, discorre sobre o fim de um relacionamento e a súbita necessidade de preencher esse sentimento por outros através do uso de substâncias ilícitas, tendo um certo contraste ocioso e harmônico entre os artistas envolvidos e, ganhando destaque por ser o grande single do álbum. “lullaby island” e “met a girl once”, são faixas similares ao narrarem o momento onde você se apaixona novamente, seja por uma outra pessoa ou por você mesmo, tendo espaços únicos e difundidos por cada espectro de suas propostas. “lie to me” é a segunda faixa colaborativa do disco, dessa vez com a presença de Noan Ray e, mais uma vez, fala sobre amor, relacionamentos amorosos e as ramificações dessas duas circunstâncias principais ao ser uma jovem em contato com o mundo. É uma faixa que casa com a proposta do disco, mesmo que não seja um destaque evidente. “evergreen” é a faixa mais vulnerável do projeto, buscando referências nas clássicas canções de término recheadas de melancolia, mas que aqui, se faz presente e muito bem presente, o que já não acontece tanto com “like a river” onde sua premissa é interessante mas o desenvolvimento nem tanto, parecendo um pouco deslocada com a sequência que foi apresentada até aqui.A faixa título “ultraviolet”, tem como objetivo pontuar os traumas de relações passadas e o impacto no presente da artista, sendo uma track importante mas não tanto interessante como “irresistible boy”, onde a atração física entre duas pessoas é a premissa principal, fantasiando essa figura masculina como algo a ser almejado e conquistado. “i promise u anarchy” e “perfect alibi”, com participação de Rubia, são outras duas faixas de destaque, possuindo personalidade e identidade dentro do projeto, sendo grandes potenciais para futuras apostas como singles.“because i\'ve never been anything” é uma reflexão de Violet com ela mesma, descrevendo suas limitações e dores como o problema mais recorrente em sua vida. É uma faixa um tanto quanto morna para finalizar o disco, mas em alguns pontos cumpre com seu propósito. Na parte visual, temos TAMMY encarregada pela direção de arte e, podemos dizer que é sem sombra de dúvidas um dos melhores visuais já desenvolvidos no ano. A presença de luzes violetas por todo o disco permite a identificação instantânea do projeto, com alguns deslizes na parte de edição, mas de um modo geral, sendo um ótimo visual para uma artista estreante. Em sumo, “ultraviolet” de Violet é um disco potente e que mostra as habilidades da artista para o grande público. Com músicas e temas apropriados e pertinentes para seu público, é um projeto que cumpre com o objetivo, mesmo que ainda haja muito espaço para expansão e aprimoramento no futuro por parte de Turner.
TIME 79
Meses após a sua estréia oficial com o single "devil inside", Violet Turner lança seu álbum de estreia, intitulado "ultraviolet" com treze faixas em sua composição e colaborações com Noan Ray, Rubia, Kaleb Woodbane e Jackie, que também está creditada como compositora em algumas faixas do disco. A primeira canção do álbum, "devil inside" apresenta a cantora aceitando seu "lado demoníaco" e como isso afeta seus relacionamentos, tendo uma estrutura um pouco questionável, onde a canção pouco se desenvolve em algumas linhas, apresentando versos poucos profundos, mas é compreensível por na verdade,ser a canção de estreia de Turner na indústria fonográfica, é uma faixa promissora, mas acaba não cumprindo bem a sua proposta. "the night eats the world" aborda desafios de como a artista se lida com a noite e os maus hábitos do período, fazendo uma referência a si mesma, a canção apresenta versos bem feitos e executados em sua essência, sendo uma faixa extremamente promissora para um futuro single do disco. "pills"' faixa colaborativa de Violet com Kaleb e Jackie fala sobre a dependência de substâncias e os efeitos negativos de misturas desse tipo, a sensação de desespero e escapismo é marca registrada da canção, onde todos tem consciência do perigo que estão enfrentando, é uma faixa bem escrita e pensada, com ponto alto para os versos de Kaleb Woodbane, que elevam indiscutivelmente a qualidade da canção. "lullaby island" como a metáfora presente em seu nome, como um lugar de conforto e segurança, onde Violet busca por um amor genuíno e alguém que lhe traga paz e sabedoria, apesar de se sentir despedaçada e sozinha em meio a esse mar de corações, com ponto alto para seu refrão, em versos como: "Eu só quero viver nesta fotografia instantânea, tão despreocupada / Estou incerta de como serão meus próximos anos" que passam uma vibe extremamente confortante e compreensível da proposta. "met a girl once" quinta faixa do álbum traz Violet contando sua própria história, onde busca esperança em encontrar alguém especial, citando sua data de nascimento em seu refrão, a faixa apresenta uma história bem contada e dividida. "lie to me" colaboração com Noan Ray é uma espécie de continuação da faixa anterior, onde agora, ambos se arriscam no amor, mesmo com receio do que pode acontecer, o verso de Noan Ray é bem construído, casando em si com a proposta da faixa e adicionando sem dúvidas profundidade a mais na música. "evergreen" sétima faixa do disco traz um contraponto em sua história onde Violet se sente em um relacionamento que demanda muita carga, e luta para seguir em frente, usando metáforas visuais bem encaixadas, como a citação de um metro em seu refrão. "like a river" explora a base do autoconhecimento em sua estrutura, onde a artista enfrente obstáculos externos, usando uma metáfora de se sentir "florescente", apesar dessas ideias, a faixa não é tão bem executada como outras faixas do disco, não se desenvolvendo tão bem ao decorrer de seus versos. "ultraviolet" faixa que dá título ao álbum, possui co-composição de Profound, traz um caminho de positividade, onde Turner faz referência a um "padre" em seu refrão, onde ela busca orientação e ajuda para o renascimento de sua alma, em geral, a faixa traz uma letra muito bem feita, sendo sem dúvidas uma das melhores do álbum. "irresistible boy" aborda assuntos como a artista se sente irresistível ao tentar se apaixonar por alguém, mesmo sabendo que terá um final ruim, a ponte da faixa é sem dúvidas o seu ponto alto, enquanto seu primeiro verso não explora tanto o tema proposto. "i promise u anarchy" faz uma ênfase em como a anarquia é um símbolo de liberdade, onde a artista promete anarquia ao seu companheiro, fazendo uma referência clara a algumas restrições da sociedade, em si a faixa é bem feita e refinada. "perfect alibi" parceria com Rubia retrata a história de terror entre um homem e as artistas, elas se sentem preparadas para enfrentar tudo que vem a frente, com ênfase para o verso de Rubia que deixa a faixa mais alinhada em sua essência, onde a junção das duas artistas combinam muito. "because i've never been anything" explora o autoquestionamento, onde a artista se questiona e reconhece como é difícil se entender em alguns momentos de sua vida, apesar de alguns deslizes em seu refrão, a faixa passa bem e cumpre com seu objetivo. O visual do disco é bastante limpo e executado, onde a referência ao nome do álbum é bastante clara e direta, as letras casam muito bem com o encarte e capa. Em geral, Turner traz um disco bom e bem estruturado, que apesar de faixas como "devil inside" e "like a river", cumpre com o seu papel, sendo sem dúvidas um bom álbum de estréia, nos deixando ansiosos para futuros trabalhos da artista.

Spin 70
Violet Turner debuta na indústria fonográfica com seu primeiro álbum de estúdio "ultraviolet", que esconde seu primeiro nome de forma artística e ambienta sua sonoridade no berço do pop/rock alternativo. A cantora introduz a jornada no primeiro single "devil side", que é uma faixa muito bem escrita, é rebelde e cheia de recursos líricos. É um perfeito, e premiado, ponta-pé. Logo em seguida, "the night eats the world" contrasta a rebelião da anterior para um sofrimento metafórico nesta reprodução. É uma faixa muito bem escrita que faz com que o ouvinte entre na atmosfera prometida por Turnar e invada uma melancolia inicial, aparentemente perdida entre pensamentos e levemente devastadora. O single "pills" chega e amorna o nível lírico da tracklist. A faixa, que é grande demais, conta sobre Violet misturar medicamentos com bebidas alcoólicas, talvez procurando uma felicidade ou lidando com o término de um relacionamento. O que encarece a canção, é a forma crua que ela é composta. A inserção de Kaleb Woodbane e Jackie não agregam a narrativa do álbum nem a faixa, já que Turner seria compositora o suficiente para entregar uma canção solo a altura de suas antecessoras. "lie to me", "evergreen" e "like a river" provocam um lapso mental super veloz na contagem da narrativa e isso evoca um storytelling muito bem pensando, além de uma qualidade lírica interessante na colaboração com Noan Ray e na canção de autodescoberta de "like a river". "evergreen" faz jus a visão perene do conceito e é uma faixa amarela em meio as demais que apareceram até aqui, seja pelo alto nível do clichê que por aqui exala ou pela falta da profundidade e/ou falta de criatividade para abordar tal sentimento. "i promise u anarchy" retorna com o poder rebelde da faixa número um e é um dos ápices do disco. Os versos são interessantes e o refrão é chiclete, além de ter uma estrutura perfeita e uma ponte avassaladora. A colaboração com Rubia é a cartada final perfeita pra narrativa, se não fosse pela quebra de expectativa que vem depois em "because i've never been anything". Ainda em "perfect alibi", o teor cinematográfico é exalado a cada linha. Não é o melhor feat do álbum, mas é igualmente poderoso. Rubia traz suas raízes do Telenovela e atua como uma assassina em série ao lado de Turner. é uma dupla e tanto. Analisando o teor lírico por completo, há uma qualidade expoente na maioria das faxas, com apontamentos negativos apenas a criação de alguns conceitos e como eles foram manipulados. O visual, assinado por tammy, traceja por tons incessantes de roxo e preto, é estéticamente em falta de vibratilidade, enxuto na granulação e os shoots estão em ótima qualidade. O que precariza o booklet de Violet Turner é a falta de versatilidade que ele tem, já que é uma amostra clara de uma versão in-purple de Smoke Blurs de Danny Wolf e uma inspiração nos planos de fundo de cidade do HALF-STAR de Hannah Cantwell. Na página de Lullaby Island, não houve o tratamento necessário nos cabelos da personagem e o cuidado com a diagramação é fraco, já que por vezes títulos, numeração e trechos das faixas se misturam no todo e se perdem no objetivo. Para contornar essa situação, bastaria fazer o contrário, tomar atenção em relação as atitudes tomadas, pesar a mão nos detalhes e tentar se aventurar em propostas que fossem longe do monocromático, utilizando, talvez, mais de três cores. O lado ultravioleta de Violet Turner esbanja carisma em uma narrativa que vai do clichê adolescente a resquícios de uma mulher madura. Os contrapontos não ofuscam, mas são aparentem. Basta no futuro resguardar-se desses farelos para deixar o conjunto da obra extremamente polido. Violet Turner é sem dúvidas um dos grandes nomes da nova geração da música pop.

Rolling Stone 96
Após pouco mais de seis meses desde a modesta estreia de seu carro-chefe "devil side", Violet Turner apresenta oficialmente seu tão aguardado álbum de estreia, "ultraviolet". O álbum narra as experiências de Turner após deixar a segurança da casa dos pais para viver sozinha em uma nova cidade. Com maestria artística, Turner conduz o álbum de forma a mergulhar o ouvinte em uma narrativa que lembra os filmes coming of age. "devil side" serve como uma introdução poderosa ao álbum, mostrando uma Violet autodestrutiva e tóxica, em uma faixa melódica embargada por riffs poderosos de guitarra. Embora o single funcione bem por si só, é quando ouvimos todas as faixas juntas que a grandiosidade da música se revela completamente. No terceiro verso de "devil side", Violet Turner menciona brevemente uma esposa troféu em lágrimas, possivelmente relacionada a um affair de Turner. Ela adota um tom sarcástico ao dizer "I speak a lot, but reveal so little, it appears", sugerindo que há muitas camadas que a artista não quis revelar, pelo menos não na faixa que nos introduz ao seu álbum. E é na segunda faixa, a vibrante, 'the night eats the world', que Turner começa a entregar as peças do quebra-cabeça criado por ela para seus ouvintes. Aqui, conseguimos entender mais sobre seus sentimentos, sobre sua solidão e sobre como ela deseja estar sóbria mas não consegue, já que relembra de uma antiga paixão, provavelmente o mesmo affair da faixa anterior. "pills" complementa o que começamos a entender antes. Tendo perfeitamente acertado na escolha de trazer Jackie e Kaleb Woodbane como participações especiais na faixa, aqui Turner parece já estar muito mais presa aos seus vícios e sem nenhuma esperança. A artista que já havia provado nas duas últimas faixas ter um talento inegável para composição, oferecendo rimas cuidadosamente bem pensadas, se solidifica com esta canção, como alguém que está se encaminhando para tornar-se uma compositora renomada. Ao se encerrar com os versos "No matter which or how many pills I take, it's always unbearable to stay awake" na voz de Woodbane, temos uma transição para a quarta faixa marcada pela mudança de tom, introduzindo uma Violet esperançosa e mais leve em "lullaby island", canção carregada de poesia e com uma lírica impecável. Aqui, Turner se abre verdadeiramente, refletindo a chegada de uma nova pessoa em sua vida. Com os versos sobre não conseguir mais nem lembrar como era o sono e como agora, com essa nova pessoa, ela consegue até sonhar, é que entendemos o quanto Turner pensou meticulosamente na organização de seu álbum e faixas. "met a girl once" é provavelmente uma continuação direta de "lullaby island", sendo uma canção agradável e que enriquece todo o projeto dando mais detalhes e coesão ao disco. "lie to me" é divertida e os versos de Turner possuem um ritmo agradável e cheio de analogias interessantes que engrandecem bem a canção. A adição de Noan Ray trouxe uma seriedade contrastante para canção, mudando um pouco o tom da faixa e sendo uma soma positiva para a música. Em "evergreen", Turner emociona com uma letra totalmente emocional e forte. A faixa, que é uma das nossas favoritas, marca mais uma reviravolta na narrativa construída pela artista e isso é muito positivo para todo o corpo do álbum. A artista que já estava nos fazendo acostumar com a Violet serena e apaixonada, quebra nossos corações, quando revela que seu romance com a pessoa que melhorou seus dias não existe mais. Provavelmente, as inseguranças narradas em "lie to me" tenham catalisado o fim do relacionamento. Em "like a river" temos uma faixa suave, com uma lírica otimista e carregada de esperança, nos provando que Turner ao decorrer do disco passou por um amadurecimento pessoal. "ultraviolet" é uma faixa que complementa sua antecessora e resume o disco de forma geral. Narrando sobre suas experiências negativas, Violet sugere que está pronta para deixar tudo para trás e seguir rumo às estrelas. 'irresistible boy' não só apresenta um ritmo envolvente como também segue ostentando rimas cuidadosamente elaboradas. Narrativamente, ela serve como uma peça complementar à próxima faixa. No entanto, ao compará-la às músicas anteriores, percebemos uma ligeira diminuição na qualidade, embora isso não comprometa a excelência geral do álbum. A alegria da faixa em questão traz um equilíbrio essencial ao conjunto musical. "i promise u anarchy" apresenta um ritmo único em relação a todas as músicas do álbum, onde Turner revela seu lado mais rebelde em uma canção que se baseia em não aceitar as normas impostas pela sociedade. Neste momento, podemos perceber o quão madura e confiante Violet se tornou, decidida a não permitir que suas inseguranças tenham voz. Na última colaboração do álbum, temos a impressionante "perfect alibi", que apresenta uma narrativa única contando a história de duas mulheres, a esposa e a amante, unindo-se para assassinar o homem que as liga. Essa canção é bem construída e eleva o álbum a outro patamar. A parceria com Rubia foi acertiva e harmônica, entregando-nos uma música de enorme qualidade e simbolismo para todo o disco, considerando que o início da narrativa do álbum é o encerramento do relacionamento de Violet com um homem aparentemente casado e aqui temos uma Violet audaciosa assassinando seu passado de forma metafórica. Por fim, temos a reflexiva "because i've never been anything" que encerra o álbum com chave de ouro, mostrando que Violet consegue entender as coisas melhores e que está pronta para crescer, fechando todo o arco narrativo explorado no disco. A parte visual do álbum apresenta uma beleza suave e habilidosa no manuseio das imagens. As tonalidades violetas contribuem para uma fotografia de alta qualidade, ampliando a imersão narrativa do álbum. No entanto, o visual poderia ter sido mais surpreendente, embora isso não seja necessariamente um defeito. A capa é extremamente chamativa, mas algumas áreas do encarte poderiam ter sido mais bem trabalhadas para fornecer informações adicionais que enriquecessem ainda mais o projeto. Apesar disso, a simplicidade mantida ainda é atrativa e contribui positivamente para a experiência global do disco. Violet entrega um álbum de estreia de excelente qualidade, surpreendendo de forma positiva e deixando os ouvintes ansiosos por seus próximos passos na indústria.

The Boston Globe 90
Violet Turner agracia o mundo musical com o lançamento do impactante "ultraviolet", onde transmite, de forma feroz, as emoções que uma jovem suporta durante uma fase tribulosa de sua vida. Introduzindo o álbum com o single "Devil Side", Turner vê a si mesma como uma pessoa autodestrutiva, interpretando o seu lado interior como algo demoníaco e altamente perigoso, descrevendo isso em versos muito bem rimados e estruturados, é nessa faixa onde podemos ser pegos pela lírica verdadeira de Violet, a artista não nos poupa de detalhes e fragmentos de seus sentimentos. A dançante "The Night Eats The World" é uma canção típica que retrata a função do inconsciente de lançar idéias destrutivas a nós mesmos. Isso é retratado em versos como "[...] it's truly kind of wry, how every voice in my head strives its best to terrify", e também a solidão e vazio que a jovem cantora está sentido ao dizer que deseja ficar sobria, mas relembra da sua antiga paixão. A tão amada "Pills" é um dos pontos altos do "ultraviolet". Aqui temos Violet se entregando para aquilo que mais a destrói, e como ela lida com isso. A participação de Kaleb e Jackie são essenciais para o contínuo fluxo de crescimento e impacto lírico da canção, onde o trio se reúne em um grande espetáculo de composição e vulnerabilidade. "Lullaby Island" é extremamente emocionante. Enquanto tivemos no começo do álbum uma Violet com seu emocional visivelmente abalado, aqui temos uma Violet esperançosa e aparentemente mais calma e estabilizada. Por mais fria que possa ter sido essa mudança lírica, conceitual e musical na narrativa do álbum, Turner consegue segurar as pontas com uma composição sonhadora e serena, se mostrando como uma compositora de valor. Interpretamos "Met A Girl Once" como uma extensão de "Lullaby Island". A lírica da canção é sobre encontrar paz em si mesmo decorrente ao encontro com outra pessoa mas, se compararmos, isso também é descrito em "Lullaby Island", só que na faixa presente temos uma narrativa a partir de um olhar mais próximo do que realmente está acontecendo. Essa comparação não muda o fato de "Met A Girl Once" ser uma música de peso, Turner continua mostrando ao ouvinte a versão mais esperançosa de si mesma, como se estivesse vendo uma luz no fim do túnel; enfatizamos apenas que uma pode ser vista como continuação da outra e isso poderia ser usado como forma de encaixar mais coesão e conceito ao álbum. É muito humano o sentimento de estar em um relacionamento onde tudo está indo bem, mas a mente trabalha contra o favor e faz tudo virar um caos de medo e desconfiança, e é por essa humanidade e sensibilidade lírica que "Lie To Me" é a nossa favorita de todo o corpo de trabalho de Violet Turner. A dupla com Noan Ray eleva o projeto a outro nível artístico, estamos observando dois jovens descrevendo sentimentos joviais em uma forma real, divertida e emocionante. "Evergreen" é um grande plot-twist. Estavámos nos acostumando com a idéia de Violet como uma garota estável em um relacionamento sereno, mas a reviravolta de "Evergreen" mudou tudo. Em versos brutais e de longa solidão, Turner rasga seu coração completamente e emociona com uma lírica tão sensível e forte ao mesmo tempo. Enquanto esperávamos que Violet Turner voltasse para a instabilidade emocional e psicológica do começo do álbum, fomos envolvidos com a maturidade de Turner em "Like A River", é notório o crescimento da artista ao decorrer do álbum, e estamos acompanhando a formação de amadurecimento de uma grande estrela em uma faixa melódica suave, serena e inspiradora. A impactante "ultraviolet" descreve muito bem o projeto em um todo. Com um instrumental forte e uma letra determinada, Violet reúne suas experiências para depois guardar elas dentro de uma caixa, tudo isso em prol de ter uma vida liberta de seus medos, traumas e vícios descritos no início do álbum. Em "Irresistible Boy" temos a única música pulável de todo o projeto. Violet se entrega novamente em outra paixão, mas é nessa faixa que temos uma caída no lírico do álbum se formos comparar com as canções antecedentes a essa. A fervorosa "I Promise U Anarchy" é uma faixa diferente e única de todo o "ultraviolet". Aqui temos uma Violet mais segura de si mesma, se desprendendo das coisas passadas e caminhando por um caminho cheio de luz e de ousadia, isso faz parte do amadurecimento da artista na narrativa do álbum, pois estamos vendo uma jovem se descobrir e ir contra os padrões errados de uma sociedade bagunçada e atrasada. Em "Perfect Alibi" temos uma composição intrigante, misteriosa e bem construída, mas que não ajuda na coesão e construção do quase término do álbum. De fato não entendemos o motivo de uma canção sobre um assassinato bem planejado estar envolvido com a elaboração da finalização do "ultraviolet", isso não tira a qualidade lírica da canção, mas é confuso a colocação de "Perfect Alibi' como penúltima música onde, se analisarmos com um olhar crítico, até mesmo "Like A River" se encaixaria mais aqui e entregaria uma narrativa muito coesa e emocionante. Por isso, para não ficarmos completamente em dúvida, preferimos pensar que "Perfect Alibi" é uma metáfora ao descobrimento de Violet como uma jovem ousada, determinada e superada de seus medos e instabilidades. O encerramento "Because I've Never Been Anything" é uma canção de pura reflexão e análise de vida. Violet encerra bem o "ultraviolet" com uma lírica simples, mas bem conceituada e estruturada. É o final de todo o processo do álbum, e o verso do último refrão "Yes, that's me, learning to grow and understand" marca o amadurecimento de Violet e concluí que estamos acompanhando uma fase da vida de Turner onde ela está livre das prisões que antes a prendiam. Partindo para o visual do "ultraviolet", Tammy acerta em cheio com toda a elaboração de cor ao encarte, brincando com tons mais escuros do violeta e entrelaçando com o preto, trazendo bem a complexidade e peso que o álbum carrega. A tipografia brilhosa nos nomes das faixas traz um destaque único ao encarte e se relaciona bem com todo o photoshoot do projeto, onde Tammy organiza de uma forma neutra e com detalhes, detalhes esses que formam um lindo encarte, trazendo algo quase que beirando a simplicidade, mas muito bem editado e pensado. Em um todo, "ultraviolet" é um ótimo começo para a carreira de Violet, com composições artísticas e sinceras, marcando Turner como uma grande aposta para os próximos anos e, por mais alguns declínios que notamos nas faixas, o álbum segue sendo uma superação de expectativas para um debut album. Concluindo nossas falas, esperamos que Violet Turner continue melhorando e inovando com suas composições e idéias, pois temos uma grande estrela nascendo nesse álbum.
AllMusic 80
Com parcerias inéditas, Violet Turner apresenta oficialmente seu álbum de estreia, intitulado "Ultraviolet". O trabalho da artista narra de forma sutil o processo de amadurecimento de uma jovem que enfrenta os desafios cotidianos da vida. Com uma mistura de estilos alternativo, pop e rock, o disco aborda conflitos como mudanças, rompimentos amorosos, novas relações e decepções internas, entre outros temas universais. Violet demonstra consistência ao longo do álbum, mantendo o foco na jornada do eu-lírico com metáforas brilhantes e ricas, revelando um talento promissor em sua entrada na indústria musical. Embora haja uma falta de profundidade evidente em algumas composições, como em "devil side", isso é compreensível e tende a ser aprimorado com o tempo e a experiência lírica, já que é o primeiro trabalho extenso da própria com tão pouco tempo de carreira. A presença de faixas com mensagens semelhantes, como "the night eats world" e "Pills", não compromete a expressão única de Violet como compositora, que utiliza seu intenso potencial para criar conexões emocionais com o público jovem que enfrentam os mesmos problemas descritos na obra. A produção visual psicodélica, assinada por Tammy, contém tonalidades violetas e referências ao céu noturno, complementa de forma eficaz o conceito das músicas, um ponto perspicaz, aprimorando ainda mais o principal conceito do long-play e referenciando o título. Destaque para a colaboração "Pills", que mergulha profundamente nos anseios do eu-lírico em busca de conforto no vício, com versos tocantes e ricos em significado que abordam sobre a luta incansável contra o vício, entretanto, sendo o conforto do eu-lírico nas noites perdidas. Jackie e Kaleb foram as escolhas perfeitas para a parceria. A faixa título "ultraviolet", expõe o notável talento da intérprete do disco, contendo um rico conteúdo lírico preenchido por metáforas brilhantes e inteligentes. O long-play mostra-se como um passo sólido na carreira de Violet Turner, indicando um futuro promissor na indústria musical e a possibilidade de se consolidar como uma renomada compositora com autenticidade e talento inegáveis. A prática contínua certamente contribuirá para o crescimento e sucesso da artista ao longo de sua carreira, lhe rendendo frutos que normalmente são atribuídos para artistas mais experientes. Certamente, "ultraviolet" foi o primeiro passo da notava promissora, e já está moldando seu nome na indústria.

Pitchfork 80
Violet Turner faz a sua estreia com “ultraviolet”, pouco mais de 6 meses desde o lançamento do seu carro-chefe, “devil side”. Álbum que narra uma nova fase da vida da artista, longe do seu lar habitual e com novas questões pessoais a serem vistas, “devil side” é a primeira faixa, e aborda a dualidade humana, mais especificamente o seu próprio lado nisso tudo. Mostrando esse lado bem destrutivo e inconsequente, é uma canção com bons versos e um refrão bom, mas poderia ser melhor explorada pela artista de certo modo. “the night eats the world” fala sobre os conflitos com maior especificidade, citando a noite e a frieza desses momentos introspectivos. Essa faixa combina um bom aspecto lírico com expressões mais atuais, e o resultado é ótimo e supera a faixa anterior. “pills”, parceria com Jackie e Kaleb Woodbane, fala sobre o fim de um relacionamento e a necessidade da artista de querer “substituir” isso por pílulas, drogas e bebidas, com um ar de autodestruição pairando pela faixa a todo instante. É uma canção bem harmônica entre os artistas e possui pontos muito altos. Talvez pudesse ser mais curta e mais resumida em certos pontos, mas num geral é positiva no disco. “lullaby island” é uma faixa apaixonante, e traz uma certa reviravolta no disco; aqui, os vícios de Violet são “interrompidos” pela chegada de uma pessoa que a fez enxergar as coisas de outra forma, e a fez querer acreditar no amor e na paixão novamente. É uma canção excelente, muito bem escrita e com uma melodia muito coesa, além da presença muito positiva de “Sonífera Ilha” como sample. “met a girl once”, com co-composição de Jackie, fala sobre amor próprio e encontrar uma pessoa que incentiva o eu-lírico a melhorar e a ser uma versão melhor de si mesmo. É uma faixa bem escrita, com bons pontos mostrados e num geral é comum, mas funciona muito bem no projeto por explorar a história da artista em terceira pessoa. “lie to me”, faixa que tem a participação de Noan Ray, fala sobre o amor, relacionamentos amorosos e todas as suas complexidades adquiridas com cada passo dado nele. É uma parceria muito bem alocada no projeto e que, inclusive, mostra mais características da artista… o único ponto é que às vezes ela parece muito longa, e poderia ser melhor polida para condicionar suas ideias; assim, seria bem mais harmônica e mais brilhante. “evergreen” menciona a ruptura, o fim de uma relação amorosa muito intensa e marcante na vida de Violet. É a canção mais transparente e bem dosada do disco; seus versos são extensos a um ponto bem definido e justificável, e seu refrão funciona com todo o conteúdo, sem lacunas separadas. “like a river” cita o equilíbrio pessoal e toda o desenvolvimento do emocional de Violet, da sua persistência e da sua vida num geral. No entanto, a canção é superficial de certa maneira; a artista menciona seus problemas, seus questionamentos, suas dúvidas… mas, no final, nada disso é verdadeiramente mostrado. “ultraviolet”, faixa-título do disco e co-composta por Profound, fala sobre os traumas de relacionamentos passados e seu impacto no presente da artista. É uma canção muito bem escrita, que tem seus momentos de redundância e também de linhas meio desnecessárias ou dispensáveis, mas é bem interessante. “irresistible boy” fala sobre uma atração gigantesca e contagiosa entre duas pessoas e todas as camadas dessa atração. É uma faixa promissora com um conteúdo bom, mas excessivamente densa e com um certo problema de organização, considerando-se aqui os versos, que poderiam ser divididos para partes mais harmônicas e sintetizados, algo que é sentido pela falta disso. “i promise u anarchy” fala sobre quebrar as regras e não seguir o que os outros querem que você siga, algo bem forte de ser abordado e muito interessante junto a aplicação com o amor. É uma faixa bem composta e suas fases são bem descritas e postas à mesa, sendo um ponto muito alto no disco. “perfect alibi”, com participação de Rubia, fala sobre um as****inato de um homem, planejado pela amante e a esposa dele e expondo os motivos ao longo da canção e das expressões usadas. É uma parceria muito bem colocada no disco, e também pode-se citar a clareza com que a narrativa foi construída, sem grandes problemas e palavras mal alocadas. “because i've never been anything” coloca a auto reflexão como o seu maior ponto, assim como todas as limitações e dores lidadas até o momento por Turner. É uma canção mediana, que poderia ter sido muito melhor desenvolvida; principalmente pela sua estrutura, que soa muito inadequada para uma faixa com tamanho conceito. O visual, produzido por TAMMY, é bem ousado e usa o violeta junto com recursos gráficos mais urbanos, aqui com o neon e um background bem encaixado com a fotografia em sua maioria. Ainda há alguns pontos, como edições um pouco acima do necessário, mas os outros pontos sabem compensar bem. Em síntese, “ultraviolet” é um disco de estreia que mostra que Violet não teve medo de se expor tanto na questão de expor seus traumas e sua vida, mas tanto expor suas canções mais novas em um projeto como esse. É, sim, visível que a artista precisa abrir seus horizontes em suas composições e buscar uma maior autonomia disso, mas tal ponto é compreensível para uma artista tão nova, algo que poderá ser visto no seu segundo álbum e projetos futuros.